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Contrato de Informática
Autor
João Barbosa Júnior
Introdução
Prezado aluno, seja muito bem-vindo ao nosso curso de Aspectos Específicos da Licitação e do
Contrato de Informática. Espero que possa contribuir para sua formação nesta importante área,
que necessita de profissionais cada vez mais qualificados.
Para que possamos atingir nossos objetivos, iniciaremos entendendo nosso objeto de estudo.
Para isso, trataremos da base normativa que regulamenta as licitações e contratações como um
todo e sua intersecção com a contratação de bens e serviços de TIC.
Espero, sinceramente, que eu consiga transmitir o conhecimento necessário e que esse conteúdo
possa contribuir para sua formação profissional e acadêmica.
Videoaula - Aspectos Introdutórios
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Licitação e contrato de Tecnologia da Informação e
1
Comunicações
Contratar na Administração Pública não é tarefa fácil. Como ficará mais claro ao longo do curso,
quando se trata de bens e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicação essa tarefa fica
ainda mais complexa, requerendo tanto da administração, quanto dos licitantes, um profundo
conhecimento de um emaranhado de leis, decretos, instruções normativas e jurisprudência.
Em primeiro lugar, você precisa saber que o Estado Brasileiro é um grande demandante de bens e
serviços dessa natureza, aplicando anualmente dezenas de bilhões de reais nesta área. Mas,
como a vida nem sempre é fácil, para que essa demanda seja suprida e efetivamente contratada
de terceiros, uma série de procedimentos precisam ser previamente cumpridos. É neste
momento que surge um primeiro problema para os interessados nas contratações realizadas
pelo governo (gestores, empresas, sociedade, órgãos de controle etc.), que é a complexidade da
legislação brasileira que permeia a matéria.
Foi por iniciativa do Tribunal de Contas da União, que um esforço de sistematização dessas
contratações foi efetivado no âmbito do Governo Federal, de modo que normas mais precisas e
específicas foram sendo criadas, como decorrência de recomendações e determinações da Corte
de Contas.
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Inicialmente, no topo da hierarquia das leis temos a Constituição Federal que em seu art. 37
assevera:
XXI. ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos
os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as
condições efetivas da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações.
(BRASIL, 1988)
Em 1993, foi editada a Lei nº 8.666/1993, que dispõe sobre normas gerais de licitações e
contratos (BRASIL, 1993). Esta lei apresenta disposições aplicáveis às contratações dos bens e
serviços de que nos ocupamos neste curso, muito embora não se atenha às suas peculiaridades.
Tanto é verdade, que estas contratações, antes do advento da legislação infralegal, eram
bastante criticadas no âmbito do Tribunal de Contas da União.
O §1º do art. 1º da Lei nº 10.520/2002 define bens e serviços comuns como aqueles que podem
ser caracterizados objetivamente no edital, em conformidade com especificações usuais do
mercado (BRASIL, 2002). No nosso caso, de Licitações e Contratos de Bens e Serviços de
Informática e Comunicações se aplicaria, por exemplo, à contratação de um notebook, com
processador Core i7, 8GB de memória RAM DDR 4 etc.
Entre os anos de 2003 e 2007 foram editados diversos acórdãos do TCU que contribuíram para
uma melhor sistematização das contratações de TI. Como destaque, podemos citar o Acórdão nº
1.558/2003 – TCU – Plenário que efetivou a determinação para que sua unidade técnica
responsável pela fiscalização de TI apresentasse um estudo contendo parâmetros que
balizassem as contratações de bens e serviços de tecnologia da informação e comunicações.
Ainda no que diz respeito às decisões do TCU, merece destaque o Acórdão nº 2.471/2008 – TCU
– Plenário (BRASIL, 2008), que definiu diversos entendimentos da corte relativos aos conteúdos
mínimos para o Termo de Referência e para o Projeto Básico, bem como a preferência pela
utilização da modalidade de licitação Pregão, em detrimento das demais (Concorrência, Tomada
de Preços, Convite etc.)
A IN nº 1/2019 estabelece tarefas, processos e procedimentos que devem ser obedecidos pela
Administração Pública ao longo de todo o processo de contratação (Planejamento, Seleção do
Contratado e Gestão do Contrato). Trata-se de uma norma que apresenta aperfeiçoamento em
relação às demais e apresenta mecanismos interessantes e capazes de fazer com que a
contratação de bens e serviços de TIC sejam mais eficientes, eficazes e efetivas no âmbito da
Administração Pública.
Já no art. 1º, ela estabelece sua abrangência, definindo que “as contratações de soluções de
Tecnologia da Informação e Comunicação - TIC pelos órgãos e entidades integrantes do Sistema
de Administração dos Recursos de Tecnologia da Informação – SISP” serão por ela disciplinadas
(BRASIL, 2019).
Não obstante, torna facultativa sua aplicação para as contratações cuja estimativa de valor seja
inferior ao disposto no art. 24, inciso II da Lei nº 8.666, de 1993, que trata da licitação dispensável
em razão do valor inferior a 10% da modalidade Convite (BRASIL, 1993).
Adiante, após apresentar uma série de definições, que serão abordadas oportunamente ao longo
do curso, a norma apresenta uma série de vedações nos seguintes termos:
qualidade das soluções de TIC poderá ser objeto de contratação, desde que sob supervisão exclusiva
Explicando o dispositivo, o inciso I diz respeito à necessidade de que o órgão ou entidade avalie a
possibilidade de parcelamento do objeto, com vistas ao melhor aproveitamento dos recursos
disponíveis, bem como pela possibilidade de ampliação da competitividade.
O inciso II, por sua vez, trata das atividades que não podem ser objeto de contratação por parte
da Administração Pública e que estão elencadas no art. 3º do Decreto nº 9.507/2018, nos termos
a seguir:
Art. 3º Não serão objeto de execução indireta na administração pública federal direta, autárquica e
fundacional, os serviços:
I. que envolvam a tomada de decisão ou posicionamento institucional nas áreas de planejamento,
coordenação, supervisão e controle;
II. que sejam considerados estratégicos para o órgão ou a entidade, cuja terceirização possa colocar
em risco o controle de processos e de conhecimentos e tecnologias;
III. que estejam relacionados ao poder de polícia, de regulação, de outorga de serviços públicos e de
aplicação de sanção; e
IV. que sejam inerentes às categorias funcionais abrangidas pelo plano de cargos do órgão ou da
entidade, exceto disposição legal em contrário ou quando se tratar de cargo extinto, total ou
parcialmente, no âmbito do quadro geral de pessoal. (BRASIL, 2018)
Figura 3 – Licitação.
Além disso, a IN nº 1/2019 veda que o edital de licitação preveja remuneração a algum
funcionário da empresa contratada, bem como veda a indicação de pessoas, por parte de algum
servidor, para compor o quadro da contratada. Esta vedação visa, claramente, evitar situações de
conflito de interesses entre os participantes da execução contratual (BRASIL, 2019).
reembolsar despesas com transporte, hospedagem e outros custos operacionais, que devem ser de
exclusiva responsabilidade da contratada;
prever em edital exigências que constituam intervenção indevida da administração na gestão
interna dos fornecedores;
prever em edital exigência que os fornecedores apresentem, em seus quadros, funcionários
capacitados ou certificados para o fornecimento da solução, antes da contratação.
