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UNIVERSIDADE PAULISTA

EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA-EAD
GESTÃO AMBIENTAL

PROJETO INTEGRADO MULTIDISCIPLINAR IV

ALUNOS: PRICILA FARIAS LEAL


R.A: 0590421
MARCIO DE GÓIS
R.A.: 0592708

PARAUAPEBAS, PA
NOVEMBRO DE 2020

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UNIVERSIDADE PAULISTA-UNIP
CURSO EM GESTÃO AMBIENTAL
EAD

PROCESSOS MULTIDISCIPLINARES DA EMPRESA VALE S/A EM


CARAJÁS/PARAUAPEBAS/PA

PRICILA FARIAS LEAL


RA: 0590421
MARCIO DE GÓIS
R. A.: 0592708

Trabalho apresentado à disciplina


de Projeto Integrado Multidisciplinar
IV ao Curso de Gestão Ambiental
para Compor a nota da PIM IV,
orientado pelo professor Tiago
Aquino.

PARAUAPEBAS,PA
NOVEMBRO DE 2020

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RESUMO

Este Projeto Integrado Multidisciplinar, tem por objetivo analisar as atividades


desenvolvidas na empresa mineradora Vale S/A, principalmente, no que concerne às
disciplinas: Dinâmica das Relações Interpessoais, Fundamentos de Ecologia:
Ecossistema e Biodiversidade e Química Ambiental. Com a intenção de fazer uma
amostra de como a empresa se comporta em suas práticas gestoras, em relação às
disciplinas estudadas, fundamentadas nos conhecimentos teóricos adquiridos em
apostilas e vídeo aula. A Vale é uma empresa multinacional de capital aberto que possui
extensões em várias regiões do País. Em Carajás/Pará, sua principal atividade é a extração
de minério de ferro, o qual é extraído, processado e exportado primeiramente de trem até
o porto de São Luís e posteriormente embarcado em navios com destino a China. Em todo
o processo da atividade mineral, ocorre impactos ambientais negativos, no entanto, a
gestão ambiental da empresa busca mitigar, minimizar e quando possível até reverter o
dano causado, todas as atividades são desenvolvidas com responsabilidade ambiental e
social conforme estabelecido em normas, legislações e política ambiental, fazendo com
que a empresa adquira valores e garantia de mercado.

Palavras-chave: Vale, mineração, ambiental.

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ABSTRACT

This Integrated Multidisciplinary Project aims to analyze the activities developed


at the mining company Vale S / A, mainly with regard to the disciplines: Dynamics of
Interpersonal Relations, Fundamentals of Ecology: Ecosystem and Biodiversity and
Environmental Chemistry. With the intention of making a sample of how the company
behaves in its management practices, in relation to the studied subjects, based on the
theoretical knowledge acquired in handouts and video lessons. Vale is a publicly traded
multinational company with extensions in several regions of the country. In Carajás /
Pará, its main activity is the extraction of iron ore, which is extracted, processed and
exported first by train to the port of São Luís and later embarked on ships bound for
China. In the whole process of mineral activity, negative environmental impacts occur,
however, the company's environmental management seeks to mitigate, minimize and,
when possible, even reverse the damage caused, all activities are developed with
environmental and social responsibility as established in standards, laws and
environmental policy, making the company acquire values and market guarantee.

Keywords: Vale, mining, environmental.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...........................................................................................................6

2. DADOS DA EMPRESA .............................................................................................7

3. HISTÓRICO E DESCRIÇÃO DA EMPRESA...........................................................7


4. ÁREA DE ESTUDO...................................................................................................9
5. EXTRAÇÃO E PROCESSAMENTO MINERAL ..................................................10
6. FUNDAMENTOS À ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E BIODIVERSIDADE NO
PROCESSO MINERAL DA VALE..........................................................................13
7. QUÍMICA MABIENTAL NO PROCESSO DE MINERAÇÃO.............................14
8. DINAMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NAS ATIVIDADES DA
VALE.........................................................................................................................16
9. CONCLUSÃO...........................................................................................................17
10. REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS.........................................................................17

