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CURSO DE TRANSIÇÃO PARA O AUDITOR


ISO 14001:2015

MANUAL DO PARTICIPANTE
Módulo 2

IRCA registered Training Organisation A09660 DNV GL© 2015


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As informações contidas neste documento são distribuídas com o único


propósito de orientação. Não é fornecida nenhuma garantia em relação à
suficiência de qualquer conteúdo deste manual e não assumimos nenhuma
responsabilidade em relação ao conteúdo, nem podemos assumir nenhuma
responsabilidade pela garantia de que todas as medidas aceitáveis de
segurança, saúde ocupacional, meio ambiente ou qualidade estejam contidas
neste documento, ou que outras medidas adicionais não possam ser
necessárias em condições ou circunstâncias excepcionais.

Publicado por
DNV GL Business Assurance

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Índice
Boas-vindas ao curso de transição para o auditor ...................................... 4
Objetivo do módulo ............................................................................... 4
Objetivos de aprendizagem .................................................................... 5

Seção 1 – Recapitulação do módulo 1 (HLS) ............................................. 6


Seção 2 – Objetivo do SGA e fatores de sucesso ....................................... 7
Seção 3 – Principais mudanças dos requisitos ISO 14001 ......................... 10

1 Escopo ........................................................................................... 12
2 Referência normativa .................................................................... 12
3 Termos e definições ...................................................................... 13
4 Contexto da organização ............................................................... 15
Exercício A ................................................................................ 17
5 Liderança ...................................................................................... 19
Exercício 1 (opcional) .................................................................. 21
Exercício B ................................................................................ 21
6 Planejamento ................................................................................ 22
Exercício 2 (opcional) .................................................................. 25
Exercício C ................................................................................ 26
Exercício 3 (opcional) .................................................................. 29
7 Apoio ............................................................................................. 30
Exercício 4 (opcional) .................................................................. 31
Exercício 5 (opcional) .................................................................. 32
8 Operação ....................................................................................... 33
Exercício D ................................................................................ 35
9 Avaliação de desempenho ............................................................. 38
Exercício E ................................................................................. 38
10 Melhoria ...................................................................................... 41
Exercício F ................................................................................. 42

Apêndice A – Tabela de referência ISO 14001:2015 vs. ISO 14001:2004 ... 43


Apêndice B – Introdução ao estudo de caso Persistent Oil Ltd ................... 45
Apêndice C – Fatos sobre auditoria e certificação .................................... 49

Plano de ação pessoal .......................................................................... 59

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Bem-vindo(a) ao curso de transição para o auditor

Seja bem-vindo(a) ao segundo módulo de transição ISO 14001:2015.

A DNV GL oferece a você a oportunidade única de compreender as mudanças


diretamente relacionadas ao Anexo SL*, que é a base para todas as novas normas
ISO e requisitos específicos da disciplina, adotando uma abordagem modular para
o nosso programa de treinamento nas Normas ISO de Nova Geração.

Módulo 1 – A estrutura de alto nível (HLS). Treinamento para o Anexo SL e as


novas 10 cláusulas HLS.

Módulo 2 – Treinamento específico da disciplina para os requisitos de uma norma


específica. Por exemplo: Módulo 2a – mudanças específicas da ISO 9001; Módulo
2b – mudanças específicas da ISO 14001; etc.

Objetivo do módulo
Se você já é um auditor qualificado para a ISO 14001:2004, há mudanças
significativas acontecendo. Desde 2012 todas as normas ISO de sistema de gestão
estão sendo atualizadas com a estrutura de alto nível (HLS) contendo 10 novas e
núcleo comum. Estamos considerando que você participou do curso de um dia
sobre a estrutura de alto nível HLS (Módulo 1) antes de realizar este Módulo.

Além da estrutura, há algumas amplas mudanças. Alguns requisitos icônicos


desapareceram (como o requisito para ‘representante da direção’). A nova norma
enfatiza muito mais a mentalidade de risco do que as versões anteriores. Menos
prescritiva (de alguma forma), e com ligações mais fortes às estratégias e
objetivos organizacionais – também, maior ênfase para a Perspectiva de Ciclo de
Vida e Gestão do Desempenho Ambiental.

A nova norma ISO 14001:2015 foi publicada em setembro de 2015.

Este Módulo 2 do curso o(a) ajudará a auditar organizações que estejam prontas
para a transição da versão ISO 14001:2004 para a versão ISO 14001:2015.

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Objetivos de aprendizagem
Ao final deste módulo, os participantes serão capazes de:

explicar o propósito do sistema de gestão ambiental (SGA), da norma SGA e os


benefícios para a sociedade e para o negócio da melhoria do desempenho
ambiental;
compreender as principais mudanças de requisitos de gestão ambiental,
comparando a versão ISO 14001:2015 à versão ISO 14001:2004;
entender, interpretar e conduzir auditorias contra as mudanças acrescentadas
na versão ISO 14001:2015.

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Seção 1: Recapitulação do Módulo 1
Estrutura de alto nível – Propósito e necessidade

Introdução

A ISO decidiu em 2012 que todas as normas de sistemas de gestão deveriam


utilizar uma estrutura comum contendo:
estrutura unificada de alto nível;
textos e terminologias comuns.

A partir de agora, todos os termos e estruturas dos sistemas de gestão ISO serão
ainda mais compatíveis: todas elas terão a mesma “cara e jeito”.

Propósito e benefícios da HLS:


• fornecer um conjunto central de requisitos;
• manter o foco atual na gestão eficaz dos processos para produzir os resultados
desejados (através do comprometimento e envolvimento da liderança);
• refletir as mudanças nos ambientes cada vez mais complexos, dinâmicos e
exigentes nos quais as organizações operam (através da identificação do
contexto da organização, suas partes interessadas e análise de riscos) e
facilitar o desenvolvimento sustentado do negócio.

A norma ISO 14001:2015 é baseada no Anexo SL das Diretivas ISO, uma


estrutura de alto nível (HLS) que normaliza os principais requisitos/títulos de
cláusulas, termos comuns e definições centrais para aumentar a compatibilidade e
alinhamento com as demais normas de sistema de gestão ISO.

O Anexo SL busca equilibrar a necessidade de adição de regras que podem ser


mais específicas em uma determinada área, mantendo a redundância estrutural
geral em um mínimo. Assim, novos termos e definições podem ser adicionados,
mas os existentes no Anexo SL não podem ser eliminados ou modificados.

Principais vantagens do aumento da compatibilidade das normas:

facilidade de implementação de novas normas;


facilidade de integração de diferentes sistemas de gestão;
acréscimo de valor para os usuários;
aumento da eficácia de desenvolvimento de normas pelos Comitês Técnicos.

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Seção 2: O objetivo de um sistema de gestão ambiental e
fatores de sucesso, de acordo com a ISO 14001:2015

O objetivo da norma é prover às organizações uma estrutura para a


proteção do meio ambiente e possibilitar uma resposta às mudanças das
condições ambientais em equilíbrio com as necessidades socioeconômicas.

A norma especifica os requisitos que permitem que uma organização alcance os


resultados pretendidos e definidos para seu sistema de gestão ambiental.

Uma abordagem sistemática para a gestão ambiental pode prover a alta direção
de uma empresa com as informações necessárias para obter sucesso a longo
prazo e para criar alternativas que contribuam para um desenvolvimento
sustentável, por meio de:

− proteção do meio ambiente pela prevenção ou mitigação dos impactos


ambientais adversos;
− mitigação de potenciais efeitos adversos das condições ambientais na
organização;
− auxílio à organização no atendimento aos requisitos legais e outros requisitos;
− aumento do desempenho ambiental;
− controle ou influência no modo em que os produtos e serviços da organização
são projetados, fabricados, distribuídos, consumidos e descartados, utilizando
uma perspectiva de ciclo de vida que possa prevenir o deslocamento
involuntário dos impactos ambientais dentro do ciclo de vida;
− alcance dos benefícios financeiros e operacionais que podem resultar da
implementação de alternativas ambientais que reforçam a posição da
organização no mercado;
− comunicação de informações ambientais para as partes interessadas
pertinentes.

O sucesso de um sistema de gestão ambiental depende do


comprometimento de todos os níveis e funções da organização,
começando pela alta direção.

A alta direção pode efetivamente abordar seus riscos e oportunidades, integrando


a gestão ambiental aos processos dos negócios da organização, o direcionamento
estratégico e à tomada de decisão, alinhando-os com outras prioridades de
negócios e incorporando a governança ambiental em seu sistema de gestão global.

A demonstração de uma implementação bem-sucedida desta norma pode


ser utilizada para assegurar às partes interessadas que a organização
possui um sistema de gestão ambiental eficaz em operação.

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Relação entre o ciclo PDCA e a HLS nesta norma internacional

A base para a abordagem básica em um sistema de gestão ambiental é


encontrada no conceito Plan-Do-Check-Act (PDCA). O modelo PDCA fornece um
processo interativo utilizado pelas organizações para alcançar melhoria contínua.

Plan (planejar): estabelecer os processos e processos ambientais necessários para


entregar resultados de acordo com a política ambiental da organização.

Do (fazer): implementar os processos de acordo com o planejado.

Check (checar): monitorar e medir processos contra a política ambiental, incluindo


seus comprometimentos, objetivos ambientais e critérios operacionais, e relatar
os resultados.

Act (agir): adotar as ações necessárias para a melhoria contínua.

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Como o conjunto central de requisitos se ajusta à norma
ISO 14001:2015?

MAIS

Requisitos
específicos da
ISO 14001:2015

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Seção 3: Principais mudanças dos requisitos ISO 14001

Exercício (opcional) – novas cláusulas ISO

Utilizando a tabela abaixo, que apresenta a cláusula da ISO 14001:2015, encontre


a cláusula mais próxima (comparável) na sua cópia da norma ISO 14001:2004.
Escreva o nome da cláusula no campo adequado da tabela.

Após concluir esta atividade, determine quais cláusulas da ISO 14001:2015 são
novas e quais cláusulas da ISO 14001:2004 foram eliminadas.

