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40 2007
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO
Reitora:
Profa. Dra. SUELY VILELA
Vice-Reitor:
Prof. Dr. FRANCO M. LAJOLO
Diretor:
Profa. Dra. MARIA DO CARMO CALIJURI
Vice-Diretor:
Prof. Dr. ARTHUR JOSÉ VIEIRA PORTO
Chefe do Departamento:
Prof. Dr. CARLITO CALIL JUNIOR
Coordenador de Pós-Graduação:
Prof. Dr. MARCIO ANTONIO RAMALHO
Editoração e Diagramação:
FRANCISCO CARLOS GUETE DE BRITO
MARIA NADIR MINATEL
MASAKI KAWABATA NETO
MELINA BENATTI OSTINI
RODRIGO RIBEIRO PACCOLA
TATIANE MALVESTIO SILVA
São Carlos, v.9 n. 40 2007
Departamento de Engenharia de Estruturas
Escola de Engenharia de São Carlos – USP
Av. Trabalhador Sãocarlense, 400 – Centro
CEP: 13566-590 – São Carlos – SP
Fone: (16) 3373-9481 Fax: (16) 3373-9482
site: http://www.set.eesc.usp.br
SUMÁRIO
Resumo
No presente trabalho apresentam-se as ferramentas computacionais mais adequadas
para a análise de alvenaria estrutural submetida à compressão, objetivando o suporte
teórico a pesquisas experimentais. Elabora-se um estudo comparativo sobre os vários
recursos de modelagem numérica, linear e não-linear, disponíveis em softwares
comerciais baseados no Método dos Elementos Finitos. São realizadas simulações de
casos específicos de paredes de alvenaria submetidas à compressão, assim como a
interação de paredes sujeitas a carregamentos verticais. Resultados experimentais são
comparados com os produzidos por modelos lineares e não-lineares, focando a análise
na sua representatividade e no seu grau de precisão.
1 INTRODUÇÃO
Umas das áreas da engenharia civil que tem apresentado maior potencial de
crescimento é, sem sombra de dúvida, a execução de edifícios em alvenaria estrutural.
Isso se deve principalmente à economia obtida por esse processo construtivo em
relação ao concreto convencional, por propiciar uma maior racionalização na execução
da obra, reduzindo-se o consumo e o desperdício dos materiais. Essa economia pode
chegar a 30% do valor da estrutura, em casos de edifícios em alvenaria não armada
de até oito pavimentos. Dessa forma, as edificações tornam-se mais baratas para o
comprador final, havendo uma melhor penetração no mercado, em especial junto às
classes média e baixa. Portanto, é evidente o grande benefício social que pode advir
do desenvolvimento desse processo construtivo.
Deve-se considerar, entretanto, o projeto de edifícios de alvenaria estrutural
ainda é feito de uma maneira quase empírica, não se tendo verificado para esse
campo o desenvolvimento que se observa para as estruturas convencionais em
concreto armado. A própria normalização nacional é pobre e um grande esforço
precisa ser feito nessa direção para que se possa projetar e executar edifícios mais
baratos e seguros. Esse esforço traduz-se em pesquisas voltadas para a realidade
brasileira, sem o que se tornará praticamente impossível desenvolver de forma
satisfatória os procedimentos normativos nessa área. É importante ressaltar que,
quanto às pesquisas mencionadas, uma dificuldade adicional deve ser considerada:
na Europa e nos Estados Unidos, nossos tradicionais “fornecedores” de pesquisas em
1
Doutora em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, suzanacampana@uol.com.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, correa@sc.usp.br
2.1 Exemplo
Este exemplo foi modelado e ensaiado por ALI & PAGE (1988). No estudo
realizado a alvenaria é considerada em estado plano de tensões, segundo o autor uma
hipótese razoável para a maioria dos casos de carregamento no plano. A tabela 2.1
apresenta as propriedades dos materiais obtidas em laboratório. A unidade e a
argamassa são consideradas separadamente no modelo, por isso são necessárias as
propriedades individuais dos componentes ao invés das propriedades médias da
alvenaria.
17,5
Experimental
14,0 Idealizado
Tensão (MPa)
10,5
7,0
3,5
Figura 2.1 - Tensão x deformação do artefato bloco. Adaptada de ALI & PAGE (1988).
10,5
Tensão (MPa)
7,0
Experimental
3,5 Idealizado
Tração
σ2
f t'
Compressão σ1 Tração
f c' f t'
2
σ12 − σ1 σ2 + σ22 − f c' = 0
f c'
Compressão
f t'
Tensão
0 ε cr n ε cr
Deformação
Figura 2.4 - Representação do amolecimento à tração. Adaptada de ALI & PAGE (1988).
Medidor de
F Deformações
Figura 2.5 - Prisma ensaiado. Adaptada de ALI & PAGE (1988).
Força x Deformação
50
40
Abaqus - Plano
Força (kN)
30 Abaqus - Sólido
Ansys - Sólido
20 Linear
Ruptura Exp.
10
0
0 100 200 300 400 500 600
-6
Deformação (x10 )
Figura 2.6 - Gráfico força x deformação.
Força x Deformação
55
45 Abaqus - Plano
Força (kN)
Abaqus - Sólido
35
Linear
25
15
30 50 70 90 110 130
-6
Deformação (x10 )
Figura 2.7 - Detalhe do gráfico força x deformação.
a 10% da área da seção transversal da parede até chegar a uma área de 50%. Na
figura 2.9 apresentam-se as cargas de ruptura obtidas por PAGE com seus dois
modelos, o frágil e o com amolecimento, e as obtidas com os programas ABAQUS e
ANSYS. No gráfico, β é a razão entre a área de aplicação da força e a área transversal
total da parede.
Força de Ruptura
400
Abaqus - Sólido
200 Page - Frágil
Page - Amolecimento
100 Experimental
0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6
β
Figura 2.9 - Gráfico força de ruptura x área carregada.
Foram ensaiados três painéis com uma cinta de amarração na última fiada. O
esquema de amarração é apresentado na figura 3.1 e as dimensões dos painéis são
apresentadas na figura 3.2. Os painéis possuem juntas verticais e horizontais de 1 cm.
m
9 c 91 cm
11
240 cm
74 cm
22
23
21 5
19
7 6
1 2 4
8 3 20
12
17
15 13
9 10 11 16 14
18
A força de ruptura média obtida para os três painéis ensaiados foi de 510 kN,
enquanto a força de ruptura da análise numérica foi de 425 kN, ou seja 83,3% da força
real. Ressalta-se que a força admitida como de ruptura na análise numérica é o valor
máximo para o qual é possível atingir a convergência com o programa. A partir desse
valor não é possível aumentar o nível de solicitação do modelo pois o programa não
consegue convergir para uma solução.
A força média correspondente ao aparecimento da primeira fissura no ensaio
foi de 387 kN. É importante ressaltar que a marcação das fissuras nos ensaios era
realizada nos intervalos dos estágios de carregamento, tratando-se portanto de um
valor aproximado. Na análise numérica esse valor foi 310 kN, o que corresponde a
80% da força do ensaio. Apesar da dificuldade na obtenção de dados precisos das
propriedades dos materiais, o fato da resistência máxima à tração dos materiais ter
sido estimada e a imprecisão na obtenção do valor exato da força de aparecimento da
primeira fissura no ensaio, os resultados numéricos apresentam-se consistentes
coerentes com o trabalho experimental.
propriedades dos materiais de maneira precisa, o que causou uma resposta numérica
um pouco diferente da real.
A figura 3.5 apresenta os resultados obtidos na modelagem numérica para os
deslocamentos na direção vertical, para uma força de 425 kN. Observando-se a figura,
nota-se que os deslocamentos dos pontos da parede central (próximo à aplicação do
carregamento) são bem maiores que os deslocamentos nos flanges, no trecho
superior da parede. Já no trecho inferior os deslocamentos na alma e nos flanges
tendem a se uniformizar.
200
Alma - Linear
150
Alma - Não
100 Linear
Flange - Linear
50
Flange - Não
Linear
0
0 -0.01 -0.02 -0.03 -0.04 -0.05 -0.06
Deslocamento (cm)
200 Alm a - Li ne ar
50 Flange - Não
Li ne ar
0
0 -0.02 -0.04 -0.06 -0.08
Deslocamento (cm)
250
Altura da Parede (cm)
Alm a - Li ne ar
200
50 Flange - Não
Li ne ar
0
-0.005 -0.025 -0.045 -0.065 -0.085
Deslocamento (cm)
Nota-se na figura 3.9 que o flange sofre flexão, estando a face interna mais
comprimida que a interna. Observa-se que na parede central, na região de aplicação
do carregamento, existe uma concentração de tensões. Nota-se, também, que nas
juntas verticais de argamassa, principalmente no trecho superior, existe uma
concentração de tensões localizadas. No trecho inferior as tensões já se apresentam
uniformizadas.
50 Flange - Não
linear
0
0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4
2
Tensão (kN/cm )
250
Alma - Linear
200
Alma - Não
150 linear
Flange - Linear
100
Flange - Não
50
linear
0
0 -0.1 -0.2 -0.3 -0.4 -0.5 -0.6
2
Tensão (kN/cm )
Figura 3.11 - Tensões normais verticais ao longo da altura da parede (F=400kN).
50 Flange - Não
linear
0
0 -0,2 -0,4 -0,6 -0,8
Tensão (kN/cm2)
3.4 Deformação
Alma Inferior
-3,00
Tensão grupo (MPa)
-2,50
Numérico
-2,00
Ponto 11
-1,50 Ponto 12
Ponto 17
-1,00
Ponto 18
-0,50
0,00
0,0E+00 -1,0E-04 -2,0E-04 -3,0E-04 -4,0E-04
Deformação
Figura 3.13 - Comportamento típico do trecho inferior da alma.
Flange Inferior
-3,00
Tensão grupo (MPa)
-2,50
Numérico
-2,00 Ponto 9
Ponto 10
-1,50 Ponto 13
Ponto 14
-1,00
Ponto 15
-0,50 Ponto 16
0,00
0,0E+00 -1,0E-04 -2,0E-04 -3,0E-04 -4,0E-04
Deformação
Figura 3.14 - Comportamento típico do trecho inferior do flange.
Alma Superior
-3.00
Tensão grupo (MPa) -2.50
-2.00 Numérico
-1.50 Ponto 4
-1.00 Ponto 5
Ponto 19
-0.50
Ponto 20
0.00
0.00E+00 -1.00E-04 -2.00E-04 -3.00E-04 -4.00E-04 -5.00E-04
Deformação
Figura 3.15 - Comportamento típico do trecho superior da alma.
Flange Superior
-3.00
Numérico
Tensão grupo (MPa)
-2.50
Ponto 1
-2.00
Ponto 2
-1.50 Ponto 3
-1.00 Ponto 6
Ponto 7
-0.50
Ponto 8
0.00
2.00E-04 1.00E-04 0.00E+00 -1.00E-04 -2.00E-04 -3.00E-04
Deformação
Figura 3.16 - Comportamento típico do trecho superior do flange.
Trecho Superior
-3
-2.5
Tensão grupo (MPa)
-1.5
Experimental
-1
Numérico
-0.5 Linear (Experimental)
Linear (Numérico)
0
0.0E+00 -1.0E-04 -2.0E-04 -3.0E-04 -4.0E-04
Deformação
Trecho Inferior
-3
Tensão grupo (MPa)
-2.5
y = 8884.3x - 0.0954
2
y = 8641x - 0.0001
-2 R = 0.9933 2
R =1
-1.5
-1 Experimental
Numérico
-0.5 Linear (Numérico)
Linear (Experimental)
0
0.0E+00 -1.0E-04 -2.0E-04 -3.0E-04 -4.0E-04
Deformação
Figura 3.18 - Diagrama tensão x deformação típico do trecho inferior.
