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ESTADO DO MARANHÃO

SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA


DELEGACIA GERAL DE POLÍCIA CIVIL
SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍCIA CIVIL DO INTERIOR
PLANTÃO - 5ª DELEGACIA REGIONAL DE PINHEIRO

DESPACHO DE LAVRATURA DE AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE C/C


REPRESENTAÇÃO POR PRISÃO PREVENTIVA

Tipificação legal: ART. 33, caput, e art. 35 da Lei 11.343/06 e art. 180, caput do Código Penal Brasileiro;
Autuados: MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA

DOS FATOS E RATIFICAÇÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE DE MARCOS VINICIUS


ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA

Trata-se da ratificação de autuação em flagrante referente ao crime tipificado no ART. 33,


caput, e art. 35 da Lei 11.343/06, praticado por MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V. ALEIJADO e
no ART. 33, caput, e art. 35 da Lei 11.343/06 e art. 180, caput praticados por MATHEUS SILVA
FERREIRA, visto que, no dia 30/03/2024 foram surpreendidos na posse de 34 invólucros de substância
semelhante a crack.

Ao que consta, a Polícia Militar recebeu denuncia informando que dois indivíduos estariam
traficando drogas no bairro Buraco Fundo próximo a um corrego, e que após diligenciarem a fim de
verificarem a veracidade dos fatos, encontraram no local indicado, os dois conduzidos identificados por
MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA na posse de
34 invólucros de substância semelhante a crack, em porções individualizadas prontas para comercialização.

Destaca-se ainda que o local no qual os conduzidos foram surpreendidos da posse das
substâncias é lugar conhecido pela prática da mercancia de drogas, sendo ainda evidenciado pelos Policiais
Militares que os conduzidos são VINICIUS v. ALEIJADO E MATHEUS são conhecidos pelas forças de
segurança local pela prática de tráfico de drogas, em especial no bairro Buraco Fundo (local da prisão).

Não obstante, foram apreendidos no contexto fático, dinheiro trocado na posse de ambos os
indivíduos, tendo ambos apresentado ainda versões contrapostas, sendo que MARCOS VINICIUS
ARAUJO COSTA V. ALEIJADO afirmou não saber que MATHEUS portava droga quando da abordagem
policial, ao passo que MATHEUS SILVA FERREIRA confirmou que MARCOS VINICIUS ARAUJO
COSTA V. ALEIJADO tinha pleno conhecimento do fato, ambos se mostrando nervosos quando da
abordagem policial, evidenciado liame subjetivo entre os agentes para a prática de tráfico de drogas.
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Ademais, MATHEUS SILVA FERREIRA confessou o delito e ainda trouxe detalhes da


dinâmica criminosa, destacando a origem da droga, e informando que esta foi dividida em porções menores
que seriam comercializadas pela quantia de R$ 5,00 (cinco reais) cada.

No mais, foi determinado ordem de missão aos investigadores a fim de levantarem breve
relatório acerca da conduta social dos agentes por meio de buscas nos bancos de dados informatizados
disponíveis a Polícia Civil, que culminou em Relatório Policial que evidenciou que os conduzidos são
pessoas faccionadas da FACÇÃO BONDE DOS QUARENTA, sendo pessoas de alta periculosidade, e que
já respondem a processos pela prática de Tráfico de Drogas.

No mais, o referido Relatório Policial destacou que MACOR VINICIUS sendo VINICIUS v.
ALEIJADO assume provável cargo de DISCIPLINA do seio do grupo criminoso.

Outrossim, ainda restou apreendido na posse do conduzido MATHEUS SILVA FERREIRA


um aparelho celular REDMI, XIAOMI, COR AZUL IMEI 1: 869912063921460/06 e IMEI 2:
869912063921478/06, que conforme Boletim de Ocorrência SIGA Nº. 58008/2024 é produto do crime de
Furto Qualificado Ocorrido no último dia 03/03/2024.

Na sequência, foi juntado ao procedimento investigatório AUTO DE CONSTATAÇÃO DE


SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE PRELIMINAR que transborda a materialidade do crime.

