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O que são derivativos e como investir neles: guia


completo para começar
Contratos a termo, futuros, opções, swaps. Conheça as modalidades mais comuns de derivativos e
saiba como usá-las para se proteger ou para lucrar

4/11/2022 13h01 • Atualizado há 1 ano      

(Crédito: Getty Image)


Tópicos

Você já ouviu falar de contratos futuros? E de opções ou swaps?


Todos esses nomes são tipos de derivativos, um instrumento
financeiro muito usado pelos investidores para proteger suas
operações — ou para lucrar no mercado.

Como permite a movimentação de valores pequenos, o mercado de


derivativos tem despertado a curiosidade e o interesse cada vez maior
de pessoas físicas.

Mas como efetivamente funcionam esses instrumentos? Como podem


ser usados para compor estratégias diferentes de aplicação? É isso
que este guia do InfoMoney vai responder. Confira

O que são derivativos?


O nome já indica: derivativos são um instrumento financeiro que tem
o preço “derivado” do preço de um ativo, de uma taxa de referência
ou até de um índice de mercado.

Existem derivativos de ativos físicos, como soja, café ou outro, mas


também de ativos financeiros, como ações, taxas de juros ou moedas.

Quem negocia um contrato futuro de dólar, por exemplo, não opera o


dólar em si, mas um contrato baseado no seu valor no mercado à
vista.

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São quatro os tipos mais comuns de derivativos:

Contratos a termo
Contratos futuro
Opções
Swaps

As negociações podem ser realizadas tanto no mercado de balcão


quanto em Bolsas. No Brasil, a B3 possui um mercado de derivativos
bastante desenvolvido.

Não é sempre, mas geralmente os derivativos são estabelecidos como


contratos padronizados. Isso significa que as suas características e as
especificações dos seus ativos de referência – como quantidades,
prazos e formas de precificação – são definidas previamente.

Assim, todos que comprarem uma opção sobre uma ação para um
certo vencimento na B3, por exemplo, irão adquirir o mesmo
produto, com as mesmas condições.

A dinâmica tradicional de uma negociação de derivativos é simples.


Quem negocia se compromete a comprar ou a vender um
determinado ativo por um preço determinado em um prazo
estabelecido.

Ao comprar um contrato futuro de milho na B3, por exemplo, o


investidor está negociando o equivalente a 450 sacas de 60 kg do
produto, ao preço do mercado, com validade até o vencimento – o
contrato pode ter o vencimento estabelecido para daqui a alguns dias,
meses ou até mais de um ano.

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A propósito da liquidação, no mercado de derivativos ela pode


ocorrer de duas formas. Quando a liquidação é física, é preciso
realizar a entrega do ativo em negociação na data do vencimento. É
mais comum no mercado agropecuário — e mesmo nesse segmento,
muitas vezes o investidor não tem interesse na soja, no milho ou no
café em si. Se seu objetivo, de fato, é ganhar com a negociação dos
papéis, a liquidação física é dispensável.

A outra forma de liquidação é a financeira, que é feita por


diferença. Nesse caso, no dia do vencimento do derivativo, é
registrada uma venda para o comprador original e uma compra para
o vendedor original. Só é movimentada a diferença entre os valores
de cada lado da operação, que é finalizada sem a necessidade de
entregar os ativos negociados.

Motivos para utilizar derivativos


Para que serve um derivativo? A descrição pura e simples do que é
uma opção ou um contrato futuro muitas vezes não dá aos
investidores a dimensão do tipo de uso que o mercado faz deles. Na
prática, em geral, os derivativos são utilizados para:

Proteção
Um derivativo pode ser usado com o objetivo de proteger o valor de
um ativo — uma ação ou uma commodity, por exemplo — de
variações que possam acontecer no futuro. Isso porque ele permite
fixar antecipadamente o valor de uma mercadoria ou de um ativo
financeiro, o que ajuda a diminuir o impacto de uma eventual
mudança nos preços do mercado.

O exemplo clássico são as empresas brasileiras que possuem dívidas


em dólar. Imagine que, em um determinado momento, a cotação da
moeda sobe. Nessa situação, as empresas precisam despender mais
reais para quitar as dívidas, porque elas encarecem.

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Para evitar esse tipo de efeito, muitas empresas optam por comprar
contratos futuros de dólar — em que o preço da moeda está
predeterminado para uma data futura. Assim, mesmo que a cotação
suba, elas já adquiriram o direito de negociar a moeda por um certo
valor, o que dá previsibilidade para o custo das suas dívidas.

Outro exemplo de uso de derivativos para proteção é o de agricultores


que produzem commodities agrícolas, ou de mineradoras que
trabalham com commodities metálicas. Com contratos futuros, eles
podem garantir — ou “travar”, como se costuma dizer no mercado —
o preço de vendas das mercadorias e evitando perdas por uma
eventual queda das cotações.

