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https://centralnovel.com/arifureta-shokugyou-de-sekai-saikyou-capitulo-7/
Só depois de voltar para seu quarto com um humor exultante, ela notou quão
ousadamente ela estava vestida e tremeu de vergonha. Quando ela se lembrou
que Hajime não teve nenhuma reação em particular, ela ficou desapontada e se
perguntou se não tinha charme o bastante. Sua colega de quarto, Shizuku,
estava surpresa quando ela viu Kaori fazendo todos os tipos diferentes de
expressões engraçadas sozinha, o que provavelmente se tornaria uma história
constrangedora no futuro.
Nessa noite, a coisa mais importante foi a promessa que ela fez para “proteger
Hajime”. Foi uma promessa proposta por Hajime para tranquilizar Kaori de sua
ansiedade. A cena de Hajime desaparecendo no abismo diante de seus olhos
continuou atormentando sua mente.
Em algum lugar a distância, um grito pôde ser ouvido. Quando Kaori se deu
conta que era a sua própria voz, ela fez uma careta enquanto voltava para a
realidade.
Vendo Kaori que parecia estar a ponto de pular atrás dele, Shizuku e Kouki
desesperadamente a seguraram. Enquanto pensavam: “Como um corpo tão
magro pode ter tanta força?”, eles continuaram a segura-la.
Kouki tentou o seu melhor para mostrar para Kaori o quão preocupado ele
estava. Contudo, este não era o lugar nem o momento certo para dizer esse
tipo de coisa para a já confusa Kaori.
— O que você quer dizer com “Já é tarde demais”? Nagumo-kun ainda não está
morto! Eu tenho que ir, ele com certeza está procurando por ajuda!
Ele caiu do precipício para o abismo sem fim. Não importava quem olhasse
para a situação, já era tarde demais para Nagumo Hajime. Entretanto, a Kaori
de agora não tinha a compostura para aceitar esta realidade. Se eles falassem
demais, ela iria apenas responder e então iria se esforçar ainda mais. Ryutaro
e os estudantes também não sabiam o que fazer enquanto só ficavam de pé
parados ao redor, incapazes de falar.
— Por favor, pare… guarde a sua gratidão para mais tarde. Nós não podemos
permitir que outra pessoa morra. Nós vamos devotar todas as nossas forças
para ter certeza de sairmos desse Calabouço em segurança… eu vou deixar ela
com você.
Vendo o comandante partindo, Kouki, que foi incapaz de dizer qualquer coisa,
revelou uma expressão descontente. Shizuku recebeu Kaori e falou com Kouki.
— Como não poderíamos para-la, o comandante fez isso. Você entendeu, certo?
Não temos muito tempo. Antes que o choro dela começasse a afetar os
espíritos de todos, ou antes que ela tivesse um colapso mental, era necessário
para-la… olhe, você precisa abrir o caminho, ao menos até todos sairmos
daqui… isto era o que Nagumo-kun iria dizer.
Ver um colega morrer diante de seus olhos deixou uma impressão profunda na
mente de todos os estudantes. Todos estavam com expressões vazias enquanto
olhavam para onde a ponte costumava estar. Houve até aqueles que
disseram: “Eu já tive o bastante disso!” e se atiraram no chão. Exatamente
como Hajime falou, o grupo precisava de um líder agora. Kouki ergueu sua voz
para seus colegas.
— Todos vocês! Agora mesmo, apenas pensem em voltarem com vida. Nós
estamos nos retirando!
As escadas para o andar superior eram longas. Era tão escuro que eles não
podiam ver nada enquanto continuavam a subir. Eles sentiram que já tinham
subido mais do que trinta andares. Mesmo seus corpos fortalecidos pela magia
começaram a se sentir pesados. Graças aos ferimentos da batalha anterior, a
longa e sombria escadaria apenas fazia os estudantes ficarem mais abatidos.
Assim que o Comandante Meld estava considerando fazer um pequeno
intervalo, uma enorme parede que estava com um círculo mágico gravado
finalmente apareceu na frente deles.
Atrás da porta estava a sala do 20º andar de onde eles originalmente saíram.
— Nós voltamos?
