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SINDROME DE DOWN: um estudo de caso de um aluno no Atendimento

Educacional Especializa na Escola Professora Maria Emília, Município de


Jacareacanga-PA.¹

RISONÉLIA OLIVEIRA DOS SANTOS ²

RESUMO

A educação inclusiva é garantida na legislação brasileira, preponderando-se nas escolas e


garantindo o fortalecimento das práticas inclusivas. O presente estudo visa apresentar um
estudo de caso no qual foi vivenciado por uma professora do Atendimento Educacional
Especializado – AEE. Este trabalho tem como objetivo analisar a inclusão de um aluno com
Síndrome de Down no ambiente escolar realizada por meio da atuação da Sala de Recursos
Multifuncionais e o Atendimento Educacional Especializado – AEE na escola Municipal de
Ensino Fundamental Professora Maria Emília em Jacareacanga-PA. Utilizou-se na pesquisa o
método qualitativo, através de entrevista com perguntas abertas para esse tipo de metodologia.
Conclui-se que o AEE é indispensável e fundamental para o desenvolvimento do aluno com
Síndrome de Down.

PALAVRAS-CHAVE

Atendimento Educacional Especializado, Síndrome de Down,


Inclusão.

Este artigo apresenta alguns dos elementos estudados no Curso “Educação especial e inclusiva” e foi apresentado
ao final do curso educação especial e inclusiva sob a orientação do Prof. MSc. Selma Lins.
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1 INTRODUÇÃO

A educação inclusiva é antes de tudo uma questão de direitos humanos, já que defende
que não se pode segregar as pessoas em consequência de sua deficiência, de possível
dificuldade de aprendizagem, pois essa não é inerente a elas. Faz-se necessários estudar a
relação da escola com alunos que possuem deficiências, possibilitando assim analisar e
entender as propostas educacionais que as escolas vem adotando para receber esses alunos,
bem como os obstáculos enfrentados, estratégias criadas, a participação da escola juntamente
com a família e a garantia dos direitos desses alunos. Esses direitos estão garantidos na Lei
9.394/96 e nas Diretrizes Nacionais da Educação Especial na Educação Básica – DCNs, onde
o ensino deve ser para todos, sem a exclusão dos alunos com necessidades educativas
especiais, dando prioridade na rede de ensino regular. Ainda que esses direitos sejam
amparados para as pessoas com necessidades especiais a realidade é evidentemente
considerada distante entre a teoria explícitas no papel e a realidade do serviço público
prestado a comunidade escolar. O Ministério da Educação-MEC em 2007, estabeleceu a
criação das Salas de Recursos Multifuncionais mediante a Portaria nº013/2013, considerando
a importância do atendimento educacional especializado. Sendo proposto através do Manual
de Orientação do Programa de Implementação da Sala de Recursos Multifuncionais, dando
início ao Atendimento Educacional Especializado-AEE. O principal objetivo do AEE vem
sendo promover e desenvolver as habilidades do aluno no ensino regular, garantindo assim a
inclusão e educação para todos os alunos NEE.

Apesar de inúmeros estudos voltados para a inclusão de alunos com Síndrome de


Down-SD, ainda encontramos objeções a respeito das metodologias aplicadas para esses
alunos. Sabe-se também que um aluno com SD apresenta o desenvolvimento intelectual mais
lento quando comparado com outras crianças, sendo necessário o apoio quanto ao ensino
comum e da educação especial. Esse apoio educacional traz inúmeros benefícios para a vida
autônoma da criança SD, desenvolvendo sua socialização com seus colegas, professores e
família. Ao longo dos anos a inclusão e integração de alunos portadores com necessidades
especiais no ensino regular tem apresentado uma grande evolução, quando tratamos da
inclusão de alunos com Síndrome de Down-SD, é visto que ainda há muitas dificuldades
encontradas por profissionais em como trabalhar com seus alunos SD.

Mediante essas abordagens, fez-se necessário compreender como ocorre o processo de


inclusão do aluno SD e o processo de ensino, aprendizagem e desafios encontrados pela
professora do AEE. Nesta perspectiva, este estudo objetiva analisar o Atendimento
Educacional Especializado – AEE e a inclusão escolar da pessoa com Síndrome de Down, no
município de Jacareacanga, a partir desse objetivo, trazemos aqui um estudo de caso.
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A presente pesquisa demostra ser essencial para o meio acadêmico, retratando a


importância do AEE, visando contribuir para a inclusão de alunos SD no espaço escolar, e
contribuindo de forma satisfatória para futuras possíveis pesquisas.

