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CANÇÃO DO EXPEDICIONÁRIO
Letra: Guilherme de Almeida
Música: Spartaco Rossi

I III
Você sabe de onde eu venho? Você sabe de onde eu venho?
Venho do morro, do Engenho, E de uma Pátria que eu tenho
Das selvas, dos cafezais, No bôjo do meu violão;
Da boa terra do coco, Que de viver em meu peito
Da choupana onde um é pouco, Foi até tomando jeito
Dois é bom, três é demais, De um enorme coração.
Venho das praias sedosas, Deixei lá atrás meu terreiro,
Das montanhas alterosas, Meu limão, meu limoeiro,
Dos pampas, do seringal, Meu pé de jacarandá,
Das margens crespas dos rios, Minha casa pequenina
Dos verdes mares bravios Lá no alto da colina,
Da minha terra natal. Onde canta o sabiá.

Estribilho: [Estribilho]
Por mais terras que eu percorra,
Não permita Deus que eu morra IV
Sem que volte para lá; Venho do além desse monte
Sem que leve por divisa Que ainda azula o horizonte,
Esse "V" que simboliza Onde o nosso amor nasceu;
A vitória que virá: Do rancho que tinha ao lado
Nossa vitória final, Um coqueiro que, coitado,
Que é a mira do meu fuzil, De saudade já morreu.
A ração do meu bornal, Venho do verde mais belo,
A água do meu cantil, Do mais dourado amarelo,
As asas do meu ideal, Do azul mais cheio de luz,
A glória do meu Brasil. Cheio de estrelas prateadas
Que se ajoelham deslumbradas,
II Fazendo o sinal da Cruz!
Eu venho da minha terra,
Da casa branca da serra [Estribilho]
E do luar do meu sertão;
Venho da minha Maria
Cujo nome principia
Na palma da minha mão,
Braços mornos de Moema,
Lábios de mel de Iracema
Estendidos para mim.
Ó minha terra querida
Da Senhora Aparecida
E do Senhor do Bonfim!

[Estribilho]

Hinos e Canções Militares

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