Um termo usado para se referir à proteção proporcionada pelos


derivativos é hedge. Quem faz um hedge está menos preocupado em
lucrar com as operações, e mais interessado em evitar perdas.

Leia também: Análise de balanços: o que Warren Buffett avalia nas


empresas investidas?

Especulação
Ao contrário do hedger, que busca proteção para operações que
possui na economia real, o especulador compra e vende derivativos
para lucrar. Ele ganha com os pequenos diferenciais de preços de
aquisição e venda de cada contrato.

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Para um especulador, não importa muito se o derivativo negociado é


de moeda, de uma commodity agrícola ou de taxa de juros, porque
seu interesse não está nos ativos subjacentes.

Muitos especuladores atuam no day-trade, o que significa que


realizam compras e vendas dos mesmos derivativos ao longo do
mesmo dia — e apuram seus ganhos (ou perdas) no fim do pregão,
contabilizando a diferença entre os preços de cada ponta das
operações. Outros, mantêm posições em aberto por alguns dias,
apostando que nesse período os preços vão subir ou cair (e lucrando
com esses resultados).

Arbitragem
Alguns investidores utilizam os derivativos para fazer operações de
arbitragem. Significa que eles procuram lucrar com as discrepâncias
de preços que encontram para um mesmo produto em mercados
diferentes. Por isso, além dos derivativos, as operações de arbitragem
podem envolver outros ativos — como as ações no mercado à vista,
por exemplo.

Isso é possível porque o processo de formação de preços não é


perfeito. Embora os ativos estejam expostos às mesmas
circunstâncias econômicas e, por conta disso, a expectativa é de que
oscilem na mesma medida, nem sempre é o que acontece. É nesses
momentos que pode surgir uma oportunidade de ganho.

Uma opção sobre ação, por exemplo, pode indicar um preço futuro
para o papel diferente do que os investidores do mercado à vista
projetam. Quando percebem isso, os arbitradores agem, e
rapidamente, antes que o mercado ajuste os preços. Assim que
lucram.

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Em geral, o risco assumido pelos arbitradores é considerado baixo.


Como a estratégia básica é comprar o ativo ou derivativo no mercado
em que o preço está mais baixo e vender naquele em que está mais
alto, já se sabe de antemão o valor de aquisição e o de venda — e isso
torna a operação mais certeira.

Na arbitragem, o lucro de cada operação costuma ser pequeno. Por


isso, os ganhos efetivamente vêm da quantidade e do volume de
compras e vendas. Quanto mais volumosas e frequentes forem os
negócios, maiores as chances de acumular ganhos maiores.

Tipos de derivativos
Conheça um pouco mais sobre os tipos de derivativos e as
peculiaridades de cada modelo de contrato;

Contratos a termo
Quem compra um contrato a termo se compromete a comprar uma
mercadoria ou um ativo financeiro, em uma quantidade determinada,
por um preço que está estabelecido desde o momento da negociação,
para liquidação em uma data no futuro (também definida desde o
início). Já para quem vende um contrato a termo, o compromisso é o
contrário: de vender esse mesmo ativo. Esses instrumentos podem
ser negociados na bolsa, mas também no mercado de balcão.

Contratos futuros
A definição de um contrato futuro é bastante parecida com a de um
contrato a termo: representa o compromisso de comprar ou vender
um ativo por um determinado preço em uma data no futuro. A
principal diferença está no formato da liquidação.

No caso dos contratos a termo, a liquidação da operação ocorre


somente na data de vencimento do papel. Já no caso dos contratos
futuros, existe o chamado ajuste diário. Por conta desse mecanismo,
todos os contratos futuros que os investidores mantêm são avaliados
diariamente a partir de um preço de referência, chamado de preço de
ajuste diário. Com isso, na prática, as operações são ajustadas todos
os dias de acordo com as expectativas do mercado para o preço futuro
do ativo de referência do contrato.

O preço de ajuste diário leva em conta o preço médio das operações


feitas com o papel no mercado futuro no período da tarde. A
diferença — positiva ou negativa — entre os preços de ajuste diário de
um pregão para o outro é apurada. E o investidor que tiver posições
em aberto precisa pagar essa diferença (se ela for negativa), ou então
receberá o valor na sua conta (se ela for positiva).

O ajuste diário, portanto, é um sistema que apura perdas e ganhos e


que ajuda a aumentar a proteção das posições no mercado de
contratos futuros. Outra diferença entre eles e os contratos a termo é
o fato de serem negociados apenas em Bolsas.

Opções
As opções são o direito de comprar ou de vender um ativo por um
preço fixo numa data futura. Para comprar uma opção, é preciso
pagar um valor a quem vendeu — chamado de prêmio. Não se trata
do preço do ativo em si, mas sim um valor pago para ter a
possibilidade de comprar ou vender o ativo mais tarde.