ISO 14001: 2015 ISO 14001: 2004

Contexto da organização 4
(somente título)
Entendendo a organização e seu 4.1
contexto
Entendendo as necessidades e 4.2
expectativas das partes
interessadas
Determinando o escopo do 4.3
sistema de gestão ambiental
Sistema de gestão ambiental 4.4
Liderança (somente título) 5
Liderança e comprometimento 5.1
Política ambiental 5.2
Papéis, responsabilidades e 5.3
autoridades organizacionais
Planejamento (somente título) 6
Ações para abordar riscos e 6.1
oportunidades (somente título)
Generalidades 6.1.1
Aspectos ambientais 6.1.2
Requisitos legais e outros 6.1.3
requisitos
Planejamento de ações 6.1.4
Objetivos ambientais e 6.2
planejamento para alcançá-los
(somente título)
Objetivos ambientais 6.2.1
Planejamento de ações para 6.2.2
alcançar os objetivos ambientais
Apoio (somente título) 7
Recursos 7.1
Competência 7.2
Conscientização 7.3
Comunicação (somente título) 7.4
Generalidades 7.4.1
Comunicação interna 7.4.2
Comunicação externa 7.4.3

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ISO 14001: 2015 ISO 14001: 2004

Informação documentada 7.5


(somente título)
Generalidades 7.5.1
Criando e atualizando 7.5.2
Controle de informação 7.5.3
documentada
Operação (somente título) 8
Planejamento e controle 8.1
operacionais
Preparação e resposta a 8.2
emergências
Avaliação de desempenho 9
(somente título)
Monitoramento, medição, análise 9.1
e avaliação (somente título)
Generalidades 9.1.1
Avaliação do atendimento aos 9.1.2
requisitos legais e outros
requisitos
Auditoria interna 9.2
Generalidades 9.2.1
Programa de auditoria interna 9.2.2
Análise crítica pela direção 9.3
Melhoria (somente título) 10
Generalidades 10.1
Não conformidade e ação 10.2
corretiva
Melhoria contínua 10.3

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Como vimos no Módulo 1 do curso de transição, o objetivo comum para todas as
normas relacionadas à HLS é fortalecer o desenvolvimento sustentado. A ISO
14001:2015 claramente declara que esta norma internacional é destinada à
utilização por uma organização que queira gerenciar suas responsabilidades
ambientais de maneira sistemática, contribuindo para o pilar ambiental da
sustentabilidade.

A norma adicionalmente descreve que o resultado desejado de um sistema de


gestão ambiental deve ser consistente com a política ambiental da organização e
deve incluir:

• o aumento do desempenho ambiental;


• o cumprimento integral das obrigações;
• o alcance dos objetivos ambientais.

Se uma organização deseja reivindicar que está conforme a norma ISO


14001:2015, então ela deve incorporar todos os requisitos da norma no seu
sistema de gestão ambiental e justificar qualquer exclusão. Entretanto, esta
norma pode ser utilizada, total ou parcialmente, para melhorar sistematicamente
a gestão ambiental de qualquer organização.

Os requisitos declarados nesta norma são aplicáveis a qualquer organização e aos


aspectos ambientais das suas atividades, produtos e serviços que a organização
determina ou pode controlar ou influenciar, considerando a perspectiva do ciclo de
vida. Os critérios específicos de desempenho ambiental para as organizações não
são declarados/especificados na norma, e as organizações devem estabelecê-los
de acordo com o seu contexto.

Uma vez que a estrutura é a mesma para todas as normas de sistema de


gestão que adotam a HLS, a norma declara: “não há referências normativas”.

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O capítulo 3 da ISO 14001:2004 também é “Termos e definições” – dessa forma,
não há novidades. Entretanto, o capítulo 3 da ISO 14001:2015 contém diversas
definições novas.

Além das novas definições listadas a seguir, há outras definições novas como: alta
direção, riscos e oportunidades, requisito, processo, medição, monitoramento, etc.
A lista completa pode ser encontrada na própria norma.

3.3.2 informação documentada

informação que se requer que seja controlada e mantida por uma organização
(3.1.4) e o meio no qual está contida

Observação: esta definição substitui as definições de “documento” e “registro”.

3.2.3 condição ambiental

estado ou característica do meio ambiente (3.2.1), conforme determinado em


certo momento

Observação: esta definição é utilizada na cláusula 4.1 para determinar as


questões externas.

3.3.3 ciclo de vida

estágios consecutivos e encadeados de um sistema de produto (ou serviço), desde


a aquisição de matéria-prima ou de sua geração, a partir de recursos naturais até
a disposição final

Nota 1: os estágios do ciclo de vida incluem a aquisição da matéria-prima, projeto,


produção, transporte/entrega, uso, tratamento pós-uso e disposição final.

Observação: este é um novo item para a identificação dos aspectos e impactos


ambientais.

3.2.10 risco

efeito da incerteza

3.3.1 competência

capacidade de aplicar conhecimento e habilidades para to alcançar os resultados


pretendidos

3.4.6 eficácia

extensão na qual as atividades planejadas são realizadas e os resultados


planejados são alcançados

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3.2.9 obrigações de cumprimento (requisitos legais e outros requisitos)

requisitos legais (3.2.8) que uma organização (3.1.4) tem de cumprir e outros
requisitos que uma organização tem de cumprir ou opta por cumprir

Nota 1: requisitos legais e outros requisitos estão relacionados ao sistema de


gestão ambiental.

Nota 2: requisitos legais e outros requisitos podem originar-se de requisitos


mandatórios, como leis e regulamentos aplicáveis, ou compromissos voluntários,
como normas da organização e da indústria, relações contratuais, códigos de
práticas e acordos com grupos comunitários ou organizações não governamentais.

3.3.4 terceirizar

fazer um arranjo onde uma organização (3.1.4) externa desempenha parte de


uma função ou processo (3.3.5) de uma organização

3.4.7 indicador

representação mensurável da condição ou estado de operações, gestão ou


condicionantes

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4.1 Entendendo a organização e seu contexto

A organização deve determinar questões externas e internas que sejam


pertinentes para o seu propósito e que afetem sua capacidade de alcançar os
resultados pretendidos do seu sistema de gestão ambiental. Essas questões
devem incluir as condições ambientais que afetam ou são capazes de afetar a
organização.

“Entendendo a organização e seu contexto” é um conceito adaptado da ISO 31000


e as diretrizes abaixo foram trazidas dessa norma.

1. Entendendo o contexto externo da organização pode incluir, mas não se


limitar a:
• o ambiente social e cultural, legal, regulamentar, financeiro, tecnológico,
econômico, natural e competitivo, seja internacional, nacional ou local;
• os principais motores e tendências que podem ter um impacto sobre os
objetivos da organização, incluindo as mudanças das necessidades dos
clientes;
• as relações, percepções, valores e expectativas das partes interessadas
externas.

2. Entendendo o contexto interno da organização pode incluir, mas não se limitar


a:
• a governança, estrutura organizacional, papéis e responsabilidades;
• as políticas, objetivos e estratégias estabelecidas para alcançá-los;
• a capacidade, compreendida em termos de recursos e conhecimentos (por
exemplo, capital, tempo, pessoal, processos, sistemas e tecnologias);
• os sistemas de informação, fluxos de informação e processos de tomada de
decisão (tanto formal quanto informal);
• os relacionamentos com, e percepções e valores de, as partes interessadas
internas e a cultura da organização;
• as normas, diretrizes e modelos adotados pela organização;
• a forma e abrangência dos relacionamentos contratuais.

As condições ambientais podem estar relacionadas, por exemplo, ao clima,


qualidade do ar, qualidade da água, utilização do solo, contaminação existente e
disponibilidade de recursos naturais. As condições que podem afetar a organização
podem ser, por exemplo, furacões ou tornados, inundações, solo contaminado
restringindo a sua utilização, escassez de água devido a períodos de seca, etc.

Não é explicitamente exigida evidência documentada. Entretanto, dependendo do


tamanho e complexidade da organização, ela pode ser necessária. Também deve
ser considerado que as mudanças nas questões devem ser entradas para a análise
crítica pela direção (9.3).

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4.2 Entendendo as necessidades e expectativas de partes interessadas

A organização deve determinar:


a) as partes interessadas que sejam pertinentes para o sistema de gestão
ambiental;
b) as necessidades e expectativas pertinentes (ou seja, requisitos) dessas partes
interessadas;
c) quais dessas necessidades e expectativas se tornam seus requisitos legais e
outros requisitos.

Esta cláusula é nova quando comparada à versão 2004 e representa um novo


conceito.

As partes interessadas relacionadas às questões ambientais podem incluir,


tipicamente, a sede da organização, clientes, acionistas, autoridades locais,
regionais e nacionais, vizinhanças, ONGs, etc.

As “partes interessadas relevantes” são pessoas ou organizações que podem


impactar, ou potencialmente impactar, a capacidade da organização de alcançar a
sua política e objetivos ambientais, ou requisitos estatutários e regulamentares.
Clientes, acionistas, membros da direção, grupos de pressão ambiental, vizinhos e
concorrentes, todos caem nesta classificação. Cada organização terá seu próprio
conjunto de partes interessadas relevantes, e este conjunto mudará ao longo do
tempo.

Os requisitos de partes interessadas não são necessariamente os requisitos da


organização. Alguns requisitos de partes interessadas refletem necessidades e
expectativas que são obrigatórias, por terem sido incorporadas em leis,
regulamentos, autorizações e licenças, por decisão governamental ou judicial. A
organização pode decidir voluntariamente aceitar ou adotar outros requisitos de
partes interessadas (por exemplo, por eventual relação contratual, inscrevendo-se
em uma iniciativa voluntária).

Observe os seguintes itens:


• introdução do termo “obrigações de cumprimento”;
• embora as agências reguladoras também sejam mencionadas como parte
interessada, a identificação detalhada dos requisitos legais e como eles se
aplicam à organização estão cobertos em 6.1.3 “requisitos legais e outros
requisitos”. Neste estágio isso é mais do que uma identificação de “alto nível”
dos principais requisitos legais;
• não é explicitamente exigida evidência documentada. Entretanto, dependendo
do tamanho e complexidade da organização, ela pode ser necessária. Também
deve ser considerado que as mudanças nas questões devem ser entradas para
a análise crítica pela direção (9.3).
• consulte a definição de “parte interessada”.

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Exercício A

A1: você recebeu as informações do estudo de caso da POL. Baseado nesse


estudo de caso, quais tipos de evidência você procuraria, como auditor, para
determinar se a organização atendeu aos requisitos das cláusulas 4.1 e 4.2 da
norma?

4.1 Evidência

4.2 Evidência

A2: quais tipos de perguntas você faria à direção?

Perguntas
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.

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4.3 Determinando o escopo do sistema de gestão ambiental

A organização deve determinar os limites e a aplicabilidade do sistema de gestão


ambiental para estabelecer o seu escopo.

Ao determinar esse escopo, a organização deve considerar:


a) as questões externas e internas referidas em 4.1;
b) os requisitos legais e outros requisitos referidos em 4.2;
c) suas unidades organizacionais, funções e limites físicos;
d) suas atividades, produtos e serviços;
e) sua autoridade e capacidade de exercer controle e influência.

Uma vez definido o escopo, todas as atividades, produtos e serviços da


organização dentro desse escopo precisam ser incluídos no sistema de gestão
ambiental.

O escopo deve ser mantido como informação documentada e estar disponível para
as partes interessadas.