A1 10,24
A2 5,05
A1 1517 15534,0
A2 1809 9113,5
(a) (b)
Figura 4.1 - (a) Vista frontal (b) Vista oposta. Posição de transdutores na paredinha (medidas
em mm). Adaptada de JUSTE (2001).
limites especificados por DRYSDALE et al. (1994), entre 500 e 1000, e SAHLIN
(1971), entre 500 e 1500. Nos primeiros modelos numéricos realizados verificou-se
que a rigidez inicial das paredinhas construídas com esse bloco estava menor que a
rigidez dos modelos experimentais. Optou-se, então, por utilizar um módulo de
elasticidade igual a 500.fbm, obtendo-se assim uma rigidez inicial mais próxima da
experimental. Em relação ao bloco utilizou-se o módulo de elasticidade e a resistência
à compressão em relação à área líquida (53% da área bruta). Adotou-se este
procedimento em razão do módulo de elasticidade referente à área bruta ser um valor
aparente, não representando adequadamente as características do material quanto às
necessidades de modelagem. As resistências à tração do bloco e da argamassa foram
consideradas convencionalmente como sendo de 10% da resistência à compressão.
Esse procedimento foi adotado devido à inexistência de testes para a determinação de
tais parâmetros, no trabalho de JUSTE (2001). Cabe ressaltar que a percentagem
adotada está dentro dos limites usuais para os materiais empregados.
5.0
4.5
4.0
3.5
Tensão (MPa)
3.0
2.5
2.0 Média Transdutores
1.5 Concrete
1.0 Plastic
0.5
0.0
0.0000 0.0004 0.0008 0.0012 0.0016
Deformação
Figura 4.8 - Gráfico tensão x deformação (PAB1A2).
5 CONCLUSÕES
6 AGRADECIMENTOS
7 REFERÊNCIAS
ALI, S.; PAGE, A.W. (1988). Finite element model for masonry subjected to
concentrated loads. Journal of Structural Engineering, v.114, n.8, p.1761-1784, Aug.
DRYSDALE, R.G.; HAMID, A.A.; BAKER, L.R. (1994). Masonry structures: behavior
and design. Englewood Cliffs, New Jersey, Prentice Hall.
HENDRY, A.W. (1981). Structural Brickwork. London, The Macmillan Press Ltd.
MACHADO JR., E.F.; TAKEYA, T.; VAREDA, L.V. (1999). Ensaios de compressão
simples em paredes de alvenaria de blocos cerâmicos. Relatório técnico: Cerâmica
Selecta. São Carlos.
PAGE, A.W.; SHRIVE, N.G. (1990). Concentrated loads on masonry. British Masonry
Society Proceedings, n.4, p.74-77.
Resumo
Este trabalho discute a utilização de armadura de confinamento em vigas
superarmadas de concreto armado. Essa armadura é constituída de estribos quadrados
colocados na região de compressão da seção transversal da viga, aumentando a
ductilidade. Para a análise numérica, utilizou-se um programa computacional baseado
no Método dos Elementos Finitos que considera o efeito do confinamento no concreto,
possibilitando estudar criteriosamente a influência da armadura de confinamento em
vigas superarmadas. Na etapa experimental foi investigada a influência da taxa
volumétrica da armadura transversal de confinamento, sendo realizados ensaios de
quatro vigas superarmadas - três detalhadas com estribos adicionais destinados ao
confinamento e uma projetada sem armadura de confinamento. Todas as vigas tiveram
deformações nas barras da armadura de tração próximas a εy e resistência média à
compressão do concreto de 25MPa. Os resultados experimentais mostraram que o
índice de ductilidade pós-pico é proporcional à taxa volumétrica da armadura
transversal de confinamento. Isso não aconteceu para o índice de ductilidade pré-pico,
que teve variação aleatória com a taxa volumétrica de armadura de confinamento.
Observou-se também que a resistência à compressão do concreto confinado no núcleo
de confinamento diminuiu na proximidade da linha neutra.
1 INTRODUÇÃO
1
Mestre em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, della@sc.usp.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, jsgiongo@sc.usp.br
100.00
75.00
Força (kN)
50.00
25.00
Modelo numérico
Modelo Experimental
0.00
4000.00 4000.00
3000.00 3000.00
Momentos(kNcm)
Momentos (kNm)
2000.00 2000.00
1000.00 1000.00
Modelo Experimental
Modelo numérico
0.00 0.00
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.35
Rotação (rad) Rotação (rad)
Figura 2 - Curva momento fletor vs. curvatura, Figura 3 - Curva momento fletor vs. curvatura,
viga 1, Base & Read (1965). viga 2, Base & Read (1965).
8000.00 8000.00
6000.00 6000.00
Momentos (kNcm)
Momentos (kNcm)
4000.00 4000.00
2000.00 2000.00
0.00 0.00
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25
Rotação entre os apoios (rad) Rotação entre os apoios (rad)
Figura 4 - Curva momento fletor vs. curvatura, Figura 5 - Curva momento fletor vs. curvatura,
viga 4, Base & Read (1965). viga 5, Base & Read (1965).
12000.00 15000.00
10000.00 12500.00
8000.00 10000.00
Momentos (kNcm)
Moment0s (kNcm)
6000.00 7500.00
4000.00 5000.00
2000.00 2500.00
0.00 0.00
0.00 0.03 0.05 0.08 0.10 0.13 0.00 0.03 0.05 0.08 0.10 0.13
Rotação (rad) Rotação (rad)
Figura 6 - Curva momento fletor vs. curvatura, Figura 7 - Curva momento fletor vs. curvatura,
viga 9, Base & Read (1965). viga 16, Base & Read (1965).
Nawy et al. (1968) ensaiaram duas séries de vigas confinadas por meio de
armadura helicoidal retangular contínua para verificar a capacidade de rotação plástica
das mesmas. Os estribos de confinamento dessas vigas envolvem toda a seção
transversal, sendo descontado o cobrimento, portanto semelhante aos estribos
destinados à força cortante. Esse arranjo de estribos não é tão eficaz quanto aquele
que se confina apenas a região de compressão da seção transversal, pois parte dos
estribos estão localizados na região de tração da viga causando deficiência no
confinamento. Nas Figuras 8 a 17, são apresentadas curvas momento fletor vs.
rotação, onde é possível comparar os resultados experimentais com os obtidos
numericamente. Na Tabela 2, são apresentados os resultados obtidos por comparação
entre os modelos teóricos e experimentais. Observou-se que o modelo teórico não foi
tão eficaz quanto as análises feitas anteriormente. Um dos fatores pode ter sido a
presença de tensões de tração nos estribos destinados ao confinamento, pois estes
envolviam toda seção transversal da viga descontando o cobrimento. Porém,
observou-se, que os máximos momentos fletores obtidos numericamente tiveram uma
boa aproximação em relação aos obtidos nos experimentos.
30000.00 20000.00
25000.00
15000.00
20000.00
Momento (kNcm)
Moment (kNcm)
15000.00 10000.00
10000.00
5000.00
5000.00
0.00 0.00
0.00 0.03 0.05 0.08 0.10 0.13 0.15 0.18 0.00 0.03 0.05 0.08 0.10 0.13 0.15 0.18
Rotação total (rad) Rotação total (rad)
Figura 8 - Curva momento fletor vs. curvatura, Figura 9 - Curva momento fletor vs. curvatura,
viga P10G2, Nawy et al. (1968). viga P11G3, Nawy et al. (1968).
20000.00 30000.00
25000.00
15000.00
20000.00
Momentos (kNcm)
Momentos (kNcm)
10000.00 15000.00
10000.00
5000.00
5000.00
0.00 0.00
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
Rotação total (rad) Rotação total (rad)
Figura 10 - Curva momento fletor vs. Figura 11 - Curva momento fletor vs.
curvatura, viga P10G2, Nawy et al. (1968). curvatura, viga P5G7, Nawy et al. (1968).
30000.00 5000.00
Momentos devido a carga vertical (kNcm)
25000.00
4000.00
20000.00
Momento (kNcm)
3000.00
15000.00
2000.00
10000.00
1000.00
5000.00
0.00 0.00
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10
Rotação total (rad) Rotação total (rad)
Figura 12 - Curva momento fletor vs. Figura 13 - Curva momento fletor vs.
curvatura, viga P6G8, Nawy et al. (1968). curvatura, viga B8B4, Nawy et al. (1968).
4000.00 4000.00
Momento devido a carga vertical (kNcm)
3500.00
3000.00 3000.00
2500.00
2000.00 2000.00
1500.00
1000.00 1000.00
500.00
0.00 0.00
0.00 0.01 0.02 0.03 0.04 0.05 0.06 0.07 0.08 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10 0.12
Rotação total (rad) Rotação total (rad)
Figura 14 - Curva momento fletor vs. Figura 15 - Curva momento fletor vs.
curvatura, viga B12B6, Nawy et al. (1968). curvatura, viga B5B8, Nawy et al. (1968).
6000.00 4000.00
Momento devido a carga vertical (kNcm)
3000.00 2000.00
2000.00
1000.00
1000.00
0.00 0.00
0.00 0.03 0.06 0.09 0.12 0.15 0.18 0.21 0.24 0.00 0.02 0.04 0.06 0.08 0.10
Rotação total (rad) Rotação total (kNcm)
Figura 16 - Curva momento fletor vs. Figura 17 - Curva momento fletor vs.
curvatura, viga B2B10, Nawy et al. (1962). curvatura, viga B11B12, Nawy et al. (1962).
600.00 600.00
500.00 500.00
400.00 400.00
Força (kN)
Força (kN)
300.00 300.00
200.00 200.00
100.00 100.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00
Deslcomento (cm) Deslcamentos (cm)
Figura 18 - Curva força vs. deslocamento, viga Figura 19 - Curva força vs. deslocamento, viga
NA2-1, Ziara et al. (1995). NA3-1, Ziara et al. (1995).
300.00 350.00
250.00 300.00
250.00
200.00
Força (kN)
Força (kN)
200.00
150.00
150.00
100.00
100.00
50.00 50.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 16.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 20 - Curva força vs. deslocamento, viga Figura 21 - Curva força vs. deslocamento, viga
NB2-1, Ziara et al. (1995). NB3-1, Ziara et al. (1995).
500.00 250.00
400.00 200.00
300.00 150.00
Força (kN)
Load (kN)
200.00 100.00
100.00 50.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00
Deslocamento (cm) Displicement (cm)
Figura 22 - Curva força vs. deslocamento, viga Figura 23 - Curva força vs. deslocamento, viga
C2, Ziara et al. (1995). C3.2, Ziara et al. (1995).
4 ANÁLISE NUMÉRICA
estribos retangulares. O aço utilizado em ambas as etapas foi o CA-50, tanto para as
armaduras longitudinais, como para as armaduras transversais. O diâmetro dos
estribos destinados ao confinamento foi de 5mm. Todas as vigas tiveram seções
transversais de 10cm de largura por 30cm de altura.