2 DESENVOLVIMENTO: SINDROME DE DOWN NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Ao longo dos anos, houve um grande avanço no sistema educacional do Brasil, o que
tem cada vez mais alcançado uma diversidade de alunos e respeitando a convivência e a
aprendizagem de todos. Através dos métodos educacionais desenvolvidos ao longo desses
anos, vem promovendo a inclusão nas escolas regulares de alunos com deficiências (física,
visual, intelectual, auditiva e múltipla), além dos transtornos globais do desenvolvimento e
altas habilidades. Para Mantoan (1997) o significado de inclusão “É a nossa capacidade de
entender e reconhecer o outro e, assim ter o privilégio de conviver e compartilhar com
pessoas diferentes de nós.” Esta convivência implica em muitas condições indispensáveis para
que haja de fato a inclusão.

É importante que a escola esteja disposta a promover o processo de inclusão de alunos


NEE, de maneira que trabalhe suas limitações e dificuldades, estimulando sua interação
social. Conforme SMITH e STRICK 2001, o termo dificuldades de aprendizagem refere-se
não a um único distúrbio, mas uma ampla gama de problemas que podem afetar qualquer área
do desempenho acadêmico.

A inclusão de alunos com Síndrome de Down contribui consideravelmente para o seu


desenvolvimento. De acordo com Schwartzman (2003) a Síndrome de Down é resultado da
descrição de Langdon Down, médico inglês que pela primeira vez identificou, em 1866, as
características de uma criança com essa síndrome. Em 1956, constatou-se que a pessoa com
Síndrome de Down tem um cromossomo 21 a mais, tendo assim três cromossomos 21 em
todas as suas células ao invés de dois. A pessoa com síndrome de Down possui características
próprias e semelhantes entre si. As crianças que apresentam a síndrome de Down, na
atualidade, são compreendidas de diferentes formas. Outros as veem como seres que possuem
uma anomalia, não deixando de ser seres humanos como todos os outros, porém com algumas
dificuldades na questão do desenvolvimento (Catafesta,2013).

Conforme Alves & Souza, um aluno com Síndrome de Down tem o desenvolvimento
mais lento do que o de crianças sem distúrbio, mas não quer dizer que ela não possua a
mesma capacidade de aprendizagem do que qualquer outra. Seu desenvolvimento dependerá
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de sua interação com o meio em que ela vive, por isso, a importância dela frequentar o ensino
regular e fazer amizades com crianças sem distúrbio/deficiência. Por tanto, a educação de
alunos com SD pode ser considerado de grande importância para esses indivíduos, auxiliando
na sua integração social através da escola, estabelecendo padrões de desenvolvimento
intelectual e social.

3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

3.1 Metodologia
A presente pesquisa foi realizada no Município de Jacareacanga, Estado do Pará. Para
o desenvolvimento da pesquisa foi escolhida a Escola Municipal Professora Maria Emília,
qual começou o Atendimento Educacional Especializado – AEE no ano de 2022, atendendo
alunos da educação infantil e ensino fundamental maior.
Nesta pesquisa foi escolhida uma professora do AEE, sendo essa formada em
pedagogia e especialista em educação especial e inclusiva.
Está pesquisa trata-se de um estudo de caso de método qualitativo. Conforme Yin
(2005); o estudo de caso referencia-se como uma teoria bem relacionada, com a qual são
documentados casos raros, servindo de propósito que revelem indícios de acontecimentos nas
organizações. A metodologia aplicada fundamenta entender a relação entre o objeto da
pesquisa e sujeito participante, focando assim nas respostas da professora. De acordo com
Bodgan & Biklen,(1994), a vantagem do método qualitativo é que não há necessidades de
dados estáticos, por tanto focamos apenas nas respostas da professora.
Se tratando do questionário o mesmo tinha 05 questões, visando assim coletar
informações referente ao aluno com Síndrome de Down e o Atendimento Educacional
Especializado. A análise de dados e discussão ocorreu mediante as respostas da professora,
permitindo assim compreender a contribuição do AEE.

