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SISTEMA DE ENSINO A DISTÂNCIA

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA


A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
Alunos com Síndrome de Down nas aulas de Educação Física
O trabalho com alunos com deficiência nas aulas de educação física.
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 1

2 DESENVOLVIMENTO 1
2.1 A Dança Enquanto Conteúdo Da Educação Física Escolar 1
2.1.1 Alunos Com Síndrome De Down Nas Aulas De Educação Física 1

3 CONSIDERAÇÕES FINAIS 1

4 REFERÊNCIAS 1

5 ANEXOS 1
5.1 Entrevista 1
5.2 Entrevista 1

6 CONSIDERAÇÕES SOBRE A ENTREVISTA 1


1
2 INTRODUÇÃO
O presente trabalho aborda compreensão da dança enquanto um
relevante conteúdo da educação física escolar, a importância do domínio de
conhecimentos específicos sobre a prática pedagógica com alunos portadores
de necessidades especiais nas aulas de educação física e refletir sobre a
realidade do professor no trabalho com os mesmos.
Portanto, caracterizamos enquanto pesquisa qualitativa, consultar
literaturas que tratam sobre os assuntos supracitados, podendo assim
explorar, sistematizar e produzir novas conclusões acerca destes conteúdos que
são importantes, porém pouco discutidos no universo escolar.
Nos últimos anos a Educação Física tem sido marcada por uma
significativa evolução, as propostas pedagógicas demonstram um grande
crescimento acerca do ensino, mesmo com influência das velhas tendências. È
importante ressaltar que na prática as abordagens utilizadas na escola, estão
presentes com misturas entre tendências que não são seguidas à risca, tendo
em vista que a ação de cada professor é determinada conforme a necessidade
dos alunos, visando a melhor forma de ensino-aprendizagem.
3 DESENVOLVIMENTO

2.1 - A DANÇA ENQUANTO CONTEÚDO D A EDUCAÇÃO FÍSICA


ESCOLAR

Dança na escola é educação através da arte. A dança tem


suma importância para alcançar os objetivos da Educação, um deles é o
desenvolvimento dos aspectos afetivo e social, portanto esta prática propicia
ao aluno grandes mudanças internas e externas, no que se refere ao seu
comportamento, na forma de se expressar e pensar.
Buscando elevar o padrão cultural dos educandos, pontuamos a
necessidade de um resgate da cultura brasileira no mundo da dança através
da tematização das origens culturais, no intuito de despertar a identidade
social dos alunos, melhorando o processo de construção da cidadania. Quando
conhecemos e compreendemos os sentidos e significados da dança, é
possível reconhecer o desenvolvimento histórico, social e cultural de diferentes
civilizações.
A dança hoje é tratada como um componente folclórico,
descontextualizada no currículo escolar, raramente é tratada como um conteúdo
que possui um conhecimento próprio, capaz de apreender a expressão
corporal como linguagem. Ela também consegue levar o aluno a conhecer
outras culturas, crenças, estilos de vida diferentes, ainda enquanto processo
educacional poderá contribuir para aprimorar as habilidades físicas bem como o
potencial de cada ser humano.
Há a possibilidade dos alunos encontrarem uma nova forma
de se expressar, se comunicar, descobrindo uma nova linguagem corporal,
permite despertar o interesse em pesquisas, assim conseguindo ampliar até o
seu conhecimento teórico. E isso leva a formação de cidadãos críticos,
participativos, responsáveis e transformados.
A dança, dentro da Educação Física, com o conhecimento
produzido historicamente pelo ser humano traz consigo sentidos e simbologias
de determinadas culturas, denotando grande relevância no que diz respeito a
formação do ser humano, sobretudo por sua característica de expressão e
comunicação. Os professores de Educação Física nas escolas municipais e
estaduais demonstram compreender essa contribuição que se desenvolve no
aluno através do conteúdo dança, porém, esse conhecimento fica distante de
suas aulas por motivos financeiros, falta de qualificação ou até por não ter
afinidade com o conteúdo, porém, os alunos deixam de vivenciar a dança
enquanto fonte educacional.
Os professores de Educação Física, ainda influenciados,
sobretudo pela concepção esportiva, continuam restringindo os conteúdos das
aulas aos esportes mais tradicionais, como, por exemplo, basquete, vôlei e
futebol. Em muitos casos também, estes conteúdos são distribuídos sem
nenhuma sistematização e são apresentados de forma desordenada ou aleatória,
ou seja, estes são organizados ou sequenciados sem critérios mais consistentes.
Não bastasse este fato, é muito comum que estes conteúdos esportivos sejam
transmitidos superficialmente. O que acaba ocasionando a falta de
aprofundamento dos conteúdos propostos para a Educação Física na escola.
O processo de ensino-aprendizagem possibilita que os
sujeitos professor e alunos se encontrem, troquem e socializem
conhecimentos, experiências, afetos, histórias, sonhos e utopias.
Na verdade, alunos e professores vivem numa eterna troca,
num processo de interação, onde um aprende com o outro. E nessa troca
não existe um único detentor do conhecimento, mas seres inacabados que
aprendem e ensinam mutuamente.
2.1 ALUNOS COM SÍNDROME DE DOWN NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

