Você está na página 1de 195

PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA

Portal Educação

CURSO DE
PEDREIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

1
CURSO DE
PEDREIRO

MÓDULO I

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

2
SUMÁRIO

MÓDULO I
1 INTRODUÇÃO – NOÇÕES BÁSICAS
1.1 NIVELAMENTO
1.1.1 Procedimento para uso da mangueira de nível
1.1.2 Nível de bolha
1.2 ALINHAMENTO
1.2.1 Prumo
1.2.2 Escantilhão
1.3 ESQUADRO
1.4 UNIDADES DE MEDIDA
1.4.1 Medidas de comprimento
1.4.2 Sistema métrico
1.4.3 Trena
1.4.4 Porcentagem
1.4.5 Cálculo da área
1.4.6 Cálculo de volume

MÓDULO II
2 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO
2.1 DEFINIÇÃO
2.1.1 Naturais
2.2.2 Artificiais
2.2.3 Combinados
2.2. CLASSIFICAÇÃO
2.2.1.1 Principais ou resistentes
2.2.1.2 Auxiliares ou de revestimentos
2.2.1.3 Elétricos

3
2.2.1.4 Hidráulicos
2.2.1.5 Vedação
2.2.1.6 Proteção
2.2.1.7 Fixação
2.3 ASPECTOS TÉCNICOS, ECONÔMICOS E ESTÉTICOS
2.3.1 Condições técnicas
2.3.2 Condições Econômicas
2.3.3 Condições Estéticas
2.4 PROPRIEDADES GERAIS DOS CORPOS
2.4.1 Principais propriedades dos corpos
2.4.1.1 Dureza
2.4.1.2 Tenacidade
2.4.1.3 Maleabilidade
2.4.1.4 Plasticidade
2.4.1.5 Elasticidade
2.4.1.6 Durabilidade
2.4.1.7 Desgaste
2.4.2 Certificação de materiais de construção

MÓDULO III
3 ARGAMASSA
3.1 ARGAMASSA PARA REVESTIMENTO
3.1.1 Custos dos revestimentos
3.1.2 Funções da argamassa de revestimento
3.1.3 Usos da argamassa de revestimento
3.1.4 Materiais constituintes da argamassa:
3.1.4.1 Cimento Portland
3.1.4.2 Água
3.1.4.3 Areia
3.1.4.4 Cal Hidratada
3.2 ARGAMASSA NORMAL
3.2.1 Chapisco

4
3.2.4.1 Chapisco convencional
3.2.4.2 Chapisco desempenado
3.2.4.3 Chapisco rolado
3.2.2 Emboço
3.2.3 Reboco
3.3 ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA
3.3.1 Argamassa industrializada em sacos
4 CONCRETO
4.1 COMPONENTES DO CONCRETO
4.1.1 Cimento
4.1.2 Agregados
4.2 CONCEITO DE CONCRETO ARMADO
4.3 ADITIVOS PARA CONCRETO
4.4 CONCRETO MISTURADO EM BETONEIRA NA OBRA
4.4.1 Passos para mistura na betoneira
4.5 MISTURA MANUAL DE CONCRETO
4.5.1 Concreto – Resumo
4.6 CONCRETO PRONTO DE CENTRAL
4.6.1 Pedido e Programação
4.6.2 Recebimento do Concreto
4.6.3 Lançamento e adensamento do concreto
4.6.3.1 Lançamento convencional
4.6.3.2 Lançamento por bombas
4.6.4 Adensamento
4.6.5 Cura do concreto
4.6.5.1 Processos de cura do concreto

MÓDULO IV
5 FERRAMENTAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL
6 LOCAÇÃO DA OBRA
7 ESCAVAÇÃO DA OBRA
8 FUNDAÇÃO

5
8.1 FUNDAÇÃO EM ESTACA BROCA
8.1.1 Locação das estacas
8.2 VIGA BALDRAME
8.3 CONSTRUÇÃO DA CAMADA DE CONCRETO MAGRO
8.4 CONSTRUÇÃO DE SAPATAS CORRIDAS
8.5 CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA DE BLOCO ESTRUTURAL
8.5.1 Detalhe da prumada de centro da alvenaria de bloco estrutural
8.5.2 Detalhe da prumada da face e do nivelamento da alvenaria de bloco de
concreto estrutural
9 PAREDE
9.1 ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO
9.1.1 Bloco cerâmico maciço ou tijolo comum
9.1.2 Tijolo refratário
9.1.3 Bloco cerâmico ou tijolo furado
9.1.4 Marcação das primeiras fiadas
9.1.5 Alinhamento da fiada
9.1.6 Canto de parede
9.1.7 Encontro de paredes
9.1.8 Cruzamento de paredes
9.2 ALVENARIA DE BLOCO DE CONCRETO
9.2.1 Blocos de Concreto
10 ACABAMENTOS
10.1 REVESTIMENTOS
10.1.1 Revestimento chapisco
10.1.2 Revestimento emboço
10.1.3 Revestimento reboco
10.1.3.1 Reboco hidrófugo
10.1.3.2 Reboco impermeável
10.1.3.3 Barra lisa de cimento (cimento queimado)
10.1.3.4 Estuque lúcido (barra lustra ou barra lúcida)
10.1.3.5 Reboco travertino (massa tipo travertino)
10.1.3.6 Massa lavada
10.1.3.7 Reboco raspado (massa raspada)

6
10.1.3.8 Granilito ou granitina
10.1.3.9 Massa acrílica
10.1.3.9.1 Normas Gerais para Execução de Revestimentos Argamassados
11 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

MÓDULO V
13 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS
13.1 PLANTA
13.1.1 Planta de implantação
13.1.2 Planta de locação
13.1.3 Planta baixa
13.2 CORTE
13.2.1 Cortes em fachadas
13.3 DETALHES TÉCNICOS
13.4 CONVENÇÕES E SÍMBOLOS
13.5 ELEMENTOS DO PROJETO
13.5.1 Paredes
13.5.2 Portas
13.5.2.1 Portas de correr
13.5.2.2 Porta interna
13.5.2.3 Porta externa
13.5.2.4 Portas de abrir
13.5.3 Janelas
13.5.4 Níveis
13.5.5 Legenda
13.5.6 Escadas
14 NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO APLICADAS À CONSTRUÇÃO
CIVIL PARA A PROFISSÃO DE PEDREIRO
14.1 NORMAS COMUNS A TODOS OS TRABALHADORES DE UMA EMPRESA:
14.2 NORMAS ESPECÍFICAS À FUNÇÃO DE PEDREIRO (SECONCI, 2005):
14.3 CONDUTAS SEGURAS NO CANTEIRO DE OBRAS

7
14.3.1 Alcoolismo
14.3.2 Tabagismo
14.3.3 Organização do canteiro de obras
14.3.4 Ergonomia
14.3.5 EPIs
14.3.5.1 Principais EPIs utilizados na construçãocivil, na profissão de pedreiro:
14.3.5.1.1 Capacete
14.3.5.1.2 Óculos de proteção.
14.3.5.1.3 Protetor auricular
14.3.5.1.4 Mascára
14.3.5.1.5 Luvas de malha pigmentada
14.3.5.1.6 Luva de PVC
14.3.5.1.7 Botas de segurança
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

8
MÓDULO I

1 INTRODUÇÃO – NOÇÕES BÁSICAS

A profissão de pedreiro é uma das mais antigas. No mundo árabe, recebia o


nome de “alvanel” a pessoa que erguia paredes de alvenaria com pedras, tijolos ou
outros materiais. O nome pedreiro teve sua origem do latim petrarium, ou seja,
relativo às pedras (ARRUDA, 2010).
O Brasil recebeu desde o período de sua colonização, diversos pedreiros
que, vindos da Europa, trouxeram técnicas de construção com um conhecimento
desenvolvido ao longo dos anos.
As técnicas tiveram que ser adaptadas aos materiais existentes e às
condições características de cada região. Como é o caso de algumas regiões do
Nordeste, que têm como característica utilizar adicionado em suas argamassas de
assentamento e revestimento, um componente argilo mineral do tipo saibro que
favorece a plasticidade destes elementos.
Um pedreiro apesar de desempenhar funções básicas em uma obra,
necessita também ter conhecimentos de alguns aspectos importantes da
construção, como saber consultar plantas, saber realizar marcações em um terreno
de uma obra, além de procurar possuir um conhecimento dos tipos de materiais e
equipamentos disponíveis para o seu trabalho.
Da mesma forma que os carpinteiros e marceneiros, os pedreiros antigamente
estavam organizados em uma “confraria”, pelo menos desde a segunda metade do
século XVII. Esta instituição seguia o modelo das organizações de ofícios medievais
europeias, embora adaptada à realidade colonial cheia de restrições, já que possuía
uma vertente religiosa enquanto “irmandade” para subsistir (ARRUDA, 2010).
Os pedreiros e os demais oficiais da construção, considerados geralmente
como pertencentes a um patamar baixo na hierarquia social colonial, eram

9
denominados “mecânicos”, que, no seu sentido mais antigo, significava “artesão” ou
aquele que trabalhava com as mãos.

FIGURA 1 - PEDREIRO TRABALHANDO NOS DIAS ATUAIS

FONTE: Disponível em: <http://corsimateriaisdeconstrucao.blogspot.pt/2011/12/dia-do-pedreiro-13-


de-dezembro.html>. Acesso em: 22 de jan. 2013.

FIGURA 2 - PEDREIRO DE ANTIGAMENTE

FONTE: Disponível em: <http://www.victorianweb.org/history/work/16.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

10
Na atualidade, o profissional pedreiro está inserido em um mercado de
trabalho mais consolidado do que acontecia antigamente. Este mercado que lhe
fornece a possibilidade de executar novas técnicas exige que seu conhecimento seja
mais aprofundado e atualizado quanto a alguns aspectos essenciais, como: saber ler
e interpretar um projeto, entender especificações técnicas relacionadas com alguns
tipos de alvenarias e ter noções do controle de qualidade de seu serviço na obra.
Apesar de ainda nos dias de hoje o pedreiro não possuir grande destaque na
hierarquia de uma obra, é um oficial que é muito respeitado tendo até recebido
homenagens de governantes.
O então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira ergueu um monumento em
Brasília dedicado aos pedreiros que construíram a capital brasileira (ARRUDA, 2010).

1.1 NIVELAMENTO

Segundo CHAVES (1987), o correto nivelamento consiste em uma operação


de transportar as referências de nível de um local para outro, tendo a definição de
uma determinada altura, conseguindo estabelecer desta forma um plano horizontal.
Geralmente nas obras de construção civil a referência de nível é constituída
a cerca de 1,0 m do nível do piso, sendo transportada desta maneira a todas as
paredes de uma edificação.
As alturas de uma alvenaria são marcadas com o nivelamento, além dos
vãos de portas e janelas. Também se consegue obter com o nivelamento a
marcação correta do piso e contrapiso.
A ferramenta mais comum utilizada para realizar a operação de nivelamento
é a mangueira de nível.

11
FIGURA 3 - NIVELAMENTO COM MANGUEIRA DE NÍVEL EM TERRENO

FONTE: Disponível em:


<http://construcaociviltips.blogspot.pt/search/label/ESTUDOS%20PRELIMINARES>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

O uso da mangueira de nível fundamenta-se no princípio dos vasos


comunicantes, que nos fornece o nível. Este é o método utilizado para medir toda a
obra, desde a marcação até o nivelamento dos pisos, batentes, azulejos etc.
A mangueira deve ter pequeno diâmetro, parede espessa para evitar dobras
e ser transparente.

FIGURA 4 - MANGUEIRA DE NÍVEL

FONTE: Disponível em: <http://www.momfort.com.br/produtos_mangueiras_de_nivel.html>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

12
Para uma boa marcação, a mangueira de nível deve estar posicionada entre
as balizas, sem dobras ou bolhas no seu interior. A água deve ser colocada
lentamente para evitar a formação de bolhas.

FIGURA 5 - ITENS QUE DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO NO


USO DA MAGUEIRA DE NÍVEL

FONTE: CHAVES, 1997.

FIGURA 6 - USO DA MANGUEIRA DE NÍVEL EM TERRENO

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-de-juntas-de-


trabalho.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

13
1.1.1 Procedimento para uso da mangueira de nível

1. Unir as duas extremidades da mangueira, deixando o resto no chão.


2. Levar a mangueira a uma torneira e encher com água, até faltar 20 cm para
transbordar.
3. Em seguida, esticar suavemente a mangueira com as pontas para cima, até
não tocar mais no chão.
4. Esperar que todas as bolhas de ar que estiverem dentro da mangueira saiam.

FIGURA 7 - ÁGUA DA MANGUERIA SEM BOLHAS

FONTE: Disponível em: <http://www.cec.com.br/dicas-construcao-tirando-o-nivel-com-uma-


mangueira?id=209>. Acesso em: 22 jan. 2013.

14
5. Escolher o primeiro ponto com o lápis de pedreiro (A). Ali colocar a marca da
água, riscando a parede.

FIGURA 8 - USO DO LÁPIS PARA MARCAR O PRIMEIRO PONTO

FONTE: Disponível em: <http://www.cec.com.br/dicas-construcao-tirando-o-nivel-com-uma-


mangueira?id=209>. Acesso em: 22 de jan. 2013.

6. Com cuidado, levar a outra ponta da mangueira para o lugar que deseja
igualar, onde deverá ser marcado o outro ponto (B). Esperar a água subir e
descer na mangueira, até se estabilizar e, aí, com o lápis de pedreiro, marcar
o ponto (B) nivelado com (A).

FIGURA 9 - MARCAÇÃO DO SEGUNDO PONTO DE NIVELAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://www.cec.com.br/dicas-construcao-tirando-o-nivel-com-uma-


mangueira?id=209>. Acesso em: 22 jan. 2013.

15
7. Repetir o procedimento para certificar-se de que o nível está correto.

FIGURA 10 - REPETIÇÃO DO PROCEDIMENTO DE MARCAÇÃO DOS PONTOS


DE NIVELAMENTO COM LÁPIS

FONTE: Disponível em: < http://www.cec.com.br/dicas-construcao-tirando-o-nivel-com-uma-


mangueira?id=209>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Na utilização da mangueira de nível, quando tiver que mudar de lugar, a


água vai tender a sair. Para resolver esse problema, é só fechar uma das pontas do
tubo com o dedo. Não entrando ar, a água não escorre. Isto também funciona se
quiser parar o movimento da água dentro do tubo.
A mangueira de nível tem a função de transportar níveis pela obra para a
marcação de nível de pisos e revestimentos de paredes, peitoris de janelas, dentre
outros.

16
1.1.2 Nível de bolha

O nível com bolha é um instrumento destinado a indicar a inclinação – o


valor em graus entre dois planos – de um plano. Pode indicar em graus ou apenas
se está ou não inclinado.
Em um tubo transparente coloca-se um líquido, mais viscoso que água e de
alguma cor para facilitar a leitura. Deixa-se uma bolha dentro do tubo. A bolha irá
indicar se o plano está inclinado ou não. Se a bolha estiver próximo da marcação a
esquerda, quer dizer que o plano tem o lado esquerdo mais alto que o direito
(CHAVES, 1997).

FIGURA 11 - NÍVEL COM BOLHA FEITO DE ALUMÍNIO

FONTE: Disponível em: <http://www.momfort.com.br/produtos_niveis.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

17
FIGURA 12 - DETALHE DA BOLHA DENTRO DO APARELHO

FONTE: Disponível em:


<http://www.helimodelos.com.br/ferramentas_view.php?ferramentas_view=17>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 13 - NÍVEL DE BOLHA DIGITAL

FONTE: Disponível em: < http://www.dutramaquinas.com.br/produtos/nivel-de-bolha-digital-angular-


34-cm-awn-38-20-340-000>. Acesso em: 22 jan. 2013.

18
1.2 ALINHAMENTO

Segundo CHAVES (1997), posicionar em uma mesma direção dois


elementos de construção com o auxílio de uma linha consiste em realizar um
alinhamento.
Para conseguir obter o alinhamento correto, deve-se estabelecer um ponto
inicial e outro final, fixando uma linha entre eles.
Esse procedimento em obra é utilizado na construção das fiadas de uma
parede, possibilitando a verificação da regularidade da mesma, respeitando a
quantidade de massa na junta e consequente alinhamento.

FIGURA 14 - OPERAÇÃO DE ALINHAMENTO UTILIZADO NA CONSTRUÇÃO DA


SEGUNDA FIADA DE UMA ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO

FONTE: ARRUDA, 2010.

19
1.2.1 Prumo

O prumo é o equipamento utilizado para posicionar na direção vertical os


elementos de uma construção. É utilizado no assentamento da parede aprumando
os blocos iniciais e finais de cada fiada, na marcação das mestras superiores do
reboco de uma parede, na obtenção de eixos de elementos estruturais de uma
fundação, etc.
As ferramentas utilizadas para obter a prumada são: prumo de face e prumo
de centro.

FIGURA 15 - PRUMO DE FACE

FONTE: Disponível em: <http://www.ferragemseef.com.br/index.php?seef=nav/prumo>. Acesso em:


22 jan. 2013.

20
O prumo de face tem o peso metálico em forma de cilindro e, na outra ponta
do cordão, uma peça em geral de madeira chamada "taco", da mesma largura do
peso metálico. Ele é usado para determinar se as fiadas de uma parede e outros
elementos verticais estão corretamente "aprumados" ou "no prumo".
O prumo de parede tem a função de conferir o alinhamento das paredes em
fase de alvenaria ou reboco e, também, conferir o prumo das mestras de reboco.

FIGURA 16 - POSICIONAMENTO CORRETO DO PRUMO DE PAREDE

FONTE: ARRUDA, 2010.

21
O prumo de centro tem a função de definir o centro dos pilares, materializar
encontro de eixos de locação topográfica e materializar os eixos de cintamentos.

FIGURA 17 - PRUMO DE CENTRO

FONTE: Disponível em: <http://pedreirao.blogspot.pt/2012/02/ferramentas-de-pedreiro-passo-


passo.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

O prumo de centro tem um peso metálico em forma de pião e permite


determinar uma linha vertical a partir de um ponto qualquer, transferindo este ponto
de um plano horizontal a outro. Isso é possível porque a ponta do pião fica
exatamente alinhada com o cordão esticado, quando o prumo pende livremente.
O prumo pode ser usado também para traçar uma linha vertical em uma
parede existente, seguido os passos:
 Passar giz ou pó de grafite no cordão;
 Fixar a ponta do cordão no alto, junto à parede;
 Deixar o prumo pender livremente, próximo à parede, mas sem
encostar nela;
 Esperar o prumo estacionar por completo;
 Apertar a parte metálica contra a parede e "estalar" o cordão na
parede (o giz do cordão marcará uma linha vertical na parede).

22
Para se proceder ao alinhamento de uma parede deve-se iniciar pelos
cantos, logo após o assentamento da primeira fiada, seguindo o prumo ou
escantilhão no sentido horizontal.
O motivo de se levantar primeiro os cantos, está na condição de garantir a
planicidade entre os cantos, fiada por fiada.

FIGURA 18 - DETALHE DO ALIMENTO DA ELEVAÇÃO DA ALVENARIA

FONTE: CHAVES, 1997.

23
FIGURA 19 - DETALHE DA VERIFICAÇÃO DO PRUMO DA ALVENARIA

FONTE: CHAVES, 1997.