Núcleo de Núcleo de
Força concreto Força concreto
b'
dc
d'
d'
h'
d
d
Armadura de confinamento Armadura de confinamento
h
A st Ast
b b
Seção Transversal Seção Transversal
90cm 60cm 90cm 60cm
150cm 150cm
Vista Longitudinal Vista Longitudinal
(a) (b)
100.00 140.00
120.00
80.00
100.00
60.00
Força (kN)
Força (kN)
80.00
40.00 60.00
40.00
20.00 Esp. 12,0 cm
Esp. 7,5 cm 20.00
Esp. 3,0 cm
0.00 0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 25 - Curva força vs. deslocamento para vigas Figura 26 - Curva força vs. deslocamento para vigas
com fck 20MPa e εs 1,5‰. com fck 20MPa e εs 1,0‰.
250.00 150.00
125.00
200.00
100.00
150.00
Força (kN)
Força (kN)
75.00
100.00
50.00
50.00
25.00
0.00 0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 27 - Curva força vs. deslocamento para vigas Figura 28 - Curva força vs. deslocamento para vigas
com fck 20MPa e εs 0,5‰. com fck 35MPa e εs 1,5‰.
250.00 300.00
250.00
200.00
200.00
150.00
Força (kN)
Força (kN)
150.00
100.00
100.00
50.00
50.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 29 - Curva força vs. deslocamento para vigas Figura 30 - Curva força vs. deslocamento para vigas
com fck 35MPa e εs 1,0‰. com fck 35MPa e εs 0,5‰.
250.00 300.00
250.00
200.00
200.00
150.00
Força (kN)
Força (kN)
150.00
100.00
100.00
50.00
50.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 31 - Curva força vs. deslocamento para vigas Figura 32 - Curva força vs. deslocamento para vigas
com fck 50MPa e εs 1,5‰. com fck 50MPa e εs 1,0‰.
400.00 140.00
350.00 120.00
300.00
100.00
250.00
Força (kN)
Força (kN)
80.00
200.00
60.00
150.00
40.00
100.00 fck 20 MPa;
fck 35 MPa;
50.00 20.00 fck 50 MPa.
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 14.00 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 33 - Curva força vs. deslocamento para vigas Figura 34 - Curva força vs. deslocamento para vigas
com fck 50MPa e εs 0,5‰. com εs 2,38‰.
Tabela 5 - Propriedades gerais das vigas confinadas por meio de estribos circulares.
Tabela 6 - Propriedades gerais das vigas confinadas por meio de estribos circulares.
Aumento
da
Fmáx εs fck S δc0
VIGAS Resist. IDpré IDpós IDelast
(kN) (‰) (MPa) (cm) (cm)
à Flexão
(%)
VF201512C 75,56* - 1,5 20 12 1,963 0,211 1,030 0,367
VF201575C 77,23 2,12 1,5 20 7,5 1,869 0,235 1,060 0,367
VF201530C 80,60 6,25 1,5 20 3 1,646 0,293 1,118 0,367
VF201012C 111,50* - 1,0 20 12 4,160 0,371 0,980 1,503
VF201075C 115,30 3,29 1,0 20 7,5 2,749 0,422 0,982 1,503
VF201030C 124,54 10,47 1,0 20 3 2,164 0,527 1,188 1,503
VF200512C 123,35* - 0,5 20 12 3,730 0,402 1,075 1,294
VF200575C 149,04 17,24 0,5 20 7,5 5,132 0,486 1,296 1,294
VF200530C 210,91 41,52 0,5 20 3 4,576 0,732 1,899 1,294
VF351512C 131,85* - 1,5 35 12 4,350 0,464 0,907 1,332
VF351575C 136,75 3,58 1,5 35 7,5 6,668 0,483 0,947 1,332
VF351530C 144,94 9,03 1,5 35 3 7,145 0,532 0,952 1,332
VF351012C 169,63* - 1,0 35 12 3,872 0,358 0,811 1,360
VF351075C 189,14 10,32 1,0 35 7,5 4,392 0,401 1,072 1,360
VF351030C 218,70 22,44 1,0 35 3 12,37 0,491 1,261 1,360
VF350512C 176,31* - 0,5 35 12 3,152 0,390 0,696 1,057
VF350575C 203,47 13,35 0,5 35 7,5 4,361 0,437 1,101 1,057
VF350530C 295,05 40,24 0,5 35 3 9,211 0,581 1,551 1,057
VF501512C 183,04* - 1,5 50 12 3,710 0,377 1,054 1,250
VF501575C 189,17 3,24 1,5 50 7,5 5,385 0,390 1,009 1,250
VF501530C 202,19 9,47 1,5 50 3 8,147 0,428 1,089 1,250
VF501012C 220,62* - 1,0 50 12 3,640 0,345 0,746 1,291
VF501075C 250,49 11,92 1,0 50 7,5 4,889 0,375 1,115 1,291
VF501030C 292,44 24,56 1,0 50 3 8,281 0,456 1,308 1,291
VF500512C 229,23* - 0,5 50 12 2,998 0,356 0,922 1,071
VF500575C 257,82 11,09 0,5 50 7,5 4,009 0,388 1,063 1,071
VF500530C 351,79 34,84 0,5 50 3 8,049 0,479 1,447 1,071
Nota: * Valores de referência para a determinação do aumento da resistência à flexão das
vigas com mesma resistência característica à compressão e mesma deformação na armadura
tracionada.
Tabela 7 - Analise fatorial dos índices de ductilidade das vigas confinada por meio de estribos
circulares.
Índice de ductilidade pré-pico
Valores mínimos para
Soma dos Graus de Média dos
Variável F0 o fator F0 ser relevante
quadrados liberdade quadrados
F0,01;n:26 – F0,05;n;26
fck 0,161 2 0,081 16,377* 5,33 – 3,37
εs 0,09985 2 0,05 10,141* 5,33 – 3,37
s 0,061 2 0,031 6,239* 5,33 – 3,37
fck-εs 0,26 4 0,065 13,194 4,11 – 2,74
fck-s 0,013 4 0,00333 1,08 4,11 – 2,74
εs –s 0,021 4 0,00532 0,676 4,11 – 2,74
Erro 0,039 8 0,00492 - -
Total 0,655 26 - - -
Índice de ductilidade pós-pico
Valores mínimos para
Soma dos Graus de Média dos
Variável F0 o fator F0 ser relevante
quadrados liberdade quadrados
F0,01;n:26 – F0,05;n;26
fck 0,327 2 0,164 7,0307* 5,33 – 3,37
εs 0,0421 2 0,021 0,939 5,33 – 3,37
s 0,928 2 0,464 20,729* 5,33 – 3,37
fck-εs 0,159 4 0,04 1,77 4,11 – 2,74
fck-s 0,251 4 0,063 0,2 4,11 – 2,74
εs –s 0,018 4 0,0047 2,808 4,11 – 2,74
Erro 0,179 8 0,022 - -
Total 1,904 26 - - -
Tabela 8 - Propriedades gerais das vigas confinadas por meio de estribos retangulares.
80.00 100.00
80.00
60.00
60.00
Força (kN)
Força (kN)
40.00
40.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 35 - Curva força vs. deslocamento para Figura 36 - Curva força vs. deslocamento para
vigas com fck 20MPa e εs 1,5‰. vigas com fck 20MPa e εs 1,0‰.
100.00 160.00
80.00
120.00
60.00
Força (kN)
40.00
20.00
0.00 0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 37 - Curva força vs. deslocamento para Figura 38 - Curva força vs. deslocamento para
vigas com fck 20MPa e εs 0,5‰. vigas com fck 35MPa e εs 1,5‰.
250.00 200.00
200.00
150.00
150.00
Força (kN)
Força (kN)
100.00
100.00
50.00
50.00
0.00 0.00
0.00 2.00 4.00 6.00 8.00 10.00 12.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 39 - Curva força vs. deslocamento para Figura 40 - Curva força vs. deslocamento para
vigas com fck 35MPa e εs 1,0‰. vigas com fck 35MPa e εs 0,5‰.
200.00 250.00
160.00 200.00
120.00 150.00
Força (kN)
Força (kN)
80.00 100.00
40.00 50.00
0.00 0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 41 - Curva força vs. deslocamento para Figura 42 - Curva força vs. deslocamento para
vigas com fck 50MPa e εs 1,5‰. vigas com fck 50MPa e εs 1,0‰.
250.00 140.00
120.00
200.00
100.00
150.00
Força (kN)
Força (kN)
80.00
100.00 60.00
40.00
fck 20 MPa;
50.00 fck 35 MPa;
20.00 fck 50 MPa.
0.00 0.00
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00 7.00 8.00 0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50
Deslocamento (cm) Deslocamento (cm)
Figura 43 - Curva força vs. deslocamento para Figura 44 - Curva força vs. deslocamento para vigas
vigas com fck 50MPa e εs 0,5‰. com εs 2,38‰.
Tabela 9 - Índice de ductilidade das vigas confinadas por meio de estribos circulares.
Aumento
da
Fmáx εs fck s δc0
VIGAS Resist. IDpré IDpós IDelast
(kN) (‰) (MPa) (cm) (cm)
à Flexão
(%)
VF201512R 70,65* - 1,5 20 12 2,304 0,231 0,903 0,908
VF201575R 72,21 2,16 1,5 20 7,5 2,926 0,237 1,007 0,908
VF201530R 73,89 4,39 1,5 20 3 3,805 0,246 1,023 0,908
VF201012R 78,97* - 1,0 20 12 2,749 0,445 0,700 0,757
VF201075R 85,53 8,18 1,0 20 7,5 3,388 0,468 0,978 0,757
VF201030R 93,13 15,21 1,0 20 3 4,228 0,474 1.151 0,757
VF200512R 82,65* - 0,5 20 12 2,121 0,434 0,943 0,640
VF200575R 88,76 6,88 0,5 20 7,5 2,592 0,455 1,033 0,640
VF200530R 95,94 13,85 0,5 20 3 3,246 0,476 1,149 0,640
VF351512R 120,48* - 1,5 35 12 2,539 0,259 0,946 0,953
VF351575R 122,69 1,80 1,5 35 7,5 2,592 0,263 0,982 0,953
VF351530R 128,22 6,03 1,5 35 3 4,565 0,273 1,069 0,953
VF351012R 130,15* - 1,0 35 12 2,732 0,375 0,860 0,914
VF351075R 138,01 5,69 1,0 35 7,5 3,249 0,389 0,940 0,914
VF351030R 208,59 37,61 1,0 35 3 8,301 0,417 1,373 0,914
VF350512R 129,13* - 0,5 35 12 2,096 0,364 0,943 0,751
VF350575R 143,08 9,75 0,5 35 7,5 2,524 0,404 1,089 0,751
VF350530R 165,01 21,74 0,5 35 3 4,005 0,430 1,257 0,751
VF501512R 169,92* - 1,5 50 12 2,713 0,222 0,961 1,130
VF501575R 172,89 1,72 1,5 50 7,5 2,640 0,226 0,971 1,130
VF501530R 179,33 5,25 1,5 50 3 4,083 0,230 1,046 1,130
VF501012R 181,20* - 1,0 50 12 2,770 0,318 0,705 1,063
VF501075R 190,46 4,86 1,0 50 7,5 3,256 0,327 0,923 1,063
VF501030R 219,81 17,57 1,0 50 3 4,981 0,338 0,954 1,063
VF500512R 189,03 - 0,5 50 12 2,189 0,296 0,875 0,901
VF500575R 197,30 4,19 0,5 50 7,5 2,564 0,302 1,023 0,901
VF500530R 221,48 14,65 0,5 50 3 3,898 0,316 1,157 0,901
envolvidas tiveram influência relevante. Esses dados podem ser observados na Tabela
10, por meio do fator de influência F0.
