Você está na página 1de 73

Introdução, Significados

e Símbolos
COM
IM A G E N S
E TEXTOS
A Ç L A A Ç Ã
EL E V E
V E L
A Ç
O R R E E L
Ç Ã Ã O R E V E
LA Ç O O R
V E A ÇÃ Ç Ã Ç
E L E L A E L A
R EV E V E V
O R O R V E L
Ç Ã
A ELA ÇÃ R E
à O A ÇÃ
EV L A Ç E L
R V E E V E
R E O R O R
O
à LA Ç Ã A Ç Ã Ã
E E L LA Ç
EV R E V VE
à O R E R E V
A Ç Ç Ã O O
LA A Ç Ã LA Ç
EV E E L V E
R E V RE E V
à O Ç Ã O R
Ç L A Ç Ã O Ç Ã
EV E A A
EL EL
INTRODUÇÃO
O APOCALIPSE DE JOÃO

Tema. O livro do Apocalipse é o apogeu da reve­lação


da verdade divina ao homem, o remate do edifí­cio
das Escrituras, da qual, o Gênesis é a pedra funda-­
mental. A Bíblia não estaria completa sem estes
livros. Se a omissão de Gênesis nos teria deixado na
ignorân- cia, quanto ao princípio de muitas coisas, a
falta do Apocalipse nos teria privado de muitos
ensinos acerca da consumação de todas as coisas.

Entre “Gênesis” e “Apocalipse”, pode-se ver uma


correspondência notá­vel, a qual é a seguinte:

GÊNESIS APOCALIPSE

O paraíso perdido. O paraíso recuperado

A primeira cidade, A cidade dos redimidos, um


um fracasso. sucesso

O princípio da maldição Não haverá mais maldição

Matrimônio do primeiro Adão Matrimônio do segundo Adão

As primeiras lágrimas Enxugadas as lágrimas

A entrada de Satanás O julgamento de Satanás

A criação antiga A nova criação

A comunhão rompida A comunhão restaurada


O livro do Apocalipse é a consumação das profe­cias
do Velho Testamento. Está repleto de símbolos e
expressões tomadas emprestadas dos escritos
daqueles profetas que foram favorecidos por
revelações glorio­sas concernentes ao fim do tempo
— Isaías, Ezequiel, Daniel e Zacarias. É o grande
“Amém” e o alegre “ale­luia” pelo cumprimento das
predições dos profetas — a feliz resposta ao seu
desejo ardente e à sua oração para que viesse o
reino de Deus e que Sua vontade fosse feita na terra
como no céu. “Como o remate de to­das as Escrituras
proféticas, o Apocalipse reune os fios de todos os
livros anteriores, tecendo-os numa só cor­da forte que
liga toda a história ao trono de Deus”.

Antes de tudo, este livro é uma revelação — a ma-­


nifestação visível — do Senhor Jesus Cristo. No seu
Evangelho, João descreveu a Sua vida e o ministério
terrestre. Antes de escrever o livro do Apocalipse, o
apóstolo é arrebatado ao trono de Deus, onde vê
Jesus vestido da glória que Ele tem com o Pai desde
a fun­dação do mundo; onde vê Aquele que foi
julgado pelo mundo, voltando como o seu juiz; onde
vê Aquele, que foi rejeitado pelos homens, tomando
posse de todos os reinos do mundo, como Rei dos
reis e Senhor dos se­nhores.
O Apocalipse é o livro da vinda de Cristo em glória e
assim resumiremos o tema da seguinte maneira: a
vinda de Cristo em glória, como o apogeu supremo
da presente dispensação.

PORQUE FOI ESCRITO. Foi escrito por João, o


apóstolo por ordem direta de Jesus, para que
houvesse um livro de profecia para esta dispensação.

ONDE FOI ESCRITO. Em Patmos, uma ilha per­to da


Ásia Menor, cerca de 90 a. D.

CONTEÚDO. A análise de 1:19, fornece as três


divisões principais do esboço.

I. Concernente a Cristo: “As coisas que tens vis­to”.


Cap. 1.

II. Concernente à Igreja: “ As coisas que são”. Caps.


2, 3.

III. Concernente ao Reino: “ As coisas que serão” .


Caps. 4-22.

Fatos que devem ser recordados ao estudar o Apo-­


calipse :
1. De todos os livros do cânon, o livro é conhecido
como o mais difícil de interpretar. Alguém disse:
“Quem não tem dúvida alguma na interpretação de
grandes partes do Apocalipse, tem mais coragem do
que sa­bedoria”. Depois de ter encontrado alguns
trechos cujo significado não é claro, é melhor dizer :
“Não enten­do”, e esperar pacientemente uma
explicação em vez de buscar interpretações forçadas
e fantásticas.

2. É provável que a interpretação do livro se tor­ne


mais clara quando chegar o tempo do cumprimen­to
das suas profecias. Na época do Velho Testamento,
o fato da vinda do Messias era um acontecimento
sobre o qual todos os fiéis da nação estavam de
acor­do. Mas, para eles, a profecia Messiânica deve
ter apre­sentado muitas dificuldades de interpretação,
como o livro do Apocalipse apresenta dificuldades a
nós. Nem os profetas compreenderam sempre as
suas pró­prias profecias. I Pedro 1:10, 11.

Foi quando as profecias referentes a Cristo


começaram a se cumprir que aqueles do povo que
eram espiritualmente esclarecidos, dos quais Simeão
(Luc. 2:25-35) é um exemplo — viram desaparecer
as suas perplexidades ante os raios da “Es­tréia
d’Alva” que brilhava nas páginas das Sagradas
Escrituras.
Todos nós podemos estar de acordo sobre os
acontecimentos principais do livro — a tribulação e
juízo vindouro, a vinda de Cristo na glória, o estabe-­
lecimento do Seu reino, etc. — e logo aguardar
pacien­temente até que maior erudição, elucidação
espiritual e os próprios acontecimentos que passam,
derramem luz sobre os detalhes que no presente
momento pare­cem obscuros.