Segundo CHAVES (1997), a maneira mais prática de execução de uma


elevação da alvenaria, verificando o nível e o prumo, possui os seguintes passos:
1º - Colocação da linha, a argamassa é disposta sobre a fiada anterior;

FIGURA 20 - COLOCAÇÃO DA ARGAMSSA DE ASSENTAMENTO

FONTE: CHAVES, 1997.

24
2º - Sobre a argamassa, o tijolo é assentado com a face rente à linha, batendo
e acertando com a colher;

FIGURA 21 - ASSENTAMENTO DO TIJOLO

FONTE: CHAVES, 1997.

3º - A sobra de argamassa é retirada com a colher.

FIGURA 22 - RETIRADA DO EXCESSO DE ARGAMASSA

FONTE: CHAVES, 1997.

25
1.2.2 Escantilhão

O escantilhão é uma ferramenta muito utilizada pelo pedreiro para permitir o


correto alinhamento das alvenarias.
É utilizado através de ajustes finos dos prumos nas duas direções. Oferece
bom desempenho e confiabilidade às paredes, garantindo o prumo e o nível dos
blocos (ABCP, 2005).
Todos os escantilhões existentes no mercado são similares. O que os
diferencia é basicamente a facilidade na fixação e a maneira de ajuste das
referências das fiadas.
Há vários tipos, metálicos ou de madeira feito em obra. Para uma maior
estabilidade, os escantilhões são fixados com pregos de aço. Pode-se utilizar
também bucha e parafuso.
O escantilhão de madeira, é composto por uma ripa de madeira reta com o
comprimento do pé direito (distância do piso ao teto) da parede da edificação, sendo
que possui a sua graduação conforme o tipo de bloco utilizado, respeitando a
espessura das juntas entre blocos.
No escantilhão metálico, a graduação é precisa, feita industrialmente. Possui
grande estabilidade da base, permitindo fácil marcação para cada fiada.

26
FIGURA 23 - ESCANTILHÃO METÁLICO

FONTE: Disponível em:


<http://equipaobra.com.br/plus/modulos/catalogo/verProduto.php?cdcatalogoproduto=17>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 24 - POSICIONAMENTO DO ESCANTILHÃO

FONTE: Disponível em:


<http://www.selectablocos.com.br/alvenaria_estrutural_detalhes_construtivos_22.html>
Acesso em 22 jan. 2013.

27
1.3 ESQUADRO

Um esquadro é uma ferramenta que o pedreiro utiliza para realizar a


marcação dos vãos pequenos de uma obra em um ângulo de 90º (noventa graus).
Pode ser utilizado na locação de uma obra, na marcação das alvenarias e
nos revestimento (CHAVES, 1997).

FIGURA 25 - ESQUDRO

FONTE: ARRUDA, 2010.

FIGURA 26 - ESQUADRO DE PEDREIRO

FONTE: Disponível em: <http://pedreirao.blogspot.pt/2012/02/ferramentas-de-pedreiro-passo-


passo.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

28
FIGURA 27 - PERFIL METÁLICO USADO
PARA VERIFICAR ESQUADRO EM PAREDES

FONTE: Disponível em:


<http://pedreirao.blogspot.pt/2012/02/ferramentas-de-pedreiro-passo-passo.html>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

O equipamento tem a função de conferir esquadro na marcação de


alvenarias, azulejos e cerâmicas.
No mercado, encontram-se esquadros de 30 cm, 50 cm, 100 cm e 120 cm.

29
1.4 UNIDADES DE MEDIDA

1.4.1 Medidas de comprimento

O metro (m) é a unidade base do Sistema Internacional de Unidades (SI)


para medidas de comprimento.
Quando, porém, o comprimento a ser medido é muito grande ou muito
pequeno, o metronão é a unidade de medida mais adequada. Nesses casos,
recorremos a seus múltiplos (unidades maiores que o metro) ou submúltiplos
(unidades menores que o metro).

TABELA 1 - UNIDADES DE MEDIDAS


Unidade Sigla Relação Valor
Quilômetro km m x 1000 1 km = 1000 m
Múltiplos Hectômetro hm m x 100 1 hm = 100 m
Decâmetro dam m x 10 1dam = 10 m
Decímetro dm m /10 1 dm = 0,1 m
Submúltiplos Centímetro dm m / 100 1 cm = 0,01 m
Milímetro mm m / 1000 1 mm = 0,001 m
FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/matematica/unidades-de-medidas-de-
comprimento/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

A transformação de uma unidade para a outra é executada, multiplicando-se


ou dividindo-se por 10, 100 ou 1000.

30
FIGURA 28 - TRANSFORMAÇÃO DE UNIDADES

FONTE: Disponível em: <http://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/07/unidades-de-


comprimento.jpg>. Acesso em: 22 jan. 2013.

1.4.2 Sistema métrico

Cada centímetro na escala encontra-se dividido em dez partes iguais e cada


parte equivale a 1 mm. Assim, a leitura pode ser feita em milímetros.

FIGURA 29 - FORMA DE LEITURA DE RÉGUA COMUM GRADUADA PARA 1 CM

FONTE: DINIZ, 2009.

31
1.4.3 Trena

Trata-se de um instrumento de medição constituído por uma fita de aço, fibra


ou tecido, graduada em uma ou em ambas as faces, no sistema métrico e/ou no
sistema inglês, ao longo de seu comprimento, com traços transversais.

FIGURA 30 - TRENA

FONTE: Disponível em:


<http://www.ferramentasbrasfort.com.br/productDescription.asp?cat_codRel=1&cat_ID=33&product_I
D=244>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Em geral, a fita está acoplada a um estojo ou suporte dotado de um


mecanismo que permite recolher a fita de modo manual ou automático. Tal
mecanismo, por sua vez, pode ou não ter uma trava para facilitar a leitura da medição.

32
1.4.4 Porcentagem

A porcentagem serve para representar quanto de um todo está sendo


referenciando.
É frequente o uso de expressões que refletem acréscimos ou reduções em
preços, números ou quantidades, sempre tomando por base cem unidades,
representada pelo símbolo %.

FIGURA 31 - SÍMBOLO DE PORCENTAGEM

FONTE: Disponível em: <http://www.xandaodicas.com.br/como-calcular-porcentagem/>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

A seguir, exemplos do uso de porcentagens.

A gasolina teve um aumento de 15%.


Significa que em cada R$ 100,00 houve um acréscimo de R$ 15,00.

O cliente recebeu um desconto de 10% em todas as mercadorias.


Significa que em cada R$ 100,00 foi dado um desconto de R$ 10,00.

33
Para facilitar a compreensão da porcentagem, pode-se utilizar o fator de
multiplicação.
Se, por exemplo, há um acréscimo de 10%, a um determinado valor,
podemos calcular o novo valor apenas multiplicando esse valor por 1,10, que é o
fator de multiplicação.
Se o acréscimo for de 20%, multiplicamos por 1,20, e assim por diante.

TABELA 2 - FATOR DE MULTIPLICAÇÃO PARA ACRÉSCIMO OU LUCRO


Acréscimo ou Lucro Fator de Multiplicação
10% 1,10
15% 1,15
20% 1,20
47% 1,47
67% 1,67
FONTE: Criação própria.

TABELA 3 - FATOR DE MULTIPLICAÇÃO PARA DESCONTO


Desconto Fator de Multiplicação
10% 0,90
25% 0,75
34% 0,66
60% 0,40
90% 0,10
FONTE: Criação própria.

Exemplos do uso do fator multiplicação:

Aumentando 10% no valor de R$ 10,00 temos: 10 x 1,10 = R$ 11,00

Descontando 10% no valor de R$ 10,00 temos: 10 x 0,90 = R$ 9,00

34
1.4.5 Cálculo da área

A área é a medida de uma superfície, o “metro quadrado” é a unidade usada


para essa medida e é representada por “m²”.
Área do quadrado = lado x lado
Área do retângulo = medida da base x (vezes) medida da altura.
Área do triângulo = medida da base x medida da altura dividida por 2 (dois).
Área do trapézio = base maior (B) + base menor (b) x a altura (h) dividida por
2 (dois).

FIGURA 32 - ÁREAS PRINCIPAIS ELEMENTOS GEOMÉTRICOS

FONTE: Disponível em: <http://ednaldomatematica.blogspot.pt/2012/02/area-de-figuras-planas.html>


Acesso em: 22 jan. 2013.

35
1.4.6 Cálculo do volume

É obtido pelo produto (multiplicação) de três dimensões: comprimento,


largura e altura.
O volume de um corpo é a quantidade de espaço ocupada por esse corpo.
Volume tem unidades de tamanho cúbicas (cm³, m³, etc.)
A unidade no Sistema Internacional de Unidades é o metro cúbico (m³).
O conceito de volume aplica-se somente a objetos com três dimensões,
sendo o volume nulo para objetos com duas ou uma dimensão.
A seguir, exemplo de cálculos de volume:

Cálculo do volume de materiais para executar um revestimento externo


 Volume de emboço para 10 m2, considerando espessura de 20 mm:
10 m2 x 0,02 m (20 mm) = 0,20 m3

 Volume de cimento, considerando 1 parte sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,2 ÷


12 = 0,0166m3

 Peso de cimento, considerando um peso específico de 1200 kg/m3 =


0,0166 x 1200 = 20 kg

 Volume de cal, considerando 2 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0166 x


2 = 0,0333m3

 Peso de cal, considerando um peso específico de 1200 kg/m3 = 0,0333


x 1700 = 56,66kg

 Volume de areia, considerando 9 partes sobre 12 (traço 1:2:9) = 0,0166


x 9 = 0,1494m3

36
 Peso de areia média, considerando um peso específico de 1500 kg/m3
= 0,1494 x 1500 = 224,10 kg

Volume total do material de emboço para 10,00 m2:


0,0166 (cimento) m3 + 0,0333 (cal) m3 + 0,1494 (areia) m3 = 0,1993 m3 = 0,20 m3

Peso total do material de emboço para 10,00 m2:


20,00 (cimento) kg + 56,66 (cal) kg + 224,10 (areia) kg = 300,76 kg

FIM DO MÓDULO I

37
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
PEDREIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

38
CURSO DE
PEDREIRO

MÓDULO II

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

AN02FREV001/REV 4.0

39
MÓDULO II

2 MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO

2.1 DEFINIÇÃO

O estudo dos materiais de construção é de grande importância para o


pedreiro obter as informações necessárias de cada material, possibilitando a
realização de aplicação correta, tendo em conta as características de cada sistema.
Segundo KLOSS (1996), os materiais de construção são analisados tendo
em vista:
 Obtenção;
 Extração ou fabricação;
 Propriedades ou características;
 Utilização e condições de emprego.

O termo materiais de construção tem uma grande amplitude, podendo


abranger não somente os materiais aplicados na construção civil como também os
empregados nas construções naval, aeronáutica, automobilística, etc.
Classificação quanto a obtenção:
 Naturais;
 Artificiais;
 Combinados;

AN02FREV001/REV 4.0

40
2.1.1 Naturais

Quando se encontram na natureza prontos a serem empregados


diretamente ou apenas exigindo operações de seleção, desdobro ou beneficiamento,
sem alterar ou comprometer sua estrutura molecular (KLOSS, 1996).

FIGURA 33 - MATERIAL NATURAL PEDRA BRITA

FONTE: Disponível em:


<http://www.navegadormt.com/noticia.php?codigo=4361&categoria=Meio%20Ambiente>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 34 - MATERIAL NATURAL PEDRA SEIXO DE RIO

FONTE: Disponível em:


<http://www.navegadormt.com/noticia.php?codigo=4361&categoria=Meio%20Ambiente >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

41
FIGURA 35 - MATERIAL NATURAL MADEIRA SERRADA

FONTE: Disponível em: <http://www.pinhoser.pt/produtos/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 36 - MATERIAL NATURAL MADEIRA DE PISO

FONTE: Disponível em: <http://jpjlixamento.com.br/lixa-tacos-curitiba/madeira-envernizada/>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

42
2.2.2 Artificiais

Quando resultam da elaboração industrial, quanto à composição, estrutura,


ocorrendo mudanças nas suas propriedades antes de serem aplicados numa obra.

FIGURA 37 - MATERIAL ARTIFICIAL TELHA CERÂMICA

FONTE: Disponível em: <http://www.eurotop.com.br/italiana.html>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 38 - MATERIAL ARTIFICIAL MANILHA DE CONCRETO

FONTE: Disponível em: <http://www.tuboscopel.com.br/tubos-circulares.php>


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

43
FIGURA 39 - MATERIAL ARTIFICIAL MADEIRA RECONSTRUÍDA

FONTE: Disponível em: <http://marcenariacasarao.blogspot.pt/2012/07/madeira-e-paineis-


industrializados.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 40 - MATERIAL ARTIFICIAL BLOCO CERÂMICO

FONTE: Disponível em: <http://www.arq.ufsc.br/arq5661/trabalhos_2004-1/tijolos/tc_fabricacao.htm >.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

44
2.2.3 Combinados

São os materiais que resultam da associação de outros materiais naturais ou


artificiais.

FIGURA 41 - MATERIAL COMBINADO CONCRETO

FONTE: Disponível em: <http://vamosconstruir.com/projetos/concreto>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 42 - MATERIAL COMBINADO ARGAMASSA

FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/37/artigo220694-


1.asp>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

45
2.2 CLASSIFICAÇÃO

2.2.1 Classificação quanto à função ou emprego:

2.2.1.1 Principais ou resistentes

Integram os elementos resistentes da estrutura de uma obra e são


fundamentais para dar início a uma construção.

FIGURA 43 - MATERIAL PRINCIPAL CIMENTO PORTLAND

FONTE: Disponível em: <http://www.telhanorte.com.br/Cimento-Portland-CPII-32-25Kg-Votoran-


994502/p>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 44 - MATERIAL PRINCIPAL AREIA

FONTE: Disponível em: <http://prontolar.blogspot.pt/2011/05/areia.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

46
2.2.1.2 Auxiliares ou de revestimentos

São empregados no revestimento ou complementação de uma obra.

FIGURA 45 - MATERIAL AUXILIAR PASTILHA DE REVESTIMENTO

FONTE: Disponível em: <http://areatecnica.recer.pt/pt/produto/pastilha-index-mix-


45x45_p:1957$bc:1>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 46 - MATERIAL AUXILIAR TACO

FONTE: Disponível em: <http://www.soviduca.com/mosaico.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

47
2.2.1.3 Elétricos

São os materiais empregados nas instalações elétricas.

FIGURA 47 - MATERIAL ELÉTRICO INTERRUPTOR

FONTE: Disponível em:


<http://www.bellfone.com.br/Vitrine.aspx?idSubgrupo=271&idGrupo=270&idCategoria=002 >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 48 - CABOS ELÉTRICOS

FONTE: Disponível em: <http://eletrosina.blogspot.pt/2010_07_01_archive.html>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

48
2.2.1.4 Hidráulicos

São os materiais empregados nas instalações hidráulicas e sanitárias.

FIGURA 49 - MATERIAL HIDRÁULICO CAIXA D’ÁGUA

FONTE: Disponível em: <http://www.maderpre.com.br/showroom_caixadagua.php >.


Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 50 - TUBOS DE PVC

FONTE: Disponível em: <http://www.sival2.pt/index.php?id=5&aid=1&fid=2>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

49
2.2.1.5 Vedação

São os materiais empregados para proteção contra intempéries e para


impossibilitar a passagem de insetos, etc.

FIGURA 51 - PORTA COM VIDRO

FONTE: Disponível em: <http://www.blogdale.net/wp-content/uploads/2012/09/vidros-e-janelas-


5.jpg>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 52 - PORTA DE MADEIRA

FONTE: Disponível em: <http://construdeia.com/janela-de-madeira/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

50
2.2.1.6 Proteção

São os materiais destinados a proteger outros tipos de materiais de


construção contra a ação de agentes destruidores.

FIGURA 53 - MATERIAL DE PROTEÇÃO EMULSÃO ASFÁLTICA

FONTE: Disponível em: <http://www.revistatechne.com.br/engenharia-civil/177/artigo242878-1.asp>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 54 - MATERIAL DE PROTEÇÃO HIDROFUGANTE

FONTE: Disponível em: <http://engecia.blogspot.pt/2011/11/passo-passo-hidrofugante-para-


concreto.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

51
2.2.1.7 Fixação

São os materiais empregados para interligar objetos.

FIGURA 55 - PREGOS

FONTE: Disponível em: <http://dicascaseiras.wordpress.com/2010/03/29/complementos-e-


suplementos/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 56 - REBITES

FONTE: Disponível em: <http://www.fixatelha.com.br/viewProduct.php?id=27>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

52
2.3 ASPECTOS TÉCNICOS, ECONÔMICOS E ESTÉTICOS

Na seleção dos materiais de construção, para aplicação criteriosa e correta,


devem ser consideradas características ou condições de três ordens distintas:
 Técnicas;
 Econômicas;
 Estéticas.
Segundo KLOSS (1996), um material de construção é considerado
adequado se conseguir satisfazer em simultâneo as três condições fundamentais:
o Ser tecnicamente estável, seguro e durável;
o Ter o menor custo das soluções analisadas;
o Ser agradável e aceito pelo cliente.

2.2.1 Condições técnicas

a) A principal condição para um material de construção atender


tecnicamente é cumprir com as recomendações existentes nas normas técnicas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). Normas brasileiras (NBR) são as
diretivas para cálculos e métodos de execução de obras e serviços, assim como
atender as condições mínimas de segurança.
b) As propriedades físicas (teor de umidade, absorção, finura, inchamento,
etc.), as propriedades químicas (início de pega, fim de pega, hidratação, resíduos
insolúveis, etc.), as propriedades mecânicas (compressão, flexão, tração, torção, etc.).
c) Resistência ou durabilidade do material ao intemperismo, agentes
orgânicos (fungos, bolores, etc.), agentes do meio, a altas temperaturas e ao fogo, a
água e líquidos agressivos.
d) Moldabilidade ou adaptação do material à obra.
e) Trabalhabilidade ou facilidade de aplicação do material na obra.

AN02FREV001/REV 4.0

53
2.3.2 Condições econômicas

a) O valor aquisitivo do material, função da sua qualidade e quantidade.


b) O custo da aplicação do material, função da mão-de-obra, instalações,
ferramentas e equipamentos.
c) O custo da conservação do material em uso, em função do custo do
material e mão de obra de conservação e das ferramentas, equipamentos e
instalações necessárias.
d) Vida provável da obra que fixa o tempo de amortização de seu custo
total quer inicial, quer o de conservação. Caracterizando-se assim as obras
permanentes e as obras provisórias.

2.3.3 Condições estéticas

a) Tipo de material;
b) Mão de obra de aplicação (especializada);
c) Acabamento e conservação;
d) Aparência isolada;
e) Cores.

AN02FREV001/REV 4.0

54
2.4 PROPRIEDADES GERAIS DOS CORPOS

As propriedades de um corpo são as qualidades exteriores que o


caracterizam e distinguem. O conhecimento e a identificação de um corpo são feitos
através de suas propriedades e por seu comportamento diante de agentes exteriores
(KLOSS, 1996).
Há uma variação muito grande nas propriedades de um material para outro. Em
alguns casos, chegam a ser nulas. É necessário o conhecimento das propriedades de
cada material para que seja possível avaliar o seu comportamento na prática.

