Discente: Daniela Seles de Andrade Saber diferenciar a função da escola e educação é o primeiro passo para discutir sobre escola pública e o trabalho desenvolvido na mesma. Desta forma é válido perceber que a educação ocupa papel singular em todo contexto histórico da sociedade, esse processo foi/é alvo de diversos avanços, desafios e estratégias, tais características acompanham a realidade e vivência de cada época. Paulo Freire (1996) definiu a educação como um ato político libertador, que oportuniza o indivíduo a pensar e agir de forma crítica e transformadora. Destarte, com a consciência de que se vive numa sociedade capitalista, torna-se cada vez mais pertinente observar com clareza o quanto esse fator influência nas práticas pedagógicas, bem como isso reflete na vida de todos que compõem a escola pública, neste sentindo é relevante entende-la como espaço que prima pela aprendizagem, organização, trabalho e construção gradual do sujeito. Segundo Junior (1990) a escola pública reúne trabalhadores capazes de produzir “passagens” que permitem o indivíduo migrar, “das primeiras letras ao universo do discurso, da linguagem informal às linguagens, sistematizadas, da intuição pessoal ao saber historicamente organizado”. Assim é necessário analisar e entender a lógica/modelo social que atravessa a escola (administração escolar), bem como distinguir de que forma a mesma vem formando cada sujeito. Para Dayrell (2001) a escola pública é espaço sócio- cultural dinâmico, construída de maneira genuína e cotidiana que contribui para formação do ser social. É indispensável que ela trabalhe em conjunto e isso envolve alunos, professores, funcionários da limpeza, secretaria, inspetores, coordenadores pedagógicos, diretores e família. A função da escola é integrar a todos, equilibrar, atender e agregar diferenças, conhecimentos e culturas, com a finalidade de formar cidadãos atentos ao papel do Estado e socialmente ativos. De acordo a vivência e prática com a escola pública, a educação e suas políticas de acesso, vale ressaltar que, embora o papel do Estado seja investir na escola afim de preparar os alunos para o processo democrático, faz-se necessária uma proposta educacional que objetive a qualidade da formação para todos, tendo em vista a dignidade humana, igualdade de direitos e respeito. Nesse processo, é preciso que haja mudanças, individuais e coletivas de forma que o trabalho seja pautado na realidade dos momentos sociais e políticos, pois a formação escolar capacita para compreensão e interferência do sujeito nos acontecimentos socioeconômicos, políticos e culturais.