3. A parte da interpretação do livro, há muitas li­ções


valiosas a aprender, muitos avisos a atender, mui­tas
promessas animadoras, que fazem com que o livro
do Apocalipse seja de grande valor prático para o
cris­tão. Por exemplo, as mensagens às igrejas
contêm ins­truções práticas que podem ser aplicadas
tanto à igre­ja, como ao indivíduo. Quanto a isto, é
aconselhável recordar-se que, sempre é mais
proveitoso praticarmos coisas que compreendemos,
do que procurarmos adivi­nhar e especular acerca de
coisas que não compreende mos.

4. Sendo que o livro do Apocalipse é um mosaica de


profecias e símbolos extraídos do Velho Testamen­to,
o estudo de certos profetas — Isaías, Ezequiel, Da-­
niel e Zacarias — fornecerá a chave de muitas portas
fechadas à sua interpretação.
I. CONCERNENTE A CRISTO: “AS COISAS QUE
TENS VISTO”.

1. A introdução. Cap. 1. Vers. 1-3.


a) Notemos o título correto do livro “o Apo­calipse” ou
“revelação” de Jesus Cristo.

b) Os meios da comunicação (v. 1). O Senhor


“significou-o” (trad. bras.), isto é, comunicou-o por
meio de sinais e símbolos.

c) A bênção ao leitor, ouvinte e observador


dos dizeres do livro V. 3.

2. A saudação (vers. 4, 5), de:

a) O Pai. V. 4.
b) Os sete Espíritos, isto é, o Espírito Santo, nas
Suas diversidades, poder e operação (v. 4).
c) de Jesus Cristo, v. 5.

3. O louvor. Vers. 5, 6.

4. A proclamação — a vinda de Cristo. Vers. 7, 8. 5.


O Profeta. Vers. 9-20.
a) Seu estado “no Espírito”.
b) O tempo da visão, “no dia do Senhor”.
c) O lugar, a ilha de Patmos.
d) A sua visão. “É bom que meditemos mui­to em
Cristo, que viveu e andou como o Filho do ho­mem
sobre esta terra, contudo esta cena do Apocalipse é
um quadro do Cristo da atualidade.

É um quadro de Cristo que Se senta à dextra de


Deus na glória. Este é o Cristo vindouro.

Este é o Cristo no Qual pensamos enquanto espe-­


ramos a Sua vinda. E que perfeição! O Espírito esgo-­
ta o reino da natureza, na busca de símbolos que
pos­sam transmitir ao menos um leve conceito a
nossa mente finita algo da glória, do esplendor e, da
magni­ficência daquele que vem, o Cristo do
Apocalipse”. — McConkey.
II. CONCERNENTE A IGREJA: “AS COISAS QUE
SÃO”. Caps. 2, 3.

As igrejas mencionadas nestes capítulos, existiram


no tempo de João e as condições prevalecentes ali,
nes­sa ocasião, proveram a ocasião da mensagem do
Senhor a elas.

Estas igrejas locais, porém, são evidentemente o


símbolo da Igreja inteira, de modo que as mensagens
podem ser aplicadas à igreja de todas as épocas,
como se demonstra pelos seguintes fatos: o número
sete é claramente típico, porque havia no período de
João mais de sete igrejas na Asia Menor. “Notemos
também o espaço que lhes é dado.

O livro do Apocalipse é tão concentrado e


condensado que somente um capítulo é reservado ao
milênio, e menos de um, à vinda de Cris­to. Sendo
que estes dois capítulos, contendo dez porcento do
livro, se ocupam com as mensagens às igre­jas, isso
demonstra a importância maior destas mensa­gens”
— Mc Conkey.
ATRAVÉS DA BÍBLIA LIVRO POR LIVRO

Ao estudarmos estes capítulos, notaremos os


se­guintes acontecimentos referentes a cada igreja:

a) Uma mensagem de louvor.


b) Uma mensagem de repreensão.
c) Um título simbólico de Cristo, adaptado às
necessidades da igreja.
d) Uma promessa aqueles que vencem.
e) Uma referência histórica que esclarece um
pouco a mensagem.

1. A mensagem à igreja em Éfeso. 2:1-7.

a) Louvor : obras, paciência e aversão aos falsos


mestres.
b) Repreensão : declínio espiritual.
c) Título de Cristo : a uma igreja que havia perdido o
seu primeiro amor, Ele é o que anda no meio dos
sete candeeiros — um superintendente sujeitam­ do
as suas obras e motivos deles a um exame detalha-­
do.
d) Promessa ao vencedor : a árvore da vida.
2. Mensagem à igreja de Esmirna. 2:8-11.

a) Louvor : paciência na perseguição.


b) Não há mensagem de repreensão a es­ta igreja
sofredora.
c) Título de Cristo: a uma igreja enfrentando a
perseguição, o Senhor se revela como aquele que
sofreu, morreu e ressuscitou.
d) Promessa ao vencedor; libertação da segunda
morte.
e) Referência histórica: “Eu te darei a coroa da vida”.
A “coroa de Smirna” era uma rua circular consistindo
de um anel de magníficos edifícios. Um de seus
filósofos aconselhou-os que dessem mais valor a
uma coroa de homens do que a uma de edifícios.

3. Mensagem à igreja em Pérgamo. 2:12-17.

a) Louvor: fidelidade no testemunho.


b) Repreensão: o predomínio da vida liberti­na e
idólatra.
c) Título de Cristo: a uma igreja manchada de
imoralidade e idolatria, Ele é o que lutará contra ela,
com a Sua espada de dois gumes.
d) Promessa ao vencedor: o maná escondi­do.
e) Referência histórica: Pérgamo era o cen­tro de
idolatria e tinha um grande altar erigido para a
adoração de um deus-serpente. Isto talvez explique
as palavras “onde está o trono de Satanás”.

4. Mensagem à igreja de Tiatira. 2:18-29.

a) Louvor: caridade, serviço e fé.


b) Repreensão: tolerância de mestres corrup­tos.
c) Título de Cristo: o que tem olhos como chamas de
fogo (vide v. 23), e o que tem os pés como latão
(simbólico de juízo).
d) Promessa ao vencedor: autoridade sobre as
nações.
e) Referência histórica: Tiatira era uma ci­dade
próspera, célebre por seus grémios comerciais. Ser
membro de um desses grêmios significava muitos
privilégios. Talvez haja uma admoestação aos
comerciantes cristãos a não se unirem com
sociedades pagãs participando dos costumes
idólatras (v. 20).

