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Casa de Cultura, Latina.

(Para os iniciados, wakas)

Como eu me chamo? Bem isso veremos depois, você é muito curiosa.

Vamos tratar dos assuntos que você precisa saber, você veio aqui

por que tem perguntas e quer se comunicar com seus antepassados,

e eu sou aquele que pode prover isso, pagando o preço certo.

Como eu comecei?

Deixe-me contar uma história alegórica para, satisfazer usa curiosidade.

Vamos dizer que esta vida, ou melhor "Nova Vida" foi um longo caminho até

chegar nela, comecei logo cedo sendo sempre assombrado por acontecimentos estranhos

Quando adolescente, fui iniciado na religião de minha mãe que pertencia a uma

longa raiz do antigo povo Quéchua.

Seguindo suas tradições e lendas, eu fiquei sabendo que existe O mito do Inkarrí.

Ele estaria para voltar, pois o povo aguarda pelo novo pachakuti, onde uma nova era

positiva para o povo, dar-se-a e somente ele Inkarrí, pode ser aquele que vai trazer

essa era.

Os Quéchuas foram os principais agentes do império Inca na América

do Sul. A capital do império era Cusco, no Peru, mas irradiava-se por toda

cordilheira dos Andes, em contato com outras culturas autóctones. Atualmente,

mais de 10 milhões de pessoas falam o idioma Quéchua na região, sendo

idioma oficial no Peru e na Bolívia. Estão concentrados em três países: Peru,

Bolívia e Equador, mas, tem presença no norte da Argentina e em algumas

regiões do Chile. A presença indígena em alguns desses países ultrapassa 67%

da população, como o caso da Bolívia.

Os principais adoratórios, ou huacas,eram as tumbas, com suas relíquias e objetos pessoais

do falecido ou da falecida, podendo conter o corpo mumificado.

Isso explica minha ligação com os que já se foram, desde muito cedo.
Bom, eu sigo o caminho para me tornar Inkarrí.

Por isso sempre que posso promovo por aqui a antiga festa Inti Raymi.

Inti Raymi, é notório que uma das festas incaicas mais importantes até

a chegada dos espanhóis no século XVI tenha sido recriada no século XX

O rito é um sinal de busca de segurança. Inclui o regresso da superstição,

do mágico, da bruxaria, do medo aos demônios e aos espíritos, da comunicação

com os mortos, dos exorcismos.

E uma forma de resistência cultural, contra os Colonizadores que nunca

foram esquecidos.Nossa cultura, vai continuar viva para sempre através

das gerações, e essa missão me foi dada a muito tempo e eu devo e vou

levá-la a frente, para a eternidade.

O antigo Inkarrí, que desencadeou pachakuti, de desgraça e destruição

me confiou essa missão.

Serei o novo Ikarrí e um novo pachakuti, de Graça e prosperidade do meu povo

virá.

Bom agora, dê-me um pertence do seu ente querio e deixe-me trazer dele

as respostas que procura. Através dos frutos da terra profunda as runas

Deixe-me fazer minha oração.

“¡Qúni Rayá, “Quni Raya,

Wira Quchá, Almecego [Wiraqocha] doador de vida,

Rúna Kamáq, Alma do ser humano

Pácha Kamáq! Alma do mundo!

Ima aykáyuq Dono de tudo e quanto há

qámmi kánki. és tu.

Qámpam trakráyki. Tuas são as chacras,

Qámpaq runáyki” Para ti são os homens.”


Irmã, aquele que você procura já chegou.

E pode me chamar de Meia-Noite.

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