Com os dados obtidos a partir da análise de variância e utilizando os índices
de ductilidade pré-pico e pós-pico dados na Tabela 10 fez-se uma regressão não
linear, no qual foram obtidas expressões que exprimem esses índices. Contudo é
possível afirmar que o índice de ductilidade pré-pico é função da resistência
característica do concreto à compressão e também da armadura de tração, enquanto
que o índice de ductilidade pós-pico, é função de todas as variáveis envolvidas. Os
índices de ductilidade pré-pico e pós-pico, para as vigas confinadas por meio de
estribos quadrados, podem ser expressão pelas Eq. (3) e (4).
Tabela 10 - Análise fatorial dos índices de ductilidade das vigas confinadas por meio de
estribos quadrados.
Índice de ductilidade pré-pico
Valores mínimos para
Soma dos Graus de Média dos
Variável F0 o fator F0 ser relevante
quadrados liberdade quadrados
F0,01;n:26 – F0,05;n;26
fck 0,131 2 0,065 1650* 5,33 – 3,37
εs 0,04585 2 0,023 578,615* 5,33 – 3,37
s 0,003641 2 0,00182 45,948* 5,33 – 3,37
fck-εs 0,018 4 0,004603 116,172* 4,11 – 2,74
fck-s 0,000705 4 0,0001761 2,996 4,11 – 2,74
εs –s 0,000475 4 0,000119 4,446* 4,11 – 2,74
Erro 0,000317 8 0,0003962 - -
Total 0,2007 26 - - -
Índice de ductilidade pós-pico
Valores mínimos para
Soma dos Graus de Média dos
Variável F0 o fator F0 ser relevante
quadrados liberdade quadrados
F0,01;n:26 – F0,05;n;26
fck 0,045 2 0,022 6,626* 5,33 – 3,37
εs 0,041241 2 0,021 5,208* 5,33 – 3,37
s 0,302 2 0,153 38,548* 5,33 – 3,37
fck-εs 0,028 4 0,00696 1,757 4,11 – 2,74
fck-s 0,065 4 0,016 1,369 4,11 – 2,74
εs –s 0,022 4 0,00542 4,13* 4,11 – 2,74
Erro 0,032 8 0,00396 - -
Total 0,538 26 - - -
5 ANÁLISE EXPERIMENTAL
F/2 F/2
15 cm
78,75 cm
285,00 cm
bw h d Asw,conf. fc εS Ec Confinamento
VIGAS hc s ø fcc εc εc85
(cm) (cm) (cm) (MPa) (‰) (GPa)
(cm) (cm) (mm) (MPa) (‰) (‰)
VC-01 15 30 27 10,5 15 5 23,47 3,87 26,7 25,23 3,258 7,496
VC-02 15 30 27 10,5 10 5 26,01 3,87 27,2 28,45 3,865 10,82
VC-03 15 30 27 10,5 5 5 26,96 3,87 28,2 30,36 4,617 16,37
VS-01 15 30 27 - - - 31,32 3,87 32,3 - - -
N4 - 2 ø6,3mm (299)
11
N5 - 2 ø6,3mm (184)
N4
26
30
N6
N2 - 11 ø5,0mm c/15cm
2
A B
N3
2
N1 - 32 ø 8,0mm
2
15
c/ 7cm (84cm)
A B Seção A-A
N4
N6 - 2 ø12,5mm (296) N5
10,50
5
30
N6
10,50
N3
N3 - 2 ø20,0mm (341) N2 - 11 ø 5,0mm
15
c/ 15cm (52cm)
Seção B-B
Vista Longitudinal
N4 - 2 ø6,3mm (299)
11
N5 - 2 ø6,3mm (184)
N4
2
26
30
N6
N2 - 17 ø5,0mm c/10cm
2
A B
N3
2
N1 - 32 ø 8,0mm
2
15
c/ 7cm (84cm)
Seção A-A
A B
N5
10,50
5
30
N6
N3 - 2 ø20,0mm (341) 10,50
N3
N2 - 17 ø 5,0mm
15
c/ 10cm (52cm)
Seção B-B
Vista Longitudinal
Viga VC-02
N4 - 2 ø6,3mm (299)
11
N5 - 5 ø6,3mm (184)
N4
5
30
26
N6
N2 - 31 ø5,0mm c/5,0cm
2
A B
N3
2
N1 - 36 ø 8,0mm
2
15
c/ 7cm (84cm)
Seção A-A
A B
N5
10,50
5
30
N6
N3 - 2 ø20,0mm (341) 10,50
N3
N2 - 31 ø 5,0mm
15
c/ 5,0cm (52cm)
Seção B-B
Vista Longitudinal
Viga VC-03
11
N4 - 2 ø6,3mm (299) N4
2
26
30
N6
2
A B
N3
2
N1 - 36 ø 8,0mm
2
15
c/ 7cm (84cm)
Seção A-A
A B
N6
N3 - 2 ø20,0mm (341)
N3
15
Seção B-B
Vista Longitudinal
Viga VS-01
Atuador
Servo-Controlado
Atuador
Perfil Metálico Servo-controlado Pórtico Metálico Pórtico Metálico Pórtico Metálico
F
Viga
Perfil Metálico
F/2 F/2
Viga
R1 R2 R3 R4 R5
300.00 150.00
250.00 125.00
200.00 100.00
Força total (kN)
F/2 (kN)
150.00 75.00
100.00 50.00
Viga VC-01
Viga VC-02
50.00 Viga VC-03 25.00
Viga VS-01
0.00 0.00
0.00 15.00 30.00 45.00 60.00 75.00 90.00 0.00 10.00 20.00 30.00 40.00 50.00 60.00
Deslocamento no meio do vão (mm) Deslocamento no ponto de aplicação de carga (mm)
Figura 38 - Curva força total vs. deslocamento Figura 39 - Curva força no ponto de aplicação
no meio do vão. de carga vs. deslocamento no ponto de
aplicação de carga.
1.00 1.00
0.95
Valores experimentais
0.80
Índice de ductilidade pós-pico
0.90
Índice de ductilidade pós-pico
Regressão linear
0.85
0.60 0.80
0.75
0.40 0.70
0.65
Valores experimentais
0.20 0.60
Polinômio do 2º grau
0.55
0.00 0.50
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50 0.00 2.50 5.00 7.50 10.00 12.50 15.00 17.50 20.00
Taxa volumétrica da armadura transversal - (%) Espaçamento entre estribos (cm)
Figura 40 - Relação IDpós vs. ρsw,conf das vigas Figura 41 - Relação IDpós vs. s das vigas
ensaiadas. ensaiadas.
Por meio dos ensaios das vigas VC-01, VC-02, VC-03 e VS-01, foi possível
observar esse comportamento. Na Figura 42 pôde-se verificar a influência da taxa
volumétrica da armadura transversal de confinamento na resistência à compressão do
concreto confinado. Realizando uma regressão não linear da curva da Figura 42,
obteve-se uma expressão que representa a resistência à compressão do concreto
confinado em função da resistência do concreto não confinado e da taxa volumétrica
da armadura transversal de confinamento. As relações entre as resistências do
concreto confinado e a resistência do concreto não confinado utilizadas para descrever
a curva da Figura 42, foram obtidas por meio da média aritmética das resistências à
compressão do concreto confinado de cada camada do núcleo de confinamento em
relação à resistência à compressão do concreto não confinado.
1.14
1.12
1.10
1.08
fcc/fc
6 CONCLUSÕES
7 REFERÊNCIAS
LIMA JÚNIOR, H. C.; GIONGO, J. S. (2000). Modelo teórico para análise de pilares de
concreto de alta resistência com confinamento lateral. Engenharia, Estudo e
Pesquisa, v. 3, n. 2, jul./dez.
NAWY, E. G.; DANESI, R. F.; GROSKO, J. J. (1968). Retangular spiral binders effect
on plastic hinge rotation capacity in reinforced concrete beams. ACI Journal, n. 65-67,
p. 1001-1010, Dec.
ZIARA, M. M.; HALDANE, D.; KUTTAB, A. S. (1995). Flexural behavior of beams with
confinement. ACI Journal, n. 92-S11, p. 103-114, Jan./Feb.
Resumo
Neste trabalho apresenta-se uma combinação de formulações numéricas para a análise
da interação estaca-solo com ou sem blocos de capeamento rígido, sujeita à carga
horizontal e vertical. Nestas formulações as estacas são representadas pelo método das
diferenças finitas (MDF) ou pelo método dos elementos finitos (MEF) e o solo é
representado pelo método dos elementos de contorno (MEC). Na utilização do MEF,
para a análise das estacas, os deslocamentos e as forças de interação foram
representados por várias funções polinomiais chegando-se a um elemento finito final
considerado eficiente e constituído por quatro pontos nodais, 14 parâmetros nodais,
sendo quatro para deslocamentos lineares em cada uma das direções (X1, X2 e X3) e
mais dois parâmetros referentes as rotações do topo da estaca em torno dos eixos X1 e
X2. Os deslocamentos transversais ao longo da estaca foram representados por uma
função polinomial do 4o grau e os deslocamentos axiais foram representados por uma
função cúbica. Para as forças da interface nas direções X1 e X2 são utilizados funções
polinomiais cúbicas. As forças de superfície cisalhantes que ocorrem ao longo do fuste
da estaca são representadas por um polinômio quadrático e a tensão normal à seção da
extremidade inferior da estaca é suposta constante. O maciço de solos é modelado pelo
MEC como um meio contínuo, elástico-linear, semi-infinito, isótropo e homogêneo.
Combinando-se estes métodos de análise, obtém-se um sistema de equações lineares
representando o problema de interação estaca-solo. Após a resolução deste sistema,
são obtidos os deslocamentos e rotações nos nós do elemento e as tensões de contato
estaca-solo. Vários exemplos envolvendo as formulações propostas são analisados e os
resultados obtidos são concordantes com os de outros autores.
1
Mestre em Engenharia de Estruturas - EESC-USP
2
Professor Associado do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, paiva@sc.usp.br
1 INTRODUÇÃO
Onde:
u *ij (p,s) é a solução fundamental de deslocamentos devido a uma carga unitária
aplicada no ponto “p” na direção “i” e com resposta no ponto “s” na direção “j”;
p j é a força de interação na direção “j”.
Implementando-se a discretização da Eq. (1), obtém-se:
Ne
u i = ∑ ∫ u *ij (p,s)p j (s)dΓ (s) , (i,j = 1,2,3) (2)
Γe
1
Onde:
Γe é o contorno do elemento de contorno;
Ne é o número de linhas de carga (estacas) imersas no meio contínuo.
As funções aproximadoras para as forças de interação são cúbicas para as
direções X1 e X2, quadráticas ao longo do fuste e uniformemente distribuídas na base da
estaca para a direção X3. Sendo assim as funções de forma (cúbicas e quadráticas)
podem ser escritas como:
⎧φ1 ⎫ ⎧− 4.5ξ 3 + 9ξ 2 − 55 . ξ + 1⎫
⎪φ ⎪ ⎪ ⎪
⎪ 2 ⎪ ⎪ 135 . ξ − 22.5ξ + 9ξ ⎪
3 2
⎧1 ⎫
⎧ϕ p1 ⎫ ⎪ ( 9ξ 2 − 9ξ + 2) ⎪
⎪ ⎪ 2
{ϕ} = ⎨ϕ p2 ⎬ = ⎪⎨ − 9ξ 2 + 6ξ ⎪⎬ (funções de forma quadráticas) (4)
⎪ϕ ⎪ ⎪ 1 ⎪
⎩ p3 ⎭ ⎪
⎩ 2
( 9ξ 2 − 3ξ ) ⎪
⎭
Sabendo-se que:
z
ξ= (5)
L
Onde:
ξ é a cota adimensional;
“z” é a cota do ponto em questão;
“L” o comprimento total da estaca.
