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Nesta edição veremos como o Brasil métrico como parte do ensino básico novo Sistema de Pesos e Medidas por
adotou o Sistema Métrico e o que isso de matemática em todas as escolas meio da adoção do Sistema Métrico.
representou para a economia Nacional. e o estabelecimento de tabelas de A introdução de pesos ou instrumentos
No início da década de 1850, o conversão para as antigas medidas. não métricos no pais deveria ser tratada
imperador D. Pedro II, já com seus 25 No seu entender estas transformações como contrabando e, para a instrução
anos, manifestava grande interesse teriam início no mundo público e geral, em todas as praças do mercado
por estudos e discussões científicas, legal, sendo apenas gradativamente deveria ser gravado, sobre uma pedra,
reunindo ao seu redor professores de empregada nos instrumentos privados, o comprimento de um metro, com
ciências naturais da Escola Central, cabendo à educação a mudança de divisão em decímetros.
ao mesmo tempo que iniciava uma mentalidade.
correspondência que se estenderia por Em março de 1860, o novo Regulamento
décadas com institutos de pesquisa da Casa da Moeda passou a atribuir-lhe
e cientistas europeus. A adoção do encargos de uma comissão de pesos
sistema métrico no Brasil certamente e medidas e em dois anos depois, a
iniciou-se neste círculo de cientistas. decisão expressa na Lei nº 1.157 de
26 de julho de 1862, substituía todo o
Dentre estes cientistas estava o Prof. sistema de pesos e medidas até então
Cândido Baptista de Oliveira, que se em uso no Império pelo sistema métrico
manifestou de forma concreta, por meio francês, segundo os termos sugeridos
de um artigo publicado no “Jornal do por Cândido de Oliveira.
Commercio” em 12 de dezembro de
1859. Na verdade o Prof. Cândido havia Outra manifestação importante de Fonte: DIAS, José Luciano de Mattos
sido solicitado pelo então Ministro da elementos ligados ao Imperador advém - Medida, normalização e qualidade;
Fazenda para que analisasse a adoção do trabalho elaborado pela comissão aspectos da história da metrologia no
do Sistema Métrico no Brasil. composta por Antônio Gonçalves Dias, Brasil. Rio de Janeiro: Ilustrações, 1998.
Giacomo Raja Gabaglia e Capanema 292 p.
Cândido de Oliveira teve o cuidado formada para tomar parte da Exposição
de analisar com profundidade toda Universal de Paris em 1855. O texto NESTA EDIÇÃO:
a documentação de origem inglesa, do parecer desta comissão afirmava
relatórios de uma associação o compromisso, daquela comissão, Palavra do Presidente Pág 2
internacional dedicada ao esforço de em se dedicarem ao levantamento
padronizar os sistemas de pesos e e comparação dos pesos e medidas A Nova Versão da ISO 9001:2015
medidas de todos os países civilizados utilizados no Império e à divulgação por Danilo Barros Pág 3
da Europa e da América, tendo do sistema métrico nas atividades
por base uma unidade invariável docentes. O Dr. Raja Gabaglia foi o Integração de Máquinas de Medir Coorde-
tomada como padrão e subordinada primeiro a se dedicar aos compromissos nadas e Robôs na Manufatura
ao princípio decimal. Cândido de declarados. por Régis Ronsoni Pág 4
Oliveira reconhecia que os principais
obstáculos para a mudança do sistema Durante 5 anos entre a obrigatoriedade
de medidas não eram de ordem curricular do novo sistema métrico Pinceladas Metrológicas
ideológica ou nacionalista, mas sim em todos os níveis, da nomeação de por Wayne Brod Beskow Pág 6
problemas práticos e assim apresentou aferidores, fiscais de pesos e medidas
a sua proposta de reforma para o e a produção de mil pesos e medidas Momentos e Serviços
sistema de pesos e medidas do Brasil. para serem postos à disposição de REMESP Pág 7
Propunha uma implantação gradual, mercadores e vendedores o Brasil
sugeria a exposição do sistema havia cumprido com a transição para o
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PALAVRA DO PRESIDENTE
Expediente
O REMESP INFORMA é uma publicação trimestral editada pela REMESP, dirigida aos associados, e de distribuição gratuita.
Colaboradores: Ana Carolina Calderoni, Celso Scaranello, Jean Albert Bodinaud, Maicon C. Alencar, Newton Ferrerez Bastos,
Oswaldo Rossi Júnior, Régis Ronsoni e Rafael Morales.
