Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tipificação legal: ART. 33, caput, e art. 35 da Lei 11.343/06 e art. 180, caput do Código Penal Brasileiro;
Autuados: MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA
Ao que consta, a Polícia Militar recebeu denuncia informando que dois indivíduos estariam
traficando drogas no bairro Buraco Fundo próximo a um corrego, e que após diligenciarem a fim de
verificarem a veracidade dos fatos, encontraram no local indicado, os dois conduzidos identificados por
MARCOS VINICIUS ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA na posse de
34 invólucros de substância semelhante a crack, em porções individualizadas prontas para comercialização.
Destaca-se ainda que o local no qual os conduzidos foram surpreendidos da posse das
substâncias é lugar conhecido pela prática da mercancia de drogas, sendo ainda evidenciado pelos Policiais
Militares que os conduzidos são VINICIUS v. ALEIJADO E MATHEUS são conhecidos pelas forças de
segurança local pela prática de tráfico de drogas, em especial no bairro Buraco Fundo (local da prisão).
Não obstante, foram apreendidos no contexto fático, dinheiro trocado na posse de ambos os
indivíduos, tendo ambos apresentado ainda versões contrapostas, sendo que MARCOS VINICIUS
ARAUJO COSTA V. ALEIJADO afirmou não saber que MATHEUS portava droga quando da abordagem
policial, ao passo que MATHEUS SILVA FERREIRA confirmou que MARCOS VINICIUS ARAUJO
COSTA V. ALEIJADO tinha pleno conhecimento do fato, ambos se mostrando nervosos quando da
abordagem policial, evidenciado liame subjetivo entre os agentes para a prática de tráfico de drogas.
ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
DELEGACIA GERAL DE POLÍCIA CIVIL
SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍCIA CIVIL DO INTERIOR
PLANTÃO - 5ª DELEGACIA REGIONAL DE PINHEIRO
No mais, foi determinado ordem de missão aos investigadores a fim de levantarem breve
relatório acerca da conduta social dos agentes por meio de buscas nos bancos de dados informatizados
disponíveis a Polícia Civil, que culminou em Relatório Policial que evidenciou que os conduzidos são
pessoas faccionadas da FACÇÃO BONDE DOS QUARENTA, sendo pessoas de alta periculosidade, e que
já respondem a processos pela prática de Tráfico de Drogas.
No mais, o referido Relatório Policial destacou que MACOR VINICIUS sendo VINICIUS v.
ALEIJADO assume provável cargo de DISCIPLINA do seio do grupo criminoso.
Fixadas essas premissas fáticas, impende destacar que as hipóteses flagranciais estão descritas
no art. 302 do Código de Processo Penal, nos seguintes termos:
“Art.302. Considera-se em flagrante delito quem
I- está cometendo a infração penal
II- acaba de cometê-la
III- é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV- é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração” (destaquei).
O periculum libertatis, por seu turno, resta demonstrado pelo risco à ordem pública que o
estado de liberdade atual dos autuados pode representar, sendo necessário o ergastulamento a fim de se
evitar que os autores escapem ainda à aplicação da lei penal e voltem a praticar crimes dessa natureza,
atingindo a paz e saúde pública.
No caso em análise, a ordem pública resta flagrantemente violada por MARCOS VINICIUS
ARAUJO COSTA V. ALEIJADO E MATHEUS SILVA FERREIRA.
MATEUS já havia sido interrogado por ter postado uma fotografia em que ostentava um
dos celulares furtados. Ouvido na Delegacia negou a posse desse celular. Todavia, na data
de hoje, foi justamente preso em flagrante delito com o celular furtado, o qual não restam
dúvidas de se tratar de parte da res furtiva, uma vez que o IMEI do celular apreendido é o
mesmo do BO do furto (BO nº 58008/2024) que vitimou a loja HAMORIM TEC (anexo).
Não restam dúvidas que a liberdade dos investigados representa um risco à ordem pública,
visto que está clara suas personalidades voltadas à prática reiterada de crimes de mesma natureza, o que,
por certo, indica um potencial perigo à sociedade. Sua permanência em liberdade poderia resultar na
repetição de condutas criminosas similares.
É inequívoco o abalo social provocado pelos crimes de tráfico de drogas e demais delitos
patrimoniais, ainda mais quando recorrentes, fazendo-se necessário o cerceamento da liberdade do suspeito
a fim de evitar a reiteração delitiva.
Pelo que se extrai dos vertentes autos, a prisão preventiva ddos investigados é necessária
para garantir a ordem pública, conforme já exposto, tendo em vista o risco de reiteração criminosa e a
reincidência em delitos semelhantes ou que maculem o bem estar social, além do vasto histórico em seu
desfavor.
ESTADO DO MARANHÃO
SECRETARIA DE ESTADO DE SEGURANÇA PÚBLICA
DELEGACIA GERAL DE POLÍCIA CIVIL
SUPERINTENDÊNCIA DE POLÍCIA CIVIL DO INTERIOR
PLANTÃO - 5ª DELEGACIA REGIONAL DE PINHEIRO
Nestes Termos,
Pede deferimento.
31 de março de 2024.