No que diz respeito à forma de pagamento dos serviços contratados, a IN nº 1/2019, em seu inc.
VII, art. 5º, veda a adoção da “métrica homem-hora ou equivalente para aferição de esforço, salvo
mediante justificativa e sempre vinculada à entrega de produtos de acordo com prazos e
qualidade previamente definidos” (BRASIL, 2019).
A contratação não deve também ser feita por postos de trabalho alocados, salvo os casos
justificados mediante a comprovação obrigatória de resultados compatíveis com o posto
previamente definido.
Ainda no art. 5º, inc. XI, a IN nº 1/2019 apresenta disposição específica em relação a licitação do
tipo Técnica e Preço, segundo o qual é vedado:
Aspecto relevante tratado pela norma diz respeito à Programação da Estratégia de Contratações:
Art. 6º As contratações de soluções de TIC no âmbito dos órgãos e entidades integrantes do SISP
deverão estar:
I. em consonância com o PDTIC (Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicações) do
órgão ou entidade, elaborado conforme Portaria SGD/ME nº 778, de 4 de abril de 2019;
II. previstas no Plano Anual de Contratações;
III. alinhadas à Política de Governança Digital, instituída pelo Decreto nº 8.638, de 15 de janeiro de
2016; e
IV. integradas à Plataforma de Cidadania Digital, nos termos do Decreto nº 8.936, de 19 de dezembro
de 2016, quando tiverem por objetivo a oferta digital de serviços públicos. (BRASIL, 2019)
Recapitulando
Nesta Unidade, tratamos dos itens iniciais que permeiam a contratação de bens e serviços
de Tecnologia da Informação e Comunicações. Inicialmente, motivamos a necessidade de
estudarmos aspectos específicos desta contratação. Estudamos a fundamentação legal do
tema, iniciando na Constituição Federal, passando pela jurisprudência do Tribunal de Contas
da União, até chegarmos à IN nº 1/2019.
A propósito, essa IN servirá de base para nosso estudo, na medida em que ela define
procedimentos e processos que perpassam todas as fases da contratação de bens e
serviços de TIC.
Exercícios de fixação
Não poderão ser objeto de contratação mais de uma solução de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC) em um único contrato.
Verdadeiro Falso
É permitido nas licitações do tipo técnica e preço incluir critérios de pontuação técnica que não
estejam diretamente relacionados com os requisitos da solução de TIC a ser contratada ou que
frustrem o caráter competitivo do certame.
Verdadeiro Falso
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2 Planejamento da contratação
Conforme já mencionamos, a IN nº 1/2019 regulamenta todas as fases da contratação. Dessa
forma, nosso curso será organizado com a mesma sequência disposta na referida IN. Isso
garante que estudaremos todo o processo que assegura, em tese, o sucesso da contratação da
solução de TIC.
A Figura 4 ilustra todo o processo de contratação nos moldes propostos pela IN nº 1/2019.
É nesta fase, ainda, que soluções alternativas podem ser estudadas, sempre com vistas à
contratação dos melhores produtos e serviços para o atendimento das necessidades da área de
negócios e, por consequência, da Administração Pública.
Ainda na fase de planejamento, a equipe responsável por sua execução deve buscar mecanismos
que ampliem a competitividade do certame, mediante parcelamento do objeto, de modo que as
parcelas a serem contratadas, sem prejuízo para seu conjunto, possam atrair mais interessados
e, com isso, possa ser obtida uma proposta ainda mais vantajosa para a Administração Pública.
Nunca é demais lembrar que estamos lidando com contratações no âmbito da Administração
Pública e, nesse sentido, devemos observar todo o regramento atinente a ela.
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Pela leitura do dispositivo citado, podemos afirmar que todas as fases do planejamento descritas
no caput do art. 9º são obrigatórias, ainda que a contratação não decorra de um processo
licitatório propriamente dito. Isso porque, como já tivemos a oportunidade de estudar, a
importância da fase de planejamento suplanta a mera realização da licitação, abarcando todos
os aspectos relativos ao contrato, tais como pagamento baseado em resultados, modelo de
gestão contratual, especificação do objeto, entre outros.
A única exceção apresentada pela norma, no que diz respeito às etapas de planejamento, diz
respeito à dispensa da realização de elaboração de Termo de Referência ou de Projeto Básico
quando o órgão ou entidade for participante em procedimento licitatório destinado à formação
de Registro de Preços.
Nos termos do Decreto 7.892, de 2013, órgão participante - órgão ou entidade da Administração
Pública que participa dos procedimentos iniciais do Sistema de Registro de Preços e integra a Ata
de Registro de Preços. Nestes casos, como vimos, é dispensável a realização da etapa de
elaboração de Projeto Básico ou Termo de Referência.
Na hipótese que acabamos de discutir, caso um órgão ou entidade tenha interesse em aderir à
Ata de Registro de Preços, o órgão interessado deverá enviar ao órgão gerenciador os artefatos
de planejamento e este poderá autorizar ou não sua adesão.
Adiante, detalharemos outros aspectos relativos à Equipe de Planejamento da Contratação. Não
obstante, é preciso que seja evidenciado o fato de que, por força de determinação normativa,
contida no §5º do art. 9º da IN nº 1/2019,
Art. 10. A fase de Planejamento da Contratação terá início com o recebimento pela Área de TIC do
Documento de Oficialização da Demanda, elaborado pela Área Requisitante da solução, que conterá
no mínimo:
I. necessidade da contratação, considerando os objetivos estratégicos e as necessidades
corporativas do órgão ou entidade, bem como o seu alinhamento ao PDTIC e ao Plano Anual de
Contratações;
II. explicitação da motivação e dos resultados a serem alcançados com a contratação da solução de
TIC;
III. indicação da fonte dos recursos para a contratação; e
IV. indicação do Integrante Requisitante para composição da Equipe de Planejamento da
Contratação. (BRASIL, 2019, grifo nosso)
Observe que é a área demandante que deve demonstrar a necessidade da contratação. Esse item
é de suma importância, uma vez que as contratações de bens e serviços de Tecnologia da
Informação e Comunicações devem, necessariamente, solucionar problemas ou atender a
necessidades efetivas dos órgãos ou entidades. A partir dessa indicação, a área de TI pode,
inclusive, indicar outras soluções já contratadas, que possam atender às necessidades descritas,
prescindindo de realização de aquisição.
Outro fator importante elencado é a necessidade de que a contratação pretendida esteja alinhada
ao Plano Diretor de Tecnologia da Informação e Comunicações e ao Plano Anual de
Contratações.