Tiragem: 500 exemplares.
Sugestões ou críticas: remesp@remesp.org.br
Impressão: Gráfica Success Ltda – ME.
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ARTIGO TÉCNICO
Espaço Publicitário
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ARTIGO TÉCNICO PATROCINADO
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ARTIGO TÉCNICO PATROCINADO
APLICAÇÃO DO SISTEMA
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ARTIGO TÉCNICO
PINCELADAS METROLÓGICAS
“A confiabilidade metrológica de equipamentos e produtos O gargalo podendo estar, ainda, na dificuldade de fazer sur-
biomédicos é essencial para a garantia da qualidade dos gir padrões materiais e equipamentos de medição padrão
serviços de saúde (laboratórios clínicos, diagnósticos, labo- que possam cobrir, mediante ensaios em condições con-
ratórios de ensaio toxicológicos, de equipamentos médicos, troladas, a ampla gama de variáveis implicadas nos com-
etc), da segurança e eficácia, dos tratamentos, bem como plexos sistemas de medição em saúde. E este surgimento
de métodos e materiais de referência em apoio ao desen- de padrões e métodos estar contido em Norma Técnica
volvimento da biotecnologia e nanotecnologia são deman- Brasileira que esteja ou possa estar regulamentada. Parti-
das atuais e urgentes.” cularmente cita-se a edição das Normas NBR IEC 60601-3
que passam a trazer “prescrição de desempenho essencial”
A Rede Metrológica do Estado de São Paulo - REMESP,
o que vem a ser melhor abordado se considerada a Metro-
motivada e imersa na organização do Metrosaúde, pediu-
logia em Saúde.
-me que fizesse alguns apontamentos que auxiliem a com-
preensão da importância, atual e futura, da Metrologia em Para motivar os leitores do Informativo REMESP deixo-
Saúde notadamente a Metrologia relacionada aos Equipa- -lhes duas leituras acessíveis e que identifico serem de fun-
mentos Eletromédicos o que passa a ser destacado a se- damental importância:
guir, com especial atenção aos equipamentos para a saúde
“Contribuições à certificação profissional e a qualifica-
que realizam a função de medição.
ção pós-técnica em metrologia”
De início é necessário pontuar os avanços na qualidade,
Dissertação:
segurança e funcionalidade dos equipamentos eletromé-
Mestrado em Metrologia UFSC, Robson Marcus Wanka –
dicos advindos do processo de Normatização e Certifica-
2005
ção de Conformidade, desenvolvidos no Brasil nos últimos
http://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/101769
20 anos, em especial os correlacionados às Normas da
série NBR IEC 60601 que representaram enorme desafio “Método de avaliação das ações de tecnologia indus-
ao desenvolvimento, em território nacional, das competên- trial básica no desempenho competitivo da pequena e
cias, recursos humanos, laboratórios, materiais e métodos média empresa eletroeletrônica”
envolvidos neste processo, o qual não se encerra no ato
Dissertação:
de obtenção do Registro do Produto junto à ANVISA pois
Mestrado em Metrologia UFSC, Sandro Waltrich – 2003
permanece latente ao longo da vida útil dos equipamentos,
hoje também monitorados em relação a Eventos Adversos http://repositorio.ufsc.br/xmlui/handle/123456789/85602
apresentados na etapa da Pós-Comercialização. 1
Diretrizes Estratégicas para a Metrologia Brasileira 2013-
No Inmetro, vê-se avançar o desenvolvimento de estudos 2017, 47a Reunião do CBM, disponível para consulta em:
afetos a tecnologias médico-hospitalares com publicações http://www.inmetro.gov.br/legislacao/resc/pdf/RESC-
recentes de importantes procedimentos e materiais de re- 000246.pdf
ferência na área de ultra-sonografia diagnóstica ainda no
campo da Metrologia Científica. Não obstante estes avan-
ços, a baixa regulamentação específica da Metrologia Le- Por: Dr Engº Wayne Brod Beskow
gal. Analista em C&T – CNPQ
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MOMENTOS REMESP
Espaço Publicitário
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O caminho trilhado pela REMESP nestes 16 anos de
atuação em prol do fortalecimento e disseminação
da metrologia no Estado de São Paulo mostra
um futuro promissor e, por isso, digno de
comemoração!
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