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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA SEGUNDA VARA

CRIMINAL DE ÁGUAS CLARAS

Autos nº 0702895-55.2023.8.07.0020

RENATO DE LEMOS MAIA, brasileiro, solteiro,


profissão, inscrito no CPF sob o nº 025.043.263-35,
residente e domiciliado na, por seu advogado, Dr. Gabriel
Morgado da Fonseca que esta subscreve (procuração
anexa), vem respeitosamente, à presença de Vossa
Excelência, apresentar

RESPOSTA À ACUSAÇÃO

com fulcro nos arts. 396 e 396-A do Código de Processo Penal (CPP), pelos motivos
de fato e de direito abaixo aduzidos.

I - DOS FATOS

O mérito da denúncia trata-se de suposta prática dos delitos roubo majorado


enquadrado nos artigos 157, §2º, inciso II e VII, do CP e latrocínio tentado,
enquadrado dos artigos 157, §3º, inciso II c/c §2º, inciso VII, c/c art. 14, inciso II,
ambos do Código Penal.
Segundo trecho da denúncia o acusado teria “No dia 16 fevereiro de 2023 (quinta-
feira), por volta de 7h20, na ADE Águas Claras, Conjunto 24, Lote 11, próximo ao
restaurante "D JANE", em Águas Claras/DF, RENATO DE LEMOS MAIA, de forma
consciente e voluntária, em unidade de desígnios e comunhão de esforços com uma
mulher desconhecida, subtraiu, em proveito da dupla, mediante grave ameaça com
emprego de faca, celulares e bolsas, com diversos objetos, pertencentes a Juliana
Cristina de Souza Araujo e Victor Hugo Cirqueira da Silva”
Quantos aos fatos que lhe são imputados, não pode ser ouvido em virtude de estar
internado no Hospital Regional de Taguatinga.

II - DO DIREITO
II.I - DA INEPCIA DA DENUNCIA

Tratando-se da apreciação de esqualidez da denúncia, dois são os parâmetros


objetivos que devem orientar o exame da questão, quais sejam, o artigo 41, que
detalhe o fato criminoso com todas as suas circunstancias, e o artigo 395, que avalia
as condições da ação e os pressupostos processuais descritos, ambos do CPP.

Art. 41. A denúncia ou queixa conterá a exposição


do fato criminoso, com todas as suas
circunstâncias, a qualificação do acusado ou
esclarecimentos pelos quais se possa identificá-lo,
a classificação do crime e, quando necessário, o
rol das testemunhas.

Art. 395. A denúncia ou queixa será rejeitada


quando:

I – for manifestamente inepta;


II – faltar pressuposto processual ou condição para
o exercício da ação penal;

III – faltar justa causa para o exercício da ação


penal.

A denúncia oferecida pelo MP, é inepta, posto que o houve erro na tipificação,
legitima defesa em relação ao esfaqueamente, ausência de requisitos,
testemunhas confusas, insuficiência de prova material
Em suma, nenhuma das testemunhas afirma que o acusado tenha sido quem
praticou o delito, de forma que nada há contra o mesmo que pese em seu desfavor.
Alias, data vênia, não vemos nenhum motivo para que a presente ação penal tenha
sido ajuizada em face do acusado, não faz de uma delas suspeito de ser o participe
do crime.

Resposta à Acusação - TJSP - Ação Latrocínio - Ação Penal - Procedimento Ordinário - de


Justiça Pública contra Autor 1 - Desconhecido - 21.8.26.0037 (jusbrasil.com.br)

Foi uma falsa percepção do acusado que, não poderia prever a ilicitude de sua
conduta no momento, pode-se dizer que o Acusado teve dolo de comen

A ausência de tais informações impendem o pleno exercício ao contraditório. Afinal,


como poderá elaborar a sua defesa sem acesso a tais informações? Tratam-se de
dados indispensáveis à ampla defesa, conforme preceden

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