5. Mensagem à igreja de Sardes, 3:1-6.

a) Louvor: obras (embora imperfeitas).


b) Repreensão: morte espiritual.
c) Título de Cristo: a uma igreja espiritual­mente
morta, Ele é O que tem as sete estréias — igrejas —
em Suas mãos, também os sete espíritos de Deus
cujo poder pode avivar essas igrejas.
d) Promessas ao vencedor: será vestido com roupas
brancas e Ele (Jesus) confessará Seu nome diante
do Pai.
e) Referência histórica. “Virei sobre ti um ladrão”.
Sardes foi a cena da derrota final de Creso, o grande
rei da Lídia, quando os persas atacaram a cidade.
No ano 546 antes de Cristo, pensando que es­tava
absolutamente salvo em sua cidade, a qual era
considerada inexpugnável, o rei descuidou-se de por
uma guarda. Encontrando um lugar não guardado,
on­de a chuva tinha deixado uma abertura na pedra
pou­co resistente, os persas subiram um a um e
tomaram a cidade. Assim, caiu o grande império
Lídio.

6. Mensagem à igreja de Filadélfia. 3:7-13. única


noite de negligência.

a) Louvor : obediência aos. mandamentos de Cristo e


firmeza no testemunho.
b) Repreensão: não há uma repreensão di­ reta,
embora o “louvor fraco” da “pouca força”, con­tenha a
sombra de censura.
c) Título de Cristo : a uma igreja ansiosa para entrar
pela porta aberta do serviço missionário, Cristo é O
que tem as chaves que abrem essas portas que
ninguém pode fechar.
d) Promessa ao vencedor: colunas no templo de
Deus; um novo nome.
e) Referência histórica. Em certa ocasião, Fi­ladélfia
foi destruída por um terremoto; os sobreviven­tes
ficaram tão assustados, que viviam fora da cidade,
em choupanas. “A quem vencer, eu o farei coluna no
templo do meu Deus, (um edifício que nenhum
terre­moto pode atingir), e dele nunca sairá como o
fez o povo durante o terremoto. Mais tarde, a cidade
foi re­construída por conta do governo romano, e lhe
foi da­do um novo nome, significando que a cidade foi
con­sagrada, de uma maneira especial, ao serviço e
ao cul­to do imperador. “E escreverei sobre ele o meu
nome”. Não obstante isso, mais tarde a cidade
abandonou o seu novo nome.
7. Mensagem à igreja de Laodicéia. 3:14-22

a) Louvor, não há elogios para esta igreja,


b) Repreensão: morneza espiritual.
c) Título de Cristo: à igreja morna, lnfiel
testemunha, Ele Se apresenta como o Amém, a
Teste­munha fiel e verdadeira.
d) Promessa ao vencedor: participar do tro­no de
Cristo.
e) Referência histórica. Laodicéia era uma ci­dade rica
e próspera. Após um terremoto, quando ou­tras
cidades estavam aceitando a ajuda imperial, esta
declarou a sua independência de tal ajuda; era rica e
não tinha necessidade de nada. Era célebre pela sua
fabricação de lã macia e preta, e por seus vestidos
ca­ros feitos da mesma (v. 18). Era célebre em todo o
im­pério romano por sua escola de medicina e por um
“pófrígio”, do qual se fazia um colírio bem conhecido
(v.18).
III. CONCERNENTE AO REINO : “AS COISAS QUE
SERÃO”. Caps. 4 a 22.

1. A visão do trono de Deus (cap. 4). O profeta é


elevado, em espírito, ao trono de Deus e dali — do
ponto de vista das regiões celestiais — êle vê o juízo
que será lançado sôbre a terra nos últimos tempos.
2. Uma visão do Cordeiro (cap. 5). O principal
característico deste capítulo é a abertura do selo de
um livro entregue ao Senhor. Ao discutir a natureza
deste livro selado, o Sr. McConkey diz : “Qual é o
sím­bolo de um selo?” Um selo pode se usar para
autenti­car a firma de um documento. Mas usa-se
também pa­ra guardar secreto e seguro o conteúdo
de um docu­mento escrito. Selamos uma carta com
esse propósito. Na profecia, Deus usa o selo
precisamente dessa ma­neira. Disse a Daniel (Dan.
12:4) concernente a certas profecias que hão de ficar
secretas, que Ele há de “selar o livro".

Disse a João acerca das próprias profecias do


Apocalipse, das quais Ele desejava que fossem
re­veladas a seus servos “não seles as palavras da
profe­cia deste livro”. Apoc. 22:10. Parece ser esta a
finali­dade clara e natural do livro com os sete selos:
ocul­tar a palavra profética... Nele o rolo da profecia
do Novo Testamento é desenrolado por Jesus que
rompe os selos na sua ordem divinamente
designada.
3. Os selos (caps. 6 a 8:1). O autor acima citado
formula a pergunta se o Apocalipse tem uma
sequên­cia histórica e se Cristo alguma vez antes
contou a his­tória do Apocalipse. Depois assinala, que
os selos cons­tituem a sequência histórica do livro, e
que a sua men­sagem se assemelha muito ao
discurso de Cristo, regis­trado em Mateus 24. Outro
erudito, Milligan, é da mes­ma opinião. Seguindo as
sugestões destes homens, mas não todos os
pormenores dos seus esboços, oferecemos o
seguinte paralelo :

MATEUS, cap. 24 APOCALIPSE, cap. 6.

Falsos Cristos (24:5) Sexto selo.

Guerra (vers. 6, 7) Quinto selo.

Fome (v. 7) Sétimo selo.

Pestilência (Morte) v. 7 Quarto selo

Tribulação (v. 21) Terceiro selo.

Convulsão nos céus (v. 29) Segundo selo.

Segunda vinda (v. 30) Primeiro selo.