A síndrome de Down é causada pela presença de três


cromossomos 21 em todas ou na maior parte das células de um indivíduo.
Isso ocorre na hora da concepção de uma criança. As pessoas com síndrome
de Down ou trissomia do cromossomo 21, têm 47 cromossomos em suas
células em vez de 46 , como a maior parte da população.
As crianças, os jovens e os adultos com síndrome de Down
podem ter algumas características semelhantes e estarem sujeitos a maior
incidência de doenças, mas apresentam personalidades e características diferentes
e únicas.
É importante ressaltar que o comportamento dos pais não causa a
síndrome de Down. Não há nada que possa ser feito para evitá -la, a
síndrome de Down não é uma doença, mas uma condição da pessoa
associada a algumas questões para as quais os pais devem estar atentos
desde o nascimento da criança.
As pessoas com síndrome de Down têm muito mais em comum
com o resto da população do que diferenças. O importante é saber que
uma criança com síndrome de Down pode alcançar um bom desenvolvimento
de suas capacidades pessoais e avançará com crescentes níveis de realização
e autonomia. Ela é capaz de sentir, amar, aprender, se divertir e trabalhar.
Poderá ler e escrever, deverá ir à escola como qualquer outra criança e
levar uma vida autônoma. Em resumo, ele poderá ocupar um lugar próprio e
digno na sociedade.
São muitos os questionamentos a cerca de como adequar
abordagens em aulas de Educação Física às necessidades de alunos com
Síndrome de Down .
Alguns estudiosos ligados à área da deficiência mental enfatizam
que as pesquisas existentes referentes à essa Síndrome, são ainda
insuficientes para esclarecer e orientar atitudes educacionais para o
desenvolvimento dos portadores. Esta constatação aponta para a realidade de
uma sociedade que ainda desconhece, e julga incapaz um indivíduo portador de
down.
Verificou-se ainda que a existência de preconceitos historicamente
construídos e a precariedade de informações ou conhecimentos referentes a
potencialidades das pessoas com Síndrome de Down constituem fatores que
dificultam sua participação na sociedade.
A educação é um direito para todos os alunos com ou sem
qualquer tipo de deficiência. Quanto ao que se refere à Inclusão Escolar
dessas crianças independente de qual seja, é dever do professor fazer todo o
possível para que todos os alunos aprendam e se desenvolvam.
A inclusão não pode e nem deve ser encarada como uma
forma negativa de desafio e sim apenas como uma consciência sobre as
diferenças individuais de cada criança. Para isso, é preciso procurar utilizar
todos os métodos e meios de ensino que permitam aos alunos aprender e
alcançar os objetivos educativos, motivando-os a sempre buscar seu melhor.
A proposta da Educação Física Escolar é inserir a criança em
meio à cultura corporal do movimento, para que ela possa compreender
aprender e desenvolver suas habilidades, percebendo o meio ambiente e as
adaptações que o mundo oferece. A disciplina tem o dever de proporcionar ao
aluno práticas que desenvolvam suas dimensões cognitivas, afetivas, motoras e
socioculturais.
A criança com Síndrome de Down, apesar de ter várias de suas
características físicas e psicológicas limitadas, tem uma comprovada capacidade
de aprender. A adaptação educativa dos métodos e avaliações faz com que
haja progresso dentro do contexto educacional. A criança com Síndrome de Down
tem uma maior facilidade de aprendizado, quando há repetições de atividades
antes de modificá-las. As imitações também facilitam, pois além de serem
divertidas para as crianças elas acabam por copiarem os movimentos.
Elogiar a criança durante uma brincadeira que foi executada de forma
correta, evita que a mesma fique frustrada, por exemplo, durante uma
atividade que precise ser utilizado os dedos como ato de pinçar, devido a
suas limitações. Ao não conseguir fazer o movimento a criança com Síndrome
de Down, pode lançar o brinquedo e ao chegar nesse estágio fica difícil retirá-
la do mesmo, porém a música, a dança e movimentos corporais podem
ajudar a acalmá-la. Talvez seja necessário evitar brinquedos e atividades que
não sejam compatíveis com as limitações. A segurança das crianças e o
acompanhamento de perto das atividades realizadas, garantem o primeiro
estágio de desenvolvimento, a avaliação do professor, quanto às maiores
dificuldades da criança é o que irá facilitar quanto aos métodos e atividades a
serem desenvolvidas.
É fundamental, que ao se iniciar um processo de atividades para
crianças com Síndrome de Down, seja considerado todo o seu contexto
sociocultural, suas deficiências corporais, enfim, suas potencialidades. Para que
seja construído um trabalho focado no desenvolvimento individual, garantindo o
direito ao aprendizado e a cidadania.
Portanto o professor de Educação Física pode buscar atividades
que sejam compatíveis para o desenvolvimento das crianças com Síndrome de
Doown, junto às outras crianças, para que haja a socialização e um bom
desempenho no aprendizado cognitivo e corporal das mesmas, sem que
apresente maiores problemas.
Algumas problemáticas são encontradas nas crianças com
Síndrome de Down, segue alguns cuidados que se deve tomar ao aplicar algumas
atividades:
Instabilidade atlanto-axial (IAA) – É o aumento da distância entre
duas vértebras da coluna cervical (C1 e C2), localizada na parte superior do
pescoço, que deve ter uma distância entre 1 a 4 mm , para ser considerada
dentro da normalidade, acima de 5 mm, o mesmo deverá ter maiores
cuidados pois suas funções básicas não serão exercidas com eficiência, na
qual será a proteção medular. Neste caso o docente deverá estar atento aos
possíveis sintomas como: torcicolos frequentes, postura anormal da cabeça,
dor localizada, em casos mais graves deterioração motora progressiva, que
pode levar o aluno a ter dificuldades para andar e posteriormente se tornar
dependente para todas as atividades.
Atividades contra - indicadas seriam: alguns estilos de natação,
como borboleta e peito; ginástica artística, por causa dos rolamentos, saltos
de aparelhos e quaisquer outros exercícios que coloquem sobre pressão a
cabeça e/ou pescoço. Devendo ressaltar que o indivíduo de IAA, deverá fazer
atividades físicas tendo como exceção somente as atividades acima citadas.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