2.4.1 Principais propriedades dos corpos

2.4.1.1 Dureza

É a resistência que os corpos opõem ao serem riscados por outro corpo em


condições de carga estática ou dinâmica, mediante pressão, risco, atrito, corte ou
furação.

2.4.1.2 Tenacidade

É a resistência que corpos opõem ao choque ou percussão. Por exemplo, o


vidro tem grande dureza, mas pequena tenacidade.

AN02FREV001/REV 4.0

55
FIGURA 57 - VIDRO:

O vidro é um exemplo de material com grande dureza e pouca tenacidade.


FONTE: Disponível em: < http://www.vidroseclipse.com.br/category/portfolio/>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

2.4.1.3 Maleabilidade

É a capacidade que os corpos têm de se adelgaçarem até formarem lâminas


sem se romperem. Propriedade dos metais.

FIGURA 58 - FERRAGEM DE OBRA

A ferragem de obra é um exemplo de material com maleabilidade de corte e dobra.


FONTE: Disponível em: <http://www.seidetudo.net/2012/05/o-ferro-na-construcao-civil.html>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

56
2.4.1.4 Plasticidade

É a tendência que os corpos apresentam em não retornarem à forma


primitiva após a aplicação de um esforço.

2.4.1.5 Elasticidade

É a tendência que os corpos apresentam em retornar à forma primitiva após


certo espaço de tempo.

2.4.1.6 Durabilidade

É a capacidade dos corpos permanecerem inalterados com o tempo,


resistindo às intempéries, agentes agressivos, etc.

2.4.1.7 Desgaste

Quando o material perde as dimensões e/ou qualidade devido ao uso


contínuo.

AN02FREV001/REV 4.0

57
2.4.2 Certificação de materiais de construção

As entidades normalizadoras concedem marcas de conformidade aos materiais


que estão de acordo com suas especificações. Em alguns casos, essa conformidade
pode ser indicada por um símbolo a ser afixado no material ou na embalagem.

FIGURA 59 - EXEMPLO DE CERTIFICAÇÃO

Exemplo de certificação do cimento Portland emitido pela ABCP à marca


FONTE: Disponível em: <http://www.acpo.ind.br/np/index.php?pag=noticia&id=62>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 60 - CERTIFICADO DE PRODUTO DA ABNT

FONTE: Disponível em: <http://www.jbm.ind.br/iframe/noticias_03.htm>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

58
FIGURA 61 - EMBALAGEM DE CIMENTO PORTLAND COM O SELO DA ABNT

Selos da ABNT na parte de baixo (em destaque) da embalagem


FONTE: <http://www.cimentosliz.com.br/home>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 62 - CERTIFICADO DE PRODUTO DA ABPC

Exemplo de certificação de cal emitido pela Associação Brasileira dos Produtos de Cal.
FONTE: Disponível em: <http://www.abpc.org.br/selopop.htm>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 63 - EMBALAGEM DE CAL HIDRATADA COM SELO DE QUALIDADE

Selo da ABPC na parte esquerda (em destaque) da embalagem


FONTE: Disponível em: <http://caltrevobrasil.com.br/produtos/cal-hidratada-ch-iii>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

59
FIM DO MÓDULO II

AN02FREV001/REV 4.0

60
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE

PEDREIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

61
CURSO DE

PEDREIRO

MÓDULO III

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

AN02FREV001/REV 4.0

62
MÓDULO III

3 ARGAMASSA

Segundo a NBR 13529, a argamassa corresponde a um material utilizado na


construção, constituído por uma mistura de característica homogênea de um ou
mais aglomerantes, em especial cimento e cal, agregados miúdos (areia) e água.
Devido à evolução deste material, existe a possibilidade de adição de
aditivos químicos em sua composição de forma a procurar obter algumas
propriedades de aderência e endurecimento.

3.1 ARGAMASSA PARA REVESTIMENTO

Este tipo de argamassa normalmente é à base de cal e cimento.

FIGURA 64 - ARGAMASSA PARA REVESTIMENTO

FONTE: Disponível em: <http://www.justmix.com.br/argamassa-pronta>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

63
3.1.1 Custos dos revestimentos

Os revestimentos representam uma parcela significativa do custo total da


construção de edifícios.
Segundo a Revista Construção Mercado (2003), tais custos representam
cerca de 10% a 30% do total da construção, dependendo do tipo da edificação e do
seu padrão.
O revestimento de argamassa pode ser entendido como a proteção de uma
superfície porosa com uma ou mais camadas superpostas, com espessura
normalmente uniforme, resultando em uma superfície apta a receber de maneira
adequada uma decoração final.

FIGURA 65 - APLICAÇÃO DE ARGAMASSA

FONTE: Disponível em: <http://www.equipedeobra.com.br/construcao-reforma/23/glossario-aumente-


seu-vocabulario-139206-1.asp>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

64
3.1.2 Funções da argamassa de revestimento

As principais funções de um revestimento de argamassa são:


• Unir componentes de alvenaria;
• Corrigir imperfeições da base;
• Regularizar a absorção da base ou melhorar a aderência;
• Cobrir e regularizar a superfície da base;
• Dar acabamento final à superfície;
• Unir componentes do acabamento decorativo.

3.1.3 Usos da argamassa de revestimento

Os principais usos de um revestimento de argamassa são:


 assentar tijolos e blocos, azulejos, ladrilhos, cerâmicas e tacos;

FIGURA 66 - ARGAMASSA USADA EM ASSENTAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://espanol.torange.biz/Objects/summer-residence-


earth/Construcci%C3%B3n-de-casas-rurales-2881.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

65
 impermeabilizar superfícies;

FIGURA 67 - ARGAMASSA USADA EM IMPERMEABILIZAÇÃO

FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/noticias/nova-norma-de-argamassa-


impermeavel-entra-em-vigor/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

 regularizar, (tapar buracos, eliminar ondulações, nivelar e aprumar) paredes,


pisos e tetos;
 dar acabamento às superfícies (liso, áspero, rugoso, etc).

3.1.4 Materiais constituintes da argamassa:

3.1.4.1 Cimento Portland

Segundo a NBR 5732, o cimento Portland é um material com aspecto de um


pó fino, que em contato com a água possui a propriedade de ser ativado procedendo
ao processo de endurecimento.
Há vários tipos de cimento disponíveis no mercado da construção. A
principal diferença entre os tipos existentes está na composição e nas adições que
cada tipo recebe.

AN02FREV001/REV 4.0

66
A principal propriedade do cimento em uma argamassa é a de proporcionar
a resistência mecânica deste elemento. Por ser constituído de partículas finas,
consegue reter na mistura água e permitir a plasticidade da argamassa. Quanto
maior a quantidade de cimento existente em uma argamassa, maior será a
possibilidade de retração, devido à elevada rigidez deste material, por isso a
importância de uma boa dosagem e equilíbrio no uso deste material é fundamental.

3.1.4.2 Água

O uso da água na argamassa corresponde em especial na ativação do


cimento Portland. Por ser o material que regula a consistência de uma argamassa,
deve ser adicionada com cuidado para regular a trabalhabilidade e atender os traços
especificados para cada serviço.

FIGURA 67 - ÁGUA POTÁVEL

FONTE: Disponível em: <http://construtoressocioeticos.blogspot.pt/2011/12/agua-potavel-e-casas-de-


banho-para.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Considera-se a água potável como a melhor para elaboração de produtos à


base de cimento Portland. Não devem ser utilizadas águas contaminadas ou com
excesso de sais solúveis. Em geral, a água que serve para o amassamento da
argamassa é a mesma utilizada para o concreto e deve seguir a NBR NM 137.

AN02FREV001/REV 4.0

67
3.1.4.3 Areia

As areias utilizadas na preparação de argamassas podem ser originárias de:


rios, cava, britagem (areia de brita, areia artificial).

FIGURA 68 - EXTRAÇÃO DE AREIA DE RIO

FONTE: Disponível em: <http://hidroviasinteriores.blogspot.pt/2010/12/extracao-de-areia-no-rio-


guaiba.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

O agregado miúdo ou areia é um constituinte das argamassas de origem


mineral, de forma particulada, com diâmetros entre 0,06 mm e 2,0 mm.
A granulometria do agregado tem influência nas proporções de
aglomerantes e água da mistura.
Dessa forma, quando há deficiências na curva granulométrica (isto é, a
curva não é contínua) ou excesso e finos, ocorre maior consumo de água de
amassamento, reduzindo a resistência mecânica e causando maior retração por
secagem na argamassa.

AN02FREV001/REV 4.0

68
3.1.4.4 Cal hidratada

Em uma argamassa em que há apenas a presença de cal, sua função


principal é como aglomerante da mistura. Neste tipo de argamassa, destacam-se as
propriedades de trabalhabilidade e a capacidade de absorver deformações.
Entretanto, são reduzidas as suas propriedades de resistência mecânica e
aderência.
Em argamassas mistas, de cal e cimento, devido a finura da cal há retenção
de água em volta de suas partículas e consequentemente maior retenção de água
na argamassa.
Assim, a cal pode contribuir para uma melhor hidratação do cimento, além
de contribuir significativamente para a trabalhabilidade e capacidade de absorver
deformações.

FIGURA 69 - PACOTE DE CAL HIDRATADA

FONTE: Disponível em: <http://www.cerrobranco.com.br/cal-hidratada-ch-iii/>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

69
3.2 ARGAMASSA NORMAL

O tipo de argamassa normal corresponde aos tradicionais traços utilizados


em obra, sendo em sua essência traços empíricos, através da experiência de cada
profissional.
Podem seguir padrões de dosagens definidos e otimizados para o tipo de
aplicação, sendo que sua mistura costuma ser realizada mecanicamente.
Na armazenagem dos materiais para a produção da argamassa normal
deve-se tomar alguns cuidados, principalmente com a contaminação dos materiais,
por serem em sua maioria fornecidos a granel, exigem certos cuidados.
Os agregados miúdos e graúdos devem ser estocados em baias cujos pisos
devem ser protegidos de preferência sem estar em contacto com o solo.
O cimento e a cal devem ser sempre armazenados, protegidos de
intempéries e em local de fácil acesso.
O revestimento em argamassas pode ser dividido em três.
 Chapisco: camada de preparo da base, constituída de mistura de cimento,
areia e aditivos, aplicada de forma contínua ou descontínua, com a finalidade
de uniformizar a superfície quanto à absorção e melhorar a aderência do
revestimento;
 Emboço: camada de revestimento executada para cobrir e regularizar a
superfície da base com ou sem chapisco, propiciando uma superfície que
permita receber outra camada de reboco ou de revestimento decorativo, ou
que se constitua no acabamento final;
 Reboco: camada de revestimento utilizada para o cobrimento do emboço,
propiciando uma superfície que permita receber o revestimento decorativo ou
que se constitua no acabamento final.

AN02FREV001/REV 4.0

70
FIGURA 70 - CAMADAS DO REVESTIMENTO EM ARGAMASSA

FONTE: Disponível em:


<http://www.cimento.org/index.php?option=com_content&view=article&id=101:revestimentos&catid=3
4:maos-a-obra&Itemid=80>. Acesso em: 22 jan. 2013.

3.2.1 Chapisco

A aplicação do chapisco consiste em lançar uma argamassa fluída no


substrato, para proporcionar sua maior fixação. Esta argamassa é produzida com
cimento e areia no traço 1:3 ou 1:4, geralmente com areia grossa. O lançamento
manual é a forma mais adequada para realizar esta aplicação. Como ocorre muita
queda de material neste procedimento, recomenda-se proteger o piso para tentar
reaproveitar o material (SALGADO, 2007).
O chapisco possui o traço com maior consumo de cimento por metro cúbico
de material, nem mesmo o concreto estrutural proporcionalmente terá a mesma
quantidade de cimento.

AN02FREV001/REV 4.0

71
FIGURA 71 - CHAPISCO

FONTE: Disponível em: <http://arquitectandoufpb.blogspot.pt/2012/06/fase-da-obra-7-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

3.2.4.1 Chapisco convencional

O chapisco pode ser realizado de diversas maneiras: A forma consiste no


lançamento vigoroso de uma argamassa fluida sobre a base, utilizando-se uma
colher de pedreiro. A textura final deve ser a de uma película rugosa, aderente e
resistente. Esta argamassa fluida é produzida com cimento e areia grossa em
proporções que variam de 1:3 a 1:5 (em volume) em função das características do
agregado utilizado e da superfície a ser chapiscada.

FIGURA 72 - CHAPISCO CONVENCIONAL

FONTE: Disponível em:


<http://www.serifa.com.br/viapol/noticias_cont.php?menu=noticias&codigo=20>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

72
3.2.4.2 Chapisco desempenado

Usualmente aplicado sobre a estrutura de concreto, esse tipo de chapisco é


feito com uma argamassa industrializada para esse fim, sendo necessário acrescer
somente água. É aplicado com desempenadeira denteada.

FIGURA 73 - CHAPISCO DESEMPENADO

Aplicação com desempenadeira denteada.


FONTE: Comunidade da Construção ABCP, 2005.

3.2.4.3 Chapisco rolado

Feito com uma argamassa fluida obtida através da mistura de cimento e


areia, com adição de água e polímero, usualmente de base PVA. Pode ser aplicada
tanto na estrutura como na alvenaria, usando-se rolo para textura acrílica. A parte
líquida deve ser misturada aos sólidos até obter consistência de “sopa”.
Deve-se atentar para a homogeneização constante durante a aplicação.

AN02FREV001/REV 4.0

73
FIGURA 74 - CHAPISCO ROLADO

FONTE: Disponível em: <http://www.vivaacabamentos.com.br/dicas.htm >. Acesso em: 22 jan. 2013.

3.2.2 Emboço

Para a execução do emboço é necessário ter decorrido um tempo mínimo de


cura da aplicação do chapisco de três dias e que preferencialmente as instalações
das paredes tenham sido executadas (instalações hidráulicas e elétricas) e os
rasgos devidamente preenchidos, os batentes das portas colocados ou com os tacos
dos batentes assentados, contramarcos dos caixilhos e preferencialmente o
contrapiso executado ou pelo menos a camada de regularização.
O emboço também considerado camada de revestimento espesso, tem em
média 2 cm de espessura, cujo traço depende do que vier a ser executado como
acabamento. Usualmente, uma argamassa de emboço é aplicada nos traços 1/2:1:5;
1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia).
Na sua aplicação recomenda-se a molhagem prévia do substrato a receber a
argamassa, para não absorver a água de amassamento necessária para a cura da
argamassa. Para a execução do emboço, deve-se inicialmente realizar o
alinhamento da parede, com posicionamento de taliscas de madeira ou caco
cerâmico geralmente inferior a 2 m de espaçamento.

AN02FREV001/REV 4.0

74
FIGURA 75 - FIXAÇÃO DAS TALISCAS

FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-


embosso-e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Com a consolidação das taliscas (cerca de dois dias), preenche-se o espaço


entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço e, estando a
massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), apruma-se as
mestras que servirão de guia para a execução do revestimento.

AN02FREV001/REV 4.0

75
FIGURA 76 - EXECUÇÃO DAS MESTRAS

A
FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-embosso-
e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Após chapar o emboço, é realizado o corte com régua de alumínio ou


sarrafo de madeira, orientadas pelas mestras.

FIGURA 77 - SARRAFEAMENTO POR MEIO DE RÉGUA DE ALUMÍNIO APOIADA


SOBRE DUAS MESTRAS

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

76
Com a regularização, aplica-se uma desempenadeira para acertar a argamassa
no substrato uniformizando a superfície, tendo em conta os seguintes elementos:
• Avaliar o ponto de sarrafeamento da argamassa pelo teste de
compressão da superfície com os dedos;

FIGURA 78 - PONTO DE SARRAFEAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

• Analisar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final


previsto;
• Verificar a planicidade utilizando uma régua de alumínio com nível de
bolha acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha
entre as linhas.

FIGURA 79 - REGULARIZAÇÃO COM DESEMPENADEIRA

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

77
3.2.3 Reboco

O reboco é a camada de acabamento de um revestimento de argamassa, e


consiste em uma camada que pode ser considerada de preparação para outros
revestimentos ou a camada final de acabamento.
Os rebocos mais usuais são cal fino ou massa corrida.

FIGURA 80 - APLICAÇÃO DE CAL FINA OU ARGAMASSA SOBRE EMBOÇO

FONTE: Disponível em: <http://construindo.org/massa-corrida/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

78
3.3 ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA

A NBR 13529/1995 define como argamassa industrializada, o material


proveniente da dosagem controlada em instalação industrial, de aglomerantes de
origem mineral, agregados miúdos e, eventualmente, aditivos e adições em estado
seco e homogêneo, ao qual o usuário somente necessita adicionar a quantidade de
água requerida.

3.3.1 Argamassa industrializada em sacos

Essas argamassas compõem-se de agregados com granulometria


controlada, cimento Portland e aditivos especiais que otimizam as propriedades das
mesmas, tanto no estado fresco quanto no endurecido.
As argamassas ensacadas são fabricadas em complexos industriais, onde
os agregados miúdos, os aglomerantes e os aditivos em pó são misturados a seco e
ensacados. A embalagem pode ser plástica ou de papel kraft, semelhante aos sacos
de cal e cimento. No momento da utilização, o preparo da argamassa é feito apenas
pela mistura com adição de água.
Por serem produzidas por processos industriais, mecanizados e com
controles rígidos de produção, as argamassas ensacadas apresentam grande
uniformidade de dosagem. Isto significa dizer que se pode conseguir a repetição de
um traço com um grau de confiança satisfatório.
Na obra, o preparo pode ser feito em uma única central para que se faça o
transporte da argamassa pronta até o local de uso, ou de uma maneira mais
racional, podem-se transportar os sacos e armazená-los nos andares, efetuando o
preparo através de misturadores alocados no pavimento, no momento da aplicação.

AN02FREV001/REV 4.0

79
As argamassas fornecidas em sacos devem constar nas embalagens as
seguintes informações:
• Nome do fabricante e marca do produto;
• Designação do produto;
• Massa líquida, em kg;
• Indicação do tipo de argamassa;
• Composição qualitativa e quantidade de água a ser incorporada, em
litros.

FIGURA 81 - ARGAMASSA INDUSTRIALIZADA EM SACO PARA MÚLTIPLO USO

FONTE: Disponível em: <http://hipermassacascavel.blogspot.pt/2012/07/hipermassa-multiuso-massa-


pronta.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

As argamassas industrializadas tipo múltiplo uso são adequadas para o


assentamento de alvenaria de vedação ou estrutural, bem como para revestimento
interno e externo de paredes.
As argamassas industrializadas podem ser empregadas para diversos tipos de
aplicações, bastando apenas misturá-las à quantidade de água indicada na embalagem
para obter uma massa de consistência adequada, através de mistura mecânica.