Comparada à HLS, há algumas adições específicas na ISO 14001:2015 – por


exemplo, lista ampliada de elementos a serem considerados durante a
determinação do escopo e a necessidade de disponibilizar o escopo às partes
interessadas. Na versão 2004 a única declaração relacionada ao escopo (4.1) é:
“A organização deve definir e documentar o escopo do seu sistema de gestão
ambiental”.

O escopo é sempre um elemento importante para os auditores discutirem e


esclarecerem com seus clientes. Como declarado em A.4.3:

“Uma organização possui a liberdade e flexibilidade para definir seus limites. Ela
pode optar por implementar esta norma em toda a organização, ou somente em
parte(s) específica(s) da organização, contanto que a alta direção dessa(s)
parte(s) tenha autoridade para estabelecer um sistema de gestão ambiental”.

Ao definir o escopo, a credibilidade do sistema de gestão ambiental depende da


escolha dos limites organizacionais. A organização considera a extensão de
controle ou influência que ela pode exercer sobre as atividades, produtos e
serviços, considerando uma perspectiva de ciclo de vida. Convém que a definição
do escopo não seja usada para excluir atividades, produtos, serviços ou
instalações que têm ou podem ter aspectos ambientais significativos, ou para
evitar seus requisitos legais e outros requisitos. O escopo é uma declaração real e
representativa das operações da organização incluídas nos limites do seu sistema
de gestão ambiental, que não convém que induza ao erro as partes interessadas.

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Este tópico já foi discutido detalhadamente no Módulo 1. Esta norma fortaleceu a
ênfase na liderança e comprometimento.

A ISO 14001:2014 substitui “responsabilidade da direção” por “liderança” e


realoca diversos requisitos da ISO 14001:2004 como atividades da liderança.

A cláusula 5.1 identifica aspectos específicos do sistema de gestão ambiental,


esperando que a alta direção demonstre tanto liderança quanto comprometimento:
• ela começa com a responsabilidade por prestar contas pela eficácia do seu
sistema de gestão ambiental. A alta direção deve garantir que a política
ambiental e os objetivos ambientais sejam consistentes com o direcionamento
estratégico e contexto no qual a organização está operando;
• ela também deve trabalhar com o seu pessoal para garantir que os objetivos
ambientais sejam alcançados. Além disso, a alta direção deve garantir que a
política ambiental seja comunicada, entendida e aplicada em toda a
organização;
• a alta direção também deve garantir que os requisitos do sistema de gestão
ambiental sejam integrados aos processos de negócio da organização – isto é,
o sistema de gestão ambiental não deve ser só um “empilhamento” de
requisitos;
• a alta direção deve promover a importância da gestão ambiental eficaz e a
conformidade com os requisitos do sistema de gestão ambiental;
• também, deve garantir a disponibilidade dos recursos necessários para a
operação eficaz do sistema de gestão ambiental;
• a alta direção deve assegurar que o sistema de gestão ambiental esteja
alcançando os resultados pretendidos e liderar as pessoas a contribuírem para
a operação eficaz do sistema de gestão ambiental;
• a alta direção deve promover a melhoria contínua;
• ela deve apoiar outros papéis pertinentes da gestão para demonstrar como sua
liderança se aplica às áreas sob sua responsabilidade.

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5.2 Política ambiental
A alta direção deve estabelecer, implementar e manter uma política ambiental que,
dentro do escopo definido em seu sistema de gestão ambiental:
a) seja apropriada ao propósito e ao contexto da organização, incluindo a
natureza, escala e impactos ambientais das suas atividades, produtos e
serviços;
b) proveja uma estrutura para o estabelecimento dos objetivos ambientais;
c) inclua um comprometimento com a proteção do meio ambiente, incluindo a
prevenção da poluição e outro(s) compromisso(s) específico(s) pertinente(s)
para o contexto da organização;
d) inclua um comprometimento em atender os seus requisitos legais e outros
requisitos;
e) inclua um comprometimento com a melhoria contínua do sistema de gestão
ambiental para aumentar o desempenho ambiental.

Nota: outro(s) compromisso(s) específico(s) para a proteção ambiental pode(m)


incluir uso sustentável de recursos, mitigação e adaptação à mudança climática, e
proteção da biodiversidade e dos ecossistemas.

Comparada à versão 2004, a principal mudança é o requisito introduzido para


“proteção do meio ambiente”. O compromisso é destinado a não apenas prevenir
a poluição, mas a proteger o ambiente natural contra danos e degradação. O
comprometimento específico que uma organização desempenha deve ser
relevante ao seu contexto e afetar positivamente as condições locais ou regionais.

A justificativa da ISO para introduzir “proteção do meio ambiente” é que a


utilização do requisito “prevenção da poluição” era percebida apenas como
soluções “fim de tubo” e, dessa forma, o requisito estava um pouco
“desatualizado”. Atualmente algumas economias enfrentam desafios
ambientais novos e outros desafios que vão além da mitigação da poluição.

Os compromissos de “proteção do meio ambiente” podem incluir, por exemplo,


a qualidade da água, a reciclagem ou a qualidade do ar, assim como podem incluir
o comprometimento relativo à mitigação e adaptação à mudança climática,
proteção da biodiversidade e proteção e recuperação dos ecossistemas.

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Exercício 1 (opcional)

No Apêndice B você tem as descrições do escopo e política ambiental mencionadas


no manual de sistema de gestão ambiental da POL. Com base nesses documentos
e nas informações do Apêndice B, verifique a conformidades com as cláusulas 4.3
e 5.2. Prepare uma breve apresentação dos seus resultados.

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Exercício B – liderança

Quais tipos de questão você faria em toda a organização para verificar os


requisitos de liderança e quais tipos de evidência você procuraria como um auditor?

Questão Evidência

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5.3 Papéis, responsabilidades e autoridades organizacionais

Sem mudanças significativas.

6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades


Em 6.1.2 Aspectos ambientais a norma faz distinção entre dois tipos de risco:
• aspectos ambientais diversos, ou ameaças (como na versão anterior ISO
14001, mas tendo em mente a abordagem de ciclo de vida);
• impactos ambientais benéficos (oportunidades).

Esses dois tipos de risco podem afetar o resultado pretendido do sistema de


gestão ambiental da organização.

A cláusula 6.1 Ações para abordar riscos e oportunidades contém:


• 6.1.1 Generalidades;
• 6.1.2 Aspectos ambientais;
• 6.1.3 Requisitos legais e outros requisitos;
• 6.1.4 Planejamento de ações.

É importante observar que também são abordadas as oportunidades, não apenas


os riscos/ameaças.

Observamos que:
• a cláusula 6.1.2, a menos de algumas emendas, é praticamente a cláusula
4.3.1 da versão 2004;
• a cláusula 6.1.3 é muito similar à cláusula 4.3.2 da versão 2004;
• a cláusula 6.1.1 apresenta novos requisitos.

O nível de métodos e procedimentos variará de acordo com a complexidade e tipo


do negócio.

6.1.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter o(s) processo(s)
necessário(s) para atender aos requisitos de 6.1.1 a 6.1.4.

Ao planejar o sistema de gestão ambiental, a organização deve considerar:


a) as questões referidas em 4.1;
b) os requisitos referidos em 4.2;
c) o escopo do seu sistema de gestão ambiental;

e determinar os riscos e oportunidades relacionados aos seus aspectos ambientais


(ver 6.1.2), requisitos legais e outros requisitos (ver 6.1.3), outras questões e
requisitos, identificados em 4.1 e 4.2, que precisam ser abordados para:

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− assegurar que o sistema de gestão ambiental possa alcançar seus resultados
pretendidos;
− prevenir ou reduzir efeitos indesejáveis, incluindo o potencial para condições
ambientais externas
− que afetem a organização;
− alcançar a melhoria contínua.

Dentro do escopo do sistema de gestão ambiental, a organização deve determinar


potenciais situações de emergência, incluindo aquelas que podem ter um impacto
ambiental.

A organização deve manter informação documentada de seus:


− riscos e oportunidades que precisam ser abordados;
− processo(s) necessário(s) em 6.1.1 a 6.1.4, na extensão necessária para ter
confiança de que eles sejam realizados conforme planejado.

A utilização dos termos “riscos” e “oportunidades” é nova, se comparada à versão


2004. Como isso se relaciona, por exemplo, aos aspectos significativos?

Tendo destacado as questões e requisitos nas cláusulas 4.1 e 4.2, agora é hora de
abordar os riscos e oportunidades que a organização enfrenta através do
planejamento. Como a organização prevenirá, ou reduzirá, os efeitos indesejados?
Como a organização garantirá que pode alcançar seus resultados pretendidos e
melhoria contínua?

Então, quais são as novidades da cláusula 6.1.1? O processo na cláusula 6.1.1 é


destinado a garantir que uma organização seja capaz de alcançar os resultados
pretendidos do seu sistema de gestão ambiental, prevenir ou reduzir os efeitos
indesejados, e alcançar a melhoria contínua através da determinação dos seus
riscos e oportunidades que precisam ser abordados e o planejamento das ações
para considerá-los. Em resumo, a cláusula 6.1.1 busca identificar os riscos e
oportunidades de “alto potencial”.

Esses riscos e oportunidades podem ser relacionados aos aspectos ambientais


(6.1.2) e requisitos legais e outros requisitos (6.1.3). Os aspectos ambientais
podem criar riscos e oportunidades associados a impactos ambientais adversos,
impactos ambientais benéficos e outros efeitos para a organização. Os riscos e
oportunidades relacionados aos aspectos ambientais podem ser determinados
como parte da avaliação de significância, ou separadamente. Os requisitos legais e
outros requisitos (6.1.3) podem criar riscos e oportunidades: uma falha de
conformidade, que pode causar danos à reputação da organização ou resultar em
processos legais, ou uma oportunidade para ir além das obrigações de
cumprimento e melhorar a reputação da organização.

Entretanto, estes riscos e oportunidades de “alto potencial” também podem ser


relacionados às questões internas e externas (4.1) ou às necessidades e
expectativas das partes interessadas (4.2), que não necessariamente de 6.1.2 e
6.1.3. Por exemplo:
1) local interno para a disposição de lixo no limite da sua capacidade, exigindo

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soluções alternativas;
2) necessidade de extração de minério de novas minas, o que afetará os níveis de
emissão;
3) consumidores e ONGs “abandonando” produtos que utilizam óleo de palmeira
em sua composição.

Os riscos e oportunidades também podem estar relacionados às questões ligadas


às condições ambientais que afetam a capacidade da organização de alcançar os
resultados pretendidos do sistema de gestão ambiental. Por exemplo:
1) inundações maiores, que podem afetar as instalações;
2) escassez de água em períodos secos que podem limitar a capacidade de
utilização de scrubbers para a redução das emissões.