Importante
acumulados pelo mesmo servidor, salvo quanto aos papéis de Integrante Requisitante e Técnico, em
casos excepcionais, mediante justificativa fundamentada nos autos, e aprovados pelo Comitê de
da Contratação somente poderá ocorrer mediante justificativa fundamentada nos autos. (BRASIL,
2019)
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Art. 11. O Estudo Técnico Preliminar da Contratação será realizado pelos Integrantes Técnico e
De acordo com o texto, o Estudo Técnico Preliminar inicia-se com a definição das necessidades,
sejam tecnológicas ou relativas ao negócio, ou ainda dos requisitos necessários à escolha da
solução de TI. Observe que, nesta fase, o objetivo não é exaurir a especificação de necessidades
ou requisitos, mas tão somente descrevê-los. Este exaurimento será efetivado na fase de
Elaboração de Projeto Básico ou Termo de Referência.
Ainda no que diz respeito ao conteúdo do Estudo Técnico Preliminar, a IN nº 1/2019 assevera:
Art. 11. O Estudo Técnico Preliminar da Contratação será realizado pelos Integrantes Técnico e
(...)
II. análise comparativa de soluções, que deve considerar, além do aspecto econômico, os aspectos
qualitativos em termos de benefícios para o alcance dos objetivos da contratação, observando:
Inicialmente, você deve estar atento para o fato de que os recursos disponíveis para a
contratação de bens e serviços de Tecnologia da Informação e Comunicações são limitados.
Nesse sentido, a norma determina que, uma vez especificada a solução, deve haver uma análise
comparativa (considerando aspectos de economicidade e de qualidade técnica) com outras que
já estejam disponíveis em outros órgãos ou entidades. Este fato tende a minimizar a necessidade
de aquisições e, como consequência, melhorar a eficiência na aplicação dos recursos públicos.
Ademais, na execução do Estudo Técnico Preliminar, devem ser consideradas das alternativas
disponíveis no mercado o que pode minimizar a complexidade da contratação, bem como deve
ser avaliada a existência de solução de software livre que possa atender à demanda da
organização, em conformidade com a Portaria STI/MP nº 46, de 28 de setembro de 2016
(BRASIL, 2016).
a. infraestrutura tecnológica;
b. infraestrutura elétrica;
c. logística;
d. espaço físico;
e. mobiliário; e
f. outras que se apliquem.
Outro aspecto que deve ser abordado quando da execução do Estudo Técnico Preliminar é o
custo da solução a ser adotada. Quanto a este aspecto, a IN nº 1/2019 assevera em seu art. 11,
inc. III que “a análise comparativa de custos deverá considerar apenas as soluções técnica e
funcionalmente viáveis” (BRASIL, 2019). Essa determinação busca conferir maior celeridade e
efetividade para a equipe, uma vez que a exime de avaliar soluções inviáveis do ponto de vista
técnico e de funcionalidade.
Além disso, a análise comparativa a que se refere o inc. III supra, deve incluir a:
a. comparação de custos totais de propriedade (Total Cost Ownership - TCO) por meio da obtenção
dos custos inerentes ao ciclo de vida dos bens e serviços de cada solução, a exemplo dos valores
de aquisição dos ativos, insumos, garantia, manutenção; e
b. memória de cálculo que referencie os preços e os custos utilizados na análise, com vistas a
permitir a verificação da origem dos dados. (BRASIL, 2019)
O custo total de propriedade (CTP ou, do inglês, TCO – total cost of ownership) pode ser definido
como sendo o valor necessário para implantar e manter a solução em funcionamento.
A partir dessa análise, é possível que seja estimado o custo total da contratação, em
conformidade com o inc. IV, do art. 11 da IN nº 1/2019 (BRASIL, 2019).
(...)
IX. Projeto Básico - conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado,
para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços objeto da licitação,
elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que assegurem a
viabilidade técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que
possibilite a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os seguintes elementos [...]. (BRASIL, 1993, grifo nosso)
Observe que o próprio dispositivo legal citado já prevê que a elaboração do Projeto Básico deve
ser fundamentada nos resultados obtidos pelos estudos técnicos preliminares. Os principais
aspectos relativos à elaboração dos estudos técnicos preliminares já foram exaustivamente
abordados. Adiante, trataremos do conteúdo do Projeto Básico e do Termo De Referência, de
maneira específica para as contratações de bens e serviços de Tecnologia da Informação e
Comunicações.
seguintes informações:
I. definição do objeto da contratação, conforme art. 13;
II. código(s) do Catálogo de Materiais - Catmat ou do Catálogo de Serviços - Catser relacionado(s) a
cada item da contratação, disponíveis no Portal de Compras do Governo Federal;
III. descrição da solução de TIC, conforme art. 14;
IV. justificativa para contratação da solução, conforme art. 15;
V. especificação dos requisitos da contratação, conforme art. 16;
VI. definição das responsabilidades da contratante, da contratada e do órgão gerenciador da Ata de
Registro de Preços, quando aplicável, conforme art. 17;
VII. Modelo de Execução e Gestão do Contrato, conforme arts. 18 e 19;
VIII. estimativas de preços da contratação, conforme art. 20;
IX. adequação orçamentária e cronograma físico-financeiro, conforme art. 21;
X. regime de execução do contrato, conforme art. 22;
XI. critérios técnicos para seleção do fornecedor, conforme art. 23; e
XII. índice de correção monetária, quando for o caso, conforme art. 24. (BRASIL, 2019)
Fonte: seb_ra/iStock.
A Prova de Conceito (POC) é uma amostra a ser fornecida pelo licitante classificado
provisoriamente em primeiro lugar para realização dos testes necessários à verificação do
atendimento às especificações técnicas definidas no Termo de Referência ou Projeto Básico
(BRASIL, 2019). Trata-se de um procedimento que permite que a administração se certifique
sobre a efetiva adequação entre o objeto oferecido pelo licitante em sua proposta e as condições
técnicas estabelecidas no edital. Aspectos importantes deste tema foram tratados no Acórdão nº
2763/2013 – Plenário, TCU.
Outros dois pontos determinantes para o sucesso da contratação são tratados no §2º do art. 14
da IN nº 1/2019, nos seguintes termos:
Art. 23 As obras, serviços e compras efetuadas pela Administração serão divididas em tantas
A questão do parcelamento é tão importante aos olhos do Tribunal de Contas da União que
mereceu ser regulamentado, no âmbito do TCU, por meio da Súmula 247, nos termos a seguir:
É obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço global, nos editais das licitações
para a contratação de obras, serviços, compras e alienações, cujo objeto seja divisível, desde que não
haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de economia de escala, tendo em vista o
objetivo de propiciar a ampla participação de licitantes que, embora não dispondo de capacidade
para a execução, fornecimento ou aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com relação a
por preço global, cada serviço ou produto do lote deverá estar discriminado em itens separados nas
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Inicialmente, no que se refere ao conteúdo, a norma estabelece que o Termo de Referência deverá
conter a definição do objeto da contratação. Essa definição é importante para que os possíveis
interessados apresentem suas propostas em bases comuns, não devendo restar dúvidas quanto
ao objeto que será licitado, tanto em natureza, quanto em dimensão. Dito de outra forma, a
definição precisa do objeto deve fazer com que quaisquer pessoas do ramo possam ter o mesmo
entendimento sobre aquilo que apresentarão à proposta.