3.2 Coleta e Análise de dados


O sujeito desta pesquisa é o aluno com Síndrome de Down, tendo como
mediadora a professora atuante na rede municipal de Jacareacanga e na Sala de
Recursos Multifuncionais – SRM, tendo o foco a professora pois a mesma trabalha
com um aluno com Síndrome de Down-SD na escola pesquisada. A entrevista ocorreu
dentro da Sala de Recursos Multifuncionais da escola, sendo esclarecido o objetivo da
pesquisa. A professora aceitou de forma positiva participar da entrevista, reforçando a
importância de compartilhar e divulgar o trabalho que vem sendo feito no AEE.
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A professora entrevistada atende anualmente em média 07 (sete) alunos, com


diversas deficiências e transtornos, sendo até a presente pesquisa apenas um aluno SD.
Conforme os relatos da professora, qual relembra que quando começou a trabalhar com
crianças de Necessidades Educacionais Especiais - NEE, a mesma não tinha experiência, a
única experiência era apenas com sala regular no qual foi um desafio para ela, pois não tinha
experiência e devido a necessidade de professores na área da educação inclusiva resolveu se
especializar nesta área, mesmo tendo inúmeras dificuldades no início descobriu que tinha
aptidão para a área da educação especial/inclusiva.
A professora começou o atendimento com aluno SD somente no ano de 2022
quando foi implantado o AEE na escola, esse aluno nunca durante a sua vida escolar
nunca tinha participado de Atendimento Educacional Especializado, pois no município
há apenas duas escolas que realizam esse trabalho.
Sabe-se que o acompanhamento de profissionais especializados contribuem
para o desenvolvimento da criança SD no ambiente escolar, quanto mais cedo houver
acompanhamento especializado beneficiará seu desenvolvimento físico e intelectual.
A entrevista iniciou-se com a seguinte pergunta: 1. Como funciona o
Atendimento Educacional Especializado com o aluno SD?

O atendimento do aluno SD ocorre duas vezes na semana no contra


turno. No primeiro semestre ocorreu um momento de adaptação e
socialização deste aluno ao AEE. Quando comecei atender o aluno
notei que a maior dificuldade do aluno era a socialização e
comprometimento na oralidade. Já no segundo semestre de 2022
observei que o aluno amadureceu fisicamente e cognitivamente,
importante ressaltar que o aluno está no 4° ano e no primeiro semestre
não conhecia cores, vogais e numerais, diferentemente de agora.

Quando perguntamos: 2. Como o atendimento tem contribuído para que ocorra a


inclusão de alunos SD e seu desenvolvimento? a professora afirma que: É importante que o
atendimento ocorra com profissionais qualificados, contribuindo assim para o
desenvolvimento do aluno no ambiente escolar. Sendo fundamental que a criança SD tenha
uma rede de apoio desde as primeiras fases do seu desenvolvimento, mas é muito importante
que família seja bastante presente nesse processo.
A professora relata que tem sido um desafio trabalhar com a criança SD, pois mesmo
com a escola e a sala de recursos multifuncionais criando condições favoráveis para esse
aluno, sente que a estrutura familiar não vem contribuindo de forma positiva para o
desenvolvimento dele.
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3. Como é o comportamento do aluno SD durante o atendimento


educacional especializado?
O aluno avançou muito no aspecto social e afetivo sendo que apresentava
dificuldade no início dos atendimento no AEE, como estratégias era levado a
participar da educação física e sempre trabalhando a sua coordenação motora
com bolas e brinquedos pedagógicos. O aluno já consegue permanecer ao
atendimento e focar nas atividades que são estabelecidas pra ele, dentro das suas
limitações. O aluno SD é uma criança agitada e que tem muito interesse em
aprender, conhece as vogais, e algumas letras do alfabeto, as cores e sabe contar
de 0 a 10, gosta de jogar bola, mas ainda não consegue ler. Esse aluno é bastante
acolhido por seus colegas de sala de aula e sua cuidadora que o acompanha nas
aulas.

Quando se trata de alunos com deficiência é importante lembrarmos que cada um


tem sua particularidade e comportamento diferente, podendo ser calmos ou agressivos. Os
alunos SD geralmente são calmos e afetivos, em sua maioria não aceitam obedecer as regras
estabelecidas pelos professores. Ensinar alunos com necessidades educacionais especiais é
um processo que requer muito esforço por parte do professor, pois colocar limites e regras
nesses alunos chega a ser desafiador.

4. O AEE tem contribuído positivamente para a inclusão do aluno SD?


Não só o AEE, mas a escola toda como corpo docente e alunos tem contribuído
para que aconteça a inclusão desse aluno, pois o AEE contribui para o
desenvolvimento desse aluno através de metodologias aplicadas a ele, a inclusão dele
deve ocorrer todos os dias dentro e fora da sala de aula com o apoio da equipe técnica
da escola, professores, alunos e família.