Outro novo requisito declarado na cláusula 6.1.1 é que uma organização deve
identificar potenciais situações de emergência que possam resultar em
impactos ambientais adversos e outros efeitos sobre a organização.

Cabe à organização selecionar o método para determinar os seus riscos e


oportunidades. O método pode envolver um processo qualitativo simples ou uma
avaliação quantitativa complexa, dependendo do contexto no qual a organização
opera.

Deve ser mantida informação documentada dos riscos e oportunidades que


precisam ser abordados. Também, devem ser documentadas as evidências para
assegurar que o processo foi realizado de acordo com o planejado.

Concluindo, a cláusula 6 coloca uma maior ênfase sobre o planejamento


ambiental da organização, que é fundamental para o negócio. Os resultados da
determinação dos riscos e oportunidades, aspectos ambientais significativos e
obrigações de cumprimento são entradas para 6.1.4 Planejamento de ações e 6.2
Objetivos ambientais e planejamento para alcançá-los.

As organizações devem se familiarizar com os riscos – as consequências de um


evento e a probabilidade associada de ocorrência – e como evitar, eliminar,
minimizar ou mitigá-los. Elas também precisam focar os aspectos positivos –
oportunidades para o negócio – e otimizá-los. Os riscos e oportunidades, aspectos
significativos e obrigações de cumprimento direcionarão as políticas, controles e
medições. As organizações e os auditores devem compreender essas
conexões. Os auditores também precisam compreender isso para
estabelecer trilhos eficazes de auditoria.

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Exercício 2 (opcional)

Você está entrevistando o CEO do site da POL em Townham, Ian Leader, sobre a
gestão das partes interessadas. Ele menciona que o relacionamento com o banco
mudou: o banco reduziu as facilidades de acesso ao crédito. A consequência disso
é que alguns grandes projetos de manutenção tiveram que ser adiados. Você
perguntou quais eram as consequências do adiamento da manutenção e o CEO
explicou que isso tem um grande impacto, pois três dos seus maiores tanques
foram lacrados pelas autoridades, causando um grande impacto no planejamento
da produção, entrega de produto e faturamento.

Questão: quais podem ser os riscos associados ao adiamento da manutenção?


Liste pelo menos três.

1. Risco 1:
______________________________________________________________
2. Risco 2:
______________________________________________________________
3. Risco 3:
______________________________________________________________

6.1.2 Aspectos ambientais

A novidade aqui é a perspectiva do ciclo de vida. Na identificação dos aspectos


ambientais a organização deve aplicar uma perspectiva de ciclo de vida.
Entretanto, a norma não exige uma avaliação detalhada do ciclo de vida: uma
simples consideração dos estágios do ciclo de vida que podem ser controlados ou
influenciados pela organização é suficiente. Para esse propósito a organização
pode obter estas informações diretamente ou procurá-las com os seus
fornecedores de produtos e serviços. As informações já desenvolvidas para o
propósito regulamentar ou outros propósitos podem ser utilizadas neste processo.
Os estágios típicos de um ciclo de vida de produto podem incluir, por exemplo,
extração de matérias-primas, projeto, produção, transporte/entrega, utilização,
tratamento pós-uso e disposição final.

Os estágios aplicáveis do ciclo de vida variarão de acordo com a atividade,


produto ou serviço.

Há também alguns novos requisitos:


• emenda para incluir também “condições anormais e situações de emergência
razoavelmente previsíveis” (6.1.2);
• a declaração da versão 2004 “a organização deve garantir que os
aspectos ambientais significativos sejam levados em consideração ao
estabelecer, implementar e manter seu sistema de gestão ambiental”
foi removida, mas está parcialmente considerada em 6.1.4;
• o requisito para a documentação relacionada aos aspectos deve ser observado.
Não é mais necessário ter um procedimento, entretanto é exigido documentar
os critérios utilizados para a avaliação dos aspectos. Além disso, há ainda um

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requisito para reter a documentação dos resultados do processo – também um
requisito da versão 2004;
• os termos “riscos e oportunidades” são utilizados em 6.1.4 e podem causar
alguma confusão. Há alguma relação entre “aspecto ambiental significativo” e
“riscos e oportunidades”? (veja também 6.1.4).

Exercício C – ciclo de vida

Baseado nos materiais do caso POL, você está preparando uma auditoria; faça 5
questões que garantam a você que a organização identificou os aspectos
ambientais das suas atividades, produtos e serviços que ela pode controlar e
aqueles que ela pode influenciar, e seus impactos ambientais associados,
considerando a perspectiva do ciclo de vida.

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________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
________________________________________________________________
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________________________________________________________________

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6.1.3 Requisitos legais e outros requisitos (obrigações de cumprimento)
A organização deve:
a) determinar e ter acesso aos requisitos legais e outros requisitos relacionados a
seus aspectos ambientais;
b) determinar como estes requisitos legais e outros requisitos aplicam-se à
organização;
c) levar requisitos legais e outros requisitos em consideração quando estabelecer,
implementar, manter e melhorar continuamente seu sistema de gestão
ambiental.

6.2 Objetivos ambientais e planejamento para alcançá-los


Consulte o Módulo 1 (Anexo SL- HLS).

Observe o requisito adicional na ISO 14001 para estabelecer indicadores para


monitorar o progresso em direção ao alcance dos objetivos.

As metas e objetivos devem ser documentados e consistentes com a política e os


aspectos ambientais significativos identificados, o contexto da organização e os
requisitos legais e outros requisitos.

Os funcionários responsáveis por alcançar as metas e objetivos devem ter sido


envolvidos no seu desenvolvimento, de modo a garantir a viabilidade e
compreensão.

As metas e objetivos devem ser mensuráveis (S.M.A.R.T), revisados e revistos de


acordo com a necessidade:
• eSpecíficos
• Mensuráveis (ao estabelecer indicadores para monitorar o progresso)
• Alcançáveis
• Realistas
• no prazo aceiTável

Os programas devem incluir a designação de responsabilidade, os meios para


alcançar as metas e objetivos e o seu cronograma. Em essência, isto equivale a
ter as respostas para “quem?”, “como?” e “quando?”. Deve ser dada ênfase
particular à clara definição dos meios para alcançar cada programa com
consideração ao estabelecimento de marcos com indicadores e a utilização de
planos de projeto. Se adequado, pode ser utilizada alguma forma de
“normalização” (por exemplo, por ton de produto, por unidade de área, por
funcionário, etc.).

As estabelecer metas e objetivos, a organização precisa considerar diversos


fatores.

Algumas questões que podem ser colocadas são:


• As metas e objetivos...
• ... estão documentados e são mensuráveis?
• ... são mantidos em toda a organização?
• ... são consistentes com a política e melhoria contínua?
• ... receberam considerações para a sua normalização (por exemplo, uso de

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energia por ton de produção, etc.)?
• Foram considerados(as)...
• ... os requisitos legais?
• ... os aspectos significativos?
• ... as opções técnicas?
• ... os pontos de vista das partes interessadas?
• Foram estabelecidos programas para gerenciar o alcance das metas e objetivos
e eles incluem...
• ... as responsabilidades de cada nível relevante?
• ... as soluções e os cronogramas?
• ... as opções de novos desenvolvimentos?

As metas e objetivos devem idealmente focar a melhoria do desempenho


ambiental, mas outros objetivos também são aceitáveis. Exemplos de melhorias
podem incluir:
• desempenho ambiental;
• controle ambiental;
• conhecimento e informação.

Algumas organizações estabelecem metas e objetivos que refletem a


conformidade com a legislação. Ainda que isso não seja proibido pela norma, a
organização deve procurar demonstrar a melhoria contínua do seu desempenho.

A certificação buscará avaliar se as metas e objetivos que uma organização


estabeleceu para si são “ambiciosos, mas factíveis”.

Informação documentada nesta cláusula


As metas e objetivos e seus programas devem ser documentados.

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Exercício 3 (opcional)

Objetivos de aprendizagem: entender o significado da norma para “objetivos e


indicadores”.

Para alcançar os objetivos (ambientais) e monitorar o progresso, a organização


deve utilizar “indicadores para monitorar o progresso em direção ao alcance dos
seus objetivos ambientais mensuráveis” (6.2.2).

Para o caso da POL:


• utilizando os resultados da identificação do exercício de impactos, discuta
alguns objetivos possíveis que a POL poderia estabelecer;
• selecione um exemplo e desenvolva um programa de gestão ambiental para
isso;
• para os outros dois aspectos, identifique indicadores que deem uma impressão
do desempenho dos aspectos;
• dê exemplos de como a direção pode monitorar se os objetivos foram
alcançados e quais tipos de evidência você espera;
• prepare uma breve apresentação dos seus resultados.

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7.4 Comunicação

7.4.1 Generalidades
A organização deve estabelecer, implementar e manter processo(s) necessário(s)
para comunicações internas e externas pertinentes para o sistema de gestão
ambiental, incluindo:
a) sobre o que comunicar;
b) quando comunicar;
c) com quem se comunicar;
d) como comunicar.

Ao estabelecer o(s) seu(s) processo(s) de comunicação, a organização deve:


− levar em consideração seus requisitos legais e outros requisitos;
− assegurar que a informação ambiental comunicada seja coerente com
informação gerada dentro do sistema de gestão ambiental e que seja confiável.

A organização deve responder as comunicações pertinentes, referentes ao seu


sistema de gestão ambiental.

A organização deve reter informação documentada como evidência de suas


comunicações, como apropriado.

7.4.2 Comunicação interna


A organização deve:
a) comunicar internamente as informações pertinentes para o sistema de gestão
ambiental entre os diversos níveis e funções da organização, incluindo
mudanças no sistema de gestão ambiental, como apropriado;
b) assegurar que seu(s) processo(s) de comunicação possibilite(m) que qualquer
pessoa que realize trabalho sob o controle da organização contribua para a
melhoria contínua.

7.4.3 Comunicação externa


A organização deve comunicar externamente as informações pertinentes para o
sistema de gestão ambiental, como estabelecido pelo(s) processo(s) de
comunicação da organização e como requerido por seus requisitos legais e outros
requisitos.

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O requisito em 7.4 representa mudanças e extensão comparadas à versão 2004
(cláusula 4.4.3) incluindo:
• maior prescrição em relação aos mecanismos de comunicação, incluindo a
determinação de “o quê?”, “quando?”, “quem?” e “como?” comunicar-se
(interna e externamente);
• a cláusula 7.4.1 estabelece requisitos para garantir que a informação
comunicada seja consistente com as informações geradas dentro do SGA e seja
confiável;
• a cláusula 7.4.2.b exige a facilitação de retroalimentação de melhoria dos
funcionários e partes externas;
• a cláusula 7.4.3 aborda a necessidade de relato externo como determinado e
exigido pelos requisitos legais e outros requisitos.