AN02FREV001/REV 4.0

80
4 CONCRETO

Os primeiros materiais a serem empregados nas construções foram a pedra


natural e a madeira, sendo o ferro e o aço empregados séculos depois. O concreto
armado só surgiu mais recentemente, por volta de 1850 (BORGES, 1996).
Para um material de construção ser considerado bom, ele deve apresentar
duas características básicas: resistência e durabilidade. A pedra natural tem
resistência à compressão e durabilidade muito elevadas, porém, tem baixa
resistência à tração. A madeira tem razoável resistência, mas tem durabilidade
limitada. O aço tem resistências elevadas, mas requer proteção contra a corrosão.
O concreto armado pode ter surgido da necessidade de se aliar as
qualidades da pedra (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço
(resistências mecânicas à tração), com as vantagens de poder assumir qualquer
forma, com rapidez e facilidade, e proporcionar a necessária proteção do aço contra
a corrosão.
O concreto é um material composto, constituído por cimento, água,
agregado miúdo (areia), agregado graúdo (pedra ou brita) e ar. Pode também conter
adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos com a
finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas.
O concreto é uma mistura, em determinadas proporções, de quatro
componentes básicos: cimento, pedra, areia e água.
A definição para o concreto simples, conforme a NBR 6118/03, é: “elementos
estruturais elaborados com concreto que não possui qualquer tipo de armadura ou
que a possui em quantidade inferior ao mínimo exigido para o concreto armado”.
Na sequência, são apresentados os materiais componentes do concreto
simples, com a definição e a descrição de suas características mais importantes.

AN02FREV001/REV 4.0

81
4.1 COMPONENTES DO CONCRETO

4.1.1 Cimento

O cimento Portland, tal como hoje mundialmente conhecido, foi descoberto na


Inglaterra por volta do ano de 1824, e sua produção industrial foi iniciada após 1850.
O cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes,
aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido,
mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o cimento Portland não se
decompõe mais (BORGES, 1996).
O cimento é o principal elemento dos concretos e é o responsável pela
transformação da mistura de materiais que compõem o concreto no produto final
desejado.
O cimento é composto de clínquer e de adições, sendo o clínquer o principal
componente, presente em todos os tipos de cimento. O clínquer tem como matérias-
primas básicas o calcário e a argila. A propriedade básica do clínquer é que ele é um
ligante hidráulico, que endurece em contato com a água.

FIGURA 82 - CLÍNQUER PARA FABRICAÇÃO DE CIMENTO

FONTE: BASTOS, 2011.

AN02FREV001/REV 4.0

82
Para a fabricação do clínquer, a rocha calcária inicialmente britada e moída
é misturada com a argila moída. A mistura é submetida a um calor intenso de até
1450°C e então bruscamente resfriada, formando pelotas (o clínquer). Após
processo de moagem, o clínquer transforma-se em pó.
As adições são matérias-primas misturadas ao clínquer no processo de
moagem, e são elas que definem as propriedades dos diferentes tipos de cimento.
As principais adições são o gesso, as escórias de alto-forno e os materiais
pozolânicos e carbonáticos.
Os tipos de cimento que existem no Brasil diferem em função da sua
composição, como o cimento Portland comum, o composto, o de alto-forno, o
pozolânico, o de alta resistência inicial, o resistente a sulfatos, o branco e o de baixo
calor de hidratação. Dentre os diferentes tipos de cimento listados na próxima tabela
(TABELA 4), os de uso mais comuns nas construções são o CPII E-32, o CPII F-32 e
o CPIII-40. O cimento CPV-ARI é também muito utilizado em fábricas de estruturas
pré-moldadas.
Os diferentes tipos de cimento têm uma nomenclatura própria e são
fabricados segundo as resistências à compressão de 25, 32 ou 40 MPa. No
comércio, o cimento é fornecido em sacos de 25 kg e 50 kg, com exceção do
cimento ARI que pode ser encontrado também em sacos de 40 kg.

AN02FREV001/REV 4.0

83
TABELA 4 - TIPOS DE CIMENTO

FONTE: Disponível em: <www.abcp.org.br>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

84
4.1.2 Agregados

Os agregados podem ser definidos como os “materiais granulosos e inertes


que entram na composição das argamassas e concretos” (PFEIL, 1989). São muito
importantes no concreto porque cerca de 70% da sua composição é constituída
pelos agregados, e são os materiais de menor custo dos concretos.
Os agregados são classificados quanto à origem em naturais e artificiais. Os
agregados naturais são aqueles encontrados na natureza, como areias de rios e
pedregulhos, também chamados cascalho ou seixo rolado. Os agregados artificiais
são aqueles que passaram por algum processo para obter as características finais,
como as britas originárias da trituração de rochas.

FIGURA 83 - AGREGADOS NATURAIS MIÚDOS (AREIA)


E GRAÚDO (SEIXO ROLADO)

FONTE: BASTOS, 2011.

Na classificação quanto às dimensões, os agregados são chamados de


miúdo, como as areias, e graúdo, como as pedras ou britas. O agregado miúdo tem
diâmetro máximo igual ou inferior a 4,8 mm, e o agregado graúdo tem diâmetro
máximo superior a 4,8 mm.

AN02FREV001/REV 4.0

85
Os agregados graúdos (britas) têm a seguinte numeração e dimensões
máximas:

TABELA 5 - TAMANHO DAS PEDRAS


TAMANHO DAS PEDRAS
Brita zero (ou pedrisco) 4,8mm a 9,5mm
Brita 1 9,5mm a 19mm
Brita 2 19mm a 38mm
Brita 3 38mm a 76mm
Brita 4 >76mm

FONTE: PFEIL, 1989.

As britas são os agregados graúdos mais usados no Brasil, com uso


superior a 50% do consumo total de agregado graúdo nos concretos (PFEIL, 1989).
No passado, era comum a mistura de britas 1 e 2 para a confecção de concretos,
porém, atualmente a grande maioria dos concretos feitos para as obras correntes
utiliza apenas a brita 1 na sua confecção.
Os agregados podem também ser classificados em leves, normais e
pesados. As britas normais são geralmente obtidas pela trituração de rochas, como
basalto, gnaisse e granito.

FIGURA 84 - PEDRA BRITA

Brita 0 Brita 1
FONTE: Disponível em: <http://mibasa.com.br>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

86
4.1.3 Água

No concreto, a água possui as mesmas propriedades que nas argamassas;


que é possibilitar as reações químicas do cimento, chamadas reações de hidratação,
que irão garantir as propriedades de resistência e durabilidade do concreto.
A água no concreto também possui a função de lubrificar os demais
constituintes para proporcionar o fácil manuseio do concreto.

4.2 CONCEITO DE CONCRETO ARMADO

O concreto é um material característico por apresentar elevada resistência


às tensões de compressão, mas em contrapartida apresenta baixa resistência à
tração (podendo chegar a cerca de 10% da sua resistência à compressão).
Por esta razão é que o concreto armado utiliza um material que possui alta
resistência à tração: o aço.
Segundo PFEIL (1989), as barras de aço que constituem a armadura do
concreto armado, absorvem as tensões de tração e o concreto absorve as tensões
de compressão.
A questão da aderência entre o concreto e a armadura é outro fator
importante neste processo, para a obtenção desta união, o aço utilizado nas
armaduras deste material, são corrugados, ou seja, barras com relevo que facilitam
a aderência entre ambos.

AN02FREV001/REV 4.0

87
FIGURA 85 - VIGAS DE CONCRETO

Viga de concreto simples (a) e armado (b).


FONTE: PFEIL, 1989.

O trabalho conjunto do concreto e do aço é possível porque os coeficientes


de dilatação térmica dos dois materiais são praticamente iguais. Outro aspecto
positivo é que o concreto protege o aço da oxidação (corrosão), garantindo a
durabilidade do conjunto. Porém, a proteção da armadura contra a corrosão só é
garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a
superfície externa da peça (denominado cobrimento), entre outros fatores também
importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto, por exemplo.

AN02FREV001/REV 4.0

88
4.3 ADITIVOS PARA CONCRETO

Os aditivos, que não estavam presentes nos primeiros passos do


desenvolvimento do concreto, hoje são figuras de fundamental importância para sua
composição. Há quem diga que eles são o quarto elemento da família composta por
cimento, água e agregados e que sua utilização é diretamente proporcional à
necessidade de se obter concretos com características especiais.
Eles têm a capacidade de alterar propriedades do concreto em estado fresco
ou endurecido e, apesar de estarem divididos em várias categorias, os aditivos
carregam em si dois objetivos fundamentais, o de ampliar as qualidades de um
concreto, ou de minimizar seus pontos fracos (PFEIL, 1989).
Como exemplo, podemos dizer que sua aplicação pode melhorar a
qualidade do concreto nos seguintes aspectos:
• Trabalhabilidade;
• Resistência;
• Compacidade;
• Durabilidade;
• Bombeamento;
• Fluidez (autoadensável).

E pode diminuir sua:


• Permeabilidade;
• Retração;
• Calor de hidratação;
• Tempo de pega (retardar ou acelerar);
• Absorção de água.

Sua utilização, porém, requer cuidados. Além do prazo de validade e demais


precauções que se devem ter com a conservação dos aditivos, é importante estar

AN02FREV001/REV 4.0

89
devidamente informado sobre o momento certo da aplicação, a forma de se colocar
o produto e a dose exata.
Não é exagero comparar os aditivos aos remédios, que podem tanto trazer
mais saúde para seus pacientes, como podem virar um veneno se ministrados na
dose errada.
Tomando-se os cuidados necessários, a relação custo-benefício destes
produtos é muito satisfatória. As empresas que prestam serviços de concretagem, não
abrem mão das suas qualidades e possuem, portanto, equipamentos e controles
apropriados para conseguir o melhor desempenho possível dos concretos aditivados.
Quando o concreto for dosado em obra, caberá ao mestre de obra, verificar
a quantidade exata de aditivo que está a ser empregada nas misturas, conforme
especificado pelo projeto ou técnico responsável.

FIGURA 86 - CONCRETO COM ADITIVO PARA MAIOR FLUIDEZ

FONTE: Disponível em: <http://www.sosimoveisbrasil.com.br/alfaDet.php?idNot=41506>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

90
4.4 CONCRETO MISTURADO EM BETONEIRA NA OBRA

O concreto misturado em betoneira de obra é um recurso ainda muito usado.


Para proceder esta operação, deve-se utilizar algumas recomendações
específicas, conforme apresentado na tabela a seguir:

TABELA 6 - TRAÇOS DE CONCRETO


APLICAÇÃO TRAÇO RENDIMENTO RESISTÊNCIA

- Concreto magro. 1 sc. Cimento (50 Kg)


8,5 latas de areia 2
3 189,6 Kg/cm
14 latas ou 0,25 m
11,5 latas de brita 1 ou 2
2 latas d'água (36 L.)

- Fundações 1 sc. Cimento (50 Kg)


5 latas de areia 2
3 288,3 Kg/cm
9 latas ou 0,16 m
6,5 latas de brita 1 ou 2
1,5 lata d'água (27 L.)

- Lajes 1 sc. Cimento (50 Kg)


- Pilares 5 latas de areia 2
3 288,3 Kg/cm
9 latas ou 0,16 m
- Vigas 6,5 latas de brita 1
- Vergas 1,5 lata d'água (27 L.)

FONTE: BASTOS, 2011.

AN02FREV001/REV 4.0

91
4.4.1 Passos para mistura na betoneira

FIGURA 87 - MISTURA DE CONCRETO EM BETONEIRA

FONTE: BASTOS, 2011.

1º - Pedra: Adicione inicialmente este elemento. As britas se espalham fácil


pelo tambor, além de limpar os resíduos da massa anterior.
2º - Água: Jogue 1/3 do volume total de água necessário para a mistura. Ela
ajuda a “lavar” as pedras, facilitando, assim, a sua aderência à pasta.
3º - Cimento: A importância da sua introdução nesse momento dá-se em
virtude de permitir uma boa mistura com as pedras, envolvendo-as completamente.
4º - Água: Novamente 1/3 do volume total de água é necessário para
estimular a mistura da pedra com o cimento.
5º - Areia: É preciso que ela se integre bem com as pedras e o cimento. Por
isso, deve ser introduzida nessa etapa.
6º - Água: Todo o restante deve ser colocado na betoneira.

AN02FREV001/REV 4.0

92
4.5 MISTURA MANUAL DE CONCRETO

FIGURA 88 - MISTURA MANUAL DE CONCRETO

FONTE: BASTOS, 2011.

4.5.1 Concreto – Resumo

 A resistência do concreto é dada em Kg/cm 2 e é inversamente


proporcional ao fator água/cimento.
 A mistura manual deve ser feita sobre uma masseira espalhando-se
primeiro a areia e segundo o cimento e que após bem misturados. Adiciona-se a
brita, torna-se a misturar e, por último, adiciona-se a água.
 A mistura em betoneira deve ser feita adicionando-se, primeiro a brita,
segundo a metade da água. Depois, o cimento e, por último, a areia e o restante da água.
 A cura do concreto se dá após seis horas da mistura e o concreto deve
ser saturado de água, diariamente, por dez dias.

AN02FREV001/REV 4.0

93
4.6 CONCRETO PRONTO DE CENTRAL

O concreto dosado em central é normalizado pela Associação Brasileira de


Normas Técnicas (ABNT), por intermédio do Comitê Brasileiro de Cimento,Concreto
e Agregados (CB-18). O conhecimento e o cumprimento das normas técnicas sobre
a execução do concreto dosado em central é uma das exigências para a filiação à
Associação Brasileira de Empresas de Serviços de Concretagem (ABESC).

FIGURA 89 - CENTRAL DE CONCRETO

FONTE: Disponível em: <http://www.jhkinetics.com.pt/3b-concrete-batching-plant.html>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

94
FIGURA 90 - CAMINHÃO PARA TRANSPORTE DE CONCRETO USINADO

FONTE: Disponível em:


<http://www.planetacomercial.com.br/changlin/caminhao%20betoneira/caminhao%20betoneira.html >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

Ao escolher uma concreteira leve em consideração (ABESC):


 se é associada à ABESC;
 sua configuração jurídica: capital social, contrato de prestação de
serviços, notas fiscais e faturas e recolhimento de tributos;
 se há laboratórios de controle e responsável técnico;
 o tempo de funcionamento e sua experiência no mercado;
 o desvio padrão da central que irá fornecer o concreto;
 a localização das centrais em relação à obra;
 o grau de controle de ensaios, automação e informatização;
 a eficiência de mistura dos caminhões-betoneira;
 a idade média da frota de caminhões-betoneira e eficiência de mistura;
 os equipamentos de transporte e aplicação, caminhões-betoneira,
bombas, esteiras, guinchos etc.;
 se há certificado de aferição de equipamentos de medição (balanças,
equipamentos de laboratório etc.);

AN02FREV001/REV 4.0

95
 a qualidade e procedência dos materiais componentes do concreto
(cimento, agregados, aditivos, adições e água);
 se o pátio de estocagem de agregados permite a separação e o
controle de recebimento dos agregados;
 se respeita o meio ambiente, através de controles ambientais (filtros,
reciclagem, disposição de rejeitos etc.).

4.6.1 Pedido e programação

A forma mais utilizada para se pedir o concreto dosado em central é


informando a resistência característica do concreto (fck), a trabalhabilidade (slump),
a dimensão máxima do agregado (B1, B2, etc.) e a classe de agressividade.
A NBR 7212 também especifica outras duas formas de pedir o concreto:
fornecendo o “traço” ou o “consumo de cimento” por metro cúbico.
Nesses casos, os critérios de aceitação e outras informações complementares
quanto à aplicação devem ser definidos entre a central dosadora e o cliente.
Para assegurar que o concreto solicitado seja o adequado à peça a ser
concretada, o cliente poderá ainda exigir: o tipo e a marca do cimento, o tipo e a marca
do aditivo, a relação água/cimento, o teor de ar incorporado, tipo de lançamento
(convencional ou bombeado), uma determinada cor, a massa específica etc.
Vale observar que muitas vezes as exigências se sobrepõem. Por exemplo:
o cliente especifica uma determinada relação água/cimento e também uma
determinada resistência à compressão (fck). Neste caso, entende-se a relação
água/cimento como um valor máximo e a resistência como um valor mínimo. Porém,
dada a relação água/cimento máxima, a resistência do concreto poderá alcançar um
valor muito superior à especificada no projeto. Neste caso, o construtor deve
consultar o calculista para o redimensionamento da peça a ser concretada.

AN02FREV001/REV 4.0

96
FIGURA 91 - CONCRETAGEM

FONTE: Disponível em:


<http://www.ourinhos.sp.gov.br/noticia/4889/Obra+da+sede+da+RECCO+recebe+concretagem+da+la
je>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Ao programar a concretagem, lembre-se que o concreto deve ser aplicado no


menor prazo possível. Para isso, tome os seguintes cuidados antes de fazer o pedido:

 facilite o acesso dos caminhões-betoneira;


 verifique os equipamentos necessários para transportar o concreto
dentro da obra (baldes, jericas, dumper, calhas etc);
 verifique a estanqueidade da fôrma, escoramentos e armação;
 garanta um número suficiente de vibradores para adensar o concreto;
 solicite a quantidade e o intervalo de entrega do concreto de acordo
com a capacidade de aplicação da obra;
 estabeleça previamente um plano de concretagem (até 48 horas de
antecedência);
 eleja um responsável pelo recebimento do concreto;
 confira o recebimento do concreto por intermédio da nota fiscal de entrega;
 proteja a peça recém concretada contra chuva, vento e temperaturas
externas;
 siga sempre as recomendações da ABNT.

AN02FREV001/REV 4.0

97
4.6.2 Recebimento do Concreto

Com a chegada do caminhão à obra, deve-se verificar se o concreto


que está sendo entregue está de acordo com o pedido.

Confira no documento de entrega:

 volume do concreto;
 classe de agressividade;
 abatimento (slump-test);
 resistência característica do concreto à compressão (fck); ou
consumo de cimento/m³;
 aditivo, quando solicitado.

Antes da descarga do caminhão-betoneira, deve-se ainda avaliar se a


quantidade de água existente no concreto está compatível com as
especificações, não havendo falta ou excesso de água. A falta de água dificulta
a aplicação do concreto, criando “nichos” de concretagem. Por sua vez, o
excesso de água, embora facilite a aplicação do concreto, diminui a resistência.

Durante o trajeto da central dosadora até a obra é comum ocorrer perda


na consistência do concreto devido às condições climáticas – temperatura e
umidade relativa do ar. Parte da água da mistura deve ser reposta na obra
compensando a perda por evaporação durante o trajeto. Para isso, utiliza-se o
ensaio de abatimento (slump-test), bastante simples e de fácil execução.

As regras para a reposição de água perdida por evaporação são


especificadas pela NBR 7212 – Execução de Concreto Dosado em Central. Como
regra geral, a adição de água não deve ultrapassar a medida do abatimento
solicitada pela obra e especificada no documento de entrega do concreto.

AN02FREV001/REV 4.0

98
4.6.3 Lançamento e adensamento do concreto

Ao lançar o concreto, observe os seguintes cuidados:

 procure lançar o concreto mais próximo da sua posição final;


 não deixe acumular concreto em determinados pontos da fôrma;
 evite a segregação e o acúmulo de água na superfície do
concreto;
 lance em camadas horizontais de 15 cm a 30 cm, a partir das
extremidades em direção ao centro das fôrmas;
 a nova camada deve ser lançada antes do início de pega da
camada inferior;
 cuidado especial deve ser tomado para concretagem com
temperatura ambiente inferior a 10ºC e superior a 35ºC;
 a altura de lançamento não deve ultrapassar 2 m. Para alturas de
lançamento elevadas sem acesso lateral (janelas), utilizar trombas,
calhas,funis etc.

