Colégio Adventista de Manaus

Ian Hipólito, Lucas Gabriel, Guilherme Mota e Júlia Marianny

Simbolismo e outras artes.

Manaus

2023
Ian Hipólito da Silva, Lucas Gabriel, Guilherme Mota e Júlia
Marianny

Trabalho de Literatura

Trabalho apresentado
como requisito para
obtenção de grau na
disciplina de Literatura,
no Colégio Adventista de
Manaus.

Orientador: Elma Tormes

Manaus

2023
 Sumário

1. Introdução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 4.
2. Simbolismo no Teatro - - - - - - - - - - - - - 5.
3. Simbolismo na Música - - - - - - - - - - - - - 6.
4. Simbolismo na Arquitetura - - - - - - - - - 7.
5. Conclusão - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 8.
6. Referências - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - 9.
 Introdução

O movimento artístico do Simbolismo, emergente no final do século XIX como uma

resposta ao predomínio do racionalismo e do cientificismo da época, deixou uma
marca profunda em várias vertentes da expressão artística. Caracterizada pela busca
por significados mais profundos, pela exploração do subconsciente e pela utilização de
metáforas e símbolos, a influência do Simbolismo ultrapassou as fronteiras das formas
artísticas convencionais. Neste texto, examinaremos como o Simbolismo deixou sua
marca na arquitetura, na música e no teatro, mergulhando em sua abordagem distinta
em cada âmbito.
 Simbolismo no Teatro
No cenário teatral, o Simbolismo representou uma mudança radical na forma como as
histórias eram contadas e representadas. Dramaturgos simbolistas desafiaram as
estruturas dramáticas tradicionais, buscando uma abordagem mais sutil e sugestiva
para transmitir significados profundos e emocionais.

As peças teatrais simbolistas muitas vezes exploravam temas abstratos, como o

inconsciente, a espiritualidade e a natureza da realidade. Os diálogos eram
frequentemente carregados de simbolismo e metáforas, convidando os espectadores a
decifrar camadas de significado subjacente. A atmosfera cênica também
desempenhava um papel crucial, com cenários atmosféricos e iluminação
meticulosamente planejada para criar uma sensação de mistério e magia.

Os figurinos no teatro simbolista eram frequentemente carregados de simbolismo,

refletindo a natureza interior dos personagens e as emoções que eles representavam.
Cada elemento, desde a escolha das cores até os detalhes do vestuário, era
cuidadosamente concebido para contribuir para a narrativa simbólica.

A encenação teatral simbolista muitas vezes se afastava da representação literal,

favorecendo uma abordagem mais abstrata e sugestiva. Os gestos, as expressões
faciais e os movimentos dos atores eram cuidadosamente coreografados para
transmitir estados emocionais complexos e para evocar respostas subconscientes nos
espectadores.

Resumidamente, o Simbolismo no teatro desafiou as convenções dramáticas

tradicionais, abrindo espaço para uma narrativa mais subjetiva e evocativa. As peças
teatrais simbolistas convidavam o público a explorar os recessos da psique humana e a
mergulhar em um mundo de significados ocultos e emoções profundas.
 Simbolismo na Música
A música simbolista, enraizada na filosofia do movimento, emergiu como uma forma
de expressão sonora profundamente introspectiva e evocativa. Compositores
simbolistas buscaram transcender as limitações das convenções musicais tradicionais,
utilizando uma variedade de técnicas para criar paisagens sonoras ricas em significado
e emoção.

Uma das características marcantes da música simbolista foi a ênfase nas harmonias
evocativas e nas progressões de acordes não convencionais. Essas escolhas musicais
visavam transmitir estados emocionais complexos, muitas vezes ligados a temas
espirituais, místicos ou oníricos. A exploração de escalas não ocidentais adicionou uma
dimensão exótica à música, ampliando ainda mais seu poder de evocação.

A estrutura musical na música simbolista frequentemente se desviava das formas

tradicionais, permitindo que os compositores experimentassem com arranjos de
seções, variações rítmicas e repetições não lineares. Essa abordagem mais fluida e
orgânica contribuiu para a sensação de jornada espiritual ou emocional que a música
simbolista muitas vezes comunicava.

A utilização de instrumentos exóticos e a exploração de timbres únicos também

desempenharam um papel fundamental na criação do ambiente sonoro característico
da música simbolista. Esses elementos combinados permitiram aos ouvintes serem
transportados para um mundo de sensações sutis e significados profundos.

Em síntese, a música simbolista proporcionou um espaço para a expressão musical que

ia além das fronteiras do convencional, explorando as profundezas da experiência
humana através de uma linguagem sonora única e evocativa.
 Simbolismo na Arquitetura

No universo da arquitetura, o Simbolismo desencadeou uma revolução estética que

desafiou as convenções dominantes da época. Os arquitetos simbolistas abraçaram a
missão de construir espaços que transcendessem a mera utilidade funcional. Em vez
disso, eles procuraram envolver os observadores em uma experiência quase
transcendental por meio do simbolismo arquitetônico.

Os edifícios simbolistas foram projetados com uma profunda atenção aos detalhes,
incorporando elementos ornamentais intrincados que, por si só, continham narrativas
ocultas. As fachadas eram frequentemente adornadas com relevos e esculturas que
evocavam mitos, metáforas e temas espirituais. O emprego de formas arquitetônicas
não convencionais desafiou as expectativas tradicionais, convidando os espectadores a
explorar um mundo de significados por trás de cada coluna, arco e vitral.

Os espaços internos dos edifícios simbolistas também eram meticulosamente

planejados para estimular a imaginação e provocar sentimentos profundos. A
iluminação cuidadosamente controlada, os padrões de cores simbólicas e a disposição
dos espaços contribuíam para uma atmosfera única. Cada detalhe, desde a escolha das
cores até a disposição dos móveis, tinha a intenção de transmitir uma mensagem ou
evocar uma emoção.

Em resumo, o Simbolismo na arquitetura trouxe uma abordagem inovadora que

desafiou as normas convencionais, buscando dar vida aos conceitos abstratos por meio
do ambiente físico. A arquitetura simbolista continuou a inspirar gerações futuras de
arquitetos e a deixar uma marca duradoura na paisagem construída.
 Conclusão

O Simbolismo, enquanto movimento artístico, teve um impacto transformador em diversas

formas de expressão, abarcando a arquitetura, a música e o teatro. A busca por significados
ocultos, a exploração do subconsciente e a utilização de símbolos e metáforas definiram essa
época de intensa criatividade. Por meio de elementos visuais, sonoros e dramáticos, o
Simbolismo permitiu a manifestação daquilo que transcende o tangível, enriquecendo a
experiência humana por intermédio da arte. Cada esfera incorporou e reinterpretou os
princípios do Simbolismo, contribuindo para uma era de experimentação e busca pela verdade
espiritual e emocional.
 Referências

https://www.todamateria.com.br/simbolismo-caracteristicas-e-contexto-historico/

https://www.educamaisbrasil.com.br/enem/lingua-portuguesa/a-linguagem-do-simbolismo

https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Musicas-Com-Caracter%C3%ADsticas-Do-
Simbolismo/68803318.html

https://brasilescola.uol.com.br/literatura/simbolismo.htm

https://www.grupoescolar.com/pesquisa/o-teatro-simbolista.html

http://www.arqpop.arq.ufba.br/taxonomy/term/438

https://www.nova-acropole.pt/simbolismo-e-musica/