O segundo item do conteúdo do Projeto Básico diz respeito à descrição da solução de Tecnologia
da Informação e Comunicações. Quanto a este aspecto, a IN nº 1/2019 assevera, em seu art. 15,
“a descrição da solução de TIC deverá conter de forma detalhada, motivada e justificada,
inclusive quanto à forma de cálculo, o quantitativo de bens e serviços necessários para a sua
composição” (BRASIL, 2019, grifo nosso).
Trata-se de mandamento que busca precisar de forma clara e inequívoca aspectos quantitativos
do objeto a ser licitado. Tal medida é importante, pois permite que os licitantes mensurem
eventuais ganhos ou perdas de escala e possam ofertar a proposta mais adequada, tanto para
seus interesses quanto para o interesse da administração.
A justificativa para contratação da solução (inc. IV, art. 12) é detalhada no art. 15, da IN nº
1/2019, nos seguintes termos:
Parágrafo único. A justificativa deve ser clara, precisa e suficiente, sendo vedadas justificativas
nosso)
Trata-se de uma fase essencial para o sucesso da solução, de forma que a IN nº 1/2019
estabelece as competências para sua especificação, sendo tais competências compartilhadas
entre o Integrante Requisitante (servidor representante da Área Requisitante da solução, indicado
pela autoridade competente dessa área) e o Integrante Técnico (servidor representante da Área
de TIC, indicado pela autoridade competente dessa área) (BRASIL, 2019).
Veja que na especificação dos requisitos formulada pelo Integrante Requisitante são feitas
considerações atinentes ao negócio propriamente dito, uma vez que, como integrante da área a
que se destinará a solução de Tecnologia da Informação e Comunicações, ele entende as
necessidades que precisa suprir ou os problemas que precisa resolver.
Este integrante da equipe de planejamento entende do negócio da organização e por isso deve
colaborar com a definição da necessidade de treinamento, planejamento de manutenções (que
não dependem de questões tecnológicas), definição de marcos temporais para a entrega dos
produtos, estabelecimento de questões de segurança, bem como de questões sociais,
ambientais e culturas (costumes, idiomas, meio ambiente, etc.).
(...)
II. ao Integrante Técnico especificar, quando aplicáveis, os seguintes requisitos tecnológicos:
Observe que, quanto a este integrante, suas competências são atinentes a questões técnicas,
que envolvem a tecnologia da informação propriamente dita. Neste caso, os requisitos
tecnológicos envolvem a arquitetura de tecnologia, processos de desenvolvimento, formação
necessária da equipe que desenvolverá os trabalhos, metodologia empregada, segurança da
informação, necessidades de treinamento, entre outros requisitos aplicáveis a serem
considerados pelo Integrante Técnico.
Por fim, é preciso que a Equipe de Planejamento da Contratação garanta o alinhamento entre os
requisitos definidos tanto pelo Integrante Requisitante quanto pelo Integrante Técnico, como
forma de manter a harmonia entre eles e, consequentemente, garantir o sucesso do projeto.
2.5.5 Responsabilidades
No que diz respeito à responsabilidade do contratante, a definição das obrigações deve conter,
ainda de acordo com a IN nº 1/2019 (BRASIL, 2019), no mínimo:
Adiante, a IN nº 1/2019 trata das responsabilidades da contratada, que são (BRASIL, 2019):
A primeira providência da contratada é indicar um preposto para que seja um interlocutor junto à
administração e adote providências, por parte da contratada, para que seja garantida a boa e
regular execução contratual. Este preposto deve ter poderes suficiente para sanear quaisquer
impropriedades que eventualmente sejam apontadas e que possuam relação com o contrato
pactuado.
Figura 12 – Responsabilidades da
contratada.
Do ponto de vista da contratada, como forma de garantir uma boa e regular execução contratual,
ela deve buscar manter todas as condições exigidas para a habilitação. Isso porque, a
Administração Pública definiu que aquelas condições eram necessárias para definir a
capacidade técnica e operacional do futuro contratado.
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O Modelo de Execução do Contrato, elemento importante que também deve constar do Projeto
Básico ou do Termo de Referência, contempla as condições necessárias para a prestação do
serviço ou fornecimento dos bens de Tecnologia da Informação e Comunicações.
Quanto a esse aspecto, a IN nº 1/2019 (BRASIL, 2019) assevera que o Modelo de Execução do
Contrato deverá contemplar, no mínimo:
O Modelo de Gestão do Contrato, por sua vez, é decorrente do Modelo de Execução do Contrato.
Observe que, já na etapa de elaboração do Projeto Básico ou Termo de Referência a equipe
responsável deve pensar nos mecanismos de gestão e fiscalização.
Para isso, o Modelo de Gestão do Contrato deve abranger os requisitos para fiscalização e
gestão do contrato de fornecimento da solução de TIC especificados pela IN nº 1/2019 (BRASIL,
2019), contemplando, entre outros aspectos:
fixação dos critérios de aceitação dos serviços prestados ou bens fornecidos, abrangendo métricas,
indicadores e níveis mínimos de serviços com os valores aceitáveis;
procedimentos de teste e inspeção, para fins de elaboração dos Termos de Recebimento Provisório e
Definitivo, o qual deve conter: metodologia, forma de avaliação da qualidade e adequação da solução a
ser contratada; e disponibilidade de recursos humanos para exercer a atividade de gestão e
fiscalização do contrato;
fixação de valores e procedimentos para retenção ou glosa nos pagamentos devidos;
definição clara e detalhada das sanções administrativas previstas na legislação;
procedimentos para pagamento, descontados eventuais sanções, retenções e glosas.
Ao longo da execução contratual podem ocorrer situações de inadimplemento das obrigações por
parte do contratado. Em situações como esta, os responsáveis pela fiscalização e gestão do
contrato devem proceder à glosa dos valores devidos pela Administração Pública. Dessa forma,
podemos afirmar que a glosa é a retenção definitiva dos valores devidos pela administração em
razão de um inadimplemento contratual. Outro instituto utilizado nestas situações é a retenção.
Mas qual adiferença entre glosa e retenção? É que a glosa é definitiva, uma vez que não há mais a
possibilidade de que o contratado cumpra sua obrigação. A retenção, por sua vez, ocorre em
situações em que o contratado não cumpriu a obrigação naquele momento, mas poderá cumprir
no futuro.
