URTEAGA, Jesús, O valor divino do humano, 248 p. 120X170. 8.
a edi­
ção. Ed. Aster, Lda. Colecção Éfeso. Lisboa. 1966.
Quando unia obra atinge, entre nós,
a 8.“ edição, numa tiragem total de
45 mil exemplares, já o público se en­
carregou de a consagrar. Ê o que su­
cede com O Valor Divino do Humano,
número 2 da prestigiosa «Colecção
Éfeso:» da Editorial Aster, obra que tem
sido, para bons milhares de portu­
gueses, um «guia firme e sedutor» —
para usarmos as palavras do Prof.
Dr. Augusto Vaz Serra, no Prefácio
que abre a edição portuguesa.
LEITE, Fernando, S. J., Jacinta de Fátima. 336 p. 125X188. 4.a edição.
Edição do Secretariado Nacional do A. de O. Braga. 1966.
Em vésperas da comemoração do
50.° aniversário das Aparições de Fá­
tima, o Secretariado Nacional do Apos­
tolado da Oração brinda-nos com a 4."
edição da Jacinta de Fátima, primo­
rosamente ilustrada por E. Quintana
e Luís Campos.
O melhor elogio desta obra concre­
tiza-se na larga aceitação que ela teve
por parte do público. Com efeito, vol­
vidos apenas oito anos sobre o apare­
cimento da 1.’ edição, ascendem já a
17 000 os exemplares distribuídos. O
bom acolhimento não obstou a que o
autor trabalhasse continuamente a sua
obra, apresentando nos um livro total­
mente refundido.
Lê-se na declaração conciliar «De
Educatione Christiana»: «A família é,
portanto, a primeira escola das virtu­
des sociais... Mas é sobretudo na famí­
lia cristã que devem ser ensinados os
filhos desde os primeiros anos, segun­
do a fé recebida no baptismo, a conhe­
cer e a adorar a Deus e a amar o pró­
ximo» (n.° 3).
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Jesus Urteaga escreveu um livro
vivo: um livro que não tem uma pala­
vra inútil, porque elas são o desdobrar
dum pensamento poderoso, saído direc-
tamente do Evangelho. Ler estas pági­
nas é compreender que tudo quanto é
humano é chamado a ser divino — não
apenas o que é espiritual, mas até a
carne e o sangue, a vida familiar e pro­
fissional, a actividade social. «Como
santificar-se? Amando o barro que tra­
balham as nossas mãos».
Com toda a naturalidade, e sem
deixar de fazer uma biografia, e sem
se deixar perder em longas considera­
ções, o autor consegue prender a nossa
atenção nas virtudes dos pais dos viden­
tes: da mãe de Lúcia: vigilância so­
bre os filhos (pág. 14); obediência à
Igreja (pág. 16); espírito de serviço
— que é caridade (pág. 28). Comple­
tam o quadro as virtudes do pai da
Jacinta e Francisco: Rectidão: «O Ti
Marto aparece-nos como homem recto,
modesto, humilde, simples, sem res­
peitos humanos. Com a naturalidade
e franqueza próprias da gente da serra-,
disse sempre a verdade a todos, sem
mesmo se acanhar diante das mais al­
tas pessoas» (pág. 19); humildade
(pág. 20); piedade e caridade (pág. 21).
Em estilo simples, franco, como o
olhar da Jacinta que a ilustração da
da capa nos apresenta, fala-nos tam­
bém dos defeitos da criança biogra­
fada: caprichosa (pág. 24); com carác­
ter demasiado melindroso (pág. 28).
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