No mercado brasileiro, as mais conhecidas são as opções sobre ações


— mas podem existir opções de outros tipos também. O que há em
comum é que esses ativos de referência são negociados de forma
transparente em pregão.

Quem compra uma opção é chamado de titular. Ele sempre tem o


direito de exercer a opção – ou seja, de comprar ou vender o ativo na
data do vencimento pelo preço acordado desde o início. Porém, não é
obrigado a fazer isso. Pode simplesmente escolher deixar a opção
vencer, sem maiores consequências além da perda do valor que pagou
como prêmio por ela.

Já o vendedor de uma opção, também chamado lançador, sempre


tem a obrigação do exercício caso quem comprou deseje realizá-lo.
Pense nas opções de compra de ações da Petrobras, por exemplo. Se,
na data do vencimento, o titular delas quiser exercer seu direito de
comprar ações da Petrobras pelo preço acordado, o lançador é
obrigado a arrumar os papéis correspondentes para vender a ele.

Swaps
Um contrato de swap é um acordo em que dois investidores negociam
a troca de rentabilidade entre dois ativos. Na prática, eles trocam de
fluxo de caixa entre si, tendo como ponto de partida a rentabilidade
de um dos ativos em comparação com a do outro. O objetivo é reduzir
os riscos e aumentar a previsibilidade para quem está envolvido na
operação.

Pense em um contrato de swap de ouro contra Ibovespa, principal


índice de ações do mercado brasileiro. Se na data de vencimento do
contrato o ouro tiver uma valorização abaixo da variação do Ibovespa,
quem comprou Ibovespa e vendeu ouro receberá a diferença de
rentabilidade. Já se o retorno do ouro for superior à variação do
Ibovespa, ganha a diferença quem comprou ouro e vendeu Ibovespa.

Como investir no mercado de derivativos


Ficou interessado em operar derivativos no mercado? Siga alguns
passos para fazer negociações bem-sucedidas com esses instrumentos
financeiros:

Conheça seu per!l de investidor


Antes de tomar qualquer decisão de investimento, é preciso se
perguntar a respeito do próprio perfil de investidor. Imagine cenários
diferentes de mercado, de ganhos e de perdas, e tente identificar qual
a sua reação mais provável diante de cada um. Você seria capaz de
suportar alguma perda, durante um certo período? Ou essa
possibilidade causa excesso de aflição e tensão?

Avalie também o quanto poderia se dedicar ao mercado de


derivativos. Por envolverem um nível de complexidade acima do de
outros instrumentos de renda variável, como as ações, os derivativos
normalmente exigem um acompanhamento mais próximo das
operações e mais tempo para estudar as estratégias e os melhores
negócios. Você está disposto a isso? Se sim, siga em frente com
convicção.

Escolha uma corretora para operar


Negociar derivativos exige ter uma conta em uma corretora de
valores. Essas instituições realizam a intermediação das operações no
pregão da B3. Para o caso específico desse mercado, vale a pena
considerar alguns aspectos em especial.

Em primeiro lugar, verifique as taxas de negociação cobradas pelas


corretoras que estiver avaliando. É comum que as operações com
derivativos sejam de valores baixos, mas muito frequentes — e assim,
uma taxa elevada pode acabar corroendo os ganhos.

Depois, avalie também os sistemas de análise e negociação


disponibilizados pela corretora no seu home broker. Eles são fáceis de
usar? Permitem realizar análises aprofundadas de maneira simples?
É importante encontrar aqueles que sejam os mais condizentes com
suas necessidades.

As corretoras também podem fazer exigências específicas para quem


negocia certos tipos de derivativos, como depósitos de margem.
Verifique as condições que elas estabelecem para esses serviços.

Para abrir conta em uma corretora, normalmente é preciso enviar


cópias de alguns documentos e preencher determinados cadastros —
mas esse costuma ser um procedimento relativamente simples. Uma
vez que a conta esteja ativa, basta transferir recursos para a corretora
(por meio de DOC ou TED) e começar a operar.

Analise os derivativos e de!na uma estratégia


Antes de começar a operar, será preciso definir sua estratégia de
investimento. Você está interessado nos derivativos como
instrumentos de proteção para alguma outra posição de
investimento? Ou busca ganhar como um arbitrador ou um
especulador, com as pequenas variações de preços no curto prazo?
Ter ciência disso é essencial para escolher de que forma você se
posicionará neste mercado.

Quando isso estiver claro, busque fazer ou ler análises sobre os


derivativos que interessam a você. As corretoras e casas de análise
costumam disponibilizar relatórios indicando opções de operações
diferentes com derivativos, orientando os investidores a respeito das
suas vantagens e desvantagens. Não deixe de procurar esse tipo de
documento antes de começar suas próprias negociações.

Investimentos Mercados Contratos a termo Day Trade Derivativos


Mercados Futuros Opções Swaps

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