O próximo passo do planejamento é estimar o quanto a Administração Pública vai gastar para
adquirir a solução de Tecnologia da Informação e Comunicações escolhida. Trata-se da
estimativa do preço da contratação que, conforme art. 20 da IN nº 1/2019,
A estimativa de preço da contratação deverá ser realizada pelo Integrante Técnico com o apoio do
Integrante Administrativo para elaboração do orçamento detalhado, composta por preços unitários
Já no art. 2º, a IN nº 5/2014 – SLTI estabelece algumas diretrizes gerais para realização da
pesquisa de preços, nos seguintes termos:
Art. 2º A pesquisa de preços será realizada mediante a utilização dos seguintes parâmetros:
I. Painel de Preços disponível no endereço eletrônico http://paineldeprecos.planejamento.gov.br;
II. contratações similares de outros entes públicos, em execução ou concluídos nos 180 (cento e
oitenta) dias anteriores à data da pesquisa de preços;
III. pesquisa publicada em mídia especializada, sítios eletrônicos especializados ou de domínio
amplo, desde que contenha a data e hora de acesso; ou
IV. pesquisa com os fornecedores, desde que as datas das pesquisas não se diferenciem em mais de
180 (cento e oitenta) dias. (BRASIL, 2014)
Ainda no que diz respeito às questões financeiras e orçamentárias que permeiam o contrato, a
próxima atividade de elaboração de Termo de Referência ou Projeto Básico consiste na
elaboração da adequação orçamentária e financeira e do cronograma físico-financeiro.
Esta etapa é importante para que o órgão preveja com antecedência o impacto que a contratação
de Tecnologia da Informação e Comunicações acarretará no orçamento do órgão ou entidade
contratante.
(..)
d. tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para pequenos trabalhos por preço certo, com ou sem
fornecimento de materiais;
e. empreitada integral - quando se contrata um empreendimento em sua integralidade,
compreendendo todas as etapas das obras, serviços e instalações necessárias, sob inteira
responsabilidade da contratada até a sua entrega ao contratante em condições de entrada em
operação, atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utilização em condições de
segurança estrutural e operacional e com as características adequadas às finalidades para que foi
contratada. (BRASIL, 1993, grifo nosso)
Por fim, a última atividade relativa à elaboração do Projeto Básico ou do Termo de Referência e,
consequentemente, da fase de planejamento, é de fundamental importância para a próxima fase.
Trata-se da definição dos critérios técnicos para Seleção do Fornecedor. Quanto a esta tarefa,
assim dispõe a IN nº 1/2019:
Art. 23. A definição, pelo Integrante Técnico, dos critérios técnicos para seleção do fornecedor,
Alguns pontos destes dispositivos merecem um detalhamento maior. O inciso III supra veda a
indicação, como forma de seleção de fornecedor, de entidade certificadora. Essa vedação
impede, por exemplo, que seja exigido de algum licitante que tenha seu processo de produção de
software certificado por uma entidade internacional. O pressuposto dessa vedação é que ela tem
o condão de limitar a competitividade do certame. Outro problema que se observa no que diz
respeito a esta indicação seria a dificuldade de se medir os reais benefícios que esta exigência
traria.
Outro ponto que merece destaque é a impossibilidade de que seja atribuída pontuação com base
em atestados relativos à duração de trabalhos realizados pelo licitante. Mais uma vez o
fundamento reside na limitação da competitividade do certame. Observe que a qualidade de um
serviço prestado não está associada à sua duração. Se não houvesse estava vedação, seria fácil
para a Administração Pública direcionar a disputa para aqueles licitantes que pudessem
comprovar trabalhos de longa duração.
Para finalizar este tópico, você deve ter em mente que a definição dos critérios técnicos de
julgamento das propostas deve ser feita de forma objetiva, sempre justificados em termos dos
benefícios que eles trarão para a administração contratante. Neste sentido, é importante
entendermos o disposto no inc. IX, do art. 5º, da IN nº 1/2019:
Art. 5º É vedado:
(...)
XI. nas licitações do tipo técnica e preço:
a. incluir critérios de pontuação técnica que não estejam diretamente relacionados com os
requisitos da solução de TIC a ser contratada ou que frustrem o caráter competitivo do certame; e
b. fixar fatores de ponderação distintos para os índices "técnica" e "preço" sem que haja justificativa
para essa opção. (BRASIL, 2019)
Ao avaliarem o sentido desta vedação, Daud Jr. e Vaz (2016) asseveram que
(...) fica patente que a preocupação do legislador é proibir que o gestor faça uso de critérios de
pontuação técnica desnecessários, ou seja, que não estejam diretamente relacionados com os
Recapitulando
Além disso, tratamos dos principais objetivos e conteúdos do Estudo Técnico Preliminar, que
servirá de base para a elaboração do principal documento desta fase, que em verdade
norteará toda a contratação, que é o Projeto Básico ou Termo de Referência. Quanto a estes
documentos, entendemos sua importância e detalhamos todo o seu conteúdo.
Exercícios de fixação
Complete a lacuna com o termo mais adequado.
Verdadeiro Falso
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3 Seleção do fornecedor
O primeiro ponto que merece destaque é a determinação contida no parágrafo único do art. 25 da
IN nº 1/2019:
Parágrafo único. É obrigatória a utilização da modalidade Pregão para as contratações de que trata
esta Instrução Normativa sempre que a solução de TIC for enquadrada como bem ou serviço comum,
Quanto à fase de Seleção do Fornecedor, a IN nº 1/2019 estabelece os marcos de seu início e fim.
Em conformidade com seu art. 26,
Projeto Básico pela Área de TIC à Área de Licitações e encerra-se com a publicação do resultado da
Observe que a equipe responsável pela execução do planejamento perde o protagonismo nesta
fase, de modo que o processo passa a ser conduzido pelas Áreas de Licitações do órgão ou
entidade contratante, em conformidade com o disposto art. 27 da IN nº 1/2019.
Art. 28. Caberá à Equipe de Planejamento da Contratação, durante a fase de Seleção do Fornecedor:
I. analisar as sugestões feitas pelas Áreas de Licitações e Jurídica para o Termo de Referência ou
Projeto Básico e demais documentos de sua responsabilidade;
II. apoiar tecnicamente o pregoeiro ou a Comissão de Licitação na resposta aos questionamentos ou
às impugnações dos licitantes; e
III. apoiar tecnicamente o pregoeiro ou a Comissão de Licitação na análise e julgamento das
propostas e dos recursos apresentados pelos licitantes e na condução de eventual Prova de
Conceito. (BRASIL, 2019, grifo nosso)
Nestes casos, a equipe de planejamento funcionaria como uma espécie de assessoria técnica
para os responsáveis pela condução da licitação: pregoeiro, no caso da modalidade Pregão, e a
Comissão de Licitação, para as demais modalidades. Note que a norma é explícita quanto à
necessidade de apoio técnico das áreas responsáveis pelo planejamento.
