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LÍNGUA PORTUGUESA – PROFESSORA GLORIA ROCHA

Preparatório para Concursos


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TÓPICOS PARA ESTUDO – AULA 1

I – MORFOSSINTAXE

II – PERÍODO

III – ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS/ A VÍRGULA NAS ORAÇÕES


SUBORDINADAS ADJETIVAS / O PRONOME RELATIVO

I - A ESTRUTURA MORFOSSINTÁTICA

OS SINTAGMAS

A Gramática Tradicional trabalha a Sintaxe sob a forma de análise sintática, a qual


consiste em classificar os vocábulos em sujeito, predicado, objeto (direto e indireto),
complemento nominal, aposto, vocativo, adjunto adnominal, adverbial, entre outros elementos.
Analisando tal estudo sob a ótica da Linguística, há o que se denomina de Gramática
Sintagmática, cuja característica se define por apresentar meios mais simplificados para a
descrição estrutural das orações. Para tanto, analisa-se do sintagma – demarcado por
elementos que, inseridos na oração, constituem uma unidade significativa, mantendo entre si
relações de dependência e de ordem, uma vez organizados em torno de um elemento
fundamental denominado núcleo. Esse pode, por si só, constituir o sintagma. Assim, no intuito
de identificá-lo melhor, considerem-se, pois, os enunciados subsequentes:

O garoto é esperto.

Meu amigo recebeu a premiação.

A virtude é uma característica humana.

Há de se constatar que quando o núcleo é um nome ou um pronome (nos exemplos


em questão, respectivamente, “o garoto”; “meu amigo” e “a virtude”), estamos diante de um
sintagma nominal (SN). Os demais elementos da oração (ora representados por “é esperto”;
“recebeu a premiação” e “é uma característica humana”), possuem como elemento fundamental
o verbo, razão pela qual são denominados de sintagmas verbais (SV). É importante ressaltar que
a natureza do sintagma irá depender única e exclusivamente do tipo de elemento que constitui
seu núcleo. Partindo desse pressuposto, ocorre o sintagma nominal, cujo núcleo é um nome;
sintagma verbal, tendo como núcleo um verbo; sintagma adjetival, cujo núcleo é um adjetivo, e
os sintagmas preposicionados, geralmente constituídos de uma preposição + um sintagma
nominal. Um dos meios mais fáceis de fazermos a análise dos elementos de um sintagma é
optarmos pelo sistema arbóreo, evidenciado pelo esquema a seguir:

“Estuda-se até passar, e não para passar!” 1


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II - PERÍODO

PERÍODO

O período é o enunciado de sentido completo que pode ser constituído tanto de uma
única oração – o período simples – quanto de mais de uma oração – o período composto.

• Período Simples

O período é simples quando o enunciado é estruturado em torno de uma única oração,


chamada de oração absoluta.

“Escuta a leitura do poema!”

Período Composto

O período é composto quando o enunciado é estruturado em torno de duas ou mais


orações. As orações de um período podem ter independência sintática, sendo coordenadas, ou
pode haver entre elas uma dependência sintática, o que determina a subordinação.

“Escuta a leitura do poema e sente a beleza das palavras!”

• Oração Coordenada

É aquela que se junta a outra, mantendo, porém, independência sintática. É o que ocorre
no seguinte período:

“Riobaldo, a colheita é comum, / mas o capinar é sozinho [...]”

(Guimarães Rosa)

O período formado por esse tipo de oração chama-se período composto por coordenação.

“Estuda-se até passar, e não para passar!” 2


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• Oração Subordinada

É aquela que constitui uma função sintática com relação a outra. Nesse caso, forma-se o
período composto por subordinação. Observe o exemplo:

Aparecida esperou / que o marido voltasse.

(Aparecida esperou a volta do marido.)

III – CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO

O período composto por subordinação é formado uma ou mais orações que


desempenham uma função sintática em relação à outra oração. Normalmente, as orações
subordinadas são ligadas à oração principal por meio de conectivos subordinativos. As orações
subordinadas classificam-se, de acordo com seu valor ou função, em substantivas, adjetivas e
adverbiais. Em nosso primeiro encontro, abordaremos as orações subordinadas adjetivas, o
emprego da vírgula em sua estrutura e os pronomes relativos, assuntos normalmente cobrados
em questões CEBRASPE.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS

Têm valor de adjetivo, relacionam-se sempre com um termo de valor substantivo


presente na oração principal e são facilmente identificadas por serem sempre introduzidas por
um pronome relativo.

O professor gosta dos alunos/ que estudam.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS EXPLICATIVAS

Explicam ou esclarecem o termo antecedente, atribuindo-lhe uma qualidade que lhe é


inerente ou acrescentando-lhe uma informação.

Deus, que é nosso pai, nos salvará.

Meu pai, que é meu amigo, sempre me auxilia.

ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS RESTRITIVAS

Restringem ou limitam a significação do termo antecedente, sendo indispensáveis ao


sentido da frase.

Pedra que rola não cria limo. O jovem que se esforça progride

Seus alunos, que são estudiosos, serão aprovados.

(oração subordinada adjetiva explicativa)

Seus alunos que são estudiosos serão aprovados.

(oração subordinada adjetiva restritiva)

“Estuda-se até passar, e não para passar!” 3

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