4. Temos visto que os selos representam a própria
espinha dorsal do Apocalipse. Porém, qual é a
relação das trombetas e das taças com os selos? A
explicação é que não são paralelos, mas o sétimo
selo desdobra-se nas sete trombetas e a sétima
trombeta se expande nas sete taças. O Sr. Graham
Scroggie é da mesma opinião, explicando estas
seções pelo princípio da inclusão, es­ tando as sete
trombetas incluídas no sétimo selo, e as sete tacas
incluídas na sétima trombeta.

5. Seguindo a sequência histórica do Apocalipse, o


estudante notará que deixamos passar certos
episó­dios. Isto se deu porque não fazem parte da
história, por estarem separados dela.

O Sr. Mc Conkey, se refe­re aos mesmos como


“inserções” . Por exemplo : exa­minando-se um mapa
de um Estado, poderemos ver num canto, um mapa
geográfico de uma certa cidade nesse estado. Isto é
uma inserção, dando uma ampliação da idade. Ou
num quadro de uma batalha famosa, poder- se-á dar
no mesmo espaço quadros de setores espe­ciais do
campo de batalha, e os retratos de generais famosos
que tomaram parte nas campanhas.
Assim no Apocalipse, o escritor passa rapidamente,
descreven­do o curso dos acontecimentos, que
terminam com a Vinda de Cristo, mas, aqui e ali, se
detém a dar-nos uma vista ampliada de algum
personagem particular, grupos ou cidade. De tais
notaremos os seguintes:

a) Dois grupos, um de judeus, outro de gen­tios.


Cap. 7.
b) O anjo e o livro. Cap. 10.
c) As duas testemunhas. Cap. 11.
d) Os dois sinais. Cap. 12.
e) As duas bestas. Cap. 13.
f) Dois quadros de Cristo — o Cordeiro e o Ceifeiro.
Cap. 14.
g) Babilônia. Caps. 17, 18.

6. Uma vez notada a sequência principal da histó­ria


do Apocalipse e dos parênteses, faremos, em
conclu­são um breve resumo:

a) A segunda vinda. Cap. 19.


b) O milênio. Cap. 20.
c) O novo céu e a nova terra. Caps. 21, 22.

FIM
significados
& símbolos
jesus entre os candelabros
Vocês são a Luz do mundo. Mateus 5. 14-15
Jesus está entre nós é uma promessa
cumprida.
as vestes longas
Fala sobre sua santidade e sobre ser nosso
Sumo Sacerdote. Cf. Êxodo 28. 4; 29.5
ESPADAS SAINDO DA BOCA DE JESUS
É a Palavra de Deus, Palavra de Justiça e
Julgamento. Isaías 11,4 - Hebreus 4.12-13
animais
Reinos que cairam e que surgirão.
Apocalipse 17.10 - Daniel 2 A estátua e seus
reinos. Daniel 7 animais e seus reinos.
águas
Povos, multidões, Nações e Línguas -
Apocalipse 17.15
as duas testemunhas
Os dois ungidos do Senhor, os dois candeeiros,
Judeus e Gentios, as duas oliveiras de Zacarias
4.1-5; 4.11-14 - Apocalipse 11.3-6 - Deuteronômio
17.6 - Isaías 43.10
ventos
Destruição, Guerras, Grande Tribulação.
Apocalipse 7.1 - Zacarias 6.5
alfa e omega
A primeira e última letra do alfabeto grego.
Significa que Deus é o princípio e o fim
7 espíritos de deus
Apocalipse 5.6 e Isaías 11.2 Aponta para a
Plenitude do Espírito Santo veja:

1- Espírito do Senhor
2- Espírito de Sabedoria
3- Espírito de Entendimento
4- Espírito de Conselho
5- Espírito de Poder
6- Espírito de Conhecimento
7- Espírito de Temor de Deus
voz como de trombeta
É o chamamento para o Grande Dia
do Senhor. ap. 1.10
7 candelabro de ouro
São as 7 igrejas da Ásia, aponta para
a plenitude da Igreja de Jesus Cristo
sobre a terra, Apocalipse 1.20.
ceifa de trigo
Salvação para os fiéis. Mateus 3.12
ceifa de uva
Julgamento dos ímpios pois
Jesus fere os ímpios e pisa o
lagar da ira de Deus e suas
vestes depois são vistas
salpicadas de sangue.

Ap. 19.15) - Feriu as nações e


pisou o lagar.

Is. 63. 2-6 - Deus pisará o


lagar.

Jr. 25.30-31 O juízo.

Is. 5. 1-7 a vinha má.


as 7 taças
Apocalipse 16. O Juízo de Deus sobre os homens.
Chegou o dia da vingança do nosso Deus. (Dt.
32.35)
olhos como chama de fogo
Visão de Julgamento, discernimento penetrante.
Ap. 19.12 - Daniel 10.6
lua
Símbolo da antiga
aliança, o ciclo na
antiga aliança era
conduzido pela Lua.
Cl. 2. 16-17 - Nm. 18.14
SOL
Jesus é o Sol da justiça. Ml. 4.2 - Mt. 17.2 - Mt.
5.45 - Ap. 21.23
mulher vestida de sol com os pés
sobre a lua com coroa de 12
estrelas
Apocalipse 12 - A mulher sempre foi símbolo de
noiva, a esposa, a igreja de Cristo, com os pés sobre
a lua, simboliza que ela está fundamentada sobre as
leis de Deus, vestida de sol aponta para essa mulher
glorificada com a graça de Cristo que é símbolo da
nova aliança, coroa de 12 estrelas, mostra as 12
tribos, os 12 apóstolos, a coroa é símbolo de reino,
essa mulher está reinando sobre a terra.
dragão e a serpente
É o Diabo, Satanás o enganador. Ap. 12.9
os que habitam sobre a terra
Ímpios, homens que praticam a iniquidade. Ap. 13.6
o tabernáculo de deus
A igreja glorificada, agora habitação de Deus. Ap.
21.3 - 21.9-10 - 1Pe. 2.4 - Efésios 2.22
a besta da terra com dois chifres
Um homem que tem poder político e religioso sobre
muitos homens. Ele é o iníquo, assim como Jesus foi
crucificado por um poder religioso assim na última
hora teremos um homem com esses dois poderes que
apontam para seus chifres que é símbolo de
autoridade. A. 13.11-12 - 2Ts 2.3 - Mt. 24.15 - Daniel
12.11
a besta do mar 7 cabeças e 10
chifres
O anjo explica para João esse mistério em
Apocalipse 17. 9-10 dizendo a besta que sobe do Mar,
ela tinha 7 cabeças que também são 7 montes,
explicando que 7 cabeças são sete reis ou reinado
dos quais 5 já caíram, um ainda resta e outro quando
vier restará pouco tempo. Vamos calcular:

5 reinados que estão assinalados na estátua de


Daniel 2 são: Egípcio, Babilônico, Assírio, Pérsia,
Grécia.
Um existiu na época de João que foi o Império
Romano.
Outro ainda não veio que é o reino do anti-cristo
quando viver restará pouco tempo, mais
precisamente 1.260 dias ou 3 anos e meio finais.
Esse é o período da Grande Tribulação.
os 10 chifres
São 10 reis (pessoas literais) ou 10 governos que vão
controlar com autoritarismo a maioria da população
do globo na última semana.

novo cântico
O hino de Vitória cantando pelo povo santo, aqueles
que participaram da primeira ressurreição.
Apocalipse 5.6 - Ap. 14.2-3.
apokálypsis
apokálypsis
EM GREGO SIGNIFICA REVELAÇÃO

Revelação de Jesus Cristo, que Deus lhe deu para mostrar aos
seus servos o que em breve há de acontecer. Ele enviou o seu
anjo para torná-la conhecida ao seu servo João, que dá
testemunho de tudo o que viu, isto é, a palavra de Deus e o
testemunho de Jesus Cristo. Feliz aquele que lê as palavras
desta profecia e felizes aqueles que ouvem e guardam o que nela
está escrito, porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:1-3
cavalo branco
Cavalo Branco
simboliza a falsa
Paz, aquele que faz
aliança com muitos
por semana, que vai
fazer guerra contra
os santos 42 meses,
até que venha o
ancião de dias para
fazer justiça aos
santos. Ap. 6.2 - Dn.
9.27
cavalo preto
Relacionado com a
economia. Tudo indica
que haverá crises na
economia. Também
está relacionado com
a marca da besta,
comprar e vender. Ap.
13. 16-17
cavalo
vermelho
Relacionado as
guerras, aqui mostra o
anticristo fazendo
guerra com os 3
chifres (3. governos
relacionados com a
besta do mar) e aponta
para o anticristo
fazendo guerra contra
os santos e contra
todo tipo de objetivo
de culto. 2Ts. 2.4 - Dn.
7.8
cavalo verde
Símbolo da Morte e o Hades -
Representa o chifre pequeno
nos últimos 42 meses, no qual
recebe a chave do abismo na
metade da semana.
Ap. 6.8 - Ap. 9. 1-2
presbuteros
Presbíteros
A palavra grega para ancião é presbuteros no qual faz referência a
presbíteros, líderes da igreja qual fazem as mesmas funções dos
sacerdotes.

O número dos sacerdotes que Davi separou para servir no


Templo de Salomão. Existia 12 turnos com 2 homens
servindo. Ao total 24 anciãos, ou sacerdotes.

Os 24 anciãos apontam para o número representativo da


igreja de Jesus que participou da ressurreição e da
transformação de corpos, 24 porque representa a doutrina
apostólica e a dos profetas, ou seja 12 tribos na antiga
aliança e 12 apóstolos da nova aliança. 1 Cr. 23.4 - Ap. 1. 5-6
- Ef. 2.20 - 1Cr. 24. 7-19
prolepse e analepse O APOCALIPSE POSSUI UMA ESCRITA EM PROLEPSE E ANALEPSE

[Termo grego que provém de ana (contra) e chronos (tempo)] Refere-se às alterações entre
a ordem dos eventos da história e a ordem em que são apresentados no discurso. Assim, o
narrador pode antecipar acontecimentos ou informações (prolepse) ou recuar no tempo
(analepse).

PROLEPSE
Visão ou representação de algo
que ainda não aconteceu. =
ANTECIPAÇÃO, ANTEVISÃO.
[Retórica] Destruição
antecipada das objecções
possíveis. "prolepse".

anaLEPSE
(termos mais utilizados no teatro) é a
interrupção de uma sequência
cronológica narrativa pela
interpolação de eventos ocorridos
anteriormente. É, portanto, uma
forma de anacronia ou seja, uma
mudança de plano temporal.
apocalipse 1-3
A abertura da Revelação são as cartas para as 7
igrejas. Nele relata o contexto da igreja com CICLO

01
suas aprovações e exortações até a vinda de
Cristo, no qual os que vencerem vão fazer parte
do reino restaurado e das bodas do cordeiro,
CICLO 7.

apocalipse 2-4
Adoração ao Cordeiro e o Livro Selado de Sete CICLO
Selos. Nela relata a adoração da Igreja na frente

02
do trono de Deis após a restauração de todas as
coisas do Cordeiro, passando a reinar sobre
todos os povos ligando com o ciclo 8. Ap. 21-
22

apocalipse 6-7
Os selos, os 144 mil e a Grande Multidão, o CICLO

03
clico 3 é uma analepsa do CICLO 1 (Ap. 1-3) e
o CICLO 2 (Ap. 4-5) no qual a narrativa volta
para os eventos que vão ocorrer na última
semana de Daniel até a volta de Cristo e a
ressurreição do povo.

apocalipse 8-11
Os setes selos são as 7 trombetas, o Anjo com o CICLO

04
livrinho, as duas testemunhas. O ciclo 4 é uma
anapelse do CICLO 3 (Ap. 6-7) aonde vai
revelar a existência das trombetas dentro do
período de abertura dos selos, mostrando que
não segue uma ordem cronológica até a volta
de Cristo.

apocalipse 12-14
A mulher vestida de Sol, as 2 Bestas , os 144 mil CICLO

05
e o anúncio do evangelho. O quinto CICLO é
uma analepse do CICLO 3 (Ap. 6-7) e (Ap. 8-11)
no qual vai detalhar sobre as duas testemunhas e
sua profecia no período da Grande Tribulação e
a ressurreição do povo santo.
apocalipse 15-16
Os setes Anjos e as sete últimas Pragas, as Sete
taças da Ira de Deus, o sexto ciclo é uma CICLO

