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Renata Paulucio
Docente:
Santarém
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Resumo
A mais recente atualização da Lei das Comunicações Eletrónicas foi publicada em 16 de agosto de 2022
e entrou em vigor em 01 de outubro do mesmo ano. Este instrumento legal aborda diversos aspetos
vinculados aos serviços de comunicações eletrónicas, incluindo o acesso às redes e serviços
disponibilizados, a salvaguarda dos utilizadores finais, a distribuição dos custos das obrigações de
serviço universal e a promoção da concorrência nos mercados de redes e serviços. Adicionalmente, a
legislação incorpora diretrizes essenciais destinadas a assegurar a proteção jurídica dos serviços de
acesso condicional e a fomentar a concorrência nos referidos mercados além de garantir que as empresas
que oferecem serviços sujeitos às obrigações estabelecidas devem completar um modelo de resumo
contratual, contendo as informações necessárias, e disponibilizá-lo gratuitamente aos consumidores
antes da celebração do contrato. Importante ressaltar que as informações abordadas na lei se tornam
parte integrante do contrato e estão sujeitas a não serem alteradas unilateralmente pelas empresas. Este
contexto normativo reforça a importância da transparência e proteção dos direitos dos consumidores no
âmbito das comunicações eletrónicas.
Palavras-chave: Lei das Comunicações Eletrónicas; Legislação portuguesa; ANACOM; Lei n.º
16/2022; Comunicação Eletrónica.
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ÍNDICE
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................................... 5
2. O QUE É A LEI DAS COMUNICAÇÕES ELETRÓNICAS ......................................... 6
2.1 QUAIS AS APLICAÇÕES DESSA LEI: ..................................................................................... 6
2.2 QUANDO A LEI ENTROU EM VIGOR:.................................................................................... 7
2.3 QUAIS AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NESTA NOVA VERSÃO DA LEI: ..................................... 7
3. UTILIZADOR FINAL ........................................................................................................ 9
4. REGULAÇÃO.................................................................................................................... 11
4.1 COMPETE À ANACOM: .................................................................................................. 11
4.2 NÃO COMPETE À ANACOM: .......................................................................................... 12
5. ACESSO E INTERLIGAÇÃO ......................................................................................... 13
6. PROTEÇÃO DA CONCORRÊNCIA, DA CONECTIVIDADE E DA COBERTURA
TERRITORIAL ..................................................................................................................... 14
7. MEIOS DE COMUNICAÇÃO ENVOLVIDOS ............................................................. 15
7.1 SERVIÇOS TELEFÓNICOS ACESSÍVEIS AO PÚBLICO: .......................................................... 15
7.2 SERVIÇOS DE ACESSO À INTERNET: ................................................................................. 15
7.3 SERVIÇOS DE MENSAGENS ELETRÓNICAS: ....................................................................... 15
7.4 SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES INTERATIVAS: .................................................................. 16
7.5 SERVIÇOS DE RADIODIFUSÃO SONORA: ........................................................................... 16
7.6 SERVIÇOS DE RADIODIFUSÃO TELEVISIVA: ...................................................................... 16
7.7 SERVIÇOS DE COMUNICAÇÕES DE EMERGÊNCIA: ............................................................. 16
8. CONCLUSÃO .................................................................................................................... 17
9. BIBLIOGRAFIA................................................................................................................ 18
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1. INTRODUÇÃO
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2. O QUE É A LEI DAS COMUNICAÇÕES ELETRÓNICAS
Este diploma normativo estabelece o quadro jurídico que Regula o setor das redes e serviços
de comunicações eletrónicas em Portugal, transpondo as diretivas europeias e estabelecendo as
normas de não discriminação, proteção dos consumidores e gestão do espectro radioelétrico.
Além de, delinear as competências da ANACOM. (Advogados, 2023)
A Lei das Comunicações Eletrónicas tem como finalidade estabelecer um quadro jurídico
aplicável às redes e serviços de comunicações eletrónicas, bem como aos recursos e serviços
correlatos, conforme visto abaixo:
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2.2 Quando a lei entrou em vigor:
Como dito anteriormente, a Lei das Comunicações Eletrónicas em sua nova versão entrou
em vigor a 01 de outubro de 2022, no entanto, de acordo com o artigo 4.º da mesma lei, algumas
regras em particular tiveram seu início em uma data diferente, são elas:
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2. Normas de não discriminação: Foi estabelecido que os provedores de serviços de
comunicações eletrónicas acessíveis ao público têm a obrigação de tratar de maneira equitativa
os utilizadores finais em situações equivalentes, evitando qualquer forma de discriminação
direta ou indireta. Tais discriminações podem ser baseadas em características como sexo, raça,
cor, origem étnica ou social, características genéticas, língua, religião, convicções, opiniões
políticas, pertença a uma minoria nacional, riqueza, nascimento, deficiência, idade ou
orientação sexual, bem como em critérios que não sejam objetivos, transparentes e
proporcionais.
Os operadores de redes públicas de comunicações eletrónicas devem conceder aos
prestadores de serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público as mesmas
condições técnicas e comerciais que aplicam a si próprios ou às suas empresas associadas ou
parceiras, para a prestação de serviços equivalentes. Nesse contexto, é essencial evitar qualquer
discriminação, direta ou indireta, com base na identidade do prestador ou na natureza dos
serviços prestados.