AN02FREV001/REV 4.0

99
4.6.3.1 Lançamento convencional

No caso de lançamento convencional:

 limite o transporte interno do concreto, com carrinhos ou jericas a


60 m, tendo em vista a segregação e perda de consistência;
 utilize carrinhos ou jericas com pneumáticos;
 prepare rampas de acesso às fôrmas;
 inicie a concretagem pela parte mais distante do local de
recebimento do concreto.

4.6.3.2 Lançamento por bombas

No caso de lançamento por bombas:

 especifique o equipamento de lançamento: altura de lançamento,


bomba estacionária ou bomba-lança;
 preveja local de acesso e de posicionamento para os caminhões
e bombas;
 garanta o estacionamento, próximo à bomba, para dois
caminhões-betoneira, objetivando o fluxo contínuo de bombeamento;
 estabeleça a sequência de concretagem e o posicionamento da
tubulação de bombeamento.

AN02FREV001/REV 4.0

100
FIGURA 92 - ADENSAMENTO DO CONCRETO

FONTE: Disponível em: <http://www.borjaealvarenga.com.br/etapa.asp?cod=145&pass >.


Acesso em: 22 jan. 2013.

4.6.4 Adensamento

Para o adensamento:
 Providencie os equipamentos necessários, que são vibradores de
imersão (agulha), vibradores de superfície (réguas ou placas vibratórias, acabadoras
de superfície), vibradores externos (vibradores de fôrma, mesas vibratórias e rolos
compactadores vibratórios);
 Evite tanto a falta, quanto o excesso de vibração;
 Determine a altura das camadas em função do equipamento utilizado;
 O vibrador de imersão deve penetrar cerca de 5 cm na camada inferior;
 Inicie o adensamento logo após o lançamento;
 Evite o adensamento a menos de 10 cm da parede da fôrma devido ao
aparecimento de bolhas de ar e perda de argamassa;

AN02FREV001/REV 4.0

101
 Preveja reforço das fôrmas e escoramento, em função de adensamento
enérgico;
 Evite o transporte do concreto com o equipamento de adensamento.

4.6.5 Cura do concreto

A cura do concreto é uma etapa importante da concretagem, pois evita a


evaporação prematura da água e fissuras no concreto. Após o início do
endurecimento, o concreto continua a ganhar resistência, mas para que isso ocorra
de forma satisfatória, devem-se tomar alguns cuidados:
 Inicie a cura tão logo a superfície seja concretada
 Tenha resistência à ação da água (algumas horas)
 E estenda por, no mínimo, sete dias;
 Mantenha o concreto saturado até que os espaços ocupados pela água
sejam então ocupados pelos produtos da hidratação do cimento;
 Deixe o concreto nas fôrmas, mantendo-as molhadas.

4.6.5.1 Processos de cura do concreto

Os principais processos de cura são:


 Molhagem das fôrmas (pequenas superfícies);
 Aspersão;
 Recobrimento (areia, serragem, terra, sacos de aniagem, etc.);
 Impermeabilização superficial (conhecida como membranas de cura);
 Submersão;
 Cura a vapor.
Pode-se concluir que, quanto mais perfeita demorada for a cura do concreto,
tanto melhores serão suas características finais.

AN02FREV001/REV 4.0

102
FIM DO MÓDULO III

AN02FREV001/REV 4.0

103
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
PEDREIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

104
CURSO DE
PEDREIRO

MÓDULO IV

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

AN02FREV001/REV 4.0

105
MÓDULO IV

5 FERRAMENTAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL

As ferramentas de construção civil, utilizadas pelos pedreiros, são elementos


importantes que dão apoio a sua atividade e possuem usos específicos para
diversas situações.
Recomenda-se que as ferramentas estejam sempre em boas condições de
uso e que sejam limpas ao final de cada jornada de trabalho.
A seguir, serão apresentadas de maneira ilustrativa as principais
ferramentas utilizadas pelo pedreiro.

FIGURA 93 - CARRO DE MÃO PARA TRANSPORTE DE MATERIAIS

FONTE: Disponível em: <http://www.representacoesfreitas.com.br/produtos.aspx?id=25>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

106
FIGURA 94 - COLHER DE PEDREIRO

Serve para colocar a argamassa de rejuntamento ou revestimento. O concreto, desde que em


pequenas espessuras, pode ser movimentado com uma colher – por exemplo, dentro de um carrinho
de mão. Serve ainda para cortar tijolos ou blocos de concreto em tamanhos adequados ao
preenchimento de pequenos vãos.
FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=218>. Acesso em:
22 jan. 2013.

FIGURA 95 - DESEMPENADEIRA METÁLICA LISA

Serve para acabamento liso da argamassa aplicada.


FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=224>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 96 - DESEMPENADEIRA DE MADEIRA

Serve para desempenar a argamassa aplicada.


FONTE: Disponível em: <http://www.momfort.com.br/produtos_desempenadeiras.html>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

107
FIGURA 97 - COLHER DE PEDREIRO TRIANGULAR

Para lançamento do chapisco.


FONTE: Disponível em: <http://www.disavel.com.br/Produto/06677/colher-de-pedreiro-triangular-10-
vonder/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 98 - ENXADA

Empregada para abertura de valas de fundação e na mistura manual de argamassas ou concretos.


FONTE: Disponível em: <http://www.construfacilms.com.br/subcategoria-
produto/?id_subcategoria=101&id_categoria=19>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 99 - ESQUADRO

Utilizado para verificar alinhamento e ângulos retos das valas de fundações ou alvenarias.
FONTE: Disponível em: <http://blogdalouca.blogspot.pt/2010/08/fora-de-esquadro.html>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

108
FIGURA 100 - MANGUEIRA DE NÍVEL

Usada para medir o nível da edificação.


FONTE: Disponível em: <http://www.momfort.com.br/produtos_mangueiras_de_nivel.html>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 101 - MARTELO

Em serviço de pedreiro, o martelo serve para colocação ou remoção de pregos ou pinos.


FONTE: Disponível em: <http://jmferramentas.com/produto/Martelo-de-Pedreiro-para-Cortes-
500g.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 102 - PÁ

para enchimento de recipiente (lata ou carrinho) com areia, brita ou cimento, mistura de argamassa
ou concreto e colocação do concreto nas valas de fundações ou fôrmas.
FONTE: Disponível em:
<http://www.joag.com.br/index.php?manufacturers_id=84&osCsid=5a7bf10e6ddd5cd0eaf20c4455948
a65>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

109
FIGURA 103 - PENEIRA

Para peneirar areia e remover impurezas diversas.


FONTE: Disponível em: <http://www.materiais-para-construcao.com/anuncio/peneira-para-garimpo/>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 104 - PICARETA

Utilizada para acerto do terreno e abertura de valas de fundações.


FONTE: Disponível em: <http://www.famastiltaurus.com.br/picareta-agricola-e-pesada-cod-1458>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 105 - NÍVEL

Serve para verificar o nivelamento (horizontalidade) ou prumo (verticalidade) das


fiadas ou paredes.
FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=239>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

110
FIGURA 106 - PRUMO DE CENTRO

Para verificação do prumo e centro de um pilar.


FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/secao.php?ancora=23&titulo=Constru%E7%E3o>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 107 - LINHA DE NYLON DE PEDREIRO

Necessária para a demarcação das valas de fundação no terreno e das paredes sobre os alicerces.
Serve ainda para orientar a colocação na horizontal das fiadas – quando são esticadas entre pregos
ou pinos ou presas em peças não assentadas.
FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/produto_descricao.php?produto=313&ancora=23 >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 108 - TRENA

Para medição da edificação.


FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/produto_descricao.php?produto=329&ancora=23 >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

111
FIGURA 109 - PRUMO DE FACE

Utilizado para verificação da verticalidade de uma alvenaria.


FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/produto_descricao.php?produto=318&ancora=23 >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 110 - METRO DE MADEIRA

FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/produto_descricao.php?produto=317&ancora=23>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 111 - DESEMPENADEIRA DENTADA

Para aplicação de argamassa.


FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/produto_descricao.php?produto=311&ancora=23>
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

112
FIGURA 112 - SERROTE

Para corte de madeira


FONTE: Disponível em: <http://www.cosal.com.br/produto_descricao.php?produto=320&ancora=23 >.
Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 113 - TRINCHA

Para molhar superfícies


FONTE: Disponível em: <http://www.vassourasdalcin.com.br/acessorios/trincha-retangular-ref-
d078.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIGURA 114 - MARRETA

Usada para golpear a talhadeira para corte de concreto ou argamassa endurecida, ou corte de tijolos,
blocos ou peças cerâmicas.
FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=234>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

113
FIGURA 115 - TALHADEIRA

Utilizada para cortar tijolos ou blocos e abrir rasgos na alvenaria para colocação dos dutos (hidráulica
ou eletricidade). Serve ainda para remoção de argamassa endurecida.
FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=248>. Acesso em:
22 jan. 2013.

FIGURA 116 - PONTEIRA

Golpeada com uma marreta, realiza furos no concreto ou alvenarias.


FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=242>. Acesso em:
22 jan. 2013.

FIGURA 117 - TORQUÊS

Utilizado para dobragem e corte de arame cozido na amarração de ferragem


FONTE: Disponível em: <http://resisteepi.com.br/detalhe_produto.aspx?idproduto=252>. Acesso em:
22 jan. 2013.

FIGURA 118 - MACHADINHA

Para corte de madeira.


FONTE: Disponível em: <http://www.disavel.com.br/Produto/07801/machadinha-600g-tramontina-
master/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

114
6 LOCAÇÃO DA OBRA

O processo de locação de uma obra inicia-se pela marcação dos elementos


de fundação, tais como estacas, tubulões, sapatas, etc.

6.1 REFERÊNCIA DO LOTE NO TERRENO

Fixa-se uma linha nas estacas desse alinhamento (que é o primeiro


levantado em campo) e se obtém o alinhamento fixo. Loca-se o segundo
alinhamento do terreno (alinhamento móvel) utilizando o procedimento do esquadro:
amarra-se um pedaço de barbante no alinhamento fixo a 60 cm a partir do
cruzamento com o móvel, amarra-se também no alinhamento móvel um pedaço de
barbante a 80 cm do mesmo modo (a partir do cruzamento das linhas).
Estica-se uma trena ou escala com o zero da mesma partindo do ponto onde
está o barbante do alinhamento fixo até o comprimento de 1 metro (100 centímetros)
e movimenta-se o ponto do alinhamento móvel até coincidir com a medida de 1
metro da trena.
Crava-se uma estaca e estabelece-se assim o segundo alinhamento
(segundo lado do terreno).
Os demais lados, ou seja, os outros dois restantes, são obtidos das mesma
forma – sendo que o alinhamento móvel anterior passa a ser o alinhamento fixo.

AN02FREV001/REV 4.0

115
FIGURA 119 - POSICIONAMENTO DE ESTACAS E LINHA DE MARCAÇÃO

FONTE: ARRUDA,2010.

FIGURA 120 - EXEMPLO DE GABARITOS COM CAVALETES E CONTÍNUO

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

116
Em função da leitura da planta baixa, obtém-se as medidas dos recuos ou
afastamentos dos limites do lote até as paredes externas. Marcam-se os pontos
desses recuos nos alinhamentos do terreno fixando para isto pedaços de barbantes.
Estendem-se linhas passando pelos pontos marcados e cravam-se estacas
aprumadas afastadas de 50 cm dessas linhas.Estabelece-se assim o primeiro lado
do gabarito.

FIGURA 121 - ARMAÇÃO DO GABARITO

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

117
FIGURA 122 - CONCLUSÃO DO GABARITO

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

118
FIGURA 123 - ESQUADRO DA TABEIRA

FONTE: Disponível em: <http://www.flickr.com/photos/tecdaconstrucao/3793296535/>. Acesso em:


22 jan. 2013.

7 ESCAVAÇÃO DA OBRA

A escavação de uma obra corresponde a etapa de trabalhos com a criação


de furos e valas no terreno, conforme as indicações definidas em projeto para servir
a fundação.
A realização da escavação ocorre após o término da locação e definição de
níveis.
Com o uso de linhas, chamadas linhas de marcação, marca-se no terreno os
pontos a serem escavados. Para esta operação utiliza-se um cavador reto, tendo em
conta as dimensões e profundidades de projeto.

AN02FREV001/REV 4.0

119
FIGURA 124 - ESCAVAÇÃO COM VALAS

FONTE: ARRUDA, 2010.

A abertura das valas ou furos é feita com a utilização de picaretas,


cavadores e trados, aremoção do material com os pás e enxadas e a regularização
das faces das valas ou furoscom o cavador reto. Com o prumo de face encostado na
linha de marcação das valasobtém-se a verticalização das faces (bordas).
Na escavação dos furos, faz-se a medidaque se escava, a verificação da
prumada do trado para que o mesmo esteja em direçãovertical.
Com a utilização de uma escala medindo a altura da linha de eixo de parede
(que étambém a linha de nível pois o gabarito está nivelado) até a base da vala ou
furo, obtém-seo nivelamento da base conforme indicado na figura a seguir.

AN02FREV001/REV 4.0

120
FIGURA 125 - OUTRO EXEMPLO DE ESCAVAÇÃO COM VALAS

FONTE: ARRUDA, 2010.

O material escavado deve ser depositado a uma distância mínima de 50 cm


da borda davala, permanecendo neste local até ser utilizado como aterro ou ser
removido da construçãocaso não tenha utilidade.

AN02FREV001/REV 4.0

121
8 FUNDAÇÃO

Uma fundação é a sustentação de uma construção e possui a importante


função de transmitir os esforços da edificação ao terreno.
Há vários tipos de fundação: sapatas soldadas ou corridas, alvenaria de
pedra, blocos de concreto, estacas metálicas e de concreto armado, etc.
Para se escolher um tipo de fundação, deve-se proceder a um estudo
preliminar do tipo de solo e o tipo de cargas a edificação exige.

8.1 FUNDAÇÃO EM ESTACA BROCA

Com o gabarito construído, localizam-se os pregos de marcação das


paredes da casa edivide-se ao meio (7,5 cm de distância dos pregos) em seguida,
fixa-se um prego nesteponto obtendo-se assim o eixo da parede(ARRUDA et al.
2010).
Amarra-se uma linha de um prego de eixoao outro de uma mesma parede e
fazemos o mesmo para a parede que a encontra nomesmo canto.
No cruzamento das linhas é encontrado o eixo das estacas.

8.1.1 Locação das estacas

O eixo das estacas é transportado para o terreno por meio do prumo de


centro obtendo-se a marcação do local onde a mesma será construída.

AN02FREV001/REV 4.0

122
FIGURA 126 - LOCAÇÃO DAS ESTACAS

FONTE: ARRUDA, 2010.

A escavação é feita com a utilização de um trado e iniciada na parte mais


baixa do terreno.
A profundidade da primeira estaca é determinada medindo-se a altura entre a
linha de nível (que é a mesma do eixo das paredes) até a marcação da estaca no
chão, acrescentando-se a altura da estaca. Esta profundidade é a altura entre a linha
de nível e o fundo da estaca e será a mesma para todas as outras estacas.Ou seja, se
uma estaca tiver a profundidadede 2 m, e se a distância da linha de nível ao terreno
for 35 cm, a profundidade de todas as valas será de 2,35 m, a partir da linha de nível.
Realizadas a escavação das estacas, prepara-se o concreto com traço 1:3,
5:4 de cimento, areia e brita e lança-se um pouco no fundo das mesmas até a altura
de 4 cm.
Coloca-se a ferragem das estacas do início e do fim de uma parede com
espaçadores e aprumam-se as ferragens em relação ao cruzamento das linhas de
eixo. Alinham-se as estacas intermediárias de acordo com as das extremidades,
lança-se concreto nos furos e vibra-se (soca) com um pedaço de vergalhão até
chegar ao nível da estaca.

AN02FREV001/REV 4.0

123
FIGURA 127 - DETALHES DA LOCAÇÃO DE ESTACAS

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

124
8.2 VIGA BALDRAME

Faz-se o mesmo procedimento utilizado nas estacas para marcar no terreno


o eixo da parede que é também o eixo da viga. Marca-se com a escala 5 cm para
cada lado obtendo-se a largura da viga (10 cm) (ARRUDA, 2010).
Cravam-se piquetes ou vergalhões em cada marcação, estendem-se as
linhas entre os mesmos e faz-se, no chão, a marcação das valas.
Retiram-se as linhas e os piquetes e começa-se a escavação das valas com
pá e picareta, todas niveladas a 4 cm abaixo das estacas.
Prepara-se o concreto magro com o traço 1:5:5 de cimento, areia e brita,
lança-o na vala e nivela-se com um sarrafo apoiado nas estacas.
Após a colocação do concreto magro, montam-se as formas e colocam-se
as ferragens com espaçadores.
Prepara-se o concreto com traço 1:3,5:4 de cimento, areia e brita e lança-o
na forma até a alturada viga.

FIGURA 128 - VIGA BALDRAME

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

125
8.3 CONSTRUÇÃO DA CAMADA DE CONCRETO MAGRO

O concreto magro é uma camada de concreto fraco, de resistência baixa


com pouco cimento, muito agregado e pouca água, apresentando-se de forma
farofada (ARRUDA, 2010).
Sua função é regularizar a base da vala tornando-a nivelada, ocupando toda
a área que receberá a estrutura de uma fundação.
O concreto magro é utilizado em fundações do tipo sapata corrida, vigas
baldrames, etc.
Conferido o nível no fundo da vala, cravam-se piquetes ao longo da mesma
com altura de 5 cm e espaçamento máximo de 2 m (comprimento da régua em
média).
A altura que devemos cravar os piquetes, é igual à distância entre a linha de
nível ao fundo da vala menos 5 cm, ou seja, se a distância for de 52 cm, o piquete
será cravado até 47 cm.
Prepara-se o concreto magro no traço 1:5:5 de cimento, areia e brita e lança-
se nas valas até a altura dos piquetes. Espalha-se o concreto com a colher de
pedreiro e nivela com a régua de alumínio sarrafeando na altura do piquete.
Com um soquete, apiloa-se (soca-se) o concreto para que a camada se
torne firme ao chão da vala.

AN02FREV001/REV 4.0

126
FIGURA 129 - APLICAÇÃO DO CONCRETO MAGRO

FONTE: ARRUDA, 2010.

8.4 CONSTRUÇÃO DE SAPATAS CORRIDAS

A sapata corrida é um tipo de fundação em concreto armado, ou seja,


concreto com ferragens, que serve para suportar todo o peso da construção.
Ela é construída sobre uma camada de concreto magro e suas dimensões
dependem do porte das obras. Sobre a camada de concreto magro, colocam-se as
ferragens da sapata corrida com os espaçadores (calços) para evitar o contato das
ferragens com a superfície do concreto magro.
Prepara-se o concreto estrutural (concreto resistente, forte) no traço 1:3,5:4
de cimento, areia e brita e lança-o dentro das valas sobre as ferragens. Espalha-se o
concreto com a colher de pedreiro, vibra (soca) o mesmo com uma haste de ferro ou
com a ponta da colhere faz -se o nivelamento a partir da linha de nível.
A medida da altura utilizada no nivelamento (altura da linha até a superfície
da sapata corrida) é obtida diminuindo a altura da linha de nível até a camada do
concreto magro com a altura da camada da sapata corrida.

