A entrada no ensino fundamental é um marco na vida de qualquer criança,
nesse cenário entram em cena desafios como o aprendizado de diversos
conteúdos escolares e a convivência com colegas mais velhos na hora do lanche. As brincadeiras, tão presentes na educação infantil, começam a perder espaço à medida que a hora de estudar ganha importância. Nesse sentido as pessoas que são portadoras de alguma deficiência, são as que mais custam se adaptar ao iniciar essa fase, incluindo aquelas que possuem Síndrome de Down.
A inclusão bem-sucedida é um passo importante para que crianças com
necessidades educacionais especiais se tornem membros plenos e contributivos da comunidade, e a sociedade como um todo se beneficia disso. Os colegas com desenvolvimento típico ganham conhecimento sobre deficiência, tolerância e aprendem como defender e apoiar outras crianças com necessidades educacionais especiais. Crianças com síndrome de Down que estudam com colegas sem deficiência beneficiam não só a si mesmas, mas também aos outros alunos da escola. Pesquisa recente realizada pelo Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP) concluiu que crianças que estudaram com colegas com deficiência desenvolveram atitudes positivas relacionadas à tolerância, respeito ao outro e abertura ao diálogo em um grau muito maior do que as que conviveram em ambientes mais homogêneos.
A convivência com crianças de desenvolvimento considerado normal é muito
importante para as crianças com síndrome de Down. Os colegas servem como exemplos de comportamentos e de conquistas apropriadas para a sua idade, contribuindo para o seu desenvolvimento social e emocional.O aprendizado e o desenvolvimento da capacidade de se relacionar dependem, entre outras coisas, de oportunidades de interação com crianças da mesma idade ou de idades diferentes em situações diversas. Cabe ao professor promover atividades individuais ou em grupo, respeitando as diferenças e estimulando a troca entre as crianças.
A relação entre afetividade e inclusão escolar: uma abordagem sobre a importância da afetividade na relação professor-aluno, no desenvolvimento e na aprendizagem de alunos com necessidades educacionais especiais