Após efetuar o cálculo das integrais indicadas na Eq. (2) para todos os elementos,
obtém-se a representação algébrica do maciço de solos, também chamada de equação geral de
deslocamentos do solo, dada por:
{u } = [ G]{P }
s s (6)
Onde:
{u } é o vetor que contêm todos os deslocamentos que ocorrem no solo;
s
wi P5
V vi
F2 ui P1
F1 X1 i τp1
v’i u’i
X2 M2 P6
M1 j wj vj P2
uj τp2
wk vk P7
k P3
uk τp3
wl vl P8
l ul P4
(a) (b) (c) (d) (e)
X3
e
Px (z) = A 2 z 3 + B 2 z 2 + C 2 z + D 2 (8)
1
Para a direção X2:
v ap (z) = A 3 z 4 + B 3 z 3 + C 3 z 2 + D 3 z + E 3 (9)
e
Px (z) = A 4 z 3 + B 4 z 2 + C 4 z + D 4 (10)
2
E para a direção X3:
w ap (z) = A 5 z 3 + B5 z 2 + C 5 z + D 5 , (11)
τ p (z) = A 6 z 2 + B 6 z + C 6 (12)
e
σb = 1
(13)
Sabendo-se que:
Π = U+Π (14)
Tem-se que:
(15)
Onde:
Ep é o módulo de elasticidade longitudinal da estaca;
Ip é o momento de inércia da estaca;
Ap é a área da seção transversal da estaca.
Minimizando o funcional de energia potencial total, ou seja, derivando-se a Eq.
(15) em função dos parâmetros nodais e igualando-se a zero, obtém-se, matricialmente,
o seguinte sistema de equações:
[ K ]{u } = { F} − [Q]{P }
c p p (16)
Onde:
[ ]
K c é a matriz de rigidez da estaca;
{u } é o vetor de deslocamentos da estaca contendo tanto os provenientes da
p
4 ACOPLAMENTO MEC/MEF
Com base nas deduções anteriores, pode ser feita agora a interação MEC/MEF.
Para que haja compatibilidade entre as matrizes e vetores dos dois métodos é
necessário que seja feita a expansão dos que possuírem menor ordem. Este
procedimento será descrito a seguir.
Da equação geral de deslocamentos do MEC, Eq. (6), tem-se que a equação do
solo é:
{u } = [ G]{P }
s s (17)
[ K ]{u } = { F} − [Q]{P }
c p p (18)
{u } = {u }
s p (20)
e
{P } + {P } = 0
s p (21)
Onde:
[Q][ G ] −1
= [ M] (23)
{u } = {u
s i vi wi u ′i v ′i u j vj wj uk vk wk ul vl wl } (24)
{u } = {u } = {U}
s p (25)
Portanto:
[[ K ] + [M]]{U} = { F}
c (26)
Finalizando:
[ K]{U} = { F} (27)
Sendo que:
[ K] é a matriz final do sistema de interação (MEC/MEF);
{U} é o vetor que engloba todos os deslocamentos considerados no sistema,
inclusive as rotações;
{ F} : o vetor de cargas externas aplicadas no topo da estaca (forças horizontais e
Momentos fletores).
⎡ k 11 k 12 k 13 k 14 k 15 ⎤ ⎧ u i ⎫ ⎡1 0 0 0 0⎤ ⎧ F1 ⎫
⎢k k 22 k 23 k 24 k 25 ⎥ ⎪ u ′i ⎪ ⎢0 1 0 0 0⎥ ⎪M 2 ⎪
⎢ 21 ⎥ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎢ ⎥ ⎪⎪ ⎪⎪
⎢ k 31 k 32 k 33 k 34 k 35 ⎥ ⎨ u j ⎬ = ⎢0 0 1 0 0⎥ ⎨ 0 ⎬ (28)
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ k 41 k 42 k 43 k 44 k 45 ⎥ ⎪u k ⎪ ⎢0 0 0 1 0⎥ ⎪ 0 ⎪
⎪ ⎪ ⎪ ⎪
⎢⎣ k 51 k 52 k 53 k 54 k 55 ⎥⎦ ⎪⎩ u l ⎪⎭ ⎢⎣0 0 0 0 1⎥⎦ ⎩⎪ 0 ⎪⎭
⎡− 1 0 k 13 k 14 k 15 ⎤ ⎧ F1 ⎫ ⎡ − k 11 − k 12 0 0 0⎤ ⎧u i ⎫
⎢ 0 −1 k k 24 k 25 ⎥ ⎪M 2 ⎪ ⎢− k − k 22 0 0 0⎥ ⎪u ′i ⎪
⎢ 23 ⎥ ⎪⎪ ⎪⎪ ⎢ 21 ⎥ ⎪⎪ ⎪⎪
⎢0 0 k 33 k 34 k 35 ⎥ ⎨ u j ⎬ = ⎢− k 31 − k 32 1 0 0⎥ ⎨ 0 ⎬
⎢ ⎥ ⎢ ⎥⎪ ⎪
⎢0 0 k 43 k 44 k 45 ⎥ ⎪ u k ⎪ ⎢− k 41 − k 42 0 1 0⎥ ⎪ 0 ⎪
⎪ ⎪
⎢⎣ 0 0 k 53 k 54 k 55 ⎥⎦ ⎪⎩ u l ⎪⎭ ⎢⎣ − k 51 − k 52 0 0 1⎥⎦ ⎪⎩ 0 ⎪⎭
14444 4244444 3 123 14444244443 {
[ K ′] {U ′} [ I ′] {F′}
(29)
Onde todos os coeficientes do segundo termo da Eq. (29) são conhecidos, visto
que:
[ K ′] e [ I ′] são matrizes que possuem coeficientes de rigidez e coeficientes
oriundos a matriz identidade, respectivamente, sendo todos conhecidos;
{ U ′} é o vetor de forças e deslocamentos incógnitos;
{ F′} é o vetor de forças e deslocamentos prescritos.
Pode-se multiplicar a matriz [ I ′] pelo vetor { F′} chegando-se agora ao seguinte
sistema:
[ K ′]{ U ′} = { W} (30)
Onde:
6 ESTACAS INCLINADAS
x2
p = ( x1p , x 2p )
λ
x1
s = (x , x
s
1
s
2 )
{x p } = {x s } + { M} rf (33)
⎧cos λ ⎫
⎪ ⎪
{ M} = ⎨sen λ ⎬ (34)
⎪ 0 ⎪
⎩ ⎭
{x p } = [ R ] T { x p } (35)
Onde:
{x p } : coordenadas no ponto “p” no sistema global;
{ x } = [ R ] ({ x } + [ M ] r )
p T s
f (37)
{x } = [ R] ([ R]{x } + { M} r )
p
T
s f (38)
e finalizando:
{x } = ({x } + { N} r )
p s
f (39)
Onde:
[ K ] = [ R][ K ][ R]
g
c c
T
(41)
{u } = [ G]{P }
s s (42)
Desta forma o sistema final para estacas inclinadas será:
[[ R][ K ][ R]
c
T
]
+ [ M ] {U} = { F} (43)
7 AVALIAÇÃO NUMÉRICA
Exemplo 1
Kérisel & Adam (1967), realizaram um ensaio numa estaca isolada cravada em
solo argiloso, com comprimento de 4,65 m e diâmetro equivalente de 0,3573 m,
submetida a uma carga horizontal F1 = 60 kN e a um momento M2 = -69 kN.m. O
módulo de elasticidade longitudinal da estaca é igual a 2,0e+7 kN/m², o do solo
(determinado experimentalmente, com base na média dos três primeiros metros) é igual
a 9233 kN/m² e o coeficiente de Poisson do solo é igual a 0,3.
A Fig. 3 apresenta os deslocamentos laterais ao longo da estaca constatando-se
uma concordância entre os valores medidos e os calculados.
0
-2 -0.5 0 2 4 6 8 10 12
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-1
-1.5
-2
-2.5
-3 KÉRISEL & ADAM (1967)
-3.5
FERRO (1993)
-4
ESTE TRABALHO
-4.5
-5
Deslocamento Lateral (mm)
Figura 3 - Deslocamento horizontal na direção X1 ao longo da estaca.
Exemplo 2
Exemplo 3
V = 726,40 kN
X1
X2
X3
6,096 m
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2
-1 FERRO (1993)
VALLABHAN & SIVAKUMAR (1986)
-3
-4
-5
-6
-7
Deslocamento Vertical (mm)
Exemplo 4
0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3
-2
-4
Profundidade da Estaca (m)
-6
FERRO (1993)
-8 ESTE TRABALHO
-10
-12
-14
Deslocamento Vertical (mm)
Exemplo 5
1 2 1
1,5 m
L = 15 m
d = 0,35 m
Ep = 107 kN/m² 3 4 3
1,5 m
Es = 103 kN/m²
νs = 0,2 1 2 1
1,5 m 1,5 m
Podendo-se concluir com este exemplo que as estacas mais distantes do centro
geométrico têm os menores deslocamentos no topo, enquanto que os maiores
deslocamentos ficam por conta das mais próximas, como mostra a Fig. 8:
0
0 5 10 15 20 25 30 35 40
-2
Profundidade da Estaca - Cotas (m)
-4
-6
-8
-16
Deslocamento Lateral (mm)
Figura 8 - Deslocamentos laterais ao longo das estacas e seus respectivos
subgrupos.
Exemplo 6
H H
7 H H
Ep = 2,1.10 kN/m²
νs = 0,5
Es = 21000 kN/m²
s
D = 0,40 m
H = 150 kN H H
V = 200 kN
Lp = 15 m H H
s = 1,0 m
s
Figura 9 - Grupo de estacas submetidas à cargas horizontais e verticais
simultaneamente.
Exemplo 7
1 2 3 0,9144 m
HG
4 5 6
0,9144 m 0,9144 m
Es = 3447,21 kN/m²
7,62 m
Exemplo 8
1 2 3
1,524 m
4 5 6
1,524 m 1,524 m
V = 1334,4 kN
Argila
Média 7,62 m
E como:
K1 = 6,0914 (kN/mm)
K2 = 4,0603 (kN/mm)
e
Vn = Kn.wn (48)
V1 = 1,5002V2
(49)
8 CONCLUSÕES
9 REFERÊNCIAS
CHAKRAVORTY, A. K.; GHOSH, A. (1975). Finite difference solution for circular plates
on elastic foundations. International Journal for Numerical Methods in
Engineering, v. 9.
KÉRISEL, J.; ADAM, M. (1967). Calcul des forces horizontales applicables aux
fondations profondes dans les argiles el limons. Annales I.T.B.T.P., n.239, p.1653.
POULOS, H. G.; DAVIS, E. H. (1980). Pile foundation analysis and design. New
York: John Wiley & Sons.
ZAMAN, M. M.; ISSA, A.; KUKRETI, A. R. (1988). Analysis of circular plate-elastic half-
space interaction using an energy approach. Applied Math. Modeling, v.18, June.
Resumo
Apresenta-se um trabalho experimenta, com o objetivo de estudar o comportamento dos
pavimentos de concreto estruturalmente armados, quando submetidos a forças verticais
estáticas e repetidas. Os resultados mostram uma significativa contribuição da
armadura positiva na resistência de placas isoladas sob forças verticais centradas.