06
analepse do CICLO 4 (Ap. 8-11), no qual vai
detalhar o período do toque da Quinta
Trombeta até a volta de Cristo.

apocalipse 17-20
CICLO

07
A grande Babilônia e sua queda, as Bodas do
Cordeiro, o Milênio, o sétimo ciclo é uma
analepse do CICLO 4 (Ap. 8-11) e do CICLO 5
(Ap. 12-14) no qual trata do período da Grande
Tribulação, o Juízo do povo apóstata e da
vitória dos santos.

apocalipse 21-22
Nova Jerusalém, o Rio da água da Vida e a CICLO

08
Árvore da Vida. É uma analepse do CICLO 7
(Ap. 17-20) que traz detalhes dos eventos
ocorridos no milênio.
O DESERTO E A GRANDE ÁGUIA COM DUAS ASAS
Ap. 12.13 a mulher é levada para o deserto nas duas asas da grande águia e será sustentada por 3
anos e meio finais. Aqui vemos o silêncio ou morte das duas testemunhas, sendo a águia o
cuidado do Senhor, da mesma forma que Deus cuidou do seu povo no deserto em Exôdo 19.4 de
igual forma Deus guardará novamente seu povo.

DESERTO local de provações, silêncio, isolamento


Deserto é local de tribulações, provações, local solitário, a igreja estará isolada, provavelmente
os canais de comunicações cortados, os templos fechados, serão tempos difíceis como o profeta
Amós diz: Eis que vêm dias, diz o Senhor Deus, em que enviarei fome sobre a terra, não de pão,
nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor, confira Amós 8.1-14.

arrebatamento no deserto
Isaías 40. 30-31 os que esperam no Senhor renovam suas forças e sobem como asas como águias,
correm e não se cansam, caminham e não se fadigam. A perseverança dos santos na Grande
Tribulação trará o arrebatamento para a Igreja que subirácom asas como de águias.

perseverança no deserto
Aqui está a perseverança dos santos, os que guardam os mandamentos de Deus e a fé em Jesus
Apocalipse 14.12 - Atos 14.22 através de muitas tribulações nos importa entrarmos no reino de
Deus.
4 VENTOS DO CÉU 7 chifres
A ação do diabo durante toda Chifres apontam pra autoridade ou
a história da humanidade e governo. Os sete chifres indicam a
na última hora. Daniel 7. 2-3 plenitude e autoridade do Filho de Deus,
representada pelo Espírito Santo do
Senhor, lembrando que Cristo esvaziou-
4 VENTOS Da terra se e agora em apocalipse ele aparece
com a plenitude do seu poder mostrando
A ação do diabo personificada na que ele é Deus assim como o pai e exerce
terra através do homem da a autoridade. ap. 5.6
iniquidade, nos últimos 42 meses.
Ap. 12.12
7 olhos
Representa a plenitude do Espírito
Santo de Deus que está sobre Jesus
144.000 selados Cristo, no qual estabelece
onipresença. Ap. 5.6 - Zc. 4.10
a

Plenitude do Povo de Deus em


todas as gerações. Esse número é
um símbolo e não a contagem
exata. Veja que em Ap. 14. 1-4 e Ap.
7. 1-4 mostra a contagem dos
estrelas
144.ooo mas em Ap. 7.9 a mesma Simboliza os santos na nova e velha
multidão não se podia contar. Isso aliança. Ap. 1.20 - Gn. 26.4
nos mostra que os 144 mil é uma
metonímia ou seja um símbolo que
aponta para algo. 144 mil
representa a plenitude dos
remidos de todos os tempos.
A nova
Jerusalém
a nova jerusalém
É A IGREJA. A NOIVA É A CIDADE ONDE DEUS VAI
HABITAR PARA SEMPRE.
Apocalipse 21. 9-11 - Então, veio um dos sete anjos que têm as sete taças cheias dos últimos
sete flagelos e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a noiva, a esposa do Cordeiro; e
me transportou, em espírito, até a uma grande e elevada montanha e mostrou a santa
cidade, Jerusalém, que descia do céu, da parte de Deus, a qual tem a glória de Deus. O seu
brilho era semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de jaspe cristalina.
Deus está
construindo 1 Pedro 2.5 - também vós
de nós uma morada mesmos, COMO PEDRAS

para habitar. QUE VIVEM, SOIS


EDIFICADOS CASA
ESPIRITUAL para serdes
Efésios 2.22 - edificados sobre o sacerdócio santo, a fim de
fundamento dos apóstolos e profetas, oferecerdes sacrifícios
sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra espirituais agrada'veis a
angular; no qual todo o edifício, bem Deus por intermédio de
Jesus Cristo.
ajustado, cresce para santuário
dedicado ao Senhor, no qual também
vós juntamente estais sendo
edificados para habitação de Deus no
Espírito.

Porque esperava a cidade que tem


fundamentos, da qual o artífice e
construtor é Deus.
Hebreus 11:10
Apocalipse 21. 9-10 - Veja em Ezequiel
40 - no livro de Ezequiel vemos a
construção da obra da Nova Jerusalém, já
em Apocalipse vemos a conclusão, ou
seja a obra completa, o templo pronto.

A cidade Santa que desce do céu, não é


uma cidade de pedras mas a noiva, a
esposa do cordeiro, somos eu e você com
todos os santos de todas as gerações.
Deus está construindo de nós uma morada
para a ternidade. Efésios 2.20-22.

Veja também que o apóstolo Pedro fala


em sua carta 1 Pedro 2. 4-5 somos
pedras vivas, sendo edificados casa
espiritual para sermos sacerdotes santos,
a fim de oferecermos sacrifícios espirituais
a Deus por intermédio de Jesus.

Abraão cria nessa cidade e pela fé ele viu


essa cidade. O autor de Hebreus fala que
o Patriarca viu a cidade que tem
fundamentos da qual Deus é o arquiteto,
ou seja o Senhor está construindo de nós
uma morada para Ele e assim seremos sua
habitaçãp pela eternidade.