AN02FREV001/REV 4.0

127
FIGURA 130 - CONSTRUÇÃO DA SAPATA CORRIDA

FONTE: ARRUDA, 2010.

8.5 CONSTRUÇÃO DE ALVENARIA DE BLOCO ESTRUTURAL

Os blocos estruturais são blocos de concreto pré-moldados, fabricados com


cimento, areia e pedrisco. São utilizados nas fiadas intermediárias da fundação com
a parede, como também, em todas as fiadas de uma parede (ARRUDA, 2010).
Sobre uma fundação em sapata corrida, molha-se a sua superfície, polvilha-
se com cimento e estende-se a linha de marcação do eixo das paredes que se
encontra marcado no gabarito. Assenta-se, em cada extremidade, um bloco
estrutural com argamassa de cimento e areia no traço de 1:5. No bloco deve ser
marcado seu eixo para que coincida a marcação do eixo do bloco com a ponta do
prumo de centro que sairá da linha de eixo da parede.

AN02FREV001/REV 4.0

128
8.5.1 Detalhe da prumada de centro da alvenaria de bloco estrutural

Com o bloco na direção do eixo das paredes, procede-se a operação de


prumada da face interna e do nivelamento conforme indicado na figura a seguir.

FIGURA 131 - DETALHE DA PRUMADA DE CENTRO

FONTE: ARRUDA, 2010.

8.5.2 Detalhe da prumada da face e do nivelamento da alvenaria de bloco de


concreto estrutural

Assentados os blocos das extremidades (cabeceira), fixam-se duas linhas


(uma em cima, outra em baixo da face aprumada) e os distorcem (encosta-os
totalmente nas linhas). É completada a fiada assentando-se os demais blocos
estruturais com argamassa na junta horizontal na área em que serão assentados,
posicionando-se os mesmos por intermédio de alinhamento.

AN02FREV001/REV 4.0

129
FIGURA 132 - DETALHE DA PRUMADA DE FACE

FONTE: ARRUDA, 2010.

Depois de completar a alvenaria, é necessário encher os furos dosblocos


com concreto no traço 1:3,5:4 de cimento, areia e gravilhão (brita 0). Quando há
ferragem vertical na sapata, os blocos estruturais devem ser assentados de forma
que esta ferragem fique dentro destes furos.

FIGURA 133 - DETALHE DA ALVENARIA ESTRUTURAL

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

130
9 PAREDE

9.1 ALVENARIA DE BLOCO CERÂMICO

9.1.1 Bloco cerâmico maciço ou tijolo comum

Este tipo de tijolo é normalmente aplicado na construção de paredes, pilares,


muros em geral, pisos secundários, fundações diretas, etc.
Vantagens:
• Regularidade de formas e dimensões (melhor assentamento);
• Arestas vivas e cantos resistentes;
• Massa homogênea (sem fendas, trincas, cavidades ou
impurezas);
• Cozimento uniforme (produz som metálico quando percutido
com martelo);
• Absorção de água de 18% a 20%.

• Formas e dimensões:

Há dois tipos de tijolos comuns maciços de barro, cozidos para


alvenaria, mas de um modo geral, usam-se as seguintes relações:
Comprimento = 2 x largura + uma junta;
Largura = 2 x espessura + uma junta.

AN02FREV001/REV 4.0

131
FIGURA 134 - EXEMPLO DE TIJOLO MACIÇO

FONTE: Disponível em: <http://www.ceramicaorlandin.com.br/web/pro_tijolos.php >.


Acesso em: 22 jan. 2013.

9.1.2 Tijolo refratário

É utilizado na construção há vários milênios, não tendo as suas


características variado significativamente ao longo dos anos, uma vez que tal
como nos primórdios continua a ser fabricada com a mesma matéria-prima, a
argila (terracota). Por meio de descobertas arqueológicas, concluiu-se que os
primeiros tijolos refratários cozidos remontam ao terceiro milênio antes do
nascimento de Cristo, no Médio Oriente. A partir do ano 1200 a.C., o fabrico e
utilização destes tijolos generalizou-se na Ásia e na Europa, continuando a
ser utilizado até aos dias atuais (ARRUDA, 2010).

AN02FREV001/REV 4.0

132
FIGURA 135 - TIJOLO REFRATÁRIO

FONTE: Arquivo pessoal.

O tijolo refratário é fabricado a partir de argila extraída em barreiros próprios,


que depois de triturada e moída é amassada, podendo então ser moldada com o
formato desejado. Após um período de secagem que varia de acordo com as
condições metereológicas (o tempo de secagem depende do calor e da humidade
do ar) e que pode ir de 5 a 30 dias, o tijolo ainda cru, é introduzido no forno onde
será cozido a uma temperatura de aproximadamente 1100ºC.
Finalmente, após a cozedura, está pronto para ser empaletizado e entrar no
mercado para ser utilizado nos mais diversos fins: abóbodas, construção e
revestimento de muros e paredes, floreiras, decorações, etc.
Tem a capacidade de suportar altas temperaturas, sem perder as suas
características. Assim, pode ser usado em lareiras, churrasqueiras, fornos de cozer
pão ou outras situações em que seja necessário um material resistente ao calor.

AN02FREV001/REV 4.0

133
9.1.3 Bloco cerâmico ou tijolo furado

É laminado ou extrudado, apresentando na parte externa uma série de


riscos, no seu interior pequenos furos, que diminuem o peso do tijolo, sendo
recomendada sua aplicação em alvenaria de vedação interna (separação de
ambientes) ou externa.

FIGURA 136 - TIJOLO FURADO

FONTE: Disponível em:


<http://www.ceramicanatureza.com.br/index.php?id=basico_dados&&codigo=6>.
Acesso em: 22 jan. 2013.

Vantagens:
• Menor peso por unidade de volume;
• Aspectos mais uniformes, arestas e cantos mais fortes;
• Diminuem a propagação da umidade;
• Economia de mão de obra;
• Economia de argamassa;
• Melhores isolantes térmicos e acústicos.

AN02FREV001/REV 4.0

134
Desvantagens:
• Pequena resistência à compressão não devendo ser aplicado
em paredes estruturais;
• Não possuir juntas verticais argamassadas;
• Faces externas não apresentam a porosidade necessária para
fixação do revestimento, devendo receber antes uma demão de chapisco de
argamassa de cimento e areia (traço 1:3 ou 1:4).
• Nos vãos de portas e janelas são necessários tijolos comuns
para remate;
• São necessários tijolos comuns para eventuais encunhamentos
nas faces inferiores de vigas e lajes;
• Os rasgos para embutir os encanamentos de água, eletricidade
e tacos são grandes devido à fragilidade desse tipo de tijolo.
No início da construção da alvenaria de uma parede, deve-se fazer a
limpeza da superfície da fundação e polvilhar com cimento esta superfície, apenas a
área em que serão assentados os blocos.
Deve-se ter atenção na construção da primeira fiada, pois se trata da fiada
que irá marcar todas as paredes (fiada de marcação).

FIGURA 137 - FIADA DE MARCAÇÃO

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

135
Os primeiros blocos a serem assentados são os das extremidades (início e
fim da fiada) de duas paredes que se encontrem. A direção dessas fiadas é obtida
com a marcação no gabarito da face interna da parede (descontando da linha da
parede a medida do reboco = 2,5 cm) ou com o eixo da fundação.

AN02FREV001/REV 4.0

136
FIGURA 138 - DETALHE DA MARCAÇÃO DA PRIMEIRA FIADA

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

137
9.1.4 Marcação das primeiras fiadas

Obtida a direção das duas primeiras fiadas, estica-se uma linha nessa direção
em cada fiada e assentam-se os blocos das extremidades das duas paredes.
Coloca-se argamassa na superfície polvilhada, fixam-se os blocos nesta
argamassa, apruma-os batendo com a lâmina da colher de pedreiro na parte de cima
do bloco, nivela-os e esquadrejam-se os blocos que são de encontro das fiadas.

FIGURA 139 - MAIS DETALHES DA MARCAÇÃO DA PRIMEIRA FIADA

FONTE: ARRUDA, 2010.

Feita a marcação das duas primeiras paredes, procede-se a marcação das


paredes opostas às duas primeiras.

AN02FREV001/REV 4.0

138
Repete-se o mesmo procedimento para o bloco da outra extremidade com o
mesmo comprimento lido em planta e marca-se a terceira parede. A quarta parede
fecha um vão da casa e é obtida da mesma forma que foi marcada a terceira parede.

9.1.5 Alinhamento da fiada

Com os blocos das extremidades de todas as paredes já marcadas, inicia-se


o fechamento das fiadas. Obtém-se o alinhamento da fiada com duas linhas fixadas,
uma em cima e outra em baixo da face dos blocos das extremidades de uma mesma
fiada. Com estas linhas fixas, posicionamos os blocos intermediários já com
argamassa no lado dos furos (frente) em cima da argamassa da base e apertamos
em direção aos furos do bloco anterior.
Nas fiadas em que há marcação dos vãos de portas, deve-se marcar um
comprimento, a partir do bloco da boneca, da largura da porta mais a folga do
contramarco e deixá-lo livre sem assentamento de bloco. Esta abertura na fiada
serve para a colocação dos contramarcos ou aduelas das portas.
A boneca é um pedaço de parede que varia de 10 cm a 20 cm construído
entre a marca do contramarco e a face do bloco da fiada lateral.

AN02FREV001/REV 4.0

139
FIGURA 140 - ALINHAMENTO DA FIADA

FONTE: ARRUDA, 2010.

Ao verificar as paredes na planta baixa, observa-se que há pontos em que


as mesmas formam cantos, encontros ou cruzamentos. Cada ponto deve ser
identificado e analisado para que haja amarração de uma fiada com a outra.
O exemplo a seguir mostra as paredes de uma planta baixa e define o
esquema de amarrações que existirá na fase do levante de blocos cerâmicos.

AN02FREV001/REV 4.0

140
FIGURA 141 - EXEMPLO DE ESQUEMA DE AMARRAÇÃO ENTRE PAREDES

FONTE: ARRUDA, 2010.

9.1.6 Canto de parede

As amarrações de canto de parede ocorrem quando uma fiada encontra


outra nas suas extremidades (início ou fim).

FIGURA 142 - CANTO DE PAREDE

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

141
9.1.7 Encontro de paredes

As amarrações de encontro de paredes ocorrem quando uma fiada encontra


apenas o início ou fim de outra. Pode ser na junta ou em toda a face do bloco.

FIGURA 143 - ENCONTRO DE PAREDES

FONTE: ARRUDA, 2010.

9.1.8 Cruzamento de paredes

As amarrações de cruzamento de paredes ocorrem quando uma fiada


encontra outra sem ambas estarem nas suas extremidades.

FIGURA 144 - CRUZAMENTO DE PAREDES

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

142
No decorrer do assentamento dos blocos cerâmicos, quando atingir o nível
de 1 m do piso pronto, geralmente entre a quinta e a sétima fiadas (a depender da
altura do bloco) deve-se verificar a presença de janelas. A marcação das janelas na
alvenaria é realizada utilizando-se a medida da posição da mesma, obtida na planta
baixa com relação à parede lateral e com a medida do vão que ficará aberto para o
encaixe da janela na parede.
Janelas prontas com contramarco medem a largura da janela acrescentando
2 cm de cada lado correspondendo a folga do contramarco.
Quando a construção estiver a mais ou menos 1,20 m de altura deve-se
bater o nível, ou seja, marcar a referência de nível em todos os cômodos da mesma
(cantos, encontros, vãos de portas e janelas, etc.). Esta referência deve ser tirada na
porta de entrada a 1 m do piso pronto, mas como ainda não se executou o piso nem
o contrapiso dá-se uma folgade 5 cm marcando 1,05 m a partir da fundação que
corresponde a 1 m do piso pronto.
Para construir as fiadas acima dos vãos de portas, janelas, vãos livres, etc. é
necessária a construção de vergas para apoiar as mesmas.
As vergas são peças de concreto armado com comprimento igual à largura
do vão mais 20 cm de cada lado transpassando o vazado da parede.
A altura de assentamento da verga é obtida utilizando-se a altura da janela,
acrescentando-se a folga do contramarco conforme indicado na figura a seguir. A
verga é nivelada a partir da referência de nível da alvenaria que é 1 m do piso pronto.

FIGURA 145 - DETALHE DO CONTRAMARCO NA PAGINAÇÃO DA ALVENARIA

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

143
Da mesma forma, as vergas de portas, basculantes, etc. são marcadas e
niveladas. Quando a alvenaria passa do nível das vergas de portas, janelas, etc.,
está próxima da altura do pé direito.
O pé direito é a altura compreendida entre o piso pronto e o teto ou nível das
peças da cobertura. Para marcá-lo nas fiadas do levante, obtém-se a altura na planta e
a partir da referência de nível utiliza-se a medida desta altura descontando 1 m do piso.
Com a alvenaria construída até a altura do pé direito, inicia-se a construção
de outra fase do levante que são as empenas. As empenas são alvenarias de
formato triangular com a mesma inclinação da cobertura, utilizadas para apoiar a
estrutura de madeira da mesma.
Por intermédio do projeto (corte), identificam-se as paredes em que serão
construídas as empenas e obtém-se a medida da altura que cada uma terá em
relação ao piso pronto. Com esta medida, marca-se a empena.
Para executar a alvenaria da empena, fixam-se dois barrotes – um em cada
extremidade da parede – e marca-se nele a altura de cada lado da empena. Estica-
se uma linha ligando as duas alturas e a partir daí constrói-se a empena.

FIGURA 146 - DETALHE DA CONSTRUÇÃO DA EMPENA

FONTE: ARRUDA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

144
9.2 ALVENARIA DE BLOCO DE CONCRETO

9.2.1 Blocos de Concreto

São blocos vazados, no sentido da altura, com resistência a compressão,


assentados com argamassa de cimento e areia, ou utilizados em sistema de
construção de alvenaria armada. São produzidos com agregados e cimento
Portland, com ou sem aditivos, moldados em prensas vibratórias. Segundo a EB-50
(ABNT), podem ser empregados com e sem revestimentos, podendo aplicar a
pintura diretamente sobre a superfície do bloco.

FIGURA 147 - BLOCO DE CONCRETO

FONTE: Disponível em: <http://construfacilrj.com/como-escolher-os-blocos-de-concreto/>. Acesso


em: 22 jan. 2013.

Vantagens:
• Precisão das dimensões e modulação, garantindo a execução de obras
racionais;
• Redução do uso de formas e armaduras;
• As paredes não precisam de revestimento externo;

AN02FREV001/REV 4.0

145
• As instalações elétricas podem ser embutidas no vazado dos blocos e,
no caso das instalações hidrossanitárias, é usado um bloco especial;
• Construção limpa, sem quebras e nem desperdícios;
• Requerem menos mão-de-obra. Um pedreiro produz dez vezes mais
com blocos de cimento;
• Menor exigência de argamassa no assentamento e necessidade da
metade de argamassa usada nos tijolos normais para o reboco;
• O assentamento dos blocos é feito com muito mais rapidez, visto que
eles possuem dimensões maiores que os tijolos convencionais;
• Possibilidade de diversas composições devido à variedade de cores,
formas e texturas;
• Os blocos podem ser produzidos por uma máquina na própria obra,
economizando no transporte.
• É mais resistente que o tijolo comum e o de solo-cimento.

Desvantagens
• Possui menor conforto térmico quando comparado ao tijolo comum e o
de solo-cimento. Nas paredes externas, é recomendado utilizar pintura acrílica para
aumentar a proteção contra a umidade;
• De acordo com o Sindicato Nacional das Indústrias de Produtos de
Cimento (SINAPROCIM), muitos blocos de concreto produzidos não estão em
conformidade com as Normas Técnicas, na maioria dos casos esta não adequação
ocorre propositalmente por fabricantes e empreiteiras que fabricam os blocos na
própria obra (SINAPROCIM, 2013). Um exemplo disto é o não respeito ao tempo de
cura (secagem) do cimento.

AN02FREV001/REV 4.0

146
10 ACABAMENTOS

10.1 REVESTIMENTOS

O revestimento em argamassa é o conjunto de camadas que recobre as


vedações e a estrutura de um edifício com as funções de proteção,complementar às
funções de vedação e se constitui no acabamento final (funções estéticas, de
valorização econômica).
Os revestimentos de argamassa de cimento sobre as alvenarias e estruturas
com o objetivo de regularizar e uniformizar as superfícies, corrigindo as irregularidades
e tem como finalidades principais: a proteção contra as intempéries, a regularização
dos parâmetros, o aumento da resistência ao choque, a melhoria das qualidades
acústicas, térmicas, de impermeabilização e de higiene (SALGADO, 2007).
Em relação aos revestimentos de argamassa, são constituídos de no mínimo
três camadas superpostas, contínuas e uniformes:
 Argamassa de aderência (chapisco) – tem por finalidade aumentar a
rugosidade do substrato, aumentar as condições de aspereza em superfícies lisas,
de modo que a argamassa prevista para revestir encontre boas condições de
aderência;
 Argamassa de regularização (emboço) – tem como finalidade
uniformizar superfícies regularizando o prumo e o alinhamento. Deve evitar a
penetração de água sem impedir a ação capilar, que transporta a umidade do
interior para o exterior dos paramentos. A sua composição possui cimento, areia e
em algumas regiões do país saibro.
 Argamassa de acabamento (reboco) – tem por finalidade servir de
acabamento ou de suporte para a pintura, devendo ser perfeitamente regular, com
pouca porosidade. Sua espessura não deve ser superior a 5 mm.

AN02FREV001/REV 4.0

147
10.1.1 Revestimento chapisco

A aplicação do chapisco consiste em lançar uma argamassa fluída no


substrato para proporcionar sua maior fixação. Esta argamassa é produzida com
cimento e areia no traço 1:3 ou 1:4, geralmente com areia grossa. O lançamento
manual é a forma mais adequada para realizar esta aplicação. Como ocorre muita
queda de material neste procedimento, recomenda-se proteger o piso para tentar
reaproveitar o material (SALGADO, 2007).
O chapisco possui o traço com maior consumo de cimento por metro cúbico
de material, nem mesmo o concreto estrutural proporcionalmente terá a mesma
quantidade de cimento.

FIGURA 148 - CHAPISCO

FONTE: Disponível em: <http://arquitectandoufpb.blogspot.pt/2012/06/fase-da-obra-7-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

148
10.1.2 Revestimento emboço

A execução de um emboço deve ser apenas realizada depois de cumprido o


tempo mínimo de cura do chapisco aplicado em uma parede, ou seja, ao menos 72
horas. Outro fator importante é a execução das instalações diversas e o
preenchimento com argamassa comum dos rasgos ou qualquer deformação
existente na parede. Uma prática comum é que seja aplicado após a execução do
contrapiso ou camada de regularização.
O emboço também considerado camada de revestimento espesso, tem em
média 2 cm de espessura cujo traço depende do que vier a ser executado como
acabamento. Usualmente, uma argamassa de emboço é aplicada nos traços 1/2:1:5;
1:1:6; 1:2:9 (cimento, cal e areia).
Na sua aplicação recomenda-se a molhagem prévia do substrato a receber a
argamassa, para não absorver a água de amassamento necessária para a cura da
argamassa. Para a execução do emboço, deve-se inicialmente realizar o
alinhamento da parede, com posicionamento de taliscas de madeira ou caco
cerâmico geralmente inferior a 2 m de espaçamento.