Fixadas essas premissas fáticas, impende destacar que as hipóteses flagranciais estão descritas
no art. 302 do Código de Processo Penal, nos seguintes termos:
“Art.302. Considera-se em flagrante delito quem
I- está cometendo a infração penal
II- acaba de cometê-la
III- é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV- é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração” (destaquei).

Ressaltamos que conforme os elementos coletados preliminarmente, notadamente, o


depoimento dos condutores, testemunha, interrogatório dos conduzidos MARCOS VINICIUS ARAUJO
COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA e AUTO DE CONSTATAÇÃO DE
SUBSTÂNCIA ENTORPECENTE PRELIMINAR, que os conduzidos traziam consigo droga, em
concurso de agentes, sem autorização legal com a finalidade de venda.
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No mais, MATHEUS SILVA FERREIRA ainda transportava de forma livre e consciente e em


proveito próprio aparelho celular que sabia ser produto de crime de furto, conforme confissão do próprio
investigado.
Ante o exposto, após ouvir as partes envolvidas no evento delituoso, e ainda considerando a
natureza e quantidade da droga apreendida, o local no qual foi apreendida, a vida pregressa dos
investigados, a denuncia da traficância que culminou na prisão, bem como todos os demais elementos já
abordados, RESOLVO lavrar o presente AUTO DE PRISÃO EM FLAGRANTE DELITO em
desfavor de MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V. ALEIJADO pelos crimes previstos no ART. 33,
caput, e art. 35 da Lei 11.343/06 E em desfavor de MATHEUS SILVA FERREIRA pelos crimes previstos
no ART. 33, caput, e art. 35 da Lei 11.343/06 e art. 180, caput do Código Penal Brasileiro por existirem
fortes indícios de autoria e prova da materialidade dos crimes destacados, e entender presente a situação
descrita no art. 302, inciso I, do Código de Processo Penal.

II- DA PRISÃO PREVENTIVA DE MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V.


ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA.

A decretação da prisão preventiva depende do preenchimento dos pressupostos positivo e


negativo (“fumus comissi delicti”), e da finalidade específica (“periculum libertatis”), além das hipóteses
de cabimento previstas nos artigos 312 e 313, ambos do CPP.

O fumus comissi delicti consubstancia-se na prova da materialidade e nos indícios suficientes


de autoria contra os representados, estando caracterizado pelo depoimento dos condutores, testemunha,
confissão do investigado MATHEUS, e pelo AUTO DE CONSTATAÇÃO DE SUBSTÂNCIA
ENTORPECENTE PRELIMINAR. Exsurge a aparência do delito cometido, com fortes indícios de autoria.

O periculum libertatis, por seu turno, resta demonstrado pelo risco à ordem pública que o
estado de liberdade atual dos autuados pode representar, sendo necessário o ergastulamento a fim de se
evitar que os autores escapem ainda à aplicação da lei penal e voltem a praticar crimes dessa natureza,
atingindo a paz e saúde pública.

Não é outro o entendimento de DELMANTO JÚNIOR:

“não há como negar que a decretação da prisão preventiva com o fundamento de


que o acusado poderá cometer novos delitos baseia-se, sobretudo, em dupla
presunção: a primeira, de que o imputado realmente cometeu um delito; a
segunda de que, em liberdade e sujeito aos mesmos estímulos, praticará
outro crime ou, ainda, envidará esforços para consumar o delito tentado.”
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Fundamentos doutrinários contribuem para o entendimento e deferimento da questão sobre o


conceito de Ordem Pública DE PLÁCIDO E SILVA:

“Situação e o estado de legalidade normal, em que as autoridades exercem suas precípuas


atribuições e os cidadãos as respeitam e acatam, sem constrangimento ou protesto;
providências de segurança necessárias para evitar que o delinquente pratique novos crimes
contra a vítima e seus familiares ou qualquer outra pessoa, quer porque é acentuadamente
propenso às práticas delituosas, que porque, em liberdade, encontrará os mesmos
estímulos relacionados com a infração cometida; não decorre necessariamente, de clamor
social.”