Após recebido o Projeto Básico ou o Termo de Referência, a Área de Licitações inicia o processo
licitatório propriamente dito, abrindo o respectivo processo administrativo, em consonância com
o disposto no art. 38 da Lei nº 8.666/1993:
Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com a abertura de processo administrativo,
sucinta de seu objeto e do recurso próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportunamente:
I. edital ou convite e respectivos anexos, quando for o caso;
II. comprovante das publicações do edital resumido, na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do
convite;
III. ato de designação da comissão de licitação, do leiloeiro administrativo ou oficial, ou do
responsável pelo convite;
IV. original das propostas e dos documentos que as instruírem;
V. atas, relatórios e deliberações da Comissão Julgadora;
VI. pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a licitação, dispensa ou inexigibilidade;
VII. atos de adjudicação do objeto da licitação e da sua homologação;
VIII. recursos eventualmente apresentados pelos licitantes e respectivas manifestações e decisões;
IX. despacho de anulação ou de revogação da licitação, quando for o caso, fundamentado
circunstanciadamente;
X. termo de contrato ou instrumento equivalente, conforme o caso;
XI. outros comprovantes de publicações;
XII. demais documentos relativos à licitação.
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, bem como as dos contratos, acordos, convênios
O disposto no art. 38 da Lei de Licitações e Contratos (BRASIL, 1993) indica uma série de
documentos e formalidades que devem ser obedecidas para instrução do processo
administrativo, que registrará todos os passos relativos à fase de Seleção do Fornecedor. Entre
as determinações contidas neste artigo, destaca-se aquela que determina que as minutas dos
editais de licitação e dos contratos devem ser previamente examinadas e aprovadas pela
assessoria jurídica do órgão ou entidade contratante.
O inc. XXI, art. 37, da Constituição Federal (BRASIL, 1988) exige, como regra geral, procedimento
de licitação para que a Administração Pública possa contratar com particulares. Ressalva, não
obstante, os casos especificados na legislação. Essas exceções estão especificadas na Lei nº
8.666/1993 (BRASIL, 1993) e são conhecidas como casos de inexigibilidade (art. 25) e de
dispensa (art. 24).
[...]
IV. nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência de
atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas,
obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente para os bens
necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as parcelas de obras e
serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e
ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorrogação dos
respectivos contratos; [...]. (BRASIL, 1993, grifo nosso)
Observe que este dispositivo autoriza a dispensa em caso de emergência ou calamidade pública,
como forma de prestação de um serviço público mais célere. No nosso universo de Tecnologia
da Informação, por exemplo, seria o caso de contratar pessoal ou serviços de bases de dados e
de infraestrutura tecnológica para atendimento dos cidadãos em situação de vulnerabilidade
social – como no caso de serviços necessários à concessão do auxílio emergencial, decorrente
da crise da Covid-19 – ou ainda para a instalação de uma rede de comunicação danificada em
razão de uma tempestade.
O inc. VII, do mesmo art. 24 da Lei nº 8.666/1993, dispõe sobre a possibilidade de dispensa de
licitação para aquisição de bens e serviços de TI produzidos por órgão ou entidade integrante da
Administração Pública:
VIII. para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos ou serviços
prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que tenha sido criado para
esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contratado seja
compatível com o praticado no mercado [...]. (BRASIL, 1993, grifo nosso)
É o caso das contratações que são efetivadas, por exemplo, junto ao Serviço Nacional de
Processamento de Dados (Serpro) e à Dataprev, ambas empresas públicas que prestam serviços
de Tecnologia da Informação a diversos órgãos da Administração Pública.
preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação ético-profissional e não tenha fins
Esse tipo de contratação ocorre quando existe a necessidade, por exemplo, de produção de
softwares de alta complexidade e que envolvam um elevado grau de pesquisa e inovação. Não
obstante, é imprescindível que se observe o disposto na Súmula nº 250, do Tribunal de Contas da
União:
a contratação de instituição sem fins lucrativos, com dispensa de licitação, com fulcro no art. 24,
inciso XIII, da Lei n.º 8.666/1993, somente é admitida nas hipóteses em que houver nexo efetivo entre
Não obstante, a hipótese de inexigibilidade tem sido pouco usada nas contratações de
Tecnologia da Informação e Comunicação, uma vez que, embora a administração possa definir
um sistema operacional de um único fabricante, existem diversos representantes autorizados
por este mesmo fabricante a comercializar o produto.
Neste ponto é preciso que façamos uma recordação relativa à especificação dos requisitos, que
não podem ser excessivos, irrelevantes ou desnecessários para que não frustrem o caráter
competitivo da licitação. Aqui também é aplicável esta determinação. Isso porque, o legislador
pretende evitar que a administração especifique de maneira demasiada (e por consequência
lógica, desnecessária) o objeto contratual como forma de direcionar a fornecedor único e
proceder à contratação direta.
Por fim, no que diz respeito à contratação direta, seja por dispensa, seja por inexigibilidade, a
Administração Pública deve motivar e justificar esta opção, demonstrando, cabalmente, que não
havia escolha e que aquela modalidade de contratação é a que melhor atende ao interesse
público.
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TI
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Além destas modalidades, também pode (deve, como regra) ser utilizada a modalidade de
licitação denominada Pregão, instituída pela Lei nº 10.520/2002 (BRASIL, 2002), cujo art. 1º
assevera: “para aquisição de bens e serviços comuns, poderá ser adotada a licitação na
modalidade de pregão, que será regida por esta Lei”.
O Tribunal de Contas da União já vem há bastante tempo indicando em sua jurisprudência sua
preferência pelo pregão para contratação de bens e serviços de Tecnologia da Informação e
Comunicações. Veja o excerto do Acórdão 2.471/2008 – TCU – Plenário: 9.2.1 (BRASIL, 2008):
que possuam padrões de desempenho e de qualidade objetivamente definidos pelo edital, com base
em especificações usuais no mercado, deve ser obrigatoriamente realizada pela modalidade Pregão,
preferencialmente na forma eletrônica. Quando, eventualmente, não for viável utilizar essa forma,
As modalidades instituídas pela Lei de Licitações e Contratos têm como principal forma de
seleção o valor da contratação. A modalidade pregão, por sua vez, tem sua escolha
fundamentada na natureza do bem. Neste caso, ela deve ser utilizada quando a contratação se
destinar a bens e serviços comuns, conhecidos como aqueles cujas características possam ser
definidas objetivamente, em conformidade com especificações usuais do mercado.
A Lei 8.666/1993 também apresenta o conceito de tipo de licitação, que está associada a forma
por meio da qual as propostas serão selecionadas pela Administração Pública. Em seu art. 45, o
mencionado diploma legal assim dispõe:
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de licitação ou o responsável
§ 1º Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na modalidade concurso:
I. a de menor preço – quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa para a Administração
determinar que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de acordo com as
especificações do edital ou convite e ofertar o menor preço;
II. a de melhor técnica;
III. a de técnica e preço; e
IV. a de maior lance ou oferta [...]. (BRASIL, 1993, grifo nosso)
O § 4º, do mesmo art. 45 assevera que, para contratação de bens e serviços de informática, a
administração observará o disposto no art. 3º da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando
em conta os fatores especificados em seu § 2º e adotando obrigatoriamente o tipo de licitação
"técnica e preço", permitido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indicados em decreto
do Poder Executivo (BRASIL, 1993).