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1. INTRODUÇÃO

A sustentabilidade ambiental empresarial é um conjunto de ações que uma


empresa toma, visando o respeito ao meio ambiente. Para que uma empresa seja
considerada sustentável ambientalmente, ela deve adotar uma série de práticas que
conciliem seu crescimento econômico com as questões ambientais (Kemerich, et.al.,
2013).
Dentro do contexto empresarial sabe-se que o meio ambiente é fonte de recursos
produtivos, tais como matérias-primas, energia, solo, metais etc. Além disso, o processo
produtivo tem como resultado outputs desejados, ou seja, os bens e serviços pretendidos,
e indesejados, tais como resíduos e poluição. Deve-se discutir o desempenho das
organizações sob diferentes enfoques, abordando-se não somente a competitividade
econômica, mas também a competitividade ambiental (Bánkuti & Bánkuti, 2014).
Diferentes grupos de interesse (stakeholders), como governo, clientes e sociedade,
começaram a atentar para responsabilidade ambiental e a exigir das empresas postura
apropriada no que concerne ao meio ambiente (Barbieri, 2017). O governo, por meio da
imposição de leis mais rígidas relativas às atividades empresariais e suas interações com
o meio ambiente. Clientes e sociedade, ao exigirem produtos, processos e serviços mais
“limpos”, ou seja, com menor impacto negativo ao meio ambiente.
Ao se falar em gestão ambiental empresarial, as mineradoras estão entre as mais
lembradas pela sociedade, devido ao seu alto poder de alteração dos meios físico e biótico
e ao processo de extração do minério, bem como dos passivos gerados ao longo do seu
processo de beneficiamento e posterior comercialização.
O objetivo deste projeto integrado multidisciplinar é demostrar como a indústria
mineradora se comporta inter-relacionando os fundamentos e as técnicas aprendidas nas
matérias lecionadas no segundo semestre deste curso.

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2. DADOS DA EMPRESA

Razão social: Vale S.A.


Nome anterior: Companhia Vale do Rio Doce (1942-2007)
Tipo: Empresa de capital aberto
Slogan: Vale:"Para um mundo com novos Valores."
Atividade: Mineração, Logística, Energia, Siderurgia
Gênero: Sociedade Anônima
Fundação: 1942 (78 anos) em Itabira, MG
Operação em Carajás: 1985
Fundador(es): Brasil sob a presidência de Getúlio Vargas, tendo como articulador
principal o presidente
Sede: Rio de Janeiro, RJ, Brasil
Empregados: 73.596
Produtos: Pesquisa, extração, produção e comércio de minérios, geração de energia,
transporte ferroviário, operação portuária

3. HISTÓRICO E DECSRIÇÃO DA EMPRESA

A Vale S.A., criada como Companhia Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, foi
constituída para garantir que o mercado internacional tivesse acesso às ricas jazidas de
minério de ferro localizadas no Quadrilátero Ferrífero e, em menor medida, para criar as
bases materiais que possibilitassem atender o projeto de industrialização no país (Triner,
2011).
É uma mineradora multinacional brasileira e uma das maiores operadoras
de logística do país. É uma das maiores empresas de mineração do mundo e também a
maior produtora de minério de ferro, de pelotas e de níquel. A empresa também
produz manganês, ferroliga, cobre, bauxita, potássio, caulim, alumina e alumínio. No
setor de energia elétrica, a empresa participa em consórcios e atualmente opera nove
usinas hidrelétricas, no Brasil, no Canadá e na Indonésia.
Criada para a exploração das minas de ferro na região de Itabira, no estado
de Minas Gerais em 1942 no governo Getúlio Vargas, a Vale é hoje uma empresa
privada, de capital aberto, com sede no Rio de Janeiro, e com ações negociadas na Bolsa
de Valores de São Paulo (BM&FBOVESPA), na Bolsa de Valores de Paris (L15) (NYSE