Ambos os prestadores de serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público e os
operadores de redes públicas de comunicações eletrónicas devem aderir estritamente às normas
de não discriminação estabelecidas pela Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM),
em conformidade com a presente lei e o Código Europeu das Comunicações Eletrónicas. Além
disso, devem cumprir todas as demais disposições legais e regulamentares aplicáveis. Este
compromisso com a não discriminação é crucial para promover a igualdade e a equidade no
setor das comunicações eletrónicas. No entanto, em situações excecionais, os operadores
podem justificar diferenciações objetivas, como, por exemplo, fundamentadas em
discrepâncias de custos e riscos, decorrentes, por exemplo, de investimentos em infraestruturas
num local específico.
3. Reforço dos direitos dos consumidores e outros utilizadores finais: Este novo
regime normativo fortaleceu os direitos dos consumidores e de outros utilizadores finais, como
microempresas, pequenas empresas ou organizações sem fins lucrativos, abordando áreas
previamente identificadas como problemáticas. Destacam-se questões relacionadas a pacotes
de serviços, transparência das condições contratuais, custos associados ao incumprimento do
período de fidelização, qualidade do serviço e alterações contratuais que possam resultar na
cessação dos contratos sem encargos. Essas melhorias visam responder a preocupações
destacadas tanto pela ANACOM quanto por organizações de defesa do consumidor.
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3. UTILIZADOR FINAL
Este termo aborda todas as pessoas individuais ou jurídicas que recorrem ou solicitam
serviços de comunicações eletrónicas acessíveis ao público, sem distinção quanto à sua
condição de consumidores. Isso significa que engloba tanto aqueles que agem no âmbito de
sua atividade profissional quanto aqueles que não o fazem (conforme definido no artigo 2.º,
alínea aa)). Os utilizadores finais possuem os seguintes direitos:
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• Aceder a serviços de emergência através do número único europeu de emergência
112, bem como de outros números de emergência nacionais, e beneficiar de serviços
avançados de emergência, como a localização precisa do chamador, o envio de
mensagens de texto, fotografias ou vídeos, e o acesso a serviços específicos para
pessoas com deficiência (artigos 29.º a 34.º);
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4. REGULAÇÃO
A ANACOM não só regula como também supervisiona todo o setor das comunicações em
Portugal, destacam-se, dentro deste âmbito, as seguintes disposições, conforme estipulado
nos artigos 93.º a 128.º:
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• A promoção da defesa dos direitos e interesses dos utilizadores finais é outra
responsabilidade da ANACOM, que se encarrega de garantir a qualidade e
acessibilidade dos serviços de comunicações eletrónicas. Isso implica assegurar a
proteção dos dados pessoais e da privacidade, além de disponibilizar mecanismos
eficazes para a resolução de litígios.
A legislação não confere à ANACOM atribuições para mediar ou resolver disputas entre
operadores de comunicações e utilizadores desses serviços. Além disso, as seguintes questões
não se enquadram nas competências de fiscalização e aplicação de sanções pela ANACOM:
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5. ACESSO E INTERLIGAÇÃO
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6. PROTEÇÃO DA CONCORRÊNCIA, DA CONECTIVIDADE E DA COBERTURA
TERRITORIAL
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7. MEIOS DE COMUNICAÇÃO ENVOLVIDOS
Dessa forma, os meios de comunicação abordados pela Lei 16/2022 englobam diversos
serviços, tais como:
Possibilitam aos utilizadores finais enviar e receber mensagens de texto, voz, som ou imagem
por meio de redes e serviços de comunicações eletrónicas, incluindo serviços como SMS, MMS
e mensagens instantâneas como no caso do Whatsapp e Telegram (artigo 2.º, alínea f);
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7.4 Serviços de comunicações interativas:
Possibilitam que os utilizadores finais comuniquem em tempo real através de redes e serviços
de comunicações eletrónicas, utilizando voz, som ou imagem, incluindo serviços como voz
sobre IP (VoIP) e videochamadas, como o Skype (artigo 2.º, alínea g));
Consistem na transmissão de imagens móveis, com ou sem som, destinadas a serem recebidas
pelo público em geral, incluindo serviços como televisão digital terrestre (TDT), televisão por
cabo, televisão por satélite e televisão por protocolo de Internet (IPTV) (artigo 2.º, alínea i)).
Permitem que os utilizadores finais contactem serviços de emergência por meio do número
europeu de emergência 112 ou outros números de emergência nacionais, beneficiando de
serviços avançados como localização precisa, envio de mensagens de texto, fotografias ou
vídeos, e acesso a serviços específicos para pessoas com deficiência (artigos 29.º a 34.º);
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8. CONCLUSÃO
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9. BIBLIOGRAFIA
• Anacom. (13 de janeiro de 2023). Sabia que há novas regras sobre fidelizações nos
contratos? Obtido de Portal do Consumidor Anacom: https://www.anacom-consumidor.pt/-
/sabia-que-ha-novas-regras-sobre-fidelizacoes-nos-contrato-1
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