FIGURA 149 - FIXAÇÃO DAS TALISCAS

FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-embosso-


e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

149
Com a consolidação das taliscas (cerca de dois dias), preenche-se o espaço
entre as taliscas verticalmente com a mesma argamassa do emboço e, estando a
massa firme com o uso de uma régua de alumínio (desempenadeira), apruma-se as
mestras que servirão de guia para a execução do revestimento.

FIGURA 150 - EXECUÇÃO DAS MESTRAS

FONTE: Disponível em: <http://fgfreformaseacabamentos.blogspot.pt/2011/09/executando-embosso-


e-colocando-mestras.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Após chapar o emboço, é realizado o corte com régua de alumínio ou


sarrafo de madeira, orientadas pelas mestras.

AN02FREV001/REV 4.0

150
FIGURA 151 - SARRAFEAMENTO POR MEIO DE RÉGUA DE ALUMÍNIO
APOIADA SOBRE DUAS MESTRAS

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 janeiro de 2013.

Com a regularização, aplica-se uma desempenadeira para acertar a argamassa


no substrato uniformizando a superfície, tendo em conta os seguintes elementos:
• Avaliar o ponto de sarrafeamento da argamassa pelo teste de
compressão da superfície com os dedos;

FIGURA 152 - PONTO DE SARRAFEAMENTO

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

151
• Analisar o tipo de desempeno aplicado em função do acabamento final
previsto;
• Verificar a planicidade utilizando uma régua de alumínio com nível de bolha
acoplado que deve ficar inteiramente encostada à superfície e com a bolha
entre as linhas.

FIGURA 152 - REGULARIZAÇÃO COM DESEMPENADEIRA

FONTE: Disponível em: <http://construcaociviltips.blogspot.pt/2012/06/execucao-do-emboco-


revestimentos.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

152
10.1.3 Revestimento reboco

O material do reboco, sendo o terceiro componente do revestimento de


argamassa, consiste na aplicação da camada preparatória para receber os mais
diversos acabamentos finais, como pintura, aplicação de massa de textura,
aplicação de azulejos, aplicação de pastilhas, etc.
Os rebocos mais usuais são cal fino ou massa corrida.

FIGURA 153 - APLICAÇÃO DE CAL FINA OU ARGAMASSA SOBRE EMBOÇO

FONTE: Disponível em: <http://construindo.org/massa-corrida/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

A massa corrida ou cal fino podem ter como base o PVA (acetato de polivinila,
base d´água) ou acrílico, e tem como função dar acabamento liso a uma superfície.
A massa corrida de base PVA é utilizada em interiores, e tem aparência fosca.
É ideal para receber pintura em seguida. Seu valor é relativamente mais baixo.
Já a massa corrida acrílica é mais resistente e costuma ser mais utilizada
em ambientes exteriores, já que veda totalmente a parede, impermeabilizando-a.

AN02FREV001/REV 4.0

153
Considerando o reboco como acabamento final do revestimento, existem
alguns rebocos ou revestimentos argamassados que não recebem o tratamento do
recobrimento com pintura:

10.1.3.1 Reboco hidrófugo

A adição de hidrofugantes na composição do reboco impede a percolação de


umidade oriunda de precipitação pluvial normal. O mesmo não acontece, todavia, com
a difusão do vapor d’água (condensação por choque térmico);

10.1.3.2 Reboco impermeável

Reboco resistente à pressão d’água, geralmente executada com argamassa de


cimento com adição de aditivo impermeabilizante, execução semelhante a barra lisa;

10.1.3.3 Barra lisa de cimento (cimento queimado)

Revestimento executado com argamassa de cimento, na proporção de 1:3 ou


1:4, tendo o cuidado do uso de areia fina peneirada (peneira de fubá). A aplicação deve
ser feita sobre emboço firme (1:4/8 – argamassa mista de cal) ou superfície de
concreto, em que se coloca a massa na desempenadeira (talocha) de madeira e
comprime-se de baixo para cima de maneira que se obtenha uma espessura mínima de
3 mm ou 4 mm. Em seguida, com movimento circular com a desempenadeira, procura-
se desbastar a espessura e ao mesmo tempo uniformizar o painel de maneira a se
obter uma espessura final de 2 mm ou 3 mm, lança-se o pó de cimento e, em seguida,
com a broxa esborrifa-se água e com a desempenadeira de aço, alisa-se o pó de
cimento incrustado na argamassa, caracterizando a chamada queima do cimento.

AN02FREV001/REV 4.0

154
10.1.3.4 Estuque lúcido (barra lustra ou barra lúcida)

É um revestimento contínuo, impermeável, utilizado em banheiros, cozinhas e


áreas em contato com água, que substitui o azulejo e tem aparência de mármore. Por
ser um revestimento contínuo, não aceita reparos ou emendas. O trabalho deve ser
executado por mão de obra especializada, que aplica sobre o emboço um reboco
desempenado com argamassa mista de cal (1:4/8), que após completa secagem (dois
dias), recebe uma capa de 2 mm de uma pasta especial (3:3:2 ou 2:2:1 – pó de
mármore, nata de cal, cimento branco, água e corante a gosto) que deve ser
queimada com desempenadeira de aço e após dá-se o lustro com o polimento da
superfície usando-se uma boneca de pano que deve ser esfregada com energia junto
com o talco, até atingir o polimento desejado. Outro acabamento utiliza óleo de
linhaça e encerar com cera de carnaúba. O resultado final é uma superfície muito lisa
e brilhante, comparável ao vidro e que na fase de queima pode receber um processo
artístico de impregnação de óxido de ferro diluído em água, formando veios
determinados por técnicas (uso de esponja ou pena de galinha) que imitam mármore.

10.1.3.5 Reboco travertino (massa tipo travertino)

Revestimento semelhante ao estuque lúcido. Essas massas são


industrializadas, portanto patenteadas sua composição. Aplica-se a massa sobre
emboço de argamassa mista de cal (1:4/12) molhado até a saturação, como se
fosse reboco normal. Para a imitação do mármore travertino, faz-se da seguinte
maneira: com o reboco ainda bem molhado, comprime-se com uma boneca de
estopa limpa ou pano seco, de maneira que na superfície se determinem pequenos
sulcos típicos do mármore; desempena-se com a desempenadeira de aço
levemente, de maneira a não desmanchar os sulcos feitos. O filamento para

AN02FREV001/REV 4.0

155
imitação das placas de mármore é feito com um ferro de 3/16” ou 1/4” na forma de
semicírculo, passado na superfície ainda úmida. O rendimento é de 10 kg/m².

10.1.3.6 Massa lavada

Semelhante à massa tipo travertino é um material industrializado e


patenteado, onde a característica predominante está no agregado que é composto
de granas de granitos coloridos e quartzo. Aplicado com uma espessura na ordem
de 5 mm, o seu acabamento é feito com a lavagem de solução de ácido muriático e
água 1:6, lavando-se em seguida com água limpa para remoção da solução ácida.
Este processo é repetido até aparecerem os grãos e granilhas de granito, limpos e
brilhantes. O rendimento é de 15 kg/m².

10.1.3.7 Reboco raspado (massa raspada)

Sua composição é feita com quartzo, cimento ou cimento branco e corante,


sendo os traços, patentes dos fabricantes. A espessura do reboco não deve ser
inferior a 3 mm, nem superior a 5 mm. Os painéis devem ser executados de forma
contínua, sem emendas, existindo juntas determinadas por colher de pedreiro ou
fitas adesivas, entre os mesmos. O acabamento final é conseguido com a passagem
de um pente de aço ou pedaço de lâmina de serra, após duas horas
aproximadamente da sua aplicação, removendo a parte superficial do reboco, que
deve ser lavada para a remoção do pó, como procedimento final.

AN02FREV001/REV 4.0

156
10.1.3.8 Granilito ou granitina

Revestimento argamassado cujo acabamento tem aparência de granito. É


preparado no canteiro com cimento branco, granas e granilhas de granito, mármore
e corante. Executados em painéis com espessura na ordem de 5 mm a 8 mm, com
juntas de dilatação de latão, alumínio ou plástico. A aplicação é feita da mesma
maneira que o emboço, por lançamento, batendo com a desempenadeira repetidas
vezes para melhor fixação, aí então sarrafeia-se e desempena-se. Após a secagem,
dá-se o polimento com máquina, podendo receber como acabamento final o
enceramento e lustro com flanela.

10.1.3.9 Massa acrílica

São materiais industrializados, compostos de granas de granito, combinados


com resinas acrílicas que, depois de aplicadas, se constituem em produto de alta
resistência, monolítico e impermeável à ação do tempo. É aplicado com
desempenadeira de aço ou PVC, formando uma camada com espessura de 3 mm,
com rendimento na ordem de 4 kg/m².

10.1.3.9.1 Normas Gerais para Execução de Revestimentos Argamassados

Segundo (SALGADO, 2007):


• As superfícies a revestir deverão ser limpas e molhadas antes de
qualquer revestimento ser aplicado. Molhando a parede, executa-se a limpeza,
permitindo as melhores condições de fixação do revestimento, com a remoção do

AN02FREV001/REV 4.0

157
limo, fuligem, poeira, óleo etc., que podem acarretar o desprendimento futuro da
argamassa;
• Antes de ser iniciado qualquer serviço de revestimento, deverão ser
instalados os dutos embutidos dos sistemas elétricos, de comunicação, gás e
hidrossanitários, devendo ser testadas as canalizações (sob pressão fluídica ou com
lançamento dos guias), permitindo que se façam reparos, se necessários;
• As superfícies estruturais em concreto, tijolos laminados ou prensados,
serão previamente chapiscadas, logo após o término da elevação das alvenarias;
• Emboço só será aplicado após completa pega da argamassa de
assentamento das alvenarias e do chapisco, e as superfícies deverão ser molhadas
convenientemente antes do processo;
• Quando houver necessidade de espessura de emboço acima de 2 cm,
deverão ser executados em camadas, respeitando a espessura de 1,5 cm cada;
• A cal hidratada usada na confecção das argamassas para emboço,
deve ser peneirada, para eliminar os grãos de cal, que se existirem na argamassa
darão origem ao processo de hidratação higroscópica retardada, cuja consequência
é o aparecimento do vulgarmente chamado empipocamento do revestimento.

FIGURA 154 - APLICAÇÃO DE ARGAMASSA

FONTE: Disponível em: <http://www.pedreirao.com.br/geral/alvenarias-e-reboco/reboco-de-parede-


passo-a-passo/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

158
11 INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS

As instalações hidrossanitárias de uma edificação são realizadas em


paralelo com a trabalho do pedreiro. O encanador deve acompanhar o seguimento
do trabalho do pedreiro de forma a compatibilizar os trabalhos.
O pedreiro deve ter o cuidado de observar com atenção as informações
relativas a cada passagem de tubulação, pontos hidráulicos, registros, etc., para
poder dar continuidade ao seu trabalho, sem interferir com a programação da obra.

FIGURA 155 - INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS NA EDIFICAÇÃO

FONTE: Mãos a Obra, ABCP, 2005.

AN02FREV001/REV 4.0

159
A marcação das instalações hidráulicas em obras tradicionais com o uso de
blocos cerâmicos é feita na parede ou piso, logo após a execução da alvenaria, para
serem abertos os rasgos necessários para a passagem das tubulações e pontos
hidráulicos.
Após a abertura dos rasgos na alvenaria e a instalação dos elementos
hidráulicos, é realizada a aplicação do revestimento da parede e respectivo
acabamento.
É importante que o pedreiro, neste momento, consiga manter a posição dos
pontos hidráulicos deixados pelo encanador, para garantir que o trabalho esteja
adequado de acordo com o projeto. Deve-se tomar cuidado com os pontos de
entrada e saída de água, para não serem tapados no revestimento de argamassa e
principalmente estarem alinhados com as cotas recomendadas quanto à superfície
do revestimento.

12 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

As instalações elétricas como as instalações hidráulicas em uma edificação,


exigem muita atenção dos pedreiros, no sentido de garantir a qualidade dos
circuitos, sem esmagar condutas flexíveis, ou mesmo tapar espaço de tomadas com
argamassa de revestimento.
É um trabalho que deve ser feito em conjunto com o pedreiro, tendo em vista
a programação da obra.

AN02FREV001/REV 4.0

160
FIGURA 156 - INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

FONTE: Mãos a Obra, ABCP 2005.

FIM DO MÓDULO IV

AN02FREV001/REV 4.0

161
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA
Portal Educação

CURSO DE
PEDREIRO

Aluno:

EaD - Educação a Distância Portal Educação

AN02FREV001/REV 4.0

162
CURSO DE
PEDREIRO

MÓDULO V

Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do
mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são
dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas.

AN02FREV001/REV 4.0

163
MÓDULO V

13 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DE PROJETOS

Os projetos podem ser entendidos como sendo os elementos de registro


gráfico e comunicação das características de uma obra. O projeto deve ser
constituído por algumas representações gráficas, tais como: plantas (planta de
situação, planta de locação, planta de cobertura, planta baixa) e cortes (transversal e
longitudinal) (BEZERRA, 2010).

13.1 PLANTA

13.1.1 Planta de implantação

É a representação gráfica do projeto que indica as dimensões do terreno (lote),


a quadra, lotes vizinhos, orientação magnética (norte geográfico), ruas de acesso e,
opcionalmente, pontos de referência. Essa representação vai localizar o terreno dentro
de um perímetro urbano ou até mesmo rural, facilitando sua identificação junto aos
órgãos públicos competentes na regularização e fiscalização da obra.
Os dados fornecidos numa planta de situação devem necessariamente estar
em acordo com a escritura pública do terreno, oficializando junto aos órgãos
públicos o título de propriedade daquela área.
A planta de situação abrange uma área relativamente grande, por isso,
normalmente é desenhada em escalas pequenas, por exemplo, 1/500, 1/750,
1/1000, etc.

AN02FREV001/REV 4.0

164
FIGURA 157 - PLANTA DE IMPLANTAÇÃO

Ilustração de uma planta de implantação com todos os dados necessários à perfeita


identificação do terreno.
FONTE: BEZERRA, 2010.

13.1.2 Planta de locação

Uma planta de locação corresponde a uma representação gráfica de um


projeto, na qual indica a posição da edificação no terreno.
Entre as formas de indicação, compreendem os acessos, norte geográfico,
calçadas e construções vizinhas.
Normalmente, este tipo de representação gráfica é apresentada em vista
superior (BEZZERA, 2010). É a primeira planta a ser gerada por um projetista e o
início de qualquer atividade em uma obra, porque apresenta as marcações no
terreno. As esclas mais utilizadas para este projeto são: 1/200, 1/250, 1/500.

AN02FREV001/REV 4.0

165
FIGURA 158 - PLANTA DE LOCAÇÃO

FONTE: BEZERRA, 2010.

13.1.3 Planta baixa

Desenho que representa graficamente a projeção horizontal de uma


edificação ou partes dela. Pode-se entender como sendo a seção horizontal resultante
da intersecção de um plano de nível acima e paralelo do piso (normalmente a 1,50 m)
em uma edificação, representando consigo portas, janelas, peças sanitárias, chuveiro
e, opcionalmente, mobiliário de ambientação interna.
As escalas mais usuais são 1/50 e 1/75. Para entender com clareza esta
importante representação gráfica, basta imaginar uma superfície plana, cortando uma
casa ao meio e retirando a parte superior, nesse plano ficaria desenhado o contorno
das paredes, portas e janelas. Estaria representada ali a planta baixa dessa casa.

AN02FREV001/REV 4.0

166
FIGURA 159 - PLANO CORTANDO UMA CASA AO MEIO

Itens que compõe a planta baixa:


 Paredes
 Janelas
 Portas
 Cotas
 Cotas de nível
 Projeções
 Indicação dos cortes
 Indicação do norte
 Escada
 Rampas
FONTE: BEZERRA, 2010.

FIGURA 160 - REPRESENTAÇÃO EM PLANTA BAIXA DA CASA

Ilustração da representação em planta baixa da casa, destacando as seções


das paredes, portas e janelas.
FONTE: BEZERRA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

167
FIGURA 161 - EXEMPLO DE PLANTA BAIXA DE CASA PARA VENDER

FONTE: Disponível em: <www.ricardoregueira.com>. Acesso em: 22 jan. 2013.

13.2.CORTE

Os cortes são desenhos que representam graficamente a projeção de uma


seção vertical (ou plano) de uma edificação. Utilizado para representar detalhes que
não aparecem em planta baixa, indica seu pé direito, altura de elementos
construtivos, vistas de elementos estruturais, altura de portas e janelas, cobertura,
bancadas etc.
Seu objetivo é esclarecer o observador do projeto através de planos de
interseções longitudinal e transversal, dando uma terceira dimensão à leitura e
interpretação do projeto.

AN02FREV001/REV 4.0

168
Sua indicação vem representada em planta baixa por uma linha do tipo traço
e ponto ou tracejada. As escalas mais usuais são 1/50 e 1/75.
Recomenda-se que a identificação dos cortes numa planta seja feita por
letras consecutivas, evitando assim, equívocos que poderiam acontecer em
indicações do tipo AA’ e BB’ (BEZZERA, 2010).
A escolha da seção de corte numa planta baixa pode ser influenciada por
uma série de fatores, dependendo do grau de detalhes que se pretenda demonstrar.
Porém, recomenda-se que pelo menos um dos cortes passe pelo banheiro,
visualizando o sanitário, lavatório e o chuveiro. Existindo pavimento superior, a
posição do corte deve passar pela escada, mostrando detalhes dos degraus e as
alturas de seus espelhos (face vertical).

FIGURA 162 - REPRESENTAÇÃO DE UMA INTERSEÇÃO

A representação de uma interseção, cortando uma casa no sentido transversal,


destacando as seções das paredes, postas e janelas.
FONTE: BEZERRA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

169
FIGURA 163 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ESCADA
E PELO BANHEIRO

FONTE: BEZERRA, 2010.

FIGURA 164 - CORTE LONGITUDINAL QUE PASSA PELA ÁREA DE SERVIÇO


E PELOS BANHEIROS

FONTE: BEZERRA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

170
13.2.1 Cortes em fachadas

Desenho que representa graficamente as faces externas do edifício (frontal e


lateral). As fachadas podem ser interpretadas como a representação daquilo que se
almeja construir.
Em geral, nas fachadas especificam-se os materiais de revestimentos
externos, funcionamento de esquadrias, paginação de cores, indicação de detalhes
técnicos, etc. As escalas mais usuais são 1/50 e 1/75.

FIGURA 165 - FACHADA FRONTAL

FONTE: BEZERRA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

171
FIGURA 166 - FACHADA LATERAL

FONTE: BEZERRA, 2010.

13.3 DETALHES TÉCNICOS

Desenho que representa graficamente detalhes construtivos de um elemento


específico ou estrutural do edifício, para detalhe com precisão nas plantas e cortes.
Pode ser detalhe interno ou externo ao prédio.

FIGURA 167 - DETALHE TÉCNICO DE APARELHO SANITÁRIO ADAPTADO A


PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS

FONTE: BEZERRA, 2010.