Exercício 4 (opcional)

Você está verificando a comunicação externa, em especial a comunicação dos


requisitos ambientais relevantes aos fornecedores externos – incluindo
contratados. Dê 5 exemplos de evidência que você poderia verificar.

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7.5 Informação documentada

7.5.1 Generalidades
O sistema de gestão ambiental da organização deve incluir:
a) informação documentada, requerida por esta norma;
b) informação documentada, determinada pela organização como sendo
necessária para a eficácia do sistema de gestão ambiental.

Nota: a extensão da informação documentada para um sistema de gestão


ambiental pode diferir de uma organização para outra, devido:
− ao porte da organização e seu tipo de atividades, processos, produtos e
serviços;
− à necessidade de demonstrar o atendimento aos seus requisitos legais e outros
requisitos;
− à complexidade de processos e suas interações;
− à competência de pessoas que realizam trabalho sob o controle da organização.

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Na versão anterior da ISO 14001 havia uma diferença entre ‘documentos’ e
‘registros’. A ISO 14001:2015 utiliza o termo ‘informação documentada’.

Assim, o termo ‘informação documentada’ se refere tanto a como operar um


processo (ex-‘procedimento’) e evidência dos resultados alcançados (ex-
‘registros’). A HLS não se refere ao termo ‘procedimento’, mas utiliza o termo
‘processo’ como o termo para um modo especificado de realizar uma atividade.

A extensão da documentação de uma organização variará de acordo com a sua


exposição ao risco, seu tamanho, natureza das suas atividades, complexidade dos
seus processos e competência dos seus funcionários. Aqui é esperado que a
organização com diversos produtos, processos e locais operacionais tenham um
requisito de documentação mais elaborado e extenso do que as organizações com
um único site, processo único e um só produto.

O requisito que incluía a “descrição dos principais elementos do sistema de gestão


ambiental, e referência aos documentos relacionados” em 4.4.4.c na versão 2004
foi removido, indicando que um documento do tipo “manual” não é mais exigido.
Isto não significa que a documentação não seja mais exigida: há diversos
elementos com requisitos para informação documentada.

A HLS não exige explicitamente informação documentada de como controlar a


documentação (como na versão 2004), MAS a organização precisa garantir o
controle adequado da sua documentação. Assim, é recomendado um processo
documentado.

O propósito de controlar a documentação é garantir que a organização crie,


mantenha e proteja documentos de um modo adequado e suficiente para
implementar e operar o seu sistema de gestão.

Exercício 5 (opcional)

Dê alguns exemplos de ‘informação documentada’ exigida para as seguintes


cláusulas da norma:

4.3
5.2
6.1.1
6.1.2
6.1.3
6.1.4
7.2
7.4.1

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8.1 Planejamento e controle operacionais
A organização deve estabelecer, implementar, controlar e manter os processos
necessários para atender aos requisitos do sistema de gestão ambiental, e para
implementar as ações determinadas em 6.1 e 6.2, ao:
− estabelecer critérios operacionais para o(s) processo(s);
− implementar controle de processo(s), de acordo com os critérios operacionais.

Note: os controles podem incluir controles de engenharia e procedimentos. Os


controles podem ser implementados seguindo uma hierarquia (por exemplo,
eliminação, substituição, administrativa) e podem ser usados individualmente ou
em conjunto.

A organização deve controlar mudanças planejadas e analisar criticamente as


consequências de mudanças não intencionais, tomando ações para mitigar
quaisquer efeitos adversos, como necessário.

A organização deve assegurar que os processos terceirizados sejam controlados


ou influenciados. O tipo e a extensão do controle ou da influência a serem
aplicados ao(s) processo(s) deve(m) ser definidos dentro do sistema de gestão
ambiental.

Coerentemente com uma perspectiva de ciclo de vida, a organização deve:


a) estabelecer controles, como apropriado, para assegurar que o(s) requisito(s)
ambiental(is) seja(m) tratado(s) no processo de projeto e desenvolvimento do
produto ou do serviço, considerando cada estágio do seu ciclo de vida;
b) determinar seu(s) requisito(s) ambiental(is) para a aquisição de produtos e
serviços, como apropriado;
c) comunicar seu(s) requisito(s) ambiental(is) pertinente(s) para provedores
externos, incluindo contratados;
d) considerar a necessidade de prover informações sobre potenciais impactos
ambientais significativos associados com o transporte ou entrega, uso,
tratamento pós-uso e disposição final dos seus produtos e serviços.

A organização deve manter informação documentada na extensão necessária,


para ter confiança de que os processos sejam realizados conforme planejados.

A organização deve garantir que os processos terceirizados sejam controlados ou


influenciados. O tipo e extensão do controle ou influência a serem aplicados a
estes processos devem ser definidos dentro do sistema de gestão ambiental.

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A gestão de mudanças é um requisito explícito: as mudanças planejadas devem
ser controladas e as mudanças não planejadas devem ser revisadas e ações
adotadas para mitigar efeitos adversos. O controle e implementação eficazes das
mudanças é uma parte crítica no processo de melhoria contínua de uma
organização. Com frequência as organizações falham aqui, por vários motivos.

Observe que a informação documentada também inclui a operação do processo e


não apenas os resultados.

Os processos terceirizados relevantes devem ser controlados (observe que na ISO


9001 há uma cláusula separada (8.4.2) que traz requisitos adicionais para os
fornecedores externos de processos terceirizados).

Esta cláusula corresponde à cláusula 4.4.6 na versão 2004, mas está


consideravelmente mais abrangente. As seguintes mudanças devem ser
observadas:
• controle das mudanças (por exemplo, em projetos relacionados ao
desenvolvimento de produtos, infraestrutura e mudanças importantes de
processo, etc.) e revisão das consequências das mudanças não planejadas;
• controle ou influência sobre processos terceirizados;
• aumento do foco na perspectiva do ciclo de vida (tópicos do 4º parágrafo (a) a
(d)), incluindo:
• estabelecimento de controles para assegurar que os requisitos sejam
considerados no processo de projeto e desenvolvimento (tópico (a));
• determinação dos requisitos para aquisição de produtos e serviços (tópico
(b));
• consideração das necessidades de fornecimento de informações sobre os
potenciais impactos ambientais significativos (tópico (d)).

Observe a necessidade de manutenção de informação documentada.

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Exercício D

Objetivo de aprendizagem: entender os requisitos da ISO 14001 relacionados às


mudanças planejadas e não planejadas.

D1: como já mencionado, as questões com o banco trouxeram grandes problemas


operacionais. Você é o auditor ambiental e acredita que este problema tenha um
impacto significativo sobre o sistema de gestão. Também, você está muito
interessado na forma como a POL gerenciou as reclamações sobre odores e
fumaças.

Faça uma lista dos assuntos que você investigaria/verificaria para confirmar se o
sistema de gestão ambiental da POL tratou esses problemas adequadamente. O
que a organização deveria ter feito? Quais 5 problemas você investigaria, quais
mudanças você espera ver no sistema e quais evidências você esperaria encontrar
para determinar se a organização está conforme a ISO 14001:2015?

Processo / Mudanças / Qual é a evidência que você


atividade mecanismos de procura?
controle

Devido a problemas legais, o CEO explica que ele está mudando todas as
operações. A planta é relativamente antiga – é difícil crescer nesse local – de
forma que ele decidiu que uma parte da produção será terceirizada. Em especial,
os lubrificantes mais específicos serão terceirizados.

O CEO destaca que a terceirização sempre custa mais do que a produção interna,
mas as margens desses produtos são muito grandes e, assim, essa seria a solução
mais lucrativa.

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D2: faça uma lista de aproximadamente 10 questões que você faria sobre a
produção terceirizada. Ligue essas questões às cláusulas aplicáveis da norma ISO
14001. Identifique a evidência que você gostaria de ver para ser capaz de chegar
à conclusão de que esse processo está controlado.

Questão Cláusula ISO Qual evidência você


14001:2015 espera ver?

D3 (opcional): faça uma lista de aproximadamente 5 requisitos ambientais que a


POL pode determinar para a aquisição dos seus produtos e serviços.

Requisito Qual é a evidência que você espera ver?

D4 (opcional): determine 5 controles que a POL deveria estabelecer para


garantir que os requisitos ambientais sejam considerados no projeto e
desenvolvimento, de acordo com a necessidade.

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Controle Qual é a evidência que você espera ver?

8.2 Preparação e resposta a emergências


A organização deve estabelecer, implementar e manter o(s) processo(s)
necessário(s) para preparar-se e responder a potenciais situações de emergências
identificadas em 6.1.1.

A organização deve:
a) preparar-se para responder pelo planejamento de ações para prevenir ou
mitigar impactos ambientais adversos de situações de emergências;
b) responder a situações de emergências reais;
c) tomar ações para prevenir ou mitigar as consequências decorrentes de
situações de emergência, apropriadas à magnitude da emergência e ao
potencial impacto ambiental;
d) testar periodicamente as ações de resposta planejadas, onde viável;
e) periodicamente, analisar criticamente e revisar o(s) processo(s) e as ações de
resposta planejadas, em particular, após a ocorrência de situações de
emergência ou testes;
f) prover informações pertinentes e treinamento relacionado à preparação e
resposta a emergências, como apropriado, para as partes interessadas
pertinentes, incluindo pessoas que realizam trabalho sob o seu controle.

A organização deve manter informação documentada na extensão necessária,


para ter confiança de que o(s) processo(s) seja(m) realizado(s) conforme
planejado(s).

A intenção desta cláusula é, em geral, a mesma da cláusula 4.4.7 da versão 2004.


As seguintes mudanças em relação à versão de 2004 devem ser observadas:
• a identificação das potenciais situações de emergência é agora explícita em
6.1.1 (riscos e oportunidades);
• é explicitamente exigido ter um processo para estar preparado e responder às
situações de emergência. As ações de prevenção e minimização dos impactos
devem ser planejadas;
• as informações relevantes devem ser fornecidas às partes interessadas
relevantes;
• é exigida a manutenção de informação documentada.

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9.1 Monitoramento, medição, análise e avaliação

Consulte o Módulo 1 – a organização deve monitorar, medir, analisar e avaliar seu


desempenho ambiental.

As organizações precisam ser capazes de mostrar os resultados da avaliação de


desempenho com base em indicadores periodicamente.

É exigida informação documentada adequada como evidência do


monitoramento, medição, análise e avaliação dos resultados.

Também é importante que a organização seja capaz de fazer uma avaliação


adequada do desempenho e eficácia do seu sistema de gestão ambiental.

Para assegurar melhoria consistente e a longo prazo, são preferidas medições


de tendência ao longo do tempo (9.3 Análise crítica pela direção).

