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REPRESENTAÇÃO POR PRISÃO TEMPORARIA

AO JUÍZO DA ___ VARA CRIMINAL DA COMARCA DE FLORIANÓPOLIS – ESTADO DE SANTA CATARINA (2


PONTOS)

INQUÉRITO POLICIAL N° 1234/2024

A POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SANTA CATARINA, através do Delegado de Polícia que esta subscreve, no
uso de suas atribuições, dentre outros, pelo art. 144, § 4º, da Constituição Federal, ART. 106, I, DA
CONSTITUIÇÃO ESTADUAL e pelo art. 2º, § 1º, da Lei nº 12.830/13, vem, respeitosamente, perante
Vossa Excelência, com fulcro nos arts. 1º, incs. I, II e III, alínea “e”, da Lei nº 7.960/1989 (Lei da Prisão
Temporária), e art. 2º, § 4º, da Lei nº 8.072/1990 (Lei de Crimes Hediondos), representar pela PRISÃO
TEMPORÁRIA de (3 PONTOS) Bernardo Oliveira e Maria da Conceição, o que faz nos termos a seguir
expostos.

(I – DOS FATOS)

TRATA-SE DE Inquérito Policial nº 1.234/2023 em que Bernardo Oliveira e Maria da Conceição


seriam responsáveis por delitos relacionados ao sequestro de criança para fins de obtenção de vantagem
financeira como preço do resgate, constatando-se que a prisão dos implicados é imprescindível para o
desenvolvimento da presente investigação. (1 PONTO)

(II – DA FUNDAMENTAÇÃO JURÍDICA)

INICIALMENTE, vale constar a regularidade e legalidade do presente Inquérito Policial, que não
foi instaurado exclusivamente com base em notícia crime anônima, mas sim após diligências prévias
empreendidas por esta Autoridade Policial após recebimento de notícia apócrifa, o que é plenamente
admitido pela jurisprudência pátria. (2 PONTOS)

TIPIFICA-SE, EM TESE, a prática do delito de extorsão mediante sequestro (2 PONTOS) ,em


concurso de crimes e de pessoas (1 PONTO), tipificado pelo art. 159 do Código Penal, inclusive em sua
forma qualificada em razão dos sequestrados se tratarem de crianças e, portanto, menores de 18
(dezoito) anos (1 PONTO), tratando-se, ademais, de crime hediondo, na forma da Lei nº 8.072/1990 (1
PONTO ).

DE ACORDO COM ELEMENTOS DE INFORMAÇÃO COLHIDOS, há fundadas razões de autoria por


parte de Bernardo e de Maria quanto ao crime em comento, previsto no rol taxativo da lei n° 7.960/89
( 1 ponto), que dispõe dos crimes que autorizam a decretação de prisão temporária. Dessa forma, faz-se
presente o "Fumus Comissi Delicti", constituído pela prova da existencia do crime e indícios suficientes
de autoria. (1 ponto)

Além disso, a prisão dos investigados mostra-se imprescindível para as investigaçoes em


inquérito policial, além de ter sido constatado que o casal não possui residência fixa, tratando-se de
requisitos legais para fins de decretação da prisão preventiva. Presente, portanto, o "periculum
libertatis" que fundamenta a medida cautelar extrema. (2 pontos)

Ademais, a prisão cautelar pretendida obedece ao princípio da adequação, já que está em


consonância com a gravidade concreta do crime, às circunstâncias do fato e também às condições
pessoais dos investigados, conforme art. 282 do CPP. (3 pontos)

Tem-se ainda a contemporaneidade ou atualidade entre a prisão temporária e os seus


fundamentos, conforme preceitua o Supremo Tribunal Federal e norma expressa do CPP. (1 ponto)

Por fim, não se mostram suficientes, no caso posto, as medidas cautelares diversas da prisão
previstas no Código de Processo Penal (art. 319), sendo o caso de se fazer uso da ultima ratio, conforme
art. 282 do CPP. (1 ponto)

No presente caso, ainda, o prazo de prisão temporária a ser decretada é de 30 (trinta) dias, por
previsão da lei n° 8.072, dos crimes hediondos. (2 pontos)

(III – DA REPRESENTAÇÃO)

ANTE O EXPOSTO, VEM ESTA AUTORIDADE POLICIAL, PERANTE VOSSA EXCELENCIA,


REPRESENTAR, APÓS MANIFESTAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO (1ponto) E INDEPENDENTEMENTE DE
OITIVA PRÉVIA DOS INVESTIGADOS, VISTO QUE HÁ URGÊNCIA E PERIGO DE INEFICÁCIA DA MEDIDA (1
ponto), PELA DECRETAÇÃO NO PRAZO DE 24 HORAS (1 ponto), DA PRISÃO TEMPORÁRIA DE BERNARDO
E DE MARIA, PELO PERÍODO DE 30 (TRINTA) DIAS (1 ponto), EXPEDINDO-SE O MANDADO DE PRISÃO em
duas vias. (1 ponto)

NESSES TERMOS. PEDE DEFERIMENTO.

FLORIANÓPOLIS - SC, (DATA) (1 ponto)

DELEGADO DE POLICIA
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b) o reconhecimento da dignidade inerente a todos os membros da família humana e de seus direitos


iguais e inalienáveis é o fundamento da liberdade, da justiça e da paz no mundo;

I - Discriminação racial é qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência, em qualquer área da


vida pública ou privada, cujo propósito ou efeito seja anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou
exercício, em condições de igualdade, de um ou mais direitos humanos e liberdades fundamentais
consagrados nos instrumentos internacionais aplicáveis, podendo basear-se em raça, cor, ascendência
ou origem nacional ou étnica.

IV - A Convenção Interamericana contra o Racismo, a Discriminação Racial e Formas Correlatas de


Intolerância equivale a uma emenda constitucional.

2. DISCRIMINAÇÃO RACIAL INDIRETA é aquela que ocorre, em qualquer esfera da vida pública ou
privada, quando um dispositivo, prática ou critério aparentemente neutro tem a capacidade de acarretar
uma DESVANTAGEM PARTICULAR

RACISMO consiste em qualquer TEORIA, DOUTRINA, IDEOLOGIA ou CONJUNTO DE IDEIAS que


enunciam um vínculo causal entre as características fenotípicas ou genotípicas de indivíduos ou grupos e
seus traços intelectuais, culturais e de personalidade, inclusive o FALSO CONCEITO DE SUPERIORIDADE
RACIAL.

6. INTOLERÂNCIA é um ato ou conjunto de atos ou manifestações que denotam desrespeito, rejeição


ou desprezo à dignidade, características, convicções ou opiniões de pessoas por serem diferentes ou
contrárias. Pode manifestar-se como a marginalização e a exclusão de grupos em condições de
vulnerabilidade da participação em qualquer esfera da vida pública ou privada ou como violência contra
esses grupos.

O verbo aspirar, neste contexto, tem sentido de "desejar" e, por isso, rege a preposição "a" e não pode ir
para a voz passiva. (só VTD e VTDI podem ir para a voz passiva). Quem aspira aspira A alguma coisa:
Aspiro A uma vida melhor. O verbo é VTI, logo, não dá para passar para voz passiva.

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