— Todos vocês! Não fiquem sentados aí! Vocês não serão capazes de voltar se
começarem a relaxar aqui! Tentem evitar o combate com as Feras Mágicas o
máximo possível. Nós temos que escapar o quanto antes daqui. Apenas
aguentem mais um pouco!
Depois do grupo voltar para Holward, eles voltaram para seus quartos
deprimidos. Havia poucos estudantes que estavam discutindo, mas a maioria
deles já tinha caído em sono profundo.
— He, hehehe. Fo-foi culpa dele! Para uma mosca… el-ele se empolgou
demais… fo-foi punição divina. Não foi minha culpa… foi pelo bem de
Shirasaki… aquela mosca… não é mais um problema… eu não estou errado…
hehehe.
Com sua risada sombria e seus olhos nebulosos, ele tentou se justificar.
A bola de fogo que desviou sua trajetória e atingiu Hajime foi de fato lançada
por Hiyama. Quando ele estava pensando se devia escapar pelas escadas ou
resgatar Hajime, a lembrança de Hajime e Kaori se encontrando pela noite
surgiu em sua mente. Hiyama ouviu um diabo sussurrando em seu ouvido. “Se
for agora, ninguém vai nem mesmo notar se você matar eleeee”… nesse
momento, ele vendeu sua alma para o diabo.
— Qu-quem?
Hiyama se virou em pânico. A pessoa que saudou ele era um de seus colegas.
Hiyama estava encurralado. Era como se essas palavras estivessem sendo ditas
para fazer de idiota o já enfraquecido roedor. Ninguém iria esperar que um de
seus colegas fosse esse tipo de pessoa. Seria mais fácil de acreditar se
dissessem que esta pessoa tinha múltiplas personalidades. A pessoa olhou
Daisuke de cima com uma expressão sádica que fez arrepios percorrerem seu
corpo.
— Oh? Isso foi inesperado. Parece que eu estou te ameaçando, não parece?
Fufu. Não é como se eu quisesse algo de você agora. Por enquanto, tudo que
você precisa fazer é me obedecer e virar meu subordinado.
— Is-isso é…
Isso era essencialmente o mesmo que uma declaração de escravidão. Como
esperado, Hiyama hesitou. É claro que ele queria recusar, mas se ele fizesse
isso, então esta pessoa iria espalhar o rumor sobre seus feitos sem nenhuma
piedade. Hiyama, que não sabia o que fazer, começou a ter certos
pensamentos tenebrosos… “Eu também poderia me livrar…”. Contudo, esta
pessoa já tinha antecipado que isto poderia acontecer e decidiu tenta-lo.
— Se você me seguir… eu garanto que ela será sua. Eu estava planejando fazer
esta oferta para Nagumo-kun, mas… você matou ele. Está tudo bem. Você deve
ser muito mais adequado para o que eu estou planejando. Já que não houve
qualquer dano, por que apenas não esquecemos sobre isso?
Encarando uma situação tão desconcertante, Hiyama falou com uma voz
apavorada.
— Fufu. Isso não te diz respeito. Bem, vamos apenas dizer que eu estou
querendo algo… então? Qual a sua resposta?
Hiyama se sentiu irritado com a forma que essa pessoa estava o subestimando
como se ele fosse um idiota. Além disso, essa pessoa facilmente mudou sua
personalidade e Hiyama sentiu um intenso medo ao ver esta transformação. De
qualquer forma, ele não tinha muita escolha, então, com um olhar derrotado,
ele concordou.
— … eu vou obedecer.
A pessoa voltou para a estalagem enquanto ainda ria feliz. Hiyama observou
essa pessoa enquanto ele fracamente murmurou “Droga”…
Com o objetivo de assegurar seu lugar, ele deveria agir com atenção. Hiyama
já tinha cruzado essa linha. Era impossível para ele parar agora. Se ele
seguisse as ordens dessa pessoa, a possibilidade que ele imaginou se tornou
impossível… mas ainda seria possível fazer Kaori ser dele.
— Heh-heh. Tu-tudo vai ficar bem. Tudo vai ficar bem. Eu não fiz nada errado…
Enterrando seu rosto entre seus joelhos de novo, Hiyama murmurou sozinho.
Desta vez, não havia ninguém para incomoda-lo.
Notas