Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
7 Desenvolvimento Cognitivo Aprendizagem e Comportamento
7 Desenvolvimento Cognitivo Aprendizagem e Comportamento
APRENDIZAGEM E COMPORTAMENTO
Sumário
1
NOSSA HISTÓRIA
2
PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO E DA
APRENDIZAGEM
A Psicologia do Desenvolvimento é a área da Psicologia que se ocupa do
estudo das mudanças que ocorrem com o ser humano ao longo de sua vida.
Sabe-se que as mudanças na vida do ser humano ocorrem desde sua
concepção até o final de sua vida, essas mudanças ocorrem em vários aspectos,
tais como cognitivos, físico, afetivo. Além disso, esses aspectos são
determinados geneticamente e também sofrem influência direta do contexto
social em que o indivíduo está inserido.
3
ensinados, há o conhecimento de si próprio e este autoconhecimento é essencial
para a constituição do sujeito.
4
razoavelmente estáveis durante toda a vida” (PAPALIA; OLDS; FELDMAN,
2006, p. 47).
5
65 anos); e Idade adulta tardia (acima de 65 anos). Vale ressaltar que essas
idades são apenas idades médias, significando que cada pessoa irá passar por
essas fases de desenvolvimento em idades específicas para a sua realidade. Ou
seja, essa seria a ordem de desenvolvimento que ocorre com todas as pessoas,
a direção é a mesma para todos, o que muda é o tempo de mudança de uma
fase para outra. Cada indivíduo irá ter seu tempo de desenvolvimento, uns mais
rápidos, outros nem tanto.
6
Durante a infância a criança aprende a controlar os movimentos, aprende
a sentar, a engatinhar e enfim a andar. O desenvolvimento sensorial/perceptual
depende do desenvolvimento do cérebro. Se as trajetórias visuais não se
desenvolvem no período de bebê, a visão fica permanentemente perdida. As
redes neurais que são utilizadas ficam mais fortes, já as que não são utilizadas
são eliminadas.
7
A teoria cognitiva de Piaget é baseada em dois de seus interesses, a
filosofia e a biologia, supondo assim que o desenvolvimento cognitivo se
originava da adaptação da criança ao seu ambiente, e assim buscando promover
sua sobrevivência por meio da tentativa de aprender sobre seu ambiente. Isso
transforma a criança em alguém que busca o conhecimento e a compreensão
do mundo, mas com uma característica importante para Piaget, que é o fato da
criança operar sobre este mundo.
8
o aluno precisa decodificar o que lhe é ensinado e assim absorver este
conhecimento. De acordo com Papalia, Olds, Feldman (2006) são duas as
principais teorias da aprendizagem: o Behaviorismo e a Teoria da aprendizagem
social, mas pode-se considerar o Construtivismo também como uma das mais
importantes atualmente.
9
repetidamente associado a outro que provoca a resposta. Este tipo de
aprendizagem foi descrito inicialmente a partir dos estudos de Pavlov em seus
estudos com cães, que aprendiam a salivar quando ouviam uma sineta que
tocava na hora da alimentação.
10
As pesquisas de Bandura sobre a auto eficácia trouxeram discussões
sobre uma forma de as pessoas enfrentarem as situações cotidianas. Esse auto
eficácia seria o sentido de autoestima ou de valor próprio de um sujeito, a
sensação de adequação e eficiência em tratar dos problemas da vida. Sujeitos
com alto eficácia elevada apresentam a capacidade de lidar com todos os
eventos de sua vida, eles esperam superar obstáculos e, como resultado,
buscam desafios, perseveram e mantêm um alto nível de confiança em sua
aptidão para ter êxito (SCHULTZ; SCHULTZ, 2009).
11
DESENVOLVIMENTO HUMANO: CONCEITOS
BÁSICOS E PRINCIPAIS CONCEPÇÕES
Prezado aluno, são muitas as discussões acerca do desenvolvimento
humano. Algumas abordagens teóricas serão apresentadas nesta segunda
unidade, na tentativa de lhe proporcionar um conhecimento básico acerca de
cada uma delas. Isso se faz necessário para que fique claro as diferenças e as
semelhanças entre cada uma delas. Em cada uma destas abordagens um autor
se destaca como principal representante, a partir desta referência sua
compreensão fica mais nítida acerca do que se trata uma abordagem ou outra.
Espero que com estes pontos que serão abordados nesta unidade, você,
caro aluno, possa compreender melhor alguns aspectos acerca do
desenvolvimento humano, principalmente os conceitos-chave presentes nas
Teorias de Piaget e Vygotsky. Creio que isto irá levá-lo a uma reflexão acerca de
sua prática profissional, a partir dos referenciais teóricos aqui presentes.
12
características específicas que o acompanham ao longo da sua vida. Muitas
delas apresentam um estudo do comportamento humano baseado em estágios,
determinando assim as mudanças que ocorrem em determinadas idades.
São cinco as fases apresentadas pelo autor, fase oral (do nascimento aos
12-18 meses), fase anal (12-18 meses aos 3 anos), fase fálica (3 a 6 anos), fase
de latência (6 anos até puberdade), e a fase genital (puberdade até fase adulta).
Dentre estas, as três primeiras eram consideradas cruciais para o
desenvolvimento da personalidade humana. Cruciais porque neste momento é
essencial que a criança receba gratificações adequadas, pois ao receber pouca
ou excessiva gratificação há a possibilidade de desenvolver uma fixação na fase
13
correspondente. Esta fixação é compreendida como uma interrupção no
desenvolvimento que pode aparecer na personalidade adulta.
14
Porém, pode-se falar ainda em modificação do comportamento, ou terapia
comportamental, que é um exemplo de condicionamento operante utilizado para
eliminar um comportamento indesejável ou promover um comportamento
positivo. Esta modificação de comportamento pode ser eficaz quando aplicada
em crianças com necessidades especiais.