Quando Salomão termina de construir o


exuberante templo ele mesmo diz: por
ventura habitará o Senhor em templos
feitos por mãos humanas? Veja em Atos
7. 47-50 Estevão discorre sobre a antiga
aliança e afirma como disse o profeta: o
céu é meu trono, e a terra, o estrado dos
meus pés, que casa me edificareis, diz o
Senhor ou qual é o meu lugar de repouso?

Portanto quando o anjo chamar João e diz


que vai mostrar para ele a noiva, a esposa
e o Cordeiro, ele acaba mostrando a Nova
Jerusalém que desceu do céu, agora o
povo santo se tornou uma cidade para
Deus o Pai, veja em Apocalipse 21.9-10.
DICIONÁRIO DOS
símbolos e imagens
I. Elementos da natureza
e do universo

Cores
Em todos os povos, de acordo com a sua cultura, as cores têm
um significado simbólico. No Antigo Egito, por exemplo,
preto era a cor da esperança. Em outros povos, branco é a cor
do luto.

Para nós, verde simboliza a esperança. No Apocalipse as


cores têm um significado.

* Branco (Ap. 6,2); vitória, gloria, alegria, pureza.


* Vermelho (Ap. 6,4); sangue, fogo, guerra, perseguição.
* Amarelo-esverdeado ou baio (Ap. 6,7); cor de cadáver que
se descompõe, doença.
* Púrpura e escarlate, vermelho vivo (Ap. 17,4); luxo e
dignidade real.
* Preto (Ap 6,5); fome.
Números
Entre nós, alguns números têm um significado simbólico. Por
exemplo, sete é a conta do mentiroso. Treze é número de
azar. No ambiente apocalíptico, os números também têm um
significado simbólico:

3 Três vezes é o superlativo hebraico: plenitude (Ap 21,13) e


santidade (Ap 4,8): 3 x Santo.

4 Número cósmico: os quatro cantos da terra, toda a terra


(Ap 4,6; 7,1; 20,8); os quatro elementos do universo: terra,
fogo, água, ar. Quadrangular (Ap 21,16) sinal de plenitude e
de perfeição.

7 É a composição de 3 + 4. Indica plenitude, perfeição,


totalidade (Ap 1,4), Metade de 7 é 3,5 (Ap 11,9). Às vezes
se diz “um tempo, dois tempos, meio tempo” (Ap 12,14; Dn
7,25), isto é, três anos e meio. È a duração limitada das
perseguições. É o tempo controlado por Deus.

10 “Dez dias de provação” (Ap 2,10) (cf. Dn 1,12.14), tempo


curta duração.

12 É uma composição de 3 x 4. Número de perfeição e de


totalidade (Ap. 21,12-14).

24 É uma composição de 2 x 12. Os 24 anciãos (Ap 4,4;


11,16), isto é representantes do povo do AT (12 tribos) e do
povo do NT (12 apóstolos), ou seja a totalidade do povo de
Deus.

42 Quarenta e dois meses (Ap 11,2) é igual a três anos e


meio, é igual a 1.250 dias (cf 12,6), isto é, a metade de sete
anos. Indica o tempo limitado por Deus.
144 É uma composição de 12 x 12 (Ap 21,17). Sinal de
grande perfeição e totalidade.

666 É o número da besta (Ap 13,18). Em grego e em


hebraico cada letra tinha um valor numérico. O número de
um nome era o total do valor numérico de suas letras.

O número 666 é do nome César-Neron conforme o valor das


letras hebraicas ou César-Deus. Conforme o valor das letras
gregas. É também o número de maior imperfeição: seis não
alcança sete, é só a metade de doze, e isto por três vezes!

O número 666 é o cúmulo da imperfeição.

O número de um nome era o total do valor numérico das


letras. O número 666 é do nome de CESAR-NERO Conforme
o valor das letras hebraicas ( Kai =100 + As = 60 + R = 200 /
Ne = 50 +R = 200 + O = 6 +N =50 a soma dá 666). Também
significa CESAR-DEUS conforme a soma do valor das letras
gregas. 1000 Designa um prazo de tempo comprido e
completo. Reino de mil anos (Ap 20,2). As combinações: 7 x
1.000 = 7.000 (Ap 11,13), 12 x 1.000 = 12.000 (Ap 7,5-8),
144 x 1.000 = 144.000 (Ap 7,4; 14,1).
Elementos da natureza
Entre nós, alguns elementos da natureza têm um significado
simbólico. Por exemplo: “Fulana tem uma boa estrela!”
“João tem saúde de ferro” “Aquela menina é uma perola!” Na
Bíblia, os elementos da natureza têm variados significados
simbólicos:

Sol e Lua: “vestida com o sol, a lua debaixo dos pés” (Ap
12.1): criação servindo ao povo de Deus.

Estrela: (Ap1,16): anjo ou coordenador da comunidade (Ap


1,20)

Estrela da manhã (Ap 2,28): Jesus, fonte de esperança (Ap


22,16)

Arco – íris (Ap 10,1): símbolo da onipotência e da graça de


Deus. Evoca a aliança de Deus com Noé (Gn 9,12-17).

Mar (Ap 13,1): caos primitivo (Gn 1,1-2), lugar de onde sai a
besta-fera, símbolo do mal.

Abismo (Ap 9,2): lugar debaixo da terra, onde os espíritos


maus ficam presos.

Água da boca da serpente, o vômito (Ap 12,15): império


romano.

Eufrates (Ap 9,14): região de onde costumavam vir os


invasores; aqui os partos.

Cristal (Ap 4,6; 22,1): clareza, esplendor, transparência,


ausência do mal.

Pedras preciosas (Ap 21,19-20): raridade, beleza, valor.


Pedra branca (Ap 2,17): usada no tribunal pelo juiz para
declarar alguém inocente.

Ouro (Ap 1,13): riqueza

Ferro, cetro de ferro (Ap 2,27): poder.

Barro, vasos de barro (Ap 2,27) fragilidade. Evoca Is 64,7,


ou (Jer 18,6).

Palma (Ap 7,9): triunfo.