. É preciso que se criem políticas públicas educacionais que


viabilize recursos materiais e humanos para o tratamento com as práticas de
movimento no âmbito educacional, assim como, essas qualificações precisam
articular -se de forma mais reflexiva na elaboração de planejamentos com o
tratamento da dança, para que este conteúdo possa efetivamente participar na
construção formativa do ser humano na disciplina de Educação Física. O
processo de ensino-aprendizagem da Educação Física deverá estabelecer uma
prática que contextualize a realidade do aluno.
Com relação a alunos com Síndrome de Down, cabe ao
professor oferecer meios e estratégias proporcionando o desenvolvimento
motor, cognitivo e afetivo do aluno com esta síndrome, propiciando a
construção de conhecimento e habilidades mais complexas.
A partir daí entende-se que a Educação Física Escolar
desempenha um papel fundamental de inclusão social, quando articulada a
sua prática pedagógica está a construção e adaptação de diferentes estratégias
a serem utilizadas, para que ocorram relações afetivas entre alunos ditos
“normais” e com Síndrome de Down.
Neste caso, o professor de Educação Física, precisa
aprimorar seus conhecimentos, para que as aulas sejam dinâmicas, criativas e
motivadoras, lembrando-se de sempre aplicar as devidas precauções,
superando problemas e dificuldades.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOCCARDI, D. Programa de intervenção motora lúdica inclusiva: Análise motora e


social de casos específicos de Deficiência Mental, Síndrome do X-Frágil, Síndrome
de Down e criança típica. Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Escola de
Educação Física, 2003. BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Brasília: Congresso
Nacional. (19 89). LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – 5ª
edição, Brasília: câmara, 2010.