15
desenvolvem cognitivamente ao se tornarem mais eficientes no processamento
de informações.
16
autorrealização, que segundo Maslow, as pessoas que conseguem satisfazer
esta última necessidade, possuem alta percepção da realidade, aceitam a si
mesmas e aos outros. Além disso, características como espontaneidade,
criatividade e grande capacidade de resolução de problemas estão presentes
nas pessoas que atingem alto grau de autorrealização (PAPALIA; OLDS;
FELDMAN, 2006).
17
Iremos ver também como o desenvolvimento e a aprendizagem são
fatores que dependem tanto de elementos internos quanto externos ao ser
humano. A aprendizagem depende da articulação de fatores internos e externos
ao sujeito (os internos referem-se ao funcionamento do corpo como um
instrumento responsável pelos automatismos, coordenações e articulações); do
organismo: a infraestrutura que leva o indivíduo a registrar, gravar, reconhecer
tudo que o cerca por meio dos sistemas sensoriais, permitindo regular o
funcionamento total do desejo; entendido como o que se refere às estruturas
inconscientes representa o motor da aprendizagem e deve ser trabalhada a partir
da relação que com ela estabelece; das estruturas cognitivas, representando
aquilo que está na base da inteligência, [...], da dinâmica do comportamento, que
diz respeito à realidade que o cerca. Os fatores externos são aqueles que
dependem das condições do meio que circunda o indivíduo.
Segundo Piaget:
18
objeto de conhecimento num sistema de relações ocorre por meio da ação do
indivíduo sobre o objeto (apud FONTANA; CRUZ, 1997, p.45)
19
produzirão esquemas ou conhecimento. A experiência prática é fundamental
nesta Teoria, visto que o aprendizado do sujeito se dá pelo seu contato e suas
ações sobre o mundo. Ou seja, o desenvolvimento cognitivo pode ser
considerado um produto dos esforços das crianças para compreender e atuar
sobre seu mundo (PIAGET, 1974).
20
passando para reflexos mais complexos, onde se dá o processo de esquemas
de ação, tais como: pegar, puxar, sugar, empurrar etc.
21
Nesta fase, as crianças adquirem a capacidade de administrar seus
reflexos básicos para que gerem ações prazerosas ou vantajosas. É um período
anterior à linguagem, no qual o bebê desenvolve a percepção de si mesmo e dos
objetos a sua volta.
É neste período que ela se torna capaz de tratar os objetos como símbolos
de outras coisas. O desenvolvimento da representação cria as condições para
aquisição da linguagem, pois a capacidade de construir símbolos possibilita
22
aquisição dos significados sociais (das palavras) existentes no contexto em que
ela vive.
23
O raciocínio do sujeito chega ao seu ápice no estágio Operatório-Formal,
pois neste momento há a capacidade de olhar além da simples aparência dos
objetos. Essa capacidade dedutiva pode ser observada quando alguém
conhecido (por exemplo, a mãe) coloca uma máscara, a criança sabe que ainda
continua sendo essa pessoa conhecida por detrás da máscara. O pensamento
hipotético ocorre de forma correta também nos adolescentes que já conseguem
realizar tarefas de seriação de forma apropriada, pois adquiriram a capacidade
de colocar objetos em ordem crescente, do menor para o maior.
24
elaboração, além disso, o processo de ensino deve favorecer a interação múltipla
entre os alunos e os conteúdos que eles têm de aprender. Com isso, o aluno
constrói o conhecimento por meio das ações efetivas ou mentais que realiza
sobre o conteúdo de aprendizagem (COLL; MARTÍ, 2004).
25
parceiros mais habilidosos na zona de desenvolvimento proximal. [...]. As
interações na zona de desenvolvimento proximal permitem que as crianças
participem de atividades que lhes seriam impossíveis de realizar sozinhas,
utilizando instrumentos culturais que devem ser adaptados, eles próprios, a
atividades específica em questão (ROGOFF, 2005, p. 51).
26
de cada função separadamente. Isso também constitui a essência do processo
do desenvolvimento cultural traduzido numa forma puramente lógica. O indivíduo
torna-se para si o que ele é em si pelo que ele manifesta aos outros (VIGOTSKI,
1997, p. 105 apud PINO, 2005, p. 66).
27
De acordo com Shaffer (2005), por meio do diálogo que a criança mantém
com as pessoas em diferentes ambientes de convívio, a mesma aprende e
descobre novos princípios, estimulando assim o crescimento cognitivo.
28
importante na teoria é a mediação (pressuposto da relação eu-outro), que se dá
pela possibilidade de interação com signos, símbolos e objetos (VYGOTSKY,
2002).
Neste momento, entra o professor como suporte, que irá dividir a tarefa
em etapas. Durante o processo de mediação o professor age como um andaime,
que dará indicações à criança de como resolver o problema por etapas,
consequentemente irá dar apoio a cada progresso da criança. Após cumprir a
tarefa pode-se pedir para a criança realizá-la novamente, mas com menos ajuda
do que antes. O professor constrói este andaime de apoio que permite a
aprendizagem da criança, assim que ela se torna capaz de realizar a tarefa
sozinha, este andaime deixa de ser necessário (GRIGGS, 2009).
29
REFERÊNCIAS
BANDURA, A.; POLYDORO, S.; AZZI, R. G. Teoria social cognitiva:
conceitos básicos. Porto Alegre: Artmed, 2008.
30
GRIGGS, R. A. Teorias e avaliação da personalidade. In: GRIGGS, R. A.
Psicologia: uma abordagem concisa. Porto Alegre: Artmed, 2009, pp. 273-304.
31