Verificou-se que as forças repetidas provocam fadiga do aço e que o número de ciclos
depende da deformação na armadura. A partir dos resultados, são traçadas diretrizes
para o dimensionamento, no qual devem ser considerados os momentos positivos e os
negativos, e deve ser feita a verificação da fadiga do concreto e da armadura.
1 INTRODUÇÃO
1
Doutora em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, plomaggi@unicenp.edu.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, libanio@sc.usp.br
2.8
Barras retas
2.6
d < 20 mm
d = 20 mm
2.4 d = 22 mm
d = 25 mm
2.2 d = 32 mm
fsd,fad
d = 40 mm
2.0 Barras curvas
d < 22 mm
log
1.8 d = 22 mm
d = 25 mm
1.6 d = 32 mm
d = 40 mm
1.4 Amb. marinho
Barras soldadas
1.2
4 5 6 7 8
log N
a) Na compressão
1 (2)
ηc =
⎛ σ c1 ⎞
1,5 − 0,5 ⋅ ⎜ ⎟
⎜ σ c2 ⎟
⎝ ⎠
b) Na tração,
( 23
fctk,inf = 0,7 ⋅ 0,3 ⋅ fck ) (5)
γ f ⋅ Δσ Ss ≤ Δfsd,fad (6)
φ (mm) 10 12,5 16 20 22 25 32 40
Barras retas 190 190 190 185 180 175 165 150
ou dobradas
com r ≥ 25φ
Δfsd,fad , para 2.107 ciclos, para armadura passiva, aço CA-50 (MPa)
Ambiente 65 65 65 65 65 65 65 65
marinho
Barras 85 85 85 85 85 85 85 85
soldadas
3 PROGRAMA EXPERIMENTAL
Altura (cm) 8 8
φ (mm) - 4,2
Pórtico de reação
Atuador
Placa de concreto
8
Camada de areia
50
EPS
Laje de reação
Placa metálica
20
C E
20 5 200
F
10
Transdutor de deslocamento
B A
200
3.3 Resultados
2,5 MPa. Dividindo esse valor pela altura do corpo-de-prova, obtém-se um módulo de
reação de 5 MPa/m.
0.12
0.10
Tensão (MPa)
0.08
0.06
CP1
0.04 CP2
CP3
CP4
0.02 CP5
0.00
0 10000 20000 30000 40000
Deformação (με)
PCS1
120
100
80
Força (kN)
60
D 40
C E
F 20
B A
0
-30 -20 -10 0 10 20 30 40
Deslocamento (mm)
PCA2
120
100
80
Força (kN)
60
D 40
C E
F 20
B A
0
-30 -20 -10 0 10 20 30 40
Deslocamento (mm)
Figura 6 - Força - deslocamento na placa de concreto armado PCA2 - ensaio estático com
deformação controlada.
PCA3
120
100
80
Força (kN)
60
D
40
C E
F 20
B A
0
-30 -20 -10 0 10 20 30 40
Deslocamento (mm)
Figura 7 - Força - deslocamento na placa de concreto armado PCA3 - ensaio estático com
deformação controlada.
PCA2
120
100
80
Força (kN)
60
40
D
20 A C
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Deformação (με)
PCA3
120
100
80
Força (kN)
60
40
20 A C
B
0
0 2000 4000 6000 8000 10000 12000
Deformação (με)
No modelo PCA3 o aparecimento das fissuras nas laterais ocorreu nas forças
marcadas na figura 16.
Quando a força atingiu 108 kN, apareceu na superfície a fissura
circunferencial, a 40 cm da face da força – figura 17.
A placa deixou de absorver acréscimo de força quando a placa se dividiu em
duas devido à fissura de flexão – figura 18.
A configuração das fissuras na face inferior da placa encontra-se na figura 19.
Figura 18 - Ruína do modelo PCA3 – face Figura 19 - Configuração das fissuras na face
superior. inferior, modelo PCA3.
100
80
Força (kN)
60
40
20
0
10 1000 2970 10070 27970
Número acumulado de ciclos
A primeira barra de aço rompeu aos 20070 ciclos, mas até que ocorresse a
ruína do modelo, com o aparecimento de uma fissura radial na superfície, mostrada
na figura 21, ainda decorreram mais 7900 ciclos.
100
80
Força (kN)
60
40
20
B A
0
-10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
Figura 22 - Diagrama força - deslocamentos nos cantos da placa PCA4.
100
D
C
80
Força (kN)
60
40
20
0
-10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
Figura 23 - Diagrama força - deslocamentos nas bordas da placa PCA4.
100
E
80 F
Força (kN)
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento (mm)
Figura 24 - Diagrama força - deslocamentos próximos ao centro da placa PCA4.
100
80
Força (kN) 60
40
20
0
10 100 500 10000 20000 34000 56175
Número acumulado de ciclos
100
80
B A
Força (kN)
60
40
20
0
-10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
Figura 26 - Diagrama força - deslocamentos nos cantos da placa PCA5.
100
D
C
80
Força (kN)
60
40
20
0
-10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
Figura 27 - Diagrama força - deslocamentos nas bordas da placa PCA5.
100
80
E
F
Força (kN)
60
40
20
0
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento (mm)
Figura 28 - Diagrama força - deslocamentos próximos ao centro da placa PCA5.
100
80
Força (kN)
60
40
20
0
23 200 500 2500 20662 21500
Número acumulado de ciclos
B A
100
D
80 C
Força (kN)
60
40
20
0
-10 -5 0 5 10 15 20
Deslocamento (mm)
Figura 33 - Diagrama força – deslocamentos nas bordas da placa PCA6.
100
80
Força (kN)
60
40
20 E
F
0
0 5 10 15 20 25 30
Deslocamento (mm)
Figura 34 - Diagrama força – deslocamentos próximos ao centro da placa PCA6.
4 CONCLUSÕES
modelo estudado se dividiu em quatro partes, por fissuras que se estendiam do centro
às laterais da placa, caracterizando a ruína por flexão nas duas direções.
A configuração das fissuras nas placas de concreto armado, ensaiadas sob
carregamento estático, mostra que ocorreu a ruína por flexão. As primeiras fissuras,
observadas nas laterais das placas, são radiais. Essas fissuras se desenvolvem na
face inferior. Numa força próxima à força última, aparece uma fissura circunferencial a
uma distância de aproximadamente 40 cm do centro da placa. Nesse estágio a placa
ainda absorve pequenos incrementos de força, seguido da ruína por afundamento do
volume de concreto sob a área de aplicação da força.
Quando uma força é aplicada repetidas vezes sobre uma placa de concreto
armado, as deformações vão aumentando até um instante em que se observa a ruína,
sem que a força máxima, para um carregamento estático, tenha sido atingida. Nos
ensaios dinâmicos em placas de concreto armado, observou-se a fadiga do aço. O
número de ciclos depende da deformação aplicada na armadura. Portanto, métodos
de dimensionamento que desconsiderem a fadiga da armadura estão contra a
segurança. Verificou-se que a ruptura do primeiro fio não representa a ruína da peça,
pois ocorre redistribuição das tensões e há um incremento no número de ciclos, até
que novos fios se rompam.
5 AGRADECIMENTOS
6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Resumo
Apesar da versatilidade da madeira, seu emprego fica, às vezes, dificultado por não
serem totalmente conhecidas as suas propriedades e seu desempenho em diferentes
condições de serviço. Neste trabalho, procura-se contribuir para um melhor
aproveitamento das espécies tropicais alternativas, em especial no emprego para
produção de elementos estruturais de madeira laminada colada, uma vez que o Brasil
possui grande potencial dessas espécies, mas ainda sub-utilizadas. Neste contexto,
realiza-se a determinação das propriedades físicas, de resistência e de rigidez de
algumas espécies e determinam-se também as rigidezes de elementos estruturais
obtidos da espécie cujos corpos-de-prova apresentam os melhores resultados. Ensaiam-
se vigas montadas com dois tipos de adesivos, duas intensidades de pressão e duas
distribuições de lâminas. Adota-se a metodologia experimental recomendada no
ANEXO B da NBR 7190:1997 - Projeto de Estruturas de Madeira, da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Analisam-se os resultados obtidos a partir de
conceitos estatísticos. A espécie Cedrinho (Erisma sp) apresenta as melhores respostas,
das quais pode-se concluir que os adesivos Cascophen e à base de mamona não
influenciaram as propriedades de rigidez das vigas, o mesmo acontecendo para as duas
intensidades de pressão, 0,8 MPa e 1,2 MPa. As propriedades de rigidez das vigas de
MLC podem ser influenciadas pela distribuição das lâminas ao longo da altura da
seção transversal.
1 INTRODUÇÃO
Isto deve ocorrer com todas as espécies, inclusive as alternativas, cujo potencial seja
mais promissor, consideradas as múltiplas possibilidades de uso. Entre estes usos,
vem ganhando cada vez mais espaço no mercado internacional, com reflexos
imediatos na construção civil brasileira, o emprego de elementos estruturais de
madeira laminada colada (MLC), solução compatível para uma vasta gama de
problemas estruturais.
Paralelamente, vem sendo observada a conscientização da necessidade de
um melhor aproveitamento dos recursos naturais provenientes das Florestas
Tropicais, em particular no que concerne à Floresta Amazônica, com a disseminação
dos conceitos de manejo sustentado e comercialização de material certificado. Cada
vez menos se compactua com a exploração seletiva e predatória, que conduziu à
exaustão diversas espécies, de uso consagrado.
Informações publicadas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE
(1998) mostram um significativo decréscimo na taxa de desmatamento na Floresta
Amazônica. No período compreendido entre 1978 e 1987, 21.130 km2 foram
consumidos por ano. Nos dez anos seguintes, este número caiu para 16.777 km2, e
as perspectivas são de que se reduza ainda mais esta taxa nos próximos anos. Assim
sendo, passa a crescer a disponibilidade de espécies de menor densidade,
evidenciando a urgência para o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa, seja de
cunho teórico, seja de abordagem teórico-experimental, que permitam o adequado
conhecimento de sua aplicabilidade às mais diversificadas situações práticas,
incluindo-se entre elas a MLC.
1.1 Objetivo
O trabalho aqui proposto tem como objetivo gerar subsídios que contribuam
para o emprego de espécies tropicais, com densidade até 0,75 g/cm³, a 12% de
umidade, valor de referência da NBR 7190:1997, na produção de peças estruturais de
MLC.
1.2 Metodologia
Esta pesquisa foi dividida em duas fases. Na primeira, são realizados ensaios
em corpos-de-prova colados obtidos de quatro espécies de madeira: são
determinadas a resistência à tração das emendas dentadas, a resistência da lâmina
de cola à tração normal e a resistência ao cisalhamento da lâmina de cola. Para efeito
de comparação, são realizados também ensaios para a determinação da resistência à
tração paralela às fibras, resistência à tração normal às fibras e resistência ao
cisalhamento em corpos-de-prova de madeira maciça. Na segunda fase, determinam-
se por meio de ensaios de flexão estática, de vibração transversal e de ultra-som, as
rigidezes de elementos estruturais obtidos da espécie cujos corpos-de-prova
apresentam os melhores resultados. São ensaiadas vigas montadas com dois tipos de
adesivos, duas intensidades de pressão e duas distribuições de lâminas. Os
experimentos são conduzidos de acordo com a metodologia recomendada no ANEXO
B da NBR 7190:1997 - Projeto de Estruturas de Madeira, da Associação Brasileira de
Normas Técnicas (ABNT), e os resultados obtidos são analisados a partir de
conceitos estatísticos (análises de variância das médias, correlações e análise
fatorial).
