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A reflexão sobre essas questões foi motivada por dois estudos etnográficos que foram
base para a tese de doutorado (Mendonça,2004):
Porto não projeta uma “imagem sonora” tão definida, tem combinação de ritmos com
diversas origens no território português ou fora dele. O sentido dessa “imagem sonora”
se revela na vivência e compreensão de sonoridades diversas, com origens e
temporalidades variadas.
1)Ver e ouvir
Nas ciências sociais não dão muito importância para as fontes sonoras, mas é um
aspecto importante para cultura de uma sociedade. Geralmente nos trabalhos
antropológicos, proliferam metáforas visuais quando se fala sobre o trabalho de campo
ou sobre a escrita etnográfica.
“Em uma perspectiva histórica, pode-se dizer que o desenvolvimento das formas
musicais ocidentais corre em paralelo com o desenvolvimento das formações sociais e,
junto com elas, das cidades (Cf. Wisnik, 1989)” (p.143)
2) Paisagens Sonoras
Em um primeiro momento, em um ambiente urbano nós percebemos geralmente um
conjunto de sons, uma diversidade de fontes sonoras, que vai de acordo com os ritmos
sociais e naturais, por exemplo, o trabalho e os descanso, o dia e a noite.
Repensar as comunidades
A
comunidade
tem por referência as
tradições e costumes, as crenças; a “convivências familiar
, doméstica e
exclusiva”, representa a união íntima, é o “organismo vivo” e “real”. A
sociedade
representa uma estrutura imaginária e mecânica; é uma cons-
trução artificial de um agregado de seres humanos que só superficial-
mente se parece com a
comunidade
; para Tönnies, a
sociedade
é, apenas,
uma forma de convivência “transitória e aparente”, um “agregado e arte-
fato mecânico”