Conforme já mencionamos, é por meio dos tipos de licitação que são selecionados os licitantes
vencedores. Atualmente, no âmbito das contratações de Tecnologia da Informação e
Comunicações, os tipos de licitação utilizados são menor preço e técnica e preço, conforme art.
9º do Decreto 7.174/2010:
para a contratação de bens e serviços de informática e automação, deverão ser adotados os tipos de
licitação “menor preço” ou “técnica e preço”, conforme disciplinado neste Decreto, ressalvadas as
O Sistema de Registro de Preços constitui uma forma bastante utilizada para aquisição de bens
por parte da Administração Pública. Isso ocorre, também, com bens de Tecnologia da Informação
e Comunicações. Esta forma de contratação é regulamentada pelo Decreto nº 7.892/2013, que
revogou o antigo Decreto nº 3.931/2001.
Daud Jr. e Vaz (2016) apresentam uma série de vantagens para adoção dessa forma de
contratação:
tal mecanismo apresenta inúmeras vantagens, como a padronização dos bens e serviços
contratados, o ganho de escala (já que quanto maior a quantidade de produtos a serem fornecidos,
administrativos (em vez de vários entes públicos realizarem várias licitações, apenas uma licitação
é realizada).
(...)
imprensa oficial.
Estas disposições da Lei nº 8.666/1993 foram superadas com o advento da Lei nº 10.520/2002
(BRASIL, 2002), no que diz respeito à modalidade a ser utilizada para formação do registro de
preços. Isso porque, o art. 11 desta lei assevera que, para bens e serviços comuns, deverá ser
utilizada a modalidade pregão.
O Tribunal de Contas da União considerou ilegal a adesão à Ata de Registro de Preços para
contratação de serviços de desenvolvimento de software. No entendimento da Corte,
materializado por meio do Acórdão 2.6352015 – TCU – Plenário, que culminou com a
determinação para que os órgãos (DAUD JR. e VAZ, 2016):
adesão a atas de registro de preço, utilizando desse expediente somente quando os requisitos da
solução de tecnologia da informação a ser contratada, como por exemplo plataforma de hardware e
Dessa forma, concluímos os principais aspectos relacionados à segunda fase da contratação de bens
Recapitulando
Neste caso, tratamos das normas relativas à licitação, previstas tanto na Lei nº 8.666/1993,
quanto na Lei nº 10.520/2002, que trata da modalidade pregão. Ademais, estudamos as
hipóteses de dispensa e inexigibilidade, com ênfase para aqueles atinentes aos bens e
serviços de Tecnologia da Informação e Comunicações.
Exercícios de fixação
Caberá à Equipe de Seleção do Fornecedor analisar as sugestões feitas pelas Áreas de Licitações
e Jurídica para o Termo de Referência ou Projeto Básico e demais documentos de sua
responsabilidade.
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
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4 Gestão do contrato
Para garantir que a contratação atingirá suas finalidades, a Administração Pública tem a
prerrogativa e o dever de fiscalizar sua execução. Nos termos do art. 30 da IN nº 1/2019,
a fase de Gestão do Contrato visa acompanhar e garantir a adequada prestação dos serviços e o
fornecimento dos bens que compõem a solução de TIC durante todo o período de execução do
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanhada e fiscalizada por um representante da
Art. 29. A fase de Gestão do Contrato se iniciará com a assinatura do contrato e com a nomeação dos
Observe que a gestão e a fiscalização do contrato possuem três dimensões distintas que se
complementam: a técnica, a administrativa e a relativa ao negócio propriamente dito, que é
conduzida pelo Fiscal Requisitante do Contrato.
O gestor do contrato é responsável pelo acompanhamento mais gerencial, de alto nível, do contrato.
caráter mais técnico, com melhores condições de avaliar se os produtos e serviços recebidos
Essa figura já era prevista na Lei 8.666/1993, que, em seu art. 68, assevera que “o contratado
deverá manter preposto, aceito pela Administração, no local da obra ou serviço, para representá-
lo na execução do contrato” (BRASIL, 1993).
Início do contrato.
Encaminhamento formal de demandas.
Monitoramento da Execução.
Transparência.
Transição e encerramento contratual.
O Início da Execução do contrato se dá por meio de uma reunião convocada pelo gestor do
contato, registrada em ata, em que participarão, por parte da administração contratante, os
fiscais designados e da contratada. Nesta reunião a pauta deverá conter, minimamente,
conforme art. 31, da IN nº 1/2019:
A reunião acima descrita é o marco em que o contrato é formalmente iniciado. Nela será
apresentado o preposto da empresa, bem como será entregue, por parte da contratada, o Termo
de Compromisso (art. 18, inc. V, alínea a, da IN nº 1/2019), e o Termo de Ciência (art. 18, inc. V,
alínea b, da IN nº 1/2019) (BRASIL, 2019).
Por fim, a norma assevera que as disposições relativas à reunião inicial são dispensáveis quando
a solução de Tecnologia da Informação e Comunicação é composta exclusivamente pelo
fornecimento de bens.
O art. 32, da IN nº 1/2019, por sua vez, trata do Encaminhamento Formal das Demandas. De
acordo com o dispositivo citado:
art. 32. O encaminhamento formal de demandas, a cargo do Gestor do Contrato, deverá ocorrer por
Parágrafo único. O encaminhamento das demandas deverá ser planejado visando a garantir que os
prazos para entrega final de todos os bens e serviços estejam compreendidos dentro do prazo de
Em primeiro lugar, observe que a norma já especifica o ato administrativo que deverá ser
utilizado para que a Administração Pública encaminhe suas demandas à contratada. Trata-se da
Ordem de Serviço ou de Fornecimento de Bens, que, nos termos do inc. XX, art. 2º, da IN nº
1/2019, “é o documento utilizado para solicitar à contratada a prestação de serviço ou
fornecimento de bens relativos ao objeto do contrato” (BRASIL, 2019).
Nesta seção tratamos dos principais aspectos relativos às tarefas de Início do Contrato e
Encaminhamento Formal de Demandas. Na seção seguinte, abordaremos outras três atividades
relativas à fase da Gestão Contratual, quais sejam: monitoramento da execução, transparência e
transição e encerramento do contrato.