A cláusula 9.1.1 está claramente mais abrangente se comparada à cláusula


4.5.1 da versão 2004. Ela é mais específica em relação às necessidades de:
• determinação de ‘o que’, ‘como’ e ‘quando’ monitorar e medir e ‘quando’
analisar e avaliar os resultados;
• determinação dos critérios e indicadores adequados para analisar seu
desempenho ambiental e avaliação de desempenho;
• retenção de informação documentada como evidência do monitoramento,
medição, análise e avaliação dos resultados;
• comunicação das informações internas e externas relacionadas ao
desempenho, como determinado no processo de comunicação (cláusula 7.4).

Exercício E

Descreva como você, como auditor, verificaria os requisitos da cláusula 9.1 e


prepare 5 questões para a auditoria com a alta direção.

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9.3 Análise crítica pela direção
A alta direção deve analisar criticamente o sistema de gestão ambiental da
organização, a intervalos planejados, para assegurar sua contínua adequação,
suficiência e eficácia.

A análise crítica pela direção deve considerar:


a) a situação de ações provenientes de análises críticas anteriores pela direção;
b) mudanças em:
1) questões internas e externas que sejam pertinentes para o sistema de
gestão ambiental;
2) necessidades e expectativas das partes interessadas, incluindo os requisitos
legais e outros requisitos;
3) seus aspectos ambientais significativos;
4) riscos e oportunidades;
c) extensão na qual os objetivos ambientais foram alcançados;
d) informações sobre o desempenho ambiental da organização, incluindo
tendências relativas a:
1) não conformidades e ações corretivas;
2) resultados de monitoramento e medição;
3) atendimento aos seus requisitos legais e outros requisitos;
4) resultados de auditorias;
e) a suficiência de recursos;
f) comunicação(ões) pertinente(s) das partes interessadas, incluindo reclamações;
g) oportunidades para melhoria contínua.

As saídas da análise crítica pela direção devem incluir:


− conclusões sobre a contínua adequação, suficiência e eficácia do sistema de
gestão ambiental;
− decisões relacionadas às oportunidades para melhoria contínua;
− decisões relacionadas a qualquer necessidade de mudanças no sistema de
gestão ambiental, incluindo recursos;
− ações, se necessárias, quando não forem alcançados os objetivos ambientais;
− oportunidades para melhorar a integração do sistema de gestão ambiental com
outros processos de negócios, se necessário;
− qualquer implicação para o direcionamento estratégico da organização.

A organização deve reter informação documentada como evidência dos resultados


das análises críticas pela direção.

As mudanças nas questões internas e externas (4.1 e 4.2) devem ser entradas
para a análise crítica pela direção – lembrando que os requisitos em 4.1 e 4.2
devem ser documentados (embora não explicitamente exigido) e estar em fase
com a análise crítica pela direção.

Para obter uma visão adequada do desempenho, a avaliação deve, sempre que
possível, ser baseada em tendências (9.1.1).

Ainda que a ISO não estabeleça a frequência mínima de análises críticas pela
direção, a interpretação da DNV GL é que as análises críticas pela direção devam
ser realizadas pelo menos anualmente. Devemos também lembrar que uma

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análise crítica pela direção NÃO precisa ser realizada como um evento isolado,
como uma reunião – ela pode ser parte das atividades regulares programadas de
gestão.

Algumas emendas específicas da ISO 14001 foram incluídas com o mesmo texto
da HLS – requisitos para entradas e saídas.

Embora reescrita, a intenção da cláusula 9.3 é, em geral, a mesma da cláusula 4.6


da versão 2004.

Observe as seguintes emendas à versão 2004:


• ligações com as saídas de 4.1 e 4.2 (destacando as mudanças) + mudanças
para riscos e oportunidades;
• a consideração da “adequação de recursos”, a fim de manter a eficácia do
SGA;
• as saídas devem incluir conclusões relacionadas a:
• adequação, suficiência e eficácia contínuas do SGA;
• oportunidades de melhorar a integração do SGA a outros processos de
negócio;
• implicações sobre o direcionamento estratégico.

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Consulte o Módulo 1.

10 Melhoria

10.1 Generalidades

10.2 Não conformidade e ação corretiva

Nota: a HLS não faz referência ou inclui uma cláusula específica para “ação
preventiva” como, por exemplo, é o caso das versões atuais das normas ISO
14001 e ISO 9001. Entretanto, o conceito de ação preventiva é agora abordado
em 4.1 (mentalidade de risco) e implicitamente integrado em cláusulas
relevantes (por exemplo, 6.1 e 8.1).

Observe que há somente pequenas emendas na ISO 14001 em relação à HLS. A


comparação com a versão 2004 (4.5.3) mostra que o conteúdo e a intenção são
praticamente os mesmos.

Além da “ação preventiva” não aparecer mais explicitamente no texto, há


também as seguintes mudanças:
• não há mais um requisito explícito para um procedimento para definir como
tratar não conformidades. Entretanto, é exigido manter informação
documentada (registros) como evidência da natureza das não conformidades
e qualquer ação adotada, e os resultados dessas ações.

10.3 Melhoria contínua


A organização deve melhorar continuamente a adequação, suficiência e eficácia do
sistema de gestão ambiental para aumentar o desempenho ambiental.

O ritmo, extensão e cronograma das ações que apoiam a melhoria contínua são
determinados pela organização. Embora possa haver valor na melhoria dos
elementos individuais do sistema, o resultado pretendido das ações planejadas e
outras mudanças de sistema é o aumento do desempenho ambiental da
organização.

Diversos elementos do sistema de gestão são projetados para auxiliar a


organização a alcançar a melhoria do seu desempenho; uma implementação
coordenada desses elementos pode ajudar a desenvolver um modo robusto para
alcançar esta melhoria, incluindo:
• a análise do contexto interno e externo (4.1);
• a determinação das necessidades e expectativas das partes interessadas (4.2)
e ações preventivas para abordar os riscos e oportunidades (6.1);
• a consideração das reclamações e opiniões das partes interessadas (7.4);
• o estabelecimento de objetivos (6.2);

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• a implementação de controles operacionais (8.1), levando em consideração as
novas tecnologias, métodos ou informações disponíveis;
• o monitoramento, medição, análise e avaliação de desempenho (9.1);
• a condução de auditorias internas (9.2);
• a condução de análises críticas pela direção (9.3);
• a reação às não conformidades e implementação de ações corretivas (10.1).

Exercício F

Utilize o caso da POL como ponto de partida para este exercício. Em grupos de 4
pessoas, prepare uma auditoria para:
1. as cláusulas 4.1 e 4.2 (resultado do exercício A);
2. o Capítulo 5 Liderança (resultado do exercício B);
3. a verificação dos aspectos ambientais e o ciclo de vida (resultado do exercício
C);
4. mudanças planejadas e não planejadas (resultado do exercício D);
5. a cláusula 8.1, levando em consideração todos os requisitos da norma. Prepare
um checklist cobrindo as partes essenciais dos requisitos (incluindo o método
previsto e informação documentada que você procuraria para, como um
auditor, verificar que a organização está atendendo a esses requisitos).

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APÊNDICE A
Tabela de referência ISO 14001:2015 vs. ISO 14001:2004

Novo
Eliminado
Mudado
Praticamente sem mudança

ISO 14001:2015 ISO 14001:2004


Contexto da organização (somente
4 - ---
título)
Entendendo a organização e seu
4.1 - ---
contexto
Entendendo as necessidades e
4.2 - ---
expectativas das partes interessadas
Determinando o escopo do sistema de
4.3 4.1 Requisitos gerais
gestão ambiental
Sistema de gestão ambiental 4.4 4.1 Requisitos gerais
Liderança (somente título) 5 - ---
Liderança e comprometimento 5.1 - ---
Política ambiental 5.2 4.2 Política ambiental
Papéis, responsabilidades e Recursos, funções, responsabilidades e
5.3 4.4.1
autoridades organizacionais autoridades
Planejamento (somente título) 6 4.3 Planejamento (somente título)
Ações para abordar riscos e
6.1 - ---
oportunidades (somente título)
Generalidades 6.1.1 - ---
Aspectos ambientais 6.1.2 4.3.1 Aspectos ambientais
Requisitos legais e outros requisitos 6.1.3 4.3.2 Requisitos legais e outros
Planejamento de ações 6.1.4
Objetivos ambientais e planejamento
6.2
para alcançá-los (somente título)
Objetivos ambientais 6.2.1 4.3.3 Objetivos, metas e programa(s)
Planejamento de ações para alcançar
6.2.2
os objetivos ambientais
Implementação e operação (somente
Apoio (somente título) 7 4.4
título)
Resources, funções, responsabilidades
Recursos 7.1 4.4.1
e autoridades
Competência 7.2 Competência, treinamento e
4.4.2
Conscientização 7.3 conscientização
Comunicação (somente título) 7.4
Generalidades 7.4.1
4.4.3 Comunicação
Comunicação interna 7.4.2
Comunicação externa 7.4.3
Informação documentada (somente
7.5
título) 4.4.4 Documentação
Generalidades 7.5.1
4.4.5 Controle de documentos
Criando e atualizando 7.5.2
4.5.4 Controle de registros
Controle de informação documentada 7.5.3 4.4.5 Controle de documentos
4.5.4 Controle de registros
Implementação e operação (somente
Operação (somente título) 8 4.4
título)
Planejamento e controle operacionais 8.1 4.4.6 Controle operacional
Preparação e resposta a emergências 8.2 4.4.7 Preparação e resposta a emergências

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ISO 14001:2015 ISO 14001:2004
Avaliação de desempenho (somente
9 4.5 Verificação (somente título)
título)
Monitoramento, medição, análise e
9.1
avaliação (somente título) 4.5.1 Monitoramento e medição
Generalidades 9.1.1
Avaliação do atendimento aos Avaliação do atendimento a requisitos
9.1.2 4.5.2
requisitos legais e outros requisitos legais e outros
Auditoria interna 9.2 4.5.5 Auditoria interna
Análise crítica pela direção 9.3 4.6 Análise pela administração
Melhoria (somente título) 10 - ---
Generalidades 10.1 - ---
Não conformidade, ação corretiva e
Não conformidade e ação corretiva 10.2 4.5.3
ação preventiva
Melhoria contínua 10.3 - ---
4.5.3 “ação preventiva”
4.4.1 “representante da direção”

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APÊNDICE B
Introdução ao estudo de caso Persistent Oil Ltd. (POL)

1. INTRODUÇÃO

1.1. Persistent Oil Ltd.

A Persistent Oil Ltd. (POL) é um ramo britânico da multinacional Persistent Oil


International. A sede e todas as instalações de produção britânicas estão baseadas
em Townham.

A faixa de produtos da POL inclui:


• combustíveis líquidos (gasolina, diesel, querosene e óleos combustíveis);
• lubrificantes especiais;
• solventes químicos.