FLÓREZ, J. Patología cerebral y aprendizaje en el síndrome de Down. In: FLÓ REZ,


J. TRONCOSO, M.V. (Orgs). Síndrome de Down y Educación. Santander, Espanha:
Masson, p. 37-60, 1997.

KÖCHE, José Carlos. Fundamentos de metodologia científica: teoria da ciência e


prática da pesquisa. 14. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

MAZZOTTA, M. J. S. Educação especial no Brasil: história e políticas públicas. São


Paulo: Cortez, 1996.

NADER, S. Preparando o caminho da inclusão: dissolvendo mitos e preconceitos em


relação às pessoas com Síndrome de Down. Rev. Bras. Ed. Esp.2003, v.9, p 57-78.

PATRÍCIA, D.C. APODOCA, R, L. O que são adaptações curriculares.

ENTREVISTA:

Na sua graduação, você teve alguma disciplina que abordasse o trabalho com
alunos com deficiência?
R1: sim
R2: sim

Qual a importância da educação física no processo de desenvolvimento desses


alunos?
R1: A educação fisica auxilia no processo de desenvolvimento motor e sensorial dos
alunos,auxiliando-os a serem independentes fisicamente.
R2: Auxilia o desenvolvimento motor do aluno.

Você tem ou já teve alunos com deficiência em suas aulas? Quais foram as
deficiências com as quais você trabalhou? (Caso a resposta seja sim). Fale um
pouco sobre essa experiência.
R1:não
R2: Sim

Quais as maiores dificuldades encontradas em sua prática pedagógica realizada


com alunos com deficiência?
R1: Não tive nenhum aluno com deficiência nas minhas aulas
R2: Adptar as atividades fisicas sem inferiorizar o aluno,tornando apto a pratica
como o demais alunos.

Você se sente preparado para trabalhar com alunos com deficiência?


R1: Acredito que a pratica é a melhor resposta para essa pergunta, porém tenho
base e preparação teórica para lidar com alunos deficientes a qual me torna capaz
de ser um bom educador para eles.
R2: sim.

Quais as situações mais comuns que necessitam de primeiros socorros durante a


aula de educação física?
R1/R2:feridas e hemorragias, corpos estranhos, picadas de animais, engasgos e
queimaduras. Para alunos da educação infantil, lesões na boca, principalmente nos
dentes, e na cabeça e no pescoço, são as mais comunS.
Quando ocorre, na escola, uma situação que é necessária prestar primeiros
socorros, quem realiza esse atendimento?
R1 : geralmente os primeiros socorros são prestados pelo educar condutor da aula!
R2: os professores ou supervisores
A escola dispõe de um kit de materiais para este fim?
R1: infelizmente muitas escolas não possuem kit de emergência
R2: NAO
Durante a graduação teve alguma disciplina sobre primeiros socorros?
R1/R2: sim

6 CONSIDERAÇÕES SOBRE AS ENTREVISTAS

Fundamentadas entrevistas, constatamos que o Professor de Educação Física


é peça principal no trabalho de desenvolvimento cognitivo, motor, adequação,
vivência social e afetiva dos alunos portadores de necessidades especiais.
Dentro do universo escolar, ele é o responsável pela qualidade de interação,
aquisição dos conceitos pelos alunos e a transferência destes conceitos, bem
como para a funcionalidade da vida no cotidiano.
Embora todos os professores descrevam que a educação
inclusiva é possível nas aulas de Educação Física, contudo não são todos que
estão preparados para atuar com alunos deficientes.
É importante ressaltar, que as escolas ainda são precárias
frente ao espaço físico, pois todos os docentes alegam que as mesmas não
conseguem atender, por exemplo, um cadeirante. É citado também como
dificuldade atender os alunos e fazer com que eles apreendam as atividades.
Desse modo, um segundo professor específico para cada deficiência iria auxiliar e
muito o professor regente nas aulas.
Todos os alunos têm direito de ter aula de educação
física, então, as mesmas precisam ser elaboradas a fim de atender á todos,
contribuindo para sua vida social e particular.

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