Videoaula - Monitoramento, transparência e transição
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Figura 19 – Monitoramento.
e consiste em:
I. confecção e assinatura do Termo de Recebimento Provisório, a cargo do Fiscal Técnico do
Contrato, quando da entrega do objeto constante na Ordem de Serviço ou de Fornecimento de
Bens;
II. avaliação da qualidade dos serviços realizados ou dos bens entregues e justificativas, a partir da
aplicação das listas de verificação e de acordo com os critérios de aceitação definidos em
contrato, a cargo dos Fiscais Técnico e Requisitante do Contrato;
III. identificação de não conformidade com os termos contratuais, a cargo dos Fiscais Técnico e
Requisitante do Contrato;
IV. verificação de aderência aos termos contratuais, a cargo do Fiscal Administrativo do Contrato;
V. verificação da manutenção das condições classificatórias referentes à pontuação obtida e à
habilitação técnica, a cargo dos Fiscais Administrativo e Técnico do Contrato;
VI. encaminhamento das demandas de correção à contratada, a cargo do Gestor do Contrato ou, por
delegação de competência, do Fiscal Técnico do Contrato;
VII. encaminhamento de indicação de glosas e sanções por parte do Gestor do Contrato para a Área
Administrativa;
VIII. confecção e assinatura do Termo de Recebimento Definitivo, a cargo do Fiscal Requisitante e
Fiscal Técnico do Contrato, com base nas informações produzidas nos incisos I a VII deste artigo;
IX. autorização para o faturamento, a cargo do Gestor do Contrato com base nas informações
produzidas no inciso VIII deste artigo, a ser encaminhada ao preposto da contratada;
X. verificação das regularidades fiscais, trabalhistas e previdenciárias para fins de pagamento, a
cargo do Fiscal Administrativo do Contrato;
XI. verificação da manutenção da necessidade, economicidade e oportunidade da contratação, a
cargo do Fiscal Requisitante do Contrato, com apoio dos Fiscais Técnico e Administrativo do
Contrato;
XII. verificação de manutenção das condições definidas nos Modelos de Execução e de Gestão do
Contrato, a cargo dos Fiscais Técnico e Requisitante do Contrato;
XIII. encaminhamento à Área Administrativa de eventuais pedidos de modificação contratual, a cargo
do Gestor do Contrato; e
XIV. manutenção do Histórico de Gestão do Contrato, contendo registros formais de todas as
ocorrências positivas e negativas da execução do contrato, por ordem histórica, a cargo do Gestor
do Contrato, com apoio dos Fiscais Requisitante, Técnico e Administrativo.
deverá entregar ao Fiscal Administrativo do Contrato os Termos de Ciência assinados pelos novos
A transparência diz respeito à publicidade que a Administração Pública deve dar aos atos
praticados e que tenham relação com a execução contratual. De acordo com o art. 34 da IN nº
1/2019:
Art. 34. O órgão ou entidade deverá providenciar a publicação de, pelo menos, os seguintes
proteção de informações:
I. Documento de Oficialização de Demanda, Estudo Técnico Preliminar da Contratação, Termo de
Referência ou Projeto Básico:
II. O inteiro teor do contrato e seus Termos Aditivos, se houver, em até 30 (trinta) dias após suas
assinaturas. (BRASIL, 2019)
Por fim, as últimas atividades relativas à fase de Gestão Contratual são a transição e o
encerramento contratual. Essas atividades estão disciplinadas no art. 35 da IN nº 1/2019, nos
seguintes termos:
deverão observar:
I. a manutenção dos recursos materiais e humanos necessários à continuidade do negócio por
parte da Administração;
II. a entrega de versões finais dos produtos e da documentação;
III. a transferência final de conhecimentos sobre a execução e a manutenção da solução de TIC;
IV. a devolução de recursos;
V. a revogação de perfis de acesso;
VI. a eliminação de caixas postais; e
VII. outras que se apliquem. (BRASIL, 2019)
Esta tarefa trata da continuidade das atividades atinentes ao contrato, que devem permanecer
em pleno funcionamento em favor da Administração Pública. Ademais, são adotadas outras
providências que têm o poder de eliminar o vínculo que se forma entre a contratada e o órgão
contratante, tais como perfis de acesso criados, e-mails, entre outros.
deverá encaminhar à Área Administrativa, com pelo menos 60 (sessenta) dias de antecedência do
Recapitulando
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Considerações finais
Prezados alunos, chegamos ao final da nossa disciplina de Aspectos Específicos da Licitação e
do Contrato de Informática. Estudamos os principais tópicos que permeiam todo o processo de
contratação, desde seu planejamento até sua plena gestão e execução.
Você deve ter percebido que a legislação é fruto de um processo de amadurecimento que
envolveu gestores, empreendedores, órgãos de controle, enfim, uma série de atores que
contribuiu decisivamente para que legislação para aquisição de bens e serviços de Tecnologia da
Informação pudesse ser aperfeiçoada.
Espero, sinceramente, que esta disciplina possa ter contribuído para seu crescimento
profissional, intelectual e acadêmico.
Exercícios de fixação - respostas
Não poderão ser objeto de contratação mais de uma solução de Tecnologia da Informação e
Comunicação (TIC) em um único contrato.
Verdadeiro Falso
É permitido nas licitações do tipo técnica e preço incluir critérios de pontuação técnica que não
estejam diretamente relacionados com os requisitos da solução de TIC a ser contratada ou que
frustrem o caráter competitivo do certame.
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Caberá à Equipe de Seleção do Fornecedor analisar as sugestões feitas pelas Áreas de Licitações
e Jurídica para o Termo de Referência ou Projeto Básico e demais documentos de sua
responsabilidade.
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Verdadeiro Falso
Autoria
João Barbosa Júnior
Autor
Graduação em Engenharia Elétrica pelo Instituto de Educação Superior de Brasília e Mestre em
Economia pela Universidade Católica de Brasília. Professor de disciplinas EAD, na Universidade
Municipal de São Caetano do Sul. Atuação profissional na Agência Nacional de
Telecomunicações, Controladoria-Geral da União, como Especialista em Regulação; no Tribunal
de Contas da União, no cargo de Auditor Federal de Controle Externo e, atualmente, no Senado
Federal, ocupando o cargo de Consultor de Orçamentos e Fiscalização Financeira.
Glossário
Bibliografia
Bibliografia Geral
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília DF: Senado
Federal: Centro Gráfico, 1988. Disponível em: www.planalto.gov.br
[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm] . Acesso em: 11 set. 2020.
BRASIL. Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição
Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras
providências. Brasília, DF, 21 jun. 1993. Disponível em: www.planalto.gov.br
[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8666cons.htm] . Acesso em: 5 de ago. 2020.
BRASIL. Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito
Federal e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, modalidade de
licitação denominada pregão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras
providências. Brasília, DF, 17 jul. 2002. Disponível em: www.planalto.gov.br
[http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10520.htm] . Acesso em: 5 ago. 2020.
BRASIL. Tribunal de Contas da União. Súmula nº 250. A contratação de instituição sem fins
lucrativos, com dispensa de licitação, com fulcro no art. 24, inciso XIII, da Lei n.º 8.666/93,
somente é admitida nas hipóteses em que houver nexo efetivo entre o mencionado dispositivo, a
natureza da instituição e o objeto contratado, além de comprovada a compatibilidade com os
preços de mercado. Brasília, DF: Tribunal de Contas da União, 27 jun. 2007. Disponível em:
www.cnj.jus.br [https://www.cnj.jus.br/sumula-250-tcu/] . Acesso em: 5 ago. 2020.
FERNANDES, Jorge Ulisses Jacoby. Sistema de Registro de Preços e Pregão. Belo Horizonte:
Editora Fórum, 2006.