A Persistent Oil fabrica aditivos para lubrificantes especiais. Eles são desenvolvidos
pela própria POL, que mantém diversas patentes de proteção da sua propriedade
intelectual relacionadas à composição química e produção.

A POL tem um pequeno site de produção em Townham (Reino Unido), onde esses
aditivos para lubrificantes especiais são fabricados e misturados com óleos básicos
para a produção dos lubrificantes. Eles são vendidos em todo o mundo com o
logotipo da POL, bem como lubrificantes de outros fornecedores.

Além disso, a POL mistura, comercializa e distribui solventes químicos e


combustíveis líquidos no mercado local. As matérias-primas e os produtos
acabados são comprados de grandes empresas petrolíferas. Eles são, então,
misturados de acordo com as especificações dos clientes e expedidos em
caminhões-tanque (rodovias) ou vagões-tanque (ferrovias). No site da POL em
Townham há um parque logístico de tanques de tamanho médio para a
armazenagem de produtos misturados e produtos acabados e para as atividades
de mistura.

Finalmente, a POL opera 8 postos de gasolina na área de Townham, servindo a


população. Dois desses postos também vendem GLP, que é fornecido diretamente
por uma empresa petrolífera de maior porte. Os postos maiores também oferecem
serviços de lavagem de veículos. O único posto de gasolina em Townham também
tem instalações para a lavagem e limpeza de caminhões e tanques de caminhões-
tanque.

O parque de armazenagem contém diversos tanques com capacidade entre 100 e


10.000 m3.

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1.2. Site de Townham

O site de Townham está localizado na Upham Road 1. O site é dividido em três


áreas principais:

1. ÁREA DE ARMAZENAGEM, que compreende:


• a sede administrativa no Reino Unido;
• a área de produção e tanques de armazenagem;
• as instalações de armazenagem de tambores.

2. PRODUÇÃO, que compreende:


• a planta de processo para a produção de aditivos para lubrificantes e
mistura de produtos lubrificantes;
• a recuperação de óleos residuais e a caldeira;
• a armazenagem e tratamento de água residual.

3. TRATAMENTO DE RESÍDUOS, que compreende:


• a armazenagem de resíduos e incineração.

School
Incinerator Townham Village
T o M20XX Motorway

N orham Road

Beer N
Brau

Beer
Company Old
Waste
Landfill

Upham Road Gate


Downham Road

Waste Oil Proposed Warehouse


Recover y Weighbridge
Reaction
Drain age Ditch

Boiler Main Process Plants


O ffices and Dr a
in a g
Blending e D it
Utilities ch

SSSI
Pit
Farm
Land
Waste Water Chem ical
Lake Stor age
Rail Load in g
(Disused )
Factory Road

Product Storage

Waste Water T reatment


Coastal
Oil
Skim m er Path

O il Storage

River Running
Jetty
T o the Sea

DNV 63021/63021-3.ppt - 16/02/2007 - No. 1

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Caminhões e caminhões-tanque são utilizados para a entrega das matérias-primas
e para a distribuição dos produtos finais. Barcaças também são utilizadas para o
transporte de matérias-primas e produtos finais.

Todas as atividades de produção e armazenagem são realizadas por operadores


da POL – isso inclui as operações no cais, posto de carga de caminhões-tanque e
armazém de tambores.

Todo o transporte rodoviário, segurança patrimonial do site e as principais


inspeções e manutenções são realizados por contratados especializados.

O acesso à área de armazenagem é feito pela portaria única, acessível tanto pela
Downham Road quanto pela Upham Road, pelo cais, onde barcaças podem
descarregar matérias-primas e produtos finais, e finalmente por uma ferrovia,
atualmente não utilizada.

A POL tem um relacionamento difícil com a população de Townham. Por um lado,


aproximadamente um terço da população trabalha no site e, por outro lado, os
demais habitantes reclamam dos problemas de odores e fumaças. Nos últimos 2 a
3 anos, a POL recebeu diversas multas da agência de proteção ambiental. A maior
preocupação da POL é que, devido à crise econômica, ela não tem tido acesso a
créditos bancários suficientes para realizar os investimentos necessários. O CEO
da POL decidiu que irá vender uma parte das instalações para uma empresa de
investimentos. Isto deverá levantar recursos suficientes para regularizar as
questões legais. Neste momento há 3 tanques de 10.000 m3 que estão lacrados
pelas autoridades. Os tanques não podem ser utilizados até que sejam
completamente reparados, inspecionados e recertificados por um organismo de
certificação. Isto fez com que a POL perdesse aproximadamente 40% da sua
capacidade de armazenagem e, consequentemente, 25% da sua produção.

1.3. Produtos armazenados

No local há as seguintes categorias principais de produtos:


• derivados do petróleo (por exemplo, gasolina, óleo diesel, querosene, óleos
lubrificantes e óleos combustíveis);
• solventes (por exemplo, metanol, etanol, benzeno, tolueno e xilenos);
• compostos tóxicos (por exemplo, furfural);
• produtos químicos sólidos (por exemplo, sais e ácidos graxos);
• substâncias corrosivas (por exemplo, ácido sulfúrico, ácido clorídrico e
hidróxido de sódio).

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2. ORGANIZAÇÃO

2.1. Organograma

PERSISTENT OIL INTERNATIONAL

PERSISTENT OIL UK

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APÊNDICE C

Fatos sobre a auditoria e certificação

Quem está envolvido nas auditorias e quais são as suas responsabilidades?

Impacto
Exercício: este exercício está relacionado às auditorias de 3ª parte. Faça uma
marcação ( ) no campo adequado para indicar se a atividade é uma
responsabilidade do auditor líder, auditor, cliente, guia ou observador:

Atividade OC AL A C G/O
1. Designar o líder da equipe de auditoria
2. Definir o escopo e os objetivos
3. Aprovar o escopo da auditoria
4. Selecionar a equipe de auditoria
5. Estabelecer o contato inicial com o auditado
6. Conduzir uma análise crítica dos documentos
7. Planejar a auditoria e designar o trabalho à equipe de auditoria
8. Preparar os documentos de trabalho (por exemplo, checklists)
9. Conduzir a reunião de abertura
10. Providenciar o acesso às instalações, pessoal, informações e
registros
11. Ser responsável pelas comunicações durante a auditoria
12. Cooperar e garantir a segurança da equipe de auditoria
13. Coletar evidências e produzir constatações
14. Preparar o relatório da auditoria e conclusões
15. Aprovar e distribuir o relatório da auditoria
16. Receber o relatório e determinar a distribuição
17. Conduzir as ações corretivas
18. Conduzir o acompanhamento da auditoria
19. Verificar a eficácia das ações corretivas

AL = auditor líder
A = auditor
C = cliente
G = guia
O = observador
OC = organismo de certificação (por exemplo, DNV GL)

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Fatos

Competência do auditor
A ISO 19011 cobre os pontos básicos que devem ser
abordados ao considerar as competências dos auditores de
1ª, 2ª e 3ª partes. A ISO 17021 cobre os requisitos para um
auditor (líder) de 3ª parte.

Conhecimento e habilidades
Os auditores devem ter conhecimento e habilidades em
diversas áreas:
• princípios, procedimentos e técnicas de auditoria;
• sistemas de gestão;
• situações organizacionais;
• legislações, regulamentações e códigos aplicáveis, etc.;
• conhecimento dos impactos ambientais;
• conhecimento do setor que está sendo auditado.

Os conhecimentos e habilidades podem ser obtidos através


de:
• formação (educação);
• experiência profissional;
• treinamento;
• experiência em auditorias;
• desenvolvimento profissional contínuo (CPD).

Atributos pessoais dos auditores


Além do conhecimento da ciência ambiental, normas de
sistema de gestão ambiental e técnicas de auditoria, os
auditores devem ter certas características pessoais que os
capacitem a realizar auditorias eficazes e eficientes. Um
auditor deve ser:
• diplomático;
• capaz de se comunicar eficazmente;
• honesto e ético;
• mente aberta e objetivo;
• capaz de exercer um julgamento íntegro;
• capaz de analisar situações complexas;
• tenaz.

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Auditor líder
A ISO 19011 fornece orientações para as qualificações dos
auditores de 1ª, 2ª e 3ª partes. A ISO 17021 contém os
requisitos para os auditores de 3ª parte.

Processo de certificação

Avaliação preliminar Opcional

Análise da documentação
(estágio 1)

Visita inicial (estágio 1)

Auditoria de
Auditoria inicial (estágio 2) acompanhamento

Auditoria periódica

Auditoria de recertificação

3. Module 2b_ISO 14001 Transition_Participants Manual_rev 2_(BRFSA).docx


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Fatos

Etapas no processo de certificação


A certificação ISO 14001 pode conter as seguintes etapas:
• avaliação preliminar/análise de desvios – esta etapa é
opcional e NÃO é parte do processo de certificação;
• análise da documentação – normalmente combinada com a
visita inicial;
• visita inicial;
• auditoria inicial;
• auditoria periódica;
• auditoria de recertificação;
• auditoria de acompanhamento.

Avaliação preliminar (ou análise de desvios)


Ainda que não seja formalmente parte do processo de auditoria
de certificação, as avaliações preliminares (ou análises de
desvios) são frequentemente miniauditorias para analisar e
realizar um “exame de saúde” do SGA antes de sujeitá-lo a um
processo formal de auditoria de certificação.

A avaliação preliminar normalmente assume a forma de uma


avaliação local de um dia seguida por um relatório escrito
detalhado identificando os pontos fortes e os pontos fracos do
sistema em relação à conformidade com os requisitos da ISO
14001. Normalmente, ela envolve análises de alto nível dos
processos em praticamente uma avaliação de todas as cláusulas
da ISO 14001. É raro que ela envolva avaliações detalhadas em
relação à implementação do SGA no nível operacional.

Duração da auditoria
O tamanho da organização, número de funcionários, número de
locais a serem visitados, escopo da auditoria, etc. terão um efeito
na quantidade de tempo exigida para realizar uma auditoria
significativa. Para os organismos de certificação acreditados, a
International Accreditation Forum (IAF) fornece informações no seu
documento de aplicação ISO/IEC Guide 66 “General Requirements
for Bodies operating Assessment and Certification/Registration of
Ambiental Systems”. A aplicação destas orientações não é
obrigatória para auditorias internas ou de 2ª parte – cópias da
documentação da IAF podem ser obtidas em www.iaf.nu.

Nota: enquanto a ISO/IEC 17021 substitui a ISO/IEC Guide 66, a


IAF Guidance associada ainda é aplicável até a IAF Guidance to
ISO/IEC 17021 ser finalizada.

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Uma primeira certificação da ISO 14001 deve ser conduzida em
dois estágios.