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Euronext (L16), na Bolsa de Valores de Madrid (L17) (LATIBEX (L18) e na Bolsa de
Valores de Nova York (NYSE), integrando o Dow Jones Sector Titans Composite Index.
Na Bolsa de Valores de Hong Kong(L19) (R4) (HKEx) (L20) (R5) a Vale esteve listada
de 2010 até julho de 2016.
Opera em 14 estados brasileiros e nos cinco continentes e possui cerca de dois mil
quilômetros de malha ferroviária e nove terminais portuários próprios. É a maior empresa
no mercado de minério de ferro e pelotas (posição que atingiu em 1974 e ainda mantém)
e a maior produtora de manganês e ferroligas do Brasil, além de operar serviços de
logística, atividade em que é a maior do país. No Brasil, os minérios são explorados por
quatro sistemas totalmente integrados, que são compostos por mina, ferrovia, usina de
pelotização e terminal marítimo (Sistemas Norte, Sul e Sudeste).
Em 1967 foi descoberta maior jazida mineral de ferro do mundo em Carajás, desde
então a Companhia Vale do Rio Doce, na época, hoje Vale, desenvolve sua atividade de
extração, processamento e exportação de minério de ferro e outros elementos.
Situado na Serra dos Carajás, o Projeto Grande Carajás é uma imensa província
mineralógica que contém a maior reserva mundial de minério de ferro de alto teor, além
de grandes reservas de manganês, cobre, ouro e minérios raros. Para a realização desse
projeto, foi criada uma grande infraestrutura, que inclui a Usina Hidrelétrica de Tucuruí,
uma das maiores do mundo, a Estrada de Ferro Carajás-Itaqui e o Porto de Ponta da
Madeira, localizado em São Luís, (MA).A Estrada de Ferro Carajás foi criada em 1978 e
atualmente possui 892 quilômetros onde são transportados 120 milhões de toneladas de
carga e 350 mil passageiros por ano. O projeto Grande Carajás entrou em operação em
1985, o que permitiu à Vale bater novo recorde na extração de minério de ferro, em 1989,
com 108 milhões de toneladas métricas .
A Vale tem como um de seus pilares estratégicos incorporar a sustentabilidade
ambiental aos seus negócios a partir da construção de legados econômicos, sociais e
ambientais e da mitigação dos impactos de suas operações.
Dessa forma, pela empresa operar em todo o Brasil se estendendo ao exterior,
optamos por descrever o processo mineral em Carajás- Pa, onde ocorre a extração,
processamento e exportação de minério de ferro e outros componentes interligando a
operação com as disciplinas estudadas.

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4. ÁREA DE ESTUDO

O complexo mineral de Carajás está localizado no município de Parauapebas-Pa,


no interior da Floresta Nacional de Carajás, uma unidade de conservação de uso
sustentável que permite em seu plano de manejo a exploração mineral, onde a empresa
Vale detém de concessão de uso do solo.
A Floresta Nacional de Carajás, junta a outras cinco unidades de conservação, são
elas: Floresta Nacional do Tapirapé Aquiri, Floresta Nacional do Itacaiúnas, e Área de
Proteção do Igarapé Gelado, Reserva Biológica do tapirapé e Parque Nacional dos
Campos Ferruginosos e uma terra indígena formam um bloco de aproximadamente
1.200.000 ha de áreas protegidas (figura 1).
As áreas utilizadas para mineração compreendem cerca de 2% do total dessas
áreas protegias (figura 2)

Figura 1. A Floresta Nacional de Carajás e as demais áreas protegidas da região que compõem o
bloco de áreas protegidas.

Figura 2. Área utilizada para exploração mineral no interior da Floresta Nacional de Carajás.

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Figura 3. Cava de exploração mineral em adjacência com área de floresta.