Duas oliveiras (Ap 11,4): personagens importantes. Evocam


a visão do AT (Zc 4,3-14).
Mundo animal
A convivência com os animais produz significados
simbólicos. Por exemplo, o povo diz: “Não ser papagaio”,
“Escutar como coruja”, “Meter o bico em tudo”, “Fulano
é como cavalo!”. No Apocalipse, os bichos ou partes do
bicho têm vários significados simbólicos:

Dragão (Ap 12,3) ou “antiga serpente” (Ap 12,9): poder do


mal hostil a deus e a seu povo.

Besta-fera que sobe do abismo (Ap 11,7) ou do mar (Ap


13,1): Nero ou império romano.

Besta que sai da terra (Ap 13,11): o falso profeta que


propaga o culto ao imperador. O dragão, a besta do mar e a
besta-fera da terra são uma caricatura da Trindade. O anti-
Deus, o anti-Cristo e o anti-Espírito (falso profeta).

Pantera, leão e urso (Ap13,2): crueldade, sem misericórdia.


Evoca a visão de Daniel (Dn 7,4-6).

Cavalos (Ap 6,2-7): poder, exército que arrasa. Evocam a


visão de Zacarias (Zc 1,8-10).

Cordeiro (Ap 5,6): indica Jesus. Evoca o cordeiro pascal


imolado no êxodo (Ex 12,1-14).

Leão, touro, homem, águia, os “quatro seres vivos”,


literalmente: “animais”, (Ap 4,6-7): indicam os quatro seres
mais fortes que presidem o governo do mundo físico.

Indicam também os quatro elementos que formam o ser


humano: touro (instinto), leão (sentimento), águia|
(intelecto), homem (rosto), os quatro juntos formavam o ser
mitológico da Babilônia chamado karibu ou Querubim, e a
esfinge do antigo Egito, evocavam as visões de Isaías (Is 6,2)
e sobretudo de Ezequiel (Ez 10,14 e 1,10).
Águia (Ap 12,14): evoca a proteção do êxodo (Ex 19,4; Dt
32,11).

Gafanhotos (Ap 9,3): invasores estrangeiros, os partos.


Evocam as pragas do Egito (Ex 10,1-20) e a visão de Joel
que fala de gafanhotos com aspecto de cavalos (Jl 2,4; Ap
9,7).

Escorpião (Ap 9,3): perfídia, traição. Evoca êxodo conforme


o livro da Sabedoria (Sb 16,9)

Cobra, serpente (Ap 9,19): poder mortífero.

Sapo (Ap 16,13): animal impuro (Lv 11,10-12); símbolo


persa da divindade das trevas. Evoca a praga das rãs (Ex
7,26 a 8,11).

Chifre (Ap 5,6): poder, particularmente o poder do rei.


asas (Ap 4,8): mobilidade; velocidade em executar a
vontade de Deus. Evocam Ezequiel (Ez 1,6-12).
II. A vida e as coisas da
vida com suas instituições
Coisas da vida
Túnica longa (Ap 1,13): símbolo de sacerdócio (Ex 28,4; Zc
3,4). Roupa ou veste evoca a realidade profunda das
pessoas.

Linho puro (Ap 15,6): a conduta justa dos cristãos (Ap 19,8).
alfa e ômega (Ap 1,8): primeiro e último, princípio e fim (Ap
21,6; 22,13).

Chave (Ap 3,7): poder.

Livro (Ap 5.1): o plano de Deus para a história humana.

Livro da vida (Ap 3,5; 20,12): contém os nomes dos que vão
viver sempre.
Coisas da vida
Selo (Ap 5,1): segredo

Ladrão (Ap 3,3): Deus vem como ladrão, isto é, de maneira


inesperada, imprevisível.

Foice (Ap 14,14): imagem de julgamento divino.


trombeta (Ap 8,2): voz sobre-humana que anuncia os
acontecimentos do fim dos tempos.

Carimbo, sinal, marca (Ap 7,2; 13,16-17): marca de


propriedade e proteção.

Balança (Ap 6,5): escassez de comida, custo de vida.


Corpo e vida humana
Cabelos brancos (Ap 1,14): símbolo de eternidade.

Olhos brilhantes (Ap 1,14): símbolo de ciência divina


universal.

Pés de bronze (Ap 1,15): firmeza invencível.

Nome (Ap 3,5.8; 19,13): indica a própria pessoa.

Mão direita (Ap 1,16): símbolo de poder. Evoca a ação de


Deus no êxodo.

Mulher (Ap 12,1): povo santo dos tempos messiânicos; as


comunidades em luta.

Filho da mulher (Ap 12,4): messias, chefe do Novo Israel.


Evoca (Gn 3,15).

Prostituição (Ap 2,14): a infidelidade da idolatria.

Virgem (Ap 14,4): pessoa que rejeita a idolatria.

Noiva, esposa (Ap 19,7): igreja, povo de Deus (cf. Ap 21,2;


21,9-10).

Casamento do Cordeiro com a Noiva (Ap.19,7; 21,2):


estabelecimento do Reino (cf. Is. 62,5).
Jerusalém e seu templo
Candelabros de ouro (Ap 1,12): o povo de Deus, as
comunidades.

Incenso (Ap 5,8): oração dos santos que sobe até Deus (Ap.
8,4).

Coluna (Ap 3,12): firmeza e lugar de honra. Evoca a coluna


do templo (1 Rs 7,15-22).

Templo (Ap 3,12): coração de Jerusalém, cidade santa,


representa o povo de Deus.

Monte Sião (Ap 14,1): lugar do templo; trono de Deus.

Nova Jerusalém (Ap 3,12; 21,2): o povo de Deus,


finalmente reconciliado. 4. O império romano

Trono (Ap 1,4): majestade, domínio. Evoca o julgamento,


anunciado no AT (Dn 7,9-14).

Trono de Satanás (Ap 2,13): altar do templo de Zeus no alto


da montanha em Pérgamo.

Espada afiada (Ap 1,16): palavra de Deus que julga e


castiga (Ap 19,15). Evoca a imagem usada por Isaías (Is
49,2).

Arco (Ap 6,2): arma característica dos partos; terror.

Cinto de ouro (Ap 1,13): símbolo de realeza.

Coroa (Ap 4,4): poder de rei.

Rei dos reis, senhor dos senhores (Ap 19,16; 1,5): título do
imperador romano dado a Jesus.

Você também pode gostar