Auditoria estágio 1 - Análise da documentação e visita


inicial
A análise da documentação é uma verificação completa dos
principais documentos da organização, como manuais,
procedimentos, identificação de impactos, questões
regulamentares, objetivos, principais instruções de trabalho,
auditorias internas, planos de emergência, etc. Seu objetivo é
assegurar a existência da documentação exigida e dar ao auditor
uma visão geral detalhadas das atividades de uma organização.

As análises de documentação podem ser realizadas fora do site,


mas na maioria das vezes ela é combinada com uma visita inicial.

Visita inicial
O propósito da visita inicial é obter um bom entendimento do
site, processos e principais impactos ambientais de uma
organização e assegurar que o SGA esteja focando as questões
corretas (ou seja, tecnicamente críveis).

Após a realização da análise da documentação e visita inicial, os


principais objetivos são:
• discutir as constatações da análise da documentação (se
realizada fora do site, antes da visita inicial);
• esclarecer o escopo da auditoria;
• confirmar os critérios da auditoria;
• analisar o SGA para garantir que ele aborda todos os
elementos da ISO 14001;
• obter uma visão geral do site, seus impactos e processos;
• analisar os principais elementos do SGA, como a identificação
de impactos e registros legais e determinar se eles são
adequados;
• confirmar a existência das licenças e permissões ambientais
relevantes;
• garantir que o SGA esteja projetado para atender a política
ambiental;
• garantir que a organização responda às comunicações
relevantes das partes interessadas;
• analisar e avaliar as auditorias internas e análises críticas pela
direção;
• verificar o desenvolvimento do SGA;
• preparar um plano para a auditoria inicial (estágio 2 ou
avaliação principal);
• determinar a logística da auditoria e se há à necessidade de
algum especialista (por exemplo, especialistas do setor
industrial específico da organização que está sendo auditada);
• responder as questões par auxiliar a organização a definir e
implementar o seu SGA.

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Em resumo, o principal objetivo é medir se a organização está
pronta para uma avaliação de certificação completa.

Auditoria estágio 2 – Auditoria inicial


Certos elementos do SGA devem estar operacionais antes da
certificação ser concedida (por exemplo, o sistema de auditoria
interna deve estar totalmente operacional e eficaz e pelo uma
análise crítica pela direção do SGA deve ter sido realizada).

A auditoria inicial é uma avaliação detalhadas da implementação


e eficácia global do SGA.

As questões a serem cobertas podem incluir:


• análises detalhadas dos requisitos de licenças e permissões e
registros associados (incluindo qualquer registro de incidente,
violação da regulamentação e correspondências relevantes
com as autoridades);
• avaliações detalhadas de quão eficazmente os impactos
significativos estão sendo tratados e a eficácia dos controles
operacionais e monitoramento;
• o grau de melhoria contínua através de metas e objetivos;
• as responsabilidades da gestão;
• detalhes de qualquer não conformidade internamente
identificada, juntamente com detalhes das relevantes ações
corretivas e preventivas adotadas nos 12 meses anteriores
(ou desde o início da implementação do SGA, se inferior a 12
meses);
• a eficácia das auditorias internas e análises críticas pela
direção;
• registros de qualquer comunicação recebida relacionada ao
SGA e ações de resposta adotadas.

Avaliações em diversos sites


Os cerificados podem ser emitidos para diversos sites desde que
cada site incluído no escopo de certificação/registro:
• tenha sido individualmente auditado pelo organismo de
certificação; ou
• seja incluído em uma abordagem baseada em amostras.

A quantidade mínima de sites a serem visitados por auditoria é:


• auditoria inicial: o tamanho da amostra deve ser a raiz-
quadrada do número de sites individuais (y=√x), arredondado
para o número inteiro superior;
• auditoria periódica: o número de amostra anual deve ser a
raiz-quadrada do número de sites individuais com 0,6 como
um coeficiente (y=0,6√x), arredondado para o número inteiro
superior.
• auditoria de recertificação: o tamanho da amostra deve ser o
mesmo da auditoria inicial.

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O descrito acima, entretanto, é balanceado contra o risco
ambiental e outros fatores:
• As atividades dos sites são as mesmas ou são diferentes?
• Qual é a interface entre os sites e como as atividades são
contornadas?
• Como o SGA é coordenado nos sites?
• Quais controles são aplicados pela sede?

Quando uma organização tem diversos sites com atividades


similares cobertas por um único SGA, um certificado pode ser
emitido para todos os sites desde que:
• todos os sites estejam operando sob o mesmo SGA,
centralmente administrado e auditado, e sujeito à análise
crítica pela direção central; e
• todos os sites tenham sido auditados de acordo com os
procedimentos de auditoria interna; e
• uma amostra representativa dos sites tenha sido auditada
pelo organismo de certificação, considerando os seguintes
fatores:
- resultados e relatórios das auditorias do SGA central/site;
- resultados da análise crítica pela direção;
- maturidade do sistema de gestão;
- qualquer conhecimento existente da organização;
- variações no tamanho dos sites;
- complexidade do SGA e sites;
- qualquer diferença nas práticas de trabalho;
- repetição das funções;
- variações das atividades realizadas;
- dispersão do pessoal da organização pelos sites;
- significância e extensão dos aspectos/impactos associados;
- potencial interação com ambientes sensíveis;
- diferença entre requisitos legais;
- pontos de vista das partes interessadas.

Deve ser observado que onde for notada uma não conformidade
importante, seja na sede ou em um site individual, o
procedimento de ação corretiva deve ser aplicado a todos os sites
aplicáveis cobertos pelo certificado.

Auditoria periódica
O objetivo da auditoria periódica é garantir, em intervalos
regulares, que o SGA segue implementado, considerar as
implicações das mudanças que o SGA iniciou como um resultado
das mudanças nas operações e confirmar o cumprimento
continuado com a certificação. A verificação periódica de um SGA
ocorre regularmente, e normalmente deve ser realizada pelo
menos uma vez por ano.

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A base para amostragem durante a auditoria periódica é o que a
DNV GL chama de plano de auditoria periódica (PAP). Ele é
essencialmente um programa de auditoria e regimes de
amostragem cobrindo um ciclo de certificação de três anos. Os
programas periódicos normalmente devem incluir:
• os elementos de manutenção do sistema, que são a auditoria
interna, análise crítica pela direção e ação corretiva;
• comunicações com as partes interessadas externas;
• mudanças no SGA;
• áreas sujeitas a mudanças;
• processos de certificação selecionados;
• outras áreas selecionadas, de acordo com a necessidade.

Minimamente, a auditoria periódica deve incluir, anualmente, as


seguintes considerações:
• eficácia do SGA em relação ao alcance dos objetivos da
política ambiental;
• entrevista com o gerente responsável pelo SGA;
• funcionamento dos procedimentos para recepção,
documentação e resposta às comunicações relevantes das
partes externas;
• avaliação periódica e análise da conformidade com as
legislações e regulamentações ambientais relevantes;
• progresso e melhoria no desempenho ambiental global;
• acompanhamento das conclusões resultantes das auditorias
internas;
• ações adotadas para as não conformidades identificadas
durante a última auditoria;
• ações adotadas em resposta às reclamações.

Além do mencionado acima, os organismos de certificação


também analisam como a organização está utilizando a marca de
certificação. Há rígidos controles sobre isso em regulamentações
emitidas pelo Departamento de Comércio e Indústria.

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Exemplo de modelo de programa de auditoria de três anos

CLIENTE: PROJETO Nº: PREPARADO DATA:


POR:
NORMA:

ATIVIDADE AUDITORIAS PLANEJADAS OBSERVAÇÕES


DATA PROPOSTA AUDITORIA
NÚMERO DE DIAS
IMPACTOS SIGNIFICATIVOS / ÁREAS DE FOCO / PROCESSOS / DEPARTAMENTOS / ATIVIDADES/ CLÁUSULAS

ÁREAS OBRIGATÓRIAS
Auditorias internas
Análise crítica pela direção
Metas e objetivos

PROGRAMA DO SITE

Fatos

Auditoria de recertificação
O objetivo de uma auditoria de recertificação é renovar um
certificado em ciclos de três anos. Ela é normalmente conduzida
pouco antes da expiração do certificado vigente e exige uma
verificação completa do sistema, que normalmente é mais
abrangente do que a auditoria periódica, mas menos intensa do
que uma auditoria inicial.

Auditoria de acompanhamento
As não conformidades maiores (categoria 1) normalmente
exigirão uma posterior auditoria de acompanhamento para
verificar a eficácia das ações corretivas adotadas. A falha na
solução de uma não conformidade maior pode resultar na
revogação do certificado ISO 14001.

Abordagem DNV Risk Based Certification


A ambição da DNV GL é ser o principal fornecedor de serviços de
avaliação de conformidade e certificação. Nossos serviços
fornecem confiança e credibilidade aos nossos clientes, mercado
e outras partes interessadas. A DNV GL se orgulha de entregar

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um serviço que vai significativamente além da conformidade de
um sistema de gestão. Nossa abordagem é de parceria, em que
trabalhamos com nossos clientes para agregar valor durante todo
o processo de certificação.

Em 2005, a DNV introduziu uma abordagem baseada em risco


para a certificação em todas as auditorias de sistema de gestão.
A DNV Risk Based Certification identifica áreas de risco para o
negócio e foca esforços para avaliar a eficácia do SGA nessas
áreas. Um feedback geral dos nossos clientes em relação a esse
processo é que ele fornece uma estrutura que entrega ‘valor
agregado’ à certificação.

Metodologia DNV Risk Based Certification


A DNV Risk Based Certification considera os riscos e foca os
objetivos do negócio. O conceito é simples e eficaz. Os auditores
da DNV GL focarão o planejamento, execução e relato de todas
as auditorias de certificação em impactos e questões ambientais
principais. As organizações são convidadas a fornecer entradas
para o processo para identificar as áreas de foco que são
acordadas com o gerente de projeto da DNV GL. O resultado é
uma auditoria personalizada na qual:
• os auditores focam as questões mais importantes;
• a direção se engaja no processo da auditoria;
• o pessoal se sente mais engajado durante o processo da
auditoria;
• o relatório da auditoria fornece feedback sobre as áreas de
foco;
• o resultado da auditoria se torna uma ferramenta eficaz para
a direção.

Cada relatório de auditoria fornece feedback sobre as áreas de foco acordadas e


utiliza o seguinte “mapa de calor”:

Mapa de calor

alto

Uma avaliação global da eficácia em gerenciar a área de


foco

Identificadas melhores práticas e principais pontos fortes


baixo

Grau de controle As ações exigidas e ideias que poderiam ser implementadas


para ajudar a melhorar o desempenho

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Plano de ação pessoal

Impacto
Quais são os tópicos mais importantes que aprendi nesta semana?

Como posso utilizar meu novo conhecimento? Prepare um plano de ação pessoal com
as coisas que você deve realizar.

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