Conforme o relato da professora, afirma que o aluno é inserido nos projetos escolares
e aqueles que são apresentado ao público da escola, e atividades extra classe, mas seu
desenvolvimento intelectual é lento. De acordo com a professora, a equipe da sala de recursos
sempre procura trabalhar em parceria com os professores do ensino regular e tentam ações
colaborativas, para fazer o desenvolvimento cognitivo desse aluno com Síndromes de Down,
mas nem sempre essa parceria com os professores ocorre.

. 5. Quais são as maiores dificuldades da SRM e AEE da Escola Professora Maria


Emilia?
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Sem dúvidas a falta de apoio da gestão municipal, necessitamos o tempo todo de


recursos e materiais pedagógicos para a Sala de Recursos Multifuncionais e muitas vezes
esses são limitados pela gestão, muito dos materiais somos nós professores que
confeccionamos com nossos próprios recursos. Na SRM para que o nosso trabalho funcione
temos que abraçar essa causa, fazemos o que pudemos para contribuir pois o resultado disso
contribui para a permaneça do aluno na escola e para que ocorra a efetivação dos
atendimentos. De acordo com a resposta da professora acredita-se que é importante que a
Secretaria de Educação e a Prefeitura tenha que dá o suporte necessário, ofertando cursos,
treinamentos e recursos, pensando sempre no bem estar dos alunos NEE da instituição de
ensino.

O município de Jacareacanga não possui uma instituição da APAE e nem equipe


de Saúde Especializada Multifuncional, sendo que esses citados, tornaram-se grande
base de apoios para muitas crianças desse país, contribuindo para seu desenvolvimento
social, pessoal, escolar e familiar. Quando se trata da instituição de ensino em que o
aluno SD desta pesquisa está inserido é importante ressaltar que possui apenas relatório
baseado ao seu comportamento e interação na escola, sendo anexados em seus
documentos na sala de recursos multifuncional, o aluno possui laudo médico atestando
ser portador de Síndrome de Down. 6. Como é a participação da família do aluno SD
com a escola?

A participação ocorre mais por parte dos avós, mas seria importante que os pais pudessem
está mais presentes na rotina escolar da criança.

O incentivo e participação da família do aluno SD é importante para a sua inclusão,


trazendo assim autoconfiança para o aluno, interagindo com seu meio, desenvolvendo sua
autonomia e comunicação. A família deve sempre estabelecer regras e gerar autonomia para a
criança SD, valorizando a sua capacidade e o seu potencial.

4. RESULTADO E DISCUSSAO

Inicialmente buscou-se entender o funcionamento do AEE e como vem ocorrendo


o trabalho com o aluno SD. Através da pesquisa buscou evidenciar o relato da professora
sobre a inclusão do aluno com Síndrome de Down na escola regular do ensino fundamental.
Conforme a análise dos relatos da professora, compreende-se como ocorre o funcionamento
do Atendimento Educacional Especializado-AEE com o aluno SD. O desenvolvimento do
trabalho no AEE muitas vezes vem ocorrendo isoladamente por professores da SRM/AEE,
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como no caso da professora desta pesquisa em relação ao aluno SD, sem parceria da secretaria
de educação, professores do ensino regular e família.

O Atendimento Educacional Especializado-AEE na Escola Professora Maria


Emília vem desenvolvendo um trabalho de apoio para esse aluno SD através de recursos
pedagógicos e metodologias desenvolvidas que contribuem para o desenvolvimento
cognitivo, intelectual e social, fomentando assim as políticas públicas e garantindo a
permanência de alunos com necessidades educacionais especiais nas escolas.

Apesar de todo o esforço por parte da professora o processo de inclusão dos


alunos NEE na escola não é fácil, especificamente o caso desse aluno SD. Conforme suas
observações no decorrer do ano de 2022 o aluno SD tem demostrado um desenvolvimento
satisfatório no segundo semestre quando comparado ao primeiro. Vale destacar que o AEE
não vai substituir o ensino da sala de aula comum, apenas complementar. Para os professores
da sala de aula comum existem alguns pontos negativos como a falta de capacitação, auxiliar
para os professores e até mesmo recursos pedagógicos. A participação dos professores da sala
de aula regular com o AEE é mínima, é importante que toda a comunidade escolar busque
trabalhar em parceria, sendo essencial para que ocorra o desenvolvimento educacional do
aluno de forma efetiva. Consideramos que é necessário a participação da família no qual
contribuirá de forma positiva e eficiente para a inclusão do aluno.