Lâminas
Adesivo
3 ENSAIOS PRELIMINARES
3.1 Materiais
3.2 Métodos
3.2.1 Ensaios
Nesta etapa do trabalho foram realizados ensaios de resistência à tração
paralela às fibras, resistência à tração normal às fibras e resistência ao cisalhamento
em corpos-de-prova de madeira maciça. Esses foram adotados como controle para a
comparação com os corpos-de-prova colados, nos quais foram realizados ensaios
para a determinação da resistência das emendas dentadas, resistência da lâmina de
cola à tração normal e resistência ao cisalhamento na lâmina de cola.
3.4 Resultados
a. Envira Branca
A tabela seguinte apresenta os valores obtidos na análise de variância da
espécie Envira Branca.
b. Cambará
A tabela 6 apresenta os resultados obtidos na análise de variância do
Cambará.
c. Castanheira
A seguir são apresentados na tabela 7 os números obtidos na análise de
variância da espécie Castanheira.
d. Cedrinho
A tabela 8 mostra os resultados obtidos na análise de variância da espécie
Cedrinho.
4 ENSAIOS PRINCIPAIS
4.1 Materiais
4.1.1 Espécie
A partir dos ensaios preliminares foi escolhida a espécie Cedrinho para o
desenvolvimento dessa fase da pesquisa. Além de apresentar densidade de 0,62
g/cm3, situada numa faixa indicada para a produção de elementos estruturais de MLC,
apresentou compatibilidade para os dois tipos de adesivos utilizados nos ensaios
prescritos pela NBR 7190:1997 – Projeto de Estruturas de Madeira, em seu Anexo B,
confirmada pelo seu desempenho às solicitações mecânicas apresentado no capítulo
anterior.
4.1.2 Adesivos
Os adesivos utilizados na colagem dos elementos estruturais foram dois. O
primeiro, à base de resorcinol, é conhecido pelo nome comercial de Cascophen, muito
utilizado na produção de elementos estruturais de MLC pela indústria brasileira. É
misturado com o preparado endurecedor em pó FM. O segundo é uma resina
poliuretana à base de mamona, desenvolvido e produzido por pesquisadores do
Instituto de Química de São Carlos, da Universidade de São Paulo (IQSC – USP).
Derivado do óleo da mamona, esse adesivo é do tipo bicomponente e de cura a frio,
composto do prepolímero A249 e do poliol B16030. Uma vez misturados, o tempo de
4.1.3 Equipamentos
Para a obtenção das lâminas componentes das vigas, foi utilizada a serra
circular da oficina do LaMEM. Suas dimensões nominais foram medidas com o auxílio
de uma trena de 5 metros. Para os ensaios de flexão estática das lâminas, foram
utilizados massas padronizados de 1 kg e relógio comparador com sensibilidade de
0,01 mm. Para a mistura dos adesivos, foram empregados recipientes com
capacidades de aproximadamente 1 litro, balança digital para mensurar as partes a
serem misturadas e pincel para distribuição nas lâminas. Um dispositivo para
prensagem constituído de guias com roscas foi montado para fornecer a pressão às
vigas. A pressão foi feita por porcas, giradas com torquímetro, este calibrado numa
célula de carga. Para o ensaio de flexão estática de quatro pontos, usou-se um
dispositivo montado com pistão acionado hidraulicamente, com anel dinamométrico
de capacidade 20 kN. Nos métodos não-destrutivos foi utilizado o aparelho Sylvatest,
ensaios de ultra-som, e o Metriguard 340-E, ensaios de vibração transversal, tanto
para as vigas como também para as lâminas.
4.2 Métodos
F l3
a= (1)
48 E I
Onde:
a = deslocamento medido em l/2;
F = força aplicada;
4.2.1.3 Ultra-som
Onde:
CLL = constante dinâmica, em MPa;
ρ = densidade aparente, em kg/m3;
v = velocidade de propagação da onda, em m/s.
∑E i
E médio = i =1
(3)
n
∑E i . Ii
Ep = i =1
n
(4)
∑I i =1
i
outras oito coladas com adesivo à base de mamona, com as mesmas intensidades de
pressão. O tempo de aplicação de pressão foi de 10 horas para ambos os adesivos. O
tempo de cura das peças coladas foi de, no mínimo, dez horas para o Cascophen e
de noventa e seis horas (4 dias) para o adesivo de mamona. Após a cura as vigas
foram aparelhadas e então estavam prontas para serem ensaiadas.
Para o ensaio de flexão estática das vigas foram utilizados dois apoios que
permitem rotação, um relógio comparador e, neste caso, um dispositivo montado para
aplicação de forças nos terços do vão do elemento estrutural. O carregamento foi feito
por um pistão hidráulico, e a força medida por um anel dinamométrico com
capacidade de 20 kN, com constante K=1,828 daN/divisão.
Foram aplicados três ciclos de carregamento, com registro de medidas no
último ciclo. Foram feitas seis leituras, correspondentes a 10%, 20%, 30%, 40%, 50%
e 100% de uma força que promoveria um deslocamento de aproximadamente l/200, e
o módulo de elasticidade foi calculado a partir da média aritmética das leituras.
O deslocamento na metade do vão (l/2) é dado pela expressão:
F l3 ⎛ l1 l ⎞
3
a= ⎜ 3 − 4 13 ⎟ (5)
24 E I ⎜ l l ⎟⎠
⎝
Onde:
a = deslocamento no ponto médio da viga;
F = força aplicada num dos terços da viga;
l = distância entre os apoios da viga;
E = módulo de elasticidade da viga;
I = momento de inércia;
l1 = distância entre o apoio e o ponto de aplicação da força.
4.2.1.6 Ultra-som
Tabela 10 - Módulos de elasticidade das lâminas, obtidos por meio de vibração transversal.
L Evt L Evt L Evt L Evt
33 132700 55 92000 77 93000 99 82000
34 94300 56 72900 78 85000 100 70900
35 94200 57 90300 79 90600 101 85000
36 106300 58 98700 80 72400 102 102000
37 99900 59 123400 81 103300 103 74700
38 96900 60 131400 82 105800 104 75800
39 96500 61 92400 83 88800 105 90900
40 89500 62 86200 84 108000 106 95500
41 93900 63 80200 85 84800 107 73600
42 95300 64 91500 86 75000 108 73700
43 78200 65 84700 87 73100 109 82000
44 80000 66 86400 88 141200 110 132600
45 95400 67 98100 89 82600 111 73900
46 83200 68 77600 90 76700 112 85000
47 105900 69 89000 91 94500 113 83700
48 77600 70 87700 92 103700
49 81900 71 82900 93 101700
50 83600 72 87700 94 90000
51 103300 73 134400 95 81700
52 95300 74 117700 96 88400 M 92286
53 86000 75 106400 97 99700 DP 15248
54 84600 76 86500 98 101300 CV 0,17
5.1.3 Ultra-som
A tabela 11 apresenta o números de identificação (L) das lâminas e suas
respectivas constantes dinâmicas CLL (em daN/cm2), calculadas através da expressão
(2). Apresenta também a média (M) dos valores, o desvio padrão (DP) e o coeficiente
de variação (CV).
140000
118830
120000
Tensão (daN/cm ) 99432
2
100000 92286
80000
60000
40000
20000
0
Médias de 81 corpos-de-prova
y = 0,8345x + 9285,1
200000
R2 = 0,9226
transversal
(daN/cm2)
Vibração
150000
100000
50000
0
0 50000 100000 150000 200000
50000
0
0 50000 100000 150000 200000
Para esta correlação, o valor encontrado para R2 foi de 0,8604, indicando uma
boa correlação para os valores obtidos nos ensaios de flexão estática das lâminas e
de ultra-som.
200000
Vibração transversal
y = 0,8601x - 9516,8
150000 R2 = 0,9379
(daN/cm2)
100000
50000
0
0 50000 100000 150000 200000
2
Ultra-som (daN/cm )
Neste caso obteve-se o maior valor para o parâmetro R2, ou seja, 0,9379. Tal
resultado, muito próximo de 1, indica uma forte correlação entre os valores obtidos
nos ensaios de ultra-som e de vibração transversal.
A partir dos valores dos módulos de elasticidade das lâminas (tabela 09),
procedeu-se à distribuição dessas para a construção das vigas. Como já citado
anteriormente, as peças estruturais foram moldadas com dois tipos de distribuição de
lâminas, dois tipos de adesivos e duas intensidades de pressão de colagem. Foi
adotada uma simbologia para a identificação das vigas:
NA – montadas com distribuição não-aleatória de lâminas;
5.2.1.3 Ultra-som
Tabela 13 - Valores de E obtidos nos ensaios de flexão estática e vibração transversal e de CLL
obtidos nos ensaios de ultra-som.
Flexão estática Vibração transversal Ultra-som
NA 1 C 0,8 115435 109300 112950
NA 2 C 0,8 119658 108500 116583
NA 1 C 1,2 116615 110900 119731
NA 2 C 1,2 100174 104300 107552
NA 1 M 0,8 108349 100200 105815
NA 2 M 0,8 112474 98300 111753
NA 1 M 1,2 123071 114300 123333
NA 2 M 1,2 108364 98900 110902
A 1 C 0,8 106119 108700 126856
A 2 C 0,8 117518 117600 130978
A 1 C 1,2 113120 115800 113506
A 2 C 1,2 98689 99900 107986
A 1 M 0,8 102557 107900 117472
A 2 M 0,8 105055 102100 132385
A 1 M 1,2 87134 92300 110104
A 2 M 1,2 97574 105400 106346
Tabela 14 - Resultados obtidos nos ensaios de flexão estática, matriz planejamento, valores
estimados, resíduos e escores normais.
Resposta Distribuição Adesivo Pressão Estimados Resíduos E. normais
115435 -1 -1 -1 117547 -2111,36 -0,39573
119658 -1 -1 -1 117547 2111,36 0,39573
106119 1 -1 -1 111819 -5699,39 -0,76184
117518 1 -1 -1 111819 5699,39 0,76184
108349 -1 1 -1 110411 -2062,69 -0,23349
112474 -1 1 -1 110411 2062,69 0,23349
102557 1 1 -1 103806 -1248,86 -0,0772
105055 1 1 -1 103806 1248,86 0,0772
116615 -1 -1 1 108395 8220,12 1,76883
100174 -1 -1 1 108395 -8220,12 -1,76883
113120 1 -1 1 105905 7215,17 0,98815
98689 1 -1 1 105905 -7215,17 -0,98815
123071 -1 1 1 115718 7353,84 1,28155
108364 -1 1 1 115718 -7353,84 -1,28155
87134 1 1 1 92354 -5220,08 -0,56918
97574 1 1 1 92354 5220,08 0,56918
Aqui são feitas as correlações dos valores dos módulos obtidos nos ensaios
destrutivos e não-destrutivos e as análises de variância das médias obtidas nos
ensaios e calculadas. A tabela 13 mostra os resultados determinados a partir dos três
tipos de ensaios realizados. São apresentados, na seqüência, os resultados das
correlações dos números dos ensaios de flexão estática versus vibração transversal,
flexão estática versus ultra-som e vibração transversal versus ultra-som.