AN02FREV001/REV 4.0

172
13.4 CONVENÇÕES E SÍMBOLOS

No Brasil, a representação gráfica do projeto, corresponde às normas


editadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), sendo as
principais: NBR 6492 – Representação de projetos e NBR 10067 – Princípios gerais
de representação em desenho técnico.

13.5 ELEMENTOS DO PROJETO

Os elementos do projeto são diferenciados em dois pontos:


- o próprio projeto (o objeto representado);
- o conjunto de símbolos, signos, cotas e textos que o complementam.
As principais categorias do desenho são: as plantas, os cortes, as seções e
as elevações.

13.5.1 Paredes

Normalmente, as paredes internas são representadas com espessura de 15


cm, mesmo que na realidade a parede tenha 14 cm ou até menos. Nas paredes
externas, o uso de paredes de 20 cm de espessura é o recomendado, mas não
obrigatório. É no entanto obrigatório o uso de paredes de 20 cm de espessura
quando esta se situa entre dois vizinhos (de apartamento, salas comerciais, etc.).

AN02FREV001/REV 4.0

173
13.5.2 Portas

13.5.2.1 Portas de correr

FIGURA 168 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE PORTAS DE CORRER

FONTE: BRABO, 2009.

13.5.2.2 Porta interna

Geralmente na comunicação entre dois ambientes não há diferença de nível,


ou seja, estão no mesmo plano, ou ainda, possuem a mesma cota.

FIGURA 169 - PORTAS INTERNAS

FONTE: Criação própria.

AN02FREV001/REV 4.0

174
13.5.2.3 Porta externa

A comunicação entre os dois ambientes (externo e interno) possuem cotas


diferentes, ou seja, o piso externo é mais baixo. Nos banheiros, a água alcança a
parte inferior da porta ou passa para o ambiente vizinho; os dois inconvenientes são
evitados quando há uma diferença de cota nos pisos de 1 cm a 2 cm pelo menos.
Por esta razão, as portas de sanitários desenham-se como as externas.

FIGURA 170 - PORTAS EXTERNAS

FONTE: Criação própria.

AN02FREV001/REV 4.0

175
13.5.2.4 Portas de abrir

FIGURA 171 - EXEMPLO DE REPRESENTAÇÃO DE PORTAS DE ABRIR

FONTE: BRABO, 2009.

13.5.3 Janelas

O plano horizontal da planta corta as janelas com altura do peitoril até 1,50 m,
sendo estas representadas conforme a figura a seguir, sempre tendo como a primeira
dimensão a largura da janela pela sua altura e peitoril correspondente. Para janelas
em que o plano horizontal não o corta, a representação é feita com linhas invisíveis.

AN02FREV001/REV 4.0

176
FIGURA 172 - ESQUEMA DE JANELAS

FONTE: Criação própria.

FIGURA 173 - OUTRO EXEMPLO DE ESQUEMA DE JANELAS

FONTE: Criação própria.

AN02FREV001/REV 4.0

177
FIGURA 174 - REPRESENTAÇÃO DE JANELAS ACIMA OU ABAIXO
DO PLANO DE CORTE (H = 1,50 M)

FONTE: BRABO, 2009.

13.5.4 Níveis

São cotas altimétricas dos pisos, sempre em relação a uma determinada


referência de nível pré-fixada pelo projetista e igual a zero.
Regras principais para as cotas altimétricas:
• Colocar dos dois lados de uma diferença de nível;
• Indicar sempre em metros, na horizontal;
• Evitar repetição de níveis próximos em planta e não marcar sucessão de
desníveis iguais (escada).

AN02FREV001/REV 4.0

178
FIGURA 175 - EXEMPLO DE COTAS DE NÍVEIS

FONTE: BRABO, 2010.

Em planta baixa, os pisos são apenas distintos em comuns ou impermeáveis.


Os impermeáveis são representados apenas nas “áreas úmidas”, ou seja,
áreas dotadas de equipamentos hidráulicos, sacadas, varandas, etc. O tamanho do
reticulado constitui uma simbologia, não tendo a ver necessariamente com o tamanho
real das lajotas ou pisos cerâmicos.

FIGURA 176 - PISOS COMUM E IMPERMEÁVEL


Comum Impermeável

FONTE: Criação própria.

AN02FREV001/REV 4.0

179
13.5.5 Legenda

Usada para a informação, indicação e identificação do desenho:


 Designação da empresa;
 Projetista;
 Local;
 Data;
 Assinatura;
 Conteúdo do desenho;
 Escala;
 Número do desenho;
 Símbolo de projeção;
 Logotipo da empresa;
 Unidade empregada.

FIGURA 177 - EXEMPLO DE LEGENDA DE PROJETO

FONTE: BRABO, 2009.

AN02FREV001/REV 4.0

180
Outras informações do projeto são:
 Legenda de esquadrias: P (portas); J (janelas); Quadro de áreas: legenda
que apresenta área do terreno, área construída e áreas de permeabilidade (jardim).
 Especificações de materiais de acabamento: piso, parede, forro.

FIGURA 178 - EXEMPLO DE QUADRO DE JANELAS, PORTAS


E ÁREAS DE PROJETO

FONTE: BRABO, 2009.

13.5.6 Escadas

As escadas são constituídas por:


 Degraus: pisos + espelhos;
 Pisos: pequenos planos horizontais que constituem a escada;
 Espelhos: planos verticais que unem os pisos;
 Patamares: pisos de maior largura que sucedem os pisos normais da
escada, geralmente ao meio do desnível do pé direito, com o objetivo de facilitar a
subida e o repouso temporário do usuário da escada;
 Lances: sucessão de degraus entre planos a vencer, entre um plano e
um patamar, entre um patamar e um plano e entre dois patamares;

AN02FREV001/REV 4.0

181
 Guarda-corpo e corrimão: proteção em alvenaria, balaústre, grades,
cabos de aço etc. na extremidade lateral dos degraus para a proteção das pessoas
que utilizam a escada.

FIGURA 179 - EXEMPLO DE DETALHAMENTO DE ESCADAS

FONTE: BRABO, 2009.

AN02FREV001/REV 4.0

182
14 NORMAS DE SEGURANÇA DO TRABALHO APLICADAS À CONSTRUÇÃO
CIVIL PARA PROFISSÃO DE PEDREIRO

A Indústria da Construção Civil apresenta condições diferenciadas das


demais indústrias, com empregados expostos a riscos que são eliminados quando
são seguidas regras de segurança no trabalho e o uso correto do Equipamento de
Proteção Individual (EPI), fornecidos gratuitamente pela empresa (SECONCI, 2005).

14.1 NORMAS COMUNS A TODOS OS TRABALHADORES DE UMA EMPRESA

São consideradas mormas comuns:


1. Transitar nas obras usando capacete e calçado de segurança.
2. Usar o EPI recomendado para sua função, verificando que o mesmo
esteja em perfeito estado de conservação, manutenção e funcionamento.
3. Vestir roupas adequadas para a tarefa que irá executar.
4. Manusear apenas ferramentas em perfeitas condições de uso e limpeza.
5. Em locais com altura superior a dois metros de altura, utilizar cinto de
segurança equipado com trava-quedas, fixado a um cabo de segurança ou ponto fixo.
6. Não improvisar ligações elétricas e chamar um eletricista sempre quando
necessário.
7. Não utilizar andaimes que não apresentem perfeitas condições de
segurança como: plataforma total, guarda-corpo, rodapé e perfeita estabilidade.
8. Não fumar durante sua atividade profissional.
9. Não consumir bebida alcoólica ou qualquer outro tipo de entorpecente.
10. Paralisar seu serviço sempre que constatar alguma irregularidade quanto
a sua segurança, comunicando imediatamente a seu superior hierárquico.
11. Manter limpa e organizada as áreas de vivência.
12. Evitar o uso de adereços como aliança, anel, brinco, pulseira, colar, etc.

AN02FREV001/REV 4.0

183
14. Manter suas ferramentas limpas e em condições de uso.
15. No caso de ocorrer um acidente de trabalho de pequenas
consequências, ou surgir qualquer tipo de doença profissional ou de trabalho, avisar
imediatamente seu superior imediato, que tomará as devidas providências
determinadas pela legislação em vigor.
16. No caso de presenciar acidente grave com um companheiro, não movê-lo
(a não ser que possua curso de primeiros socorros) e avisar imediatamente um
socorrista ou, na não existência deste, seu superior imediato que tomará as devidas
providências e orientará sobre as medidas a serem seguidas.

14.2 NORMAS ESPECÍFICAS À FUNÇÃO DE PEDREIRO

São normas específicas à função de pedreiro (SECONCI, 2005):


a. Usar luvas de raspa de couro, látex ou borracha e, para trabalhos em
locais alagados, usar botas de borracha;
b. Em trabalhos com respingos de argamassa (lançamento de concreto,
reboco ou chapisco) usar óculos ou protetor facial;
c. Conferir o estado de conservação das ferramentas manuais e limpá-las ao
término de cada serviço;
d. Em condições desfavoráveis (chuvas ou ventos fortes) deverão ser
interrompidas as atividades em andaimes suspensos ou tubulares;
e. Para trabalhos com presença de ruído (uso de maquinário ou vibração do
concreto) usar protetor auricular;
f. Não carregar peso acima de sua capacidade física e, se necessário,
recorra a um colega.

AN02FREV001/REV 4.0

184
14.3 CONDUTAS SEGURAS NO CANTEIRO DE OBRAS

O trabalho na construção civil exige do pedreiro compromisso e


responsabilidade.
Estar em boas condições físicas e mentais é importante para que seja
desenvolvido o trabalho com saúde e segurança.

FIGURA 180 - PEDREIRO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

FONTE: Disponível em: <http://universidadpopularcdu.blogspot.pt/2012/03/albanileria-y-


construccion.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

Alguns exemplos de postura que deve-se ter no canteiro de obras são:


• Aconselhar os menos experientes.
• Procurar conhecer o local de trabalho antes do início das atividades.
• Somente ingressar no canteiro de obras com capacete e botas de
segurança.

AN02FREV001/REV 4.0

185
14.3.1 Alcoolismo

Na realização dos trabalhos nos canteiros de obras, o pedreiro deve estar


bem disposto e concentrado. Não é permitido estar alcoolizado no canteiro de obras.
O profissional não deve levar nem consumir bebidas alcoólicas no seu local
de trabalho (SECONCI, 2005).

FIGURA 181 - ALCOOLISMO É PROIBIDO NA CONSTRUÇÃO CIVIL

FONTE: Disponível em: <http://acpessoal.blogspot.pt/2012/09/alcoolismo-deixa-de-ser-motivo-


para.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

14.3.2 Tabagismo

Manter hábitos de vida saudáveis também contribui para um melhor


rendimento no trabalho. Dessa forma, é proibido fumar no local de trabalho,
principalmente próximo a explosivos e inflamáveis.
Além de acidentes, o cigarro pode incomodar os colegas de trabalho e ainda
causar graves problemas à sua saúde (SECONCI, 2005).

AN02FREV001/REV 4.0

186
FIGURA 182 - O TABAGISMO É PROIBIDO EM OBRAS

FONTE: Disponível em: <http://mairafioravanti.wordpress.com/tag/tabagismo-sao-caetano/>. Acesso


em: 22 jan. 2013.

14.3.3 Organização do canteiro de obras

O canteiro de obras é o ambiente de trabalho da construção civil. Para que


seja garantida a saúde e segurança dos trabalhadores neste local, deve-se sempre
seguir as seguintes recomendações:
• Deixar o canteiro de obras sempre limpo e organizado;
• Manter vias de circulação livres;
• Coletar e remover entulhos regularmente.

14.3.4 Ergonomia

O peso máximo que um trabalhador pode remover individualmente é de 60


kg. Mulheres e menores de idade apresentam limite de peso com valor inferior a
este. Para remover objetos maiores, o ideal são dois trabalhadores, um de cada lado
(SECONCI, 2005).

AN02FREV001/REV 4.0

187
FIGURA 183 - ERGONOMIA NA CONSTRUÇÃO CIVIL

FONTE: SECONCI, 2005.

AN02FREV001/REV 4.0

188
14.3.5 EPIs

Os equipamentos de proteção individual (EPIs) auxiliam o pedreiro a realizar


suas atividades com segurança. Observe as atribuições da empresa e as suas no
que diz respeito aos EPIs(SECONCI, 2005).
Responsabilidades do trabalhador quanto ao EPI:
• Utilizar o EPI apenas para a finalidade a que se destina;
• Responsabilizar-se pelo acondicionamento e conservação;
• Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso;
• Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.

14.3.5.1 Principais EPIs utilizados na construçãocivil, na profissão de pedreiro:

14.3.5.1.1 Capacete

O capacete de proteção tipo aba frontal tem a finalidade de proteger a


cabeça do trabalhador contra impactos e choque elétrico.

FIGURA 184 - CAPAECETE DE PROTEÇÃO TIPO ABA FRONTAL

FONTE: Disponível em: <http://www.royalmaquinas.com.br/loja/website/152/802/e-p-i/capacete-de-


seguranca-aba-frontal-800-verde.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

189
14.3.5.1.2 Óculos de proteção.

Óculos de segurança para proteção (lente incolor) tem por finalidade


proteger os olhos contra impactos mecânicos, pedaços volantes e raios ultravioletas.

FIGURA 185 - ÓCULOS DE SEGURANÇA COM LENTE INCOLOR

FONTE: Disponível em: <http://www.ep4.com.br/portfolio/oculos-de-seguranca-spectra-2000-incolor>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

14.3.5.1.3 Protetor auricular

O protetor auditivo tipo inserção (plug) serve para proteger os ouvidos nas
atividades e nos locais que apresentem ruídos excessivos.A exposição ao ruído
pode causar inúmeras doenças, entre elas: estresse, insônia, hipertensão, surdez e
impotência sexual.

AN02FREV001/REV 4.0

190
FIGURA 186 - PROTETOR AUDITIVO TIPO INSERÇÃO (PLUG)

FONTE: Disponível em: <http://www.walmarcorp.com.br/?pg=ver_cat_sub&cid=14&idcs=16>.


Acesso em: 22 jan. 2013.

14.3.5.1.4 Mascára

Serve para proteção respiratória em atividades e locais que contenham


poeiras, vapores ou fumos. As principais doenças do sistema respiratório que afetam
trabalhadores da construção civil são: silicose, alergias, rinites, asma ocupacional e
pneumonite por hipersensibilidade.

FIGURA 187 - MÁSCARA DE PROTEÇÃO

FONTE: Disponível em:


<http://fortaleza.tudotemos.com/market/ComercialCastelao_MascaradeProtecaoDescartavel_Constru
cao_12526>. Acesso em: 22 jan. 2013.

AN02FREV001/REV 4.0

191
14.3.5.1.5 Luvas de malha pigmentada

Protege as mãos e garante maior aderência aos equipamentos.

FIGURA 188 - LUVA DE MALHA PIGMENTADA

FONTE: Disponível em: <http://www.felap.com.br/loja/index.php/e-p-i-equipamentos-de-protecao-


individual/luva-de-malha-pigmentada-branca>. Acesso em: 22 jan. 2013.

14.3.5.1.6 Luva de PVC

Protege mãos e punhos contra recipientes contendo óleo, graxa, solvente e


cimento.

AN02FREV001/REV 4.0

192
FIGURA 189 - LUVAS DE PVC

FONTE: Disponível em: <http://soluvas.com.br/home/luva-de-latex/amarela-forrada/luva-de-latex-


forrada-multiuso-maxi-latex-am-p.html>. Acesso em: 22 jan. 2013.

14.3.5.1.7 Botas de segurança

Para proteção dos pés contra torção, escoriações, derrapagens e queda de


ferramentas.

FIGURA 190 - BOTAS DE SEGURANÇA

FONTE: Disponível em: <http://www.not1.xpg.com.br/botas-de-seguranca-para-protecao-onde-


comprar-precos/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

FIM DO MÓDULO V

AN02FREV001/REV 4.0

193
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CIMENTO PORTLAND (ABCP). Mãos à obra:


orientação para construção ou reforma de sua casa. Disponível em:
<http://www.abcp.org.br>. Acesso em: 22 jan. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS EMPRESAS DE SERVIÇOS DE


CONCRETAGEM DO BRASIL (ABESC). Informativo técnico. Disponível em:
<http://www.abesc.org.br>. Acesso em: 22 jan. 2013.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7212: execução de


concreto dosado em central. Rio de Janeiro: ABNT, 1994.

______. NBR 5732: cimento Portland comum. Rio de Janeiro: ABNT, 1991.

______. NBR 13529: revestimento de paredes e tetos de argamassas inorgânicas e


terminologia. Rio de Janeiro: ABNT, 1995.

______. NBR NM 137: argamassa e concreto, água para amassamento e cura de


argamassa e concreto de cimento Portland. Rio de Janeiro: ABNT, 1997.

______. NBR 6492: representação de projetos de arquitetura. Rio de Janeiro: ABNT,


1994.

______. NBR 10067: princípios gerais de representação em desenho técnico. Rio de


Janeiro: ABNT, 1995.

ARRUDA. A, SILVA. S, SOUSA. W. Cartilha do pedreiro. 3. ed. Salvador:


Universidade do Estado da Bahia, 2010.

BASTOS. P. K. Construção de edifícios. Juiz de Fora: Universidade Federal de


Juiz de Fora, 2011.

AN02FREV001/REV 4.0

194
BEZERRA, D. C. Leitura e interpretação de projetos: noções sobre projeto
arquitetônico, noções sobre projeto estrutural, noções sobre projeto hidráulico,
noções sobre projeto sanitário. Rio Grande do Norte: 2010.

BORGES, A. C. Prática das pequenas construções: São Paulo: Edgard Blücher,


1996.

BRABO. R. Leitura e interpretação de projetos. Pará: Universidade Federal do


Pará. Faculdade de Engenharia Civil, 2009.

CHAVES. R. Como construir uma casa: concreto, alvenaria, pintura, telhado e


instalações. 12. ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1997.

DINIZ. E. Curso de metrologia: medidas e medições. Rio Grande do Sul: Escola


Técnica Frederico Schmidt, 2009. Disponível em: <http://www.abesc.org.br>. Acesso
em: 22 jan. 2013.

KLOSS, C. Materiais de construção, 3. ed. Curitiba: Cefet, 1996.


PFEIL, W. Concreto armado, v. 1 - 3. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora de Livros
Técnicos e Científicos, 1989.

REVISTA CONSTRUÇÃO E MERCADO. Disponível em:


<http://revista.construcaomercado.com.br/>. Acesso em: 22 jan. 2013.

SALGADO, M. S. Revestimentos: acabamentos argamassados. Rio de Janeiro:


Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2007.

SERVIÇO SOCIAL DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO (SECONCI). Cartilha


noções básicas da construção civil, 1. ed. São Paulo: SECONCI, 2005.

SINDICATO NACIONAL DA INDÚSTRIA DE PRODUTOS DE CIMENTO


(SINAPROCIM). Disponível em: <http://www.sinaprocim.com.br>. Acesso em: 22 jan.
2013.

WIKIPÉDIA. Leis do trabalho. Disponível em:


<pt.wikipedia.org/wiki/Consolidação_dasLeis_do_ Trabalho>. Acesso em: 22 jan.
2013.

AN02FREV001/REV 4.0

195

Você também pode gostar