5. EXTRAÇÃO E PROCESSAMENTO MINERAL

O Processo de mineração envolve as atividades de pesquisa, extração, transporte,


processamento, transformação mineral e comercialização do produto final. Segundo o
Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, as etapas do processo de
mineração são: (1) Prospecção, onde ocorre os estudos preliminares e reconhecimento
geológico; (2) Pesquisa mineral, onde ocorre exploração, delineamento e avaliação; (3)
lavra, onde ocorre projeto, desenvolvimento e explotação; (4) Descomissionamento de
mina, onde ocorre a desativação e fechamento de mina.
Os tipos de mineração referem-se à lavra, que consiste na técnica de extrair
minério. Há vários métodos de lavra, que variam conforme os métodos de extração que
são realizados nas minas. Em uma área de mineração, pode ser empregado mais de um
método de lavra.
Os dois principais métodos de lavra são: Lavra a céu aberto ou de
superfície: consiste na extração de minérios que estão depositados próximos à superfície.
Esse método explora o minério até o seu esgotamento. Suas principais técnicas
são: encostas, cavas, fatias e lavra por dissolução. Lavra subterrânea: consiste na
extração de minérios que estão depositados longe da superfície. Esse método explora o

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minério via sonda e por meio de serviços topográficos. As principais variações dessa
lavra são: realces com autoportantes, realces com encaixantes e abatimento.
Em Carajás a mineração ocorre em mina a céu aberto, qualificada como a maior
do mundo. O processo de mineração em Carajás, inicia-se pela prospecção mineral onde
é realizado a pesquisa e estudo de viabilidade de exploração econômica do minério de
ferro, feito isso, é realizado o estudo de impacto ambiental, resultando no EIA-RIMA
(Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental), onde é apresentado ao
órgão licenciador, neste caso, IBAMA (órgão licenciador) e ICMBio (órgão gestor das
unidades de conservação), então é realizado uma audiência pública, para a consulta da
comunidade local que será impactada quanto ao projeto empreendedor, após as discussões
e aprovações do projeto, inicia-se o licenciamento de operação.
Para a operação da mina, é necessário a realização da supressão vegetal do local
a ser escavacado, iniciando- se a abertura da cava de mina, a abertura é feita de forma
gradual, retirando-se o minério da superfície até a profundidade máxima de minério
prospectado. Durante esse processo, resulta em grande acúmulo de água oriundas da
escavação, essa água é drenada uma parte é destinada ao uso interno das operações e a
outra parte é destinada aos igarapés locais.
O material retirado das cavas, é processado fazendo a separação de materiais com
valor econômico e materiais sem valor comercial, este, é armazenado em pilhas de
estéreis, e o minério encaminhado através de correias para usina de processamento, onde
o material será beneficiado em pelotas, lavado e separado por tipo, e em seguida, para os
silos de armazenamento e posteriormente carregado em vagões de trens que segue pela
linha ferroviária até o porto de São Luís para embarque nos navios transportadores com
destino a China (figura 4).

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a) b)

c) d)

e) f)

g) h)

Figura 4. Etapas do processo de mineração em Carajás. a) rocha mineral para pesquisa


de característica de teor de ferro existente. b) Cava de mina para extração do minério. c)
Caminhões fora de estrada fazendo o transporte do material para as correias
transportadoras. d) Correia transportadora encaminhando o material para ausina de
beneficiamento. e) maquinário utilizado para o beneficiamento do matéria extraído. f)
carregamento do minério de ferro em vagões do trem. g) barraem de rejeitos. h)
Embarque do minério e navios.

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6. FUNDAMENTOS À ECOLOGIA: ECOSSISTEMA E
BIODIVERSIDADE NO PROCESSO MINERAL DA VALE

