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O estudo feito por Manoel Tubino e Ualber Soares, tem o objetivo de apontar das

diferenças entre o paraquedismo militar e civil, trazendo suas características,


formações e diferenças. Para isso eles utilizaram o método de questionários,
selecionando 40 pessoas para a pesquisa, sendo 20 paraquedistas militares e 20
paraquedistas civis, todos sitiados na cidade do Rio de Janeiro e todos do sexo
masculino. muito importante ressaltar, que foram usados questionários específicos
para cada grupo. O paraquedas teve grande importância na história sendo
originalmente criado para salvar vidas de pilotos , depois tendo um papel importante
na segunda guerra mundial com a criação do paraquedismo militar , sobre o
paraquedismo militar vale ressaltar que sobre ele foi criada uma mística e uma
tradição desde sua origem , Correa (2003) afirma “que sempre há, mesmo que em
fragmentos e em pedaços, um passado e uma tradição” , Já o paraquedismo civil vem
crescendo de importância desde o final do século XX, quando começaram a surgir os
esportes ligados à natureza. Então o paraquedismo começou a ser encarado como
esporte, até hoje as respostas para a diferença entre as duas vertentes ainda são
debatidas, e esse estudo vem para buscar essas respostas.
Para começar, buscamos conceituar os três termos: esportes de aventura,
Paraquedismo militar e paraquedismo civil. O conceito de esporte de aventura e bem
debatido e nunca tem o concesso entre os autores, porém, sabemos que esporte de
aventura e classificado como esporte radical, Tubinno define os esportes de aventura
como: “modalidades esportivas que se caracterizam pelo controle dos grandes
desafios relacionados a perigos, que são impostos aos praticantes, principalmente
devido às incertezas que envolvem o desenvolvimento das mesmas”. Já Costa (2000)
cita os esportes de aventura como uma tendência percebida em grupos de diferentes
partes do planeta para fazer coisas fora do comum. o paraquedista militar é um
combatente da tropa de elite do exército, sendo preparado para ser lançado atrás das
linhas inimigas, sendo escalados para missões de suma importância do alto escalão do
ministério da defesa. A tropa paraquedista e formada por oficiais e soldados com idade
mínima de 18 anos , onde são feitos rigorosas baterias de exames e de aptidão física
para ser recrutado para o corpo de paraquedistas. Na Brigada Paraquedista (local onde
servem os paraquedistas), executam-se o salto semiautomático (enganchado) e o salto
livre. O salto enganchado é realizado a uma altura de no máximo 1200 Ft (360 metros),
com o paraquedas redondo (pouca dirigibilidade). Já o salto livre, realizado em alturas
superiores a 3000 Ft (1000 metros), pode ser executado tanto para a prática de
esporte e disputa de torneios, como para fins operacionais (voltado para determinada
missão). Como citado anteriormente, o paraquedista militar e envolvido em uma
mística que e passada através do tempo e reforçado pela instituição, são cavaleiros
alados que não temem o perigo e faz com que seja uma tropa diferente, Adorno
(1995) acredita que ser combatente paraquedista exige qualidades que não são
comuns de se encontrar. Rusticidade, determinação, coragem, objetividade, confiança
na instrução e no equipamento, resistência psicológica e estabilidade emocional,
exigidas em situações as mais diversas.
O paraquedista civil pratica esse esporte em busca do risco e da emoção, porém, esses
riscos são parcialmente calculados, a vida no paraquedismo civil pode começar a partir
dos 5 anos de idade, onde já e possível realizar o salto duplo, não tendo limites de
idade, onde apenas e ressaltado a questão da saúde do praticante. aos 17 anos o
saltador já está apto para fazer o curso de formação paraquedista. a. No período de
formação, os aprendizes podem realizar ou não o salto enganchado. Nesse aspecto,
diferem-se dos militares que, para tornarem-se paraquedistas, precisam realizar esse
tipo de salto. Na atividade esportiva, o paraquedas é sempre retangular, pois esse
modelo apresenta uma dirigibilidade maior do que o redondo. A atividade pode ser
praticada por esporte e por lazer casual ou sério, exigindo um poder aquisitivo
considerável, tendo em vista os custos do curso e do material para salto, como
paraquedas principal e reserva, altímetro (registra a altura em queda), etc. o
paraquedismo civil e realizado em aéreo clube, e em geral se reúnem atletas e não
atletas , dividindo o mesmo espaço , onde fazem questão de se diferenciar um do
outro e até dos paraquedistas militares .
Pode se concluir com os resultados da pesquisa que, as características dos
paraquedistas militares são de autoconfiança e confiança nos procedimentos,
coragem, desafio, gosto pelo combate, concentração, audácia e gosto pelos desafios
conquistados. já os paraquedistas civis são inclinados ao prazer que a atividade lhes
oferece, como a emoção, o lazer, o esporte, o desafio, a sensação de liberdade, além
do espírito aventureiro, a audácia e o sabor da conquista. A diferença dos militares
para os civis e no objetivo do salto, os militares se preparam para o salto com a
finalidade de combate e de cumprir a missão, os civis com a finalidade do lazer. Os
militares são mais tradicionais, cultuam a história dos seus antepassados e enxergam o
paraquedismo com finalidades distintas do civil, pois o salto é apenas mais uma
maneira de chegar ao campo de batalha. Cultuam símbolos, cantam canções, repetem
orações e acreditam que São Miguel Arcanjo é seu padroeiro. Valorizam o esporte e
não descuidam de sua forma física, ao contrário, se preocupam muito com ela. Já os
civis encaram de uma forma diferente, eles abordam o lado lúdico, em busca de
aventuras audaciosas e não enxergam a formação como o mais importante, mais sim
atividade de salto.
Para concluir, concordo com a colocação final do autor, que diz que o exército deveria
rever seus conceitos de formação e de seleção dos integrantes das tropas, valorizando
além da forma física as características gerais em que texto apresenta. O intercâmbio
deveria ser feito, entre militares e civis, já que vários militares competem
profissionalmente pelo mundo e alguns civis em algumas modalidades também, sendo
assim um complementaria o outro em suas experiências. Com essas duas colocações,
que eu estou de acordo e fazendo um apanhado geral sobre o texto, o qual foi feito
com maestria e galhardia, pois mostra um breve contexto histórico do paraquedismo e
as diferenças entre os militares e os civis explicando o conceito por meio de pesquisas
bibliográficas e de campo , e mostra que e um importante objeto de estudo para a
comunidade acadêmica e uma fonte de conhecimento importante para a sociedade
em geral . DIAS, Ualber Soares; TUBINO, Manoel José Gomes. Pára-quedismo:
diferenças entre o civil e o militar. Fitness & performance journal, n. 3, p. 137-144,
2005.

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