120000
115000
transversal
(daN/cm2)
Vibração
110000
105000
100000
95000
90000
y = 0,5146x + 50196
85000 R2 = 0,4889
80000
80000 90000 100000 110000 120000 130000
Ultra-som (daN/cm 2)
140000
130000
120000
110000
100000 y = 0,3819x + 74556
90000 R2 = 0,1794
80000
80000 90000 100000 110000 120000 130000
2
Flexão estática (daN/cm )
R2 = 0,2653
110000
(daN/cm2)
100000
90000
80000
80000 90000 100000 110000 120000 130000 140000
2
Ultra-som (daN/cm )
6 CONCLUSÕES
7 AGRADECIMENTOS
8 REFERÊNCIAS
CHUGG, W. A. (1964). Glulam: The theory and pratice of the manufacture of glued-
laminated timber structures. London: Ernest Benn. 423 p.
NATTERER, J. (1991). Quality criteria for timber design. In: INTERNATIONAL TIMBER
ENGINEERING CONFERENCE, London. Proceedings... v.2, p.19-26.
SANTOS, E. (1987). Nossas Madeiras. Belo Horizonte: Editora Itatiaia Ltda. 313 p.
(Coleção Vis Mea in Labore).
Resumo
Palavras chaves: ligações parafusadas; chapas finas de aço; perfis formados a frio;
ruptura da seção líquida.
1 INTRODUÇÃO
1
Doutor em Engenharia de Estruturas - EESC-USP, maiola@uel.br
2
Professor do Departamento de Engenharia de Estruturas da EESC-USP, mamalite@sc.usp.br
2 OBJETIVO
Logo no início dos estudos das ligações em chapas finas, WINTER (1956)
propôs, com base em resultados de ensaios, uma expressão para a tensão
nominal associada à área líquida (σn), consistindo na resistência à ruptura do
material modificada por um coeficiente de redução em função da relação
d/g (sendo d o diâmetro do parafuso e g o espaçamento entre furos na
direção perpendicular a solicitação), como representado a seguir:
⎛ d⎞
σ n = ⎜⎜ 0 ,10 + 3,0 ⎟⎟ f u (1)
⎝ g ⎠
A expressão original de Winter foi adotada pelo AISI em suas primeiras
edições, sendo aplicável exclusivamente às ligações que utilizassem duas
arruelas (junto à cabeça do parafuso e à porca). Estudos posteriores a 1975,
realizados por CHONG & MATLOCK (1975) e GILCHRIST & CHONG (1979),
apresentaram uma nova expressão para tensão associada à área líquida
aplicável às ligações parafusadas quando da utilização de somente uma
arruela junto ao parafuso ou nenhuma (eq. 2).
⎛ d⎞
σ n = ⎜⎜ 0,6 − 0,66r + 2,92 ⎟⎟ f u (2)
⎝ g ⎠
Em 1982, novos estudos enfocando os efeitos da relação entre o
diâmetro do parafuso e o espaçamento entre furos (d/g) na resistência à
tração de ligações parafusadas em chapas, demonstraram que a
concentração de tensões é menos acentuada quando mais de uma seção
de parafusos é utilizada YU (2000). Baseado em resultados desses ensaios,
foram adotadas pelo AISI:1980 novas expressões para o cálculo da tensão
associada à área líquida, como apresentado a seguir:
⎡ d⎤
σ n = ⎢1 − 0,9r + 3r ⎥ f u (3)
⎣ g ⎦
- quando não são previstas a utilização de arruelas ou só uma arruela
é prevista;
⎡ d⎤
σ n = ⎢1 − r + 2,5r ⎥ f u (4)
⎣ g ⎦
Onde:
-d é o diâmetro do parafuso;
⇒ Ligações que não utilizam arruelas, ou utilização somente uma arruela junto
a cabeça do parafuso ou a porca.
Procedimento do EUROCODE
conforme figura 1.
Procedimento da NBR
Nos casos em que o espaçamento entre furos g for inferior à soma das
distâncias entre os centros dos furos de extremidade às respectivas bordas, na
direção perpendicular à solicitação (e1 + e2), Ct deve ser calculado
substituindo g por (e1 + e2 ). Procedimento contrário ao sugerido pelo
EUROCODE 3 part 1.3:1996.
1 2
e1
e2
1 2
s s
x = excentricidade da ligação;
L = comprimento da ligação.
Procedimento do AISI
Procedimento da NBR
e1
e1
g g g
e2 e2
4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
- espessura do material,
b) Placa de fixação.
b) Dispositivo de fixação
para cantoneiras.
a) Posicionamento do transdutor
de deslocamento.
b) Dispositivo
de fixação
para perfis U.
5 RESULTADOS
Numa visão geral, observa-se nestes gráficos que na maioria dos casos
os valores experimentais de Ct resultaram superiores aos valores teóricos
obtidos segundo a NBR 14762:2001. Exceto para as ligações do tipo 3 (d/g =
0,5), principalmente quando estas não utilizavam arruelas, ficando os valores
experimentais até15% abaixo do valor teórico (fig. 10 para as chapas de
2,0mm). Entretanto é importante lembrar que nesse caso o gabarito de
furação não respeitou as recomendações de norma, portanto estas
configurações não são recomendadas para utilização na prática, o que foi
confirmado nos ensaios. E também, que os valores experimentais de Ct se
aproximaram dos teórico a medida em que se aumentaram o número de
seções de parafusos perpendicular à solicitação tendendo a um valor unitário.
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
NBR14762:2001
0,4
AISI:1996 (c/ arruela)
Ensaio (s/ arruela)
0,2
Ensaio (c/ arruela)
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
Observa-se que para as ligações tipo 5 (com d/g igual à 0,167), o valor
experimental de Ct foi de 0,97 e 0,95 para as chapas de 2,00mm e 4,75mm,
respectivamente, utilizando arruelas, enquanto que para as ligações tipo 9 e
10 (com d/g igual à 0,111), os valores experimentais de Ct ficaram em média
iguais à 0,68 e 0,70, para as chapas de 2,00mm e 4,75mm, respectivamente.
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
0,6
NBR14762:2001
AISI:1996 (c/ arruela)
0,4
Ensaio (s/ arruela)
Ensaio (c/ arruela)
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
Figura 10 - Resultados experimentais globais para os ensaios da Série B.
1,0
0,8
NBR14762:2001
Ct=Fu/Anfu 0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
0,4 proposto
Ensaio (s/ arruela)
Ensaio (c/ arruela)
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
Figura 11 - Resultados experimentais globais para os ensaios da Série C.
1,0
0,8
Ct=Fu/Anfu
NBR14762:2001
0,6
AISI:1996 (c/ arruela)
proposto
0,4
Ensaio (s/ arruela)
Ensaio (c/ arruela)
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
d/g
Figura 12 - Resultados experimentais globais para os ensaios da Série D.
¾ cantoneiras
NBR e AISI
proposto
1,0 TIPO 1 TIPO 2
LI1 LD1
0,8 LI3 LD3
LD1
0,6 LD3
Ct
0,4
0,2
0,0
0,0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 0,8 0,9 1,0
x/L
Figura 14 - Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas em
cantoneiras com duas ou mais seções com parafusos.
¾ perfis U
Para os perfis U, quando as ligações foram feitas pelas mesas (tipo 2), e
a variável x foi avaliada como sendo a metade da altura do perfil,
procedimento demonstrado na figura 4. Os valores experimentais de Ct
demonstraram uma boa concordância com os teóricos, conforme pode ser
visto na figura 15.
Quando esta ligação era feita pela alma, a falha predominante foi o
esmagamento da parede dos furos. Entretanto, para as ligações
representadas na figura 15 pela sigla U1 nas ligações tipo 1b e 1c,
respectivamente, apresentando duas seções de parafusos dispostos na alma
em duas linhas, para os perfis U100x60x1,55mm e U100x75x1,55mm,
respectivamente, o modo de falha foi a ruptura da seção líquida. Analisando
os resultados experimentais de Ct para estes corpos-de-prova, observa-se que
estes ficaram em média 50% abaixo dos valores teóricos, portanto pode-se
concluir que a atual curva da norma não é adequada para avaliar o Ct nesses
casos.
NBR e AISI
tipo 1b tipo 2
1,0
U1 U1
U3
tipo 1c
0,8
U1
0,6
Ct
0,4
perfis ligados
0,2 pela alma
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
x/L
Figura 15 - Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas em perfis U
com duas ou mais seções com parafusos – procedimento 01.
Outra solução seria avaliar a variável x ,no caso das ligações se darem
pelas mesas do perfil, do modo sugerido pelo AISC:1993, ou seja, dividir o perfil
ao meio, considerando duas cantoneiras e, conseqüentemente, tomando a
excentricidade da ligação em relação a uma destas cantoneiras (ver fig. 3).
Assim, conforme demonstrado no gráfico da figura 16, os perfis U com ligações
do tipo 2 (pelas mesas) cujo valor de x foi avaliado deste modo, e as ligações
tipo 1b e 1c (ligações pela alma), apresentaram valores experimentais do
coeficiente Ct próximos à curva teórica para cantoneiras dada pela
NBR14762:2001, a qual está indicada neste gráfico, ou seja:
- para perfis U com duas ou mais seções de parafusos na direção
perpendicular a solicitação:
C t = 1,0 −1,20 ⋅ x / L < 0 ,9 (porém não menor que 0,4) (22)
1,0 proposto
tipo 1b tipo 2
0,8 U1 U1 x
U3
0,6 tipo 1c
U1
Ct
0,4
x
0,2
0,0
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6
x/L
Figura 16 - Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas em perfis U
com duas ou mais seções com parafusos – procedimento 02.
1,2 espessuras
1,55mm
1,1 3,75mm
4,75mm
1,0
0,9
Ct
0,8
perfis:
0,7 LI = cantoneira de abas iguais
LD = cantoneira de abas desiguais
0,6 U = perfis U
0,5
LI LI LI LD LD LD U U U
Perfis
Figura 17 - Resultados experimentais de Ct para as ligações parafusadas com todos os
elementos conectados.
média 0,935
6 CONCLUSÕES
Esse modo de falha não ocorreu de maneira isolada, sendo que, nos
casos onde houve a ruptura da seção líquida pôde-se observar um avançado
esmagamento na parede dos furos, tanto maior quanto menor a quantidade
de seções com parafusos (maior concentração de tensões). Exceção é feita
para as ligações do tipo 3, nas quais observou-se a falha prematura da
ligação por ruptura da seção líquida, nestas o gabarito de furação não
respeitava as recomendações mínimas de norma, confirmando deste modo
que tais configurações não devem ser empregadas na prática.
NBR14762:2001 proposto
NBR14762:2001 proposto
(porém não menor que 0,4) (porém não menor que 0,5)
7 REFERÊNCIAS
AMERICAN IRON AND STEEL INSTITUTE (1996). LRFD - Load and resistance factor
design specification for cold-formed steel structural members. Washington, DC.
AMERICAN IRON AND STEEL INSTITUTE (2001). LRFD - Load and resistance factor
design specification for cold-formed steel structural members. Washington, DC.
CHUNG, K. F.; IP, K. H. (2000). A general design rule for bearing failure of bolted
connections between cold-formed steel strips. In: INTERNATIONAL SPECIALTY
CONFERENCE ON COLD-FORMED STEEL STRUCTURES, 15., St. Louis, Missouri,
U.S.A., Octuber 19-20, 2000. Proceedings. Rolls, University of Missouri
YU, W.W. (1982). AISI design criteria for bolted connections. In: INTERNATIONAL
SPECIALTY CONFERENCE ON COLD-FORMED STEEL STRUCTURES, 6., St. Louis,
Missouri, U.S.A., Oct. 15-16, 1998. Proceedings. Rolls, University of Missouri.
YU, W.W. (2000). Cold-formed steel design. New York, John Wiley & Sons.