No caso em análise, a ordem pública resta flagrantemente violada por MARCOS VINICIUS
ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA.

O representado MARCOS VINICIUS é conhecido como traficante na cidade de Alcântara


tendo sido apreendido recentemente, dia 09/02/2023, por ato infracional análogo ao tráfico
de drogas porque havia vendido entorpecentes em uma festa na cidade (Processo nº
0800138-77.2023.8.10.0064). Apesar de liberado na ocasião, por sua condição de menor,
voltou a reiterar no comércio de drogas nesta Cidade de Alcântara, uma vez que no dia
03/01/2014 foi preso em flagrante delito por crime de tráfico de drogas (Processo nº.
0800001-61.2024.8.10.0064) demonstrando que não deseja se dedicar a atividades lícitas
como meio de vida. Apesar de liberado na audiência de custodia, com medidas alternativas
a prisão, o representado, na data de hoje, novamente foi flagrado, pela polícia militar
juntamente com MATEUS, com considerável quantidade de droga, tendo MATEUS
confessado que a droga era destinada à venda. Essa reiteração delitiva de MARCOS
VINICIUS envolvido com mercancia de drogas, demonstra que as medidas cautelares
diversas da prisão não são medida suficiente para MARCOS VINICIUS, “ALEJADO”,
pois apenas se envolve na cidade de Alcântara com traficantes de drogas, deixando claro
que escolheu esse meio de vida. Esse perfil leva a Polícia Civil a compreender que as
medidas diversas da prisão, previstas nos artigos 319 e 320 do CPP, não representam
garantia cautelar adequada e que há necessidade e adequação na prisão cautelar solicitada.
Quanto ao representado MATHEUS os fatos têm demonstrado seu envolvimento também
com a criminalidade. Além de ter confessado o tráfico de drogas, tendo admitido que a
droga apreendida se destinava à mercancia, ele já era investigado em outro inquérito
policial na Cidade de Alcântara, senão vejamos. No dia 03/03/2024 houve um furto
qualificado mediante arrombamento e concurso de pessoas em um estabelecimento
empresarial na cidade de Alcantara, ocasião em que subtraíram cerca de 10 celulares.
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MATEUS já havia sido interrogado por ter postado uma fotografia em que ostentava um
dos celulares furtados. Ouvido na Delegacia negou a posse desse celular. Todavia, na data
de hoje, foi justamente preso em flagrante delito com o celular furtado, o qual não restam
dúvidas de se tratar de parte da res furtiva, uma vez que o IMEI do celular apreendido é o
mesmo do BO do furto (BO nº 58008/2024) que vitimou a loja HAMORIM TEC (anexo).

Não restam dúvidas que a liberdade dos investigados representa um risco à ordem pública,
visto que está clara suas personalidades voltadas à prática reiterada de crimes de mesma natureza, o que,
por certo, indica um potencial perigo à sociedade. Sua permanência em liberdade poderia resultar na
repetição de condutas criminosas similares.

É inequívoco o abalo social provocado pelos crimes de tráfico de drogas e demais delitos
patrimoniais, ainda mais quando recorrentes, fazendo-se necessário o cerceamento da liberdade do suspeito
a fim de evitar a reiteração delitiva.

Neste mesmo sentido é o ensinamento de Guilherme de Souza Nucci:

“(...) entende-se pela expressão a necessidade de se manter a ordem na sociedade,


que, em regra, é abalada pela prática de um delito. Se este for grave, de particular
repercussão, com reflexos negativos e traumáticos na vida de muitos, propiciando
àqueles que tomam conhecimento da sua realização um forte sentimento de
impunidade e de insegurança, cabe ao Judiciário determinar o recolhimento do
agente. A garantia da ordem pública deve ser visualizada pelo binômio gravidade
da infração + repercussão social”.