A Ecologia Industrial baseia-se na metáfora que advém de retirar da análise do


funcionamento dos ecossistemas naturais lições úteis para gerir melhor os sistemas
industriais em sentido mais lato, ou seja, a sociedade que caracteriza as economias
modernas e industrializadas (Ferrão, 1998).
A Vale possui uma política ambiental empregada em suas atividades desde o
principio ao fim do processo de mineração, isso, devido principalmente pelo marketing
ambiental que a mesma utiliza para fortalecer a imagem da empresa.
Dessa forma, a empresa tem por princípio priorizar gestão de riscos e impactos
ambientais, visto que, o processamento do minério requer grandes alterações ambientais,
além disso as jazidas minerais são recursos naturais não renováveis.
Em relação às certificações de sistemas de gestão ambiental (ISO 14001), assim
como às voltadas à qualidade (ISO 9001), foram alterados na maioria das operações, em
2017, o modelo de certificação de Single Site (que considerava cada unidade operacional
isoladamente) para o Multi Site (operações e as áreas corporativas são avaliadas
concomitamente). Essa alteração traz a simplificação dos documentos e processos,
principalmente os de natureza técnica e operacional.
Em cada fase da extração e processamento mineral ocorre diversos fatores
ecossistêmicos.
Onde, na fase da supressão vegetal, ocorre um desmatamento de grande área para
a realização da cava para a extração do minério, nessa atividade a empresa é obrigada a
compensar esse desmatamento com a conservação/recuperação de áreas degradadas e/ou
reflorestamento de outras áreas, possibilitando assim, a garantia de conservação de áreas
naturais para as futuras gerações, promovendo a sustentabilidade.
No que diz respeito a utilização da água nas operações minerais, as atividades
produtivas da vale levam em conta a economia da água, ocasionando aumento gradativo
da sua recirculação a fim de minimizar a captação de água nova. A empresa não devolve
ao meio ambiente rejeitos sólidos ou fluidos sem antes tratá-los A água utilizada nos
processos de beneficiamento dos minérios, por exemplo, passa por um tratamento para
ser reutilizada . Antes de ser devolvida aos rios e córregos é devidamente tratada e
monitorada a fim de garantir as exigências legais de qualidade. Boa parte da água
utilizada é oriunda do surgimento durante a escavação de cavas, além, de fazer

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reutilização da água em vários processos, destinando ao final do uso, quando não podem
ser tratadas para retornar aos rios e igarapés, são destinadas para as barragens que são
construídas no entorno do empreendimento, nessa barragem ocorre o tratamento e a
decantação das partículas sólidas.
Outra questão, são as pilhas de rejeitos provenientes da separação do material
econômico do não viável economicamente, essas pilhas são alocadas em áreas próximas
aos empreendimentos e que gera grande impacto ambiental, a fim de minimizar os danos,
a empresa utiliza as pilhas de rejeitos para reflorestamento.
A empresa também conta, com a implementação de educação ambiental com
todos os seus funcionários e a comunidade local, fazendo assim funcionários e
comunidade ecologicamente sustentáveis.
Várias outras políticas ambientais são desenvolvidas pela empresa, afim de
agregar valor por meio do marketing ambiental e de cumprir normas nacionais e
internacionais em relação ao meio ambiente.

7. QUÍMICA AMBIENTAL NO PROCESSO DE MINERAÇÃO

Os ciclos biogeoquímicos são processos naturais que por diversos meios reciclam
vários elementos em diferentes formas químicas do meio ambiente para os organismos, e
depois, fazem o processo contrário, ou seja, trazem esses elementos dos organismos para
o meio ambiente.
Para que a atividade de mineração seja desenvolvida é demandado uma grande
quantidade de energia e reações biogeoquímicas durante o processamento.
Em 2019, apesar da redução do consumo de energia, a composição da matriz
energética seguiu com percentuais semelhantes à do ano de 2018, inclusive no que diz
respeito ao consumo de fontes renováveis, o que representa atualmente 27% da matriz da
empresa. A participação de fontes renováveis na matriz energética da Vale global, cresceu
de 25% para 28% entre 2016 e 2018.
A redução no consumo por fontes não renováveis se deve em sua maioria à
redução no consumo de diesel, que é utilizado principalmente como combustível nos
caminhões fora-de-estrada e nas locomotivas. A meta da empresa é atingir 100% de
autoprodução a partir de fontes limpas no Brasil até 2025 e globalmente até 2030.
Em relação a emissão de gases na atmosfera, por a mineração ser uma atividade
de grande proporção no Brasil, principalmente na região de Carajás, a utilização de

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grandes maquinários, além de veículos para as operações e transportes dos funcionários,
resultam em grande deposição de poluentes no ar.
As atividades da Vale resultaram, em 2019, na emissão de cerca de 575,3 milhões
de toneladas de CO2 equivalente. Desse volume, mais de 97% foram emissões indiretas,
ou seja