No decorrer do processo de inclusão do aluno SD ao AEE, a professora


evidenciou que o desenvolvimento de aprendizagem tem sido lento, mas positivo e dentro dos
seus limites. De acordo com os dados obtidos, evidenciou-se que a Sala de Recursos
Multifuncionais e o AEE é primordial, e vem contribuindo para a evolução educacional do
aluno com SD. O AEE vem realizando um trabalho no qual busca estimular o aluno a
desenvolver seu cognitivo e habilidades como a oralidade, organização do pensamento,
motricidade e trabalhar a potencialidade que o mesmo tenha uma autonomia para sua vida
diária. Nesse sentindo é importante a participação da família nessa articulação, contribuindo
significativamente no processo de ensino e aprendizagem, e assim possibilitando um ensino
de qualidade.
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5. CONCLUSÃO

Este trabalho demostrou que o Atendimento Educacional Especializado-AEE


contribui positivamente para o processo de inclusão do aluno com Síndrome de Down,
compreendendo que a escola possui estrutura necessária através da Sala de Recursos
Multifuncionais, acolhendo o aluno SD e também os demais alunos com NEE.

O processo educacional e inclusivo do aluno SD é possível, mesmo com suas


limitações, levando em consideração que a criança é capaz de aprender no seu tempo. Esse
processo de aprendizagem contribuirá para sua vida autônoma. Nota-se que existem inúmeros
desafios para trabalhar com alunos SD e falta profissionais e instituições especializadas que
possa contribuir com essas crianças, apesar dos obstáculos é possível promover a inclusão
desse aluno na escola.

Através desta pesquisa, percebe-se a importância do AEE na inclusão da criança


com SD no ambiente escolar contribuindo positivamente para o ensino, aprendizagem e
desenvolvimento do aluno e na permanência desse aluno no ensino regular. É importante
ressaltar que os professores da sala de aula regular tenham ciência que precisam estar
preparados para receber alunos NEE e que tenham consciência da função que desempenham
na vida desses alunos, assim como é necessário que esses profissionais busquem se capacitar,
tenham habilidades e sejam sensíveis para que possam fazer a diferença na vida dos alunos
SD e NEE. Por fim, pode-se concluir que os dados da pesquisa evidenciaram que o
Atendimento Educacional Especializado contribui de forma significativa para a inclusão do
aluno com SD, notamos o quão importante foi este estudo de caso e saber quão rico é ter
profissionais que acreditam na inclusão escolar.
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DOWN SYNDROME: A CASE STUDY OF A STUDENT IN THE SPECIALIZED


EDUCATIONAL SERVICE AT THE PROFESSORA MARIA EMÍLIA SCHOOL,
MUNICIPALITY OF JACAREACANGA-PA.¹
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ABSTRACT

INCLUSIVE EDUCATION IS IS GUARANTEED IN BRAZILIAN LEGISLATION,


PREVAILING IN SCHOOLS AND ENSURING THE STRENGTHENING OF
INCLUSIVE PRACTICES. THE PRESENT STUDY AIMS TO PRESENT A CASE
STUDY IN WHICH A TEACHER FROM THE ESPECIALIZED EDUCATIONAL
ASSISTANCE - AEE, EXPERIENCED IT. THIS WORK AIMS TO ANALYZE THE
INCLUSION OF A STUDENT WITH DOWN SYNDROME IN THE SCHOOL
ENVIRONMENT CARRIED OUT THROUGH THE PERFORMANCE OF THE
MULTIFUNCTIONAL RESOURCE ROOM AND THE SPECIALIZED
EDUCATIONAL SERVICE - AEE IN THE MUNICIPAL ELEMENTARY SCHOOL
TEACHER MARIA EMÍLIA IN JACAREACANGA-PA. THE QUALITATIVE
METHOD WAS USED IN THE RESEARCH, THROUGH AN INTERVIEW WITH
OPEN QUESTIONS FOR THIS TYPE OF METHODOLOGY. IT IS CONCLUDED
THAT THE AEE IS INDISPENSABLE AND FUNDAMENTAL FOR THE
DEVELOPMENT OF THE STUDENT WITH DOWN SYNDROME.

KEYWORDS.

Specialized Educational Assistance, Down Syndrome, Inclusion.


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