Além disso, cumpre pontuar os seguintes elementos informativos:

1) Adequação ao artigo 313, I, do Código de Processo Penal


Imputa-se ao conduzido a prática de conduta com pena máxima em abstrato superior a
quatro anos, pois consiste em tráfico de drogas com a causa de aumento do art. 40, VI, Lei
11343/06.
2) Inviabilidade da aplicação das medidas cautelares diversas da prisão
Conforme já mencionado, a lei 11.403/2011 instituiu um conjunto de medidas alternativas
à prisão e prioritárias em relação a ela, dispostas nos artigos 319 e 320 do Código de
Processo Penal e cabíveis em situações nas quais seriam inviáveis prisões de natureza
acautelatória. É de se ressaltar que tais medidas se sujeitam à exigência de
PROPORCIONALIDADE, consistente na observância a dois princípios gerais, comuns a
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todas as cautelares, enunciados no art. 282, I e II, respectivamente o da NECESSIDADE e


o da ADEQUAÇÃO. Tem-se por NECESSÁRIA, no caso concreto, a medida cautelar que
se revele indispensável para a aplicação da lei penal, para o acautelamento da investigação
ou da instrução processual, ou para evitar a prática de infrações penais. ADEQUADA é a
medida cautelar estritamente apropriada à gravidade do crime, às circunstâncias do fato e
às condições pessoais do indiciado ou acusado.

3) Existência de periculum libertatis/fundamento para a prisão preventiva


Estão no artigo 312 do Código de Processo Penal os fundamentos, alternativos,
autorizadores da decretação da prisão preventiva. Entre eles figura a GARANTIA DA
ORDEM PÚBLICA, que no caso em análise justifica a segregação cautelar dos
representados, tendo em vista o risco de que soltos continuem a praticar crimes.
Conforme já ressaltado, o representado MARCOS VINICIUS já é conhecido traficante na
cidade e mesmo respondendo a ação socioeducativa (processo nº 0800138-
77.2023.8.10.0064) e crime de tráfico de drogas (Processo nº. 0800001-
61.2024.8.10.0064), continua reiterando no comércio de drogas. Ressalte-se que
VINICIUS v. “ALEJADO”, quando foi apreendido em 2023 por flagrante de ato
infracional análogo a tráfico, portava o Estatuto do Bonde dos 40. MATHEUS também
admitiu que seu amigo pertence à facção do Bonde dos 40. Esse perfil demonstra que se
permanecer solto, o implicado não cessará as atividades criminosas. Quanto à
MATHEUS, foi conduzido recentemente para o Plantão de Pinheiro na posse de drogas,
mas na ocasião acabou sendo lavrado TCO em razão da pequena quantidade e da negativa
que se destinava ao tráfico. A nova condução na data de hoje acabou tendo um novo
desfecho, uma vez que a quantidade era maior e ele confessou o tráfico de drogas. Não
bastasse isso, nesse mês de março de 2024, adquiriu celular que sabia ser produto de furto,
mostrando o seu envolvimento com os indivíduos que praticaram crime de furto
qualificado contra a loja HAMORIM TEC, e com o universo da criminalidade, de forma
que solto não pretende se ajustar aos padrões sociais.

Pelo que se extrai dos vertentes autos, a prisão preventiva ddos investigados é necessária
para garantir a ordem pública, conforme já exposto, tendo em vista o risco de reiteração criminosa e a
reincidência em delitos semelhantes ou que maculem o bem estar social, além do vasto histórico em seu
desfavor.
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Diante do exposto, considerando a PROVA DA MATERIALIDADE, os INDÍCIOS SUFICIENTES


DE AUTORIA, a NATUREZA DOS CRIMES APURADOS, a possibilidade de que, soltos, continuem a
praticar crimes, e ainda a contemporaneidade, represento, com base no art. 312 e ss do CPP, tendo com
fundamento a GARANTIA DA ORDEM PÚBLICA, pela DECRETAÇÃO DA PRISÃO
PREVENTIVA de:

Nestes Termos,

Pede deferimento.

31 de março de 2024.

MARIA CLARA REGO MONTEIRO

Delegada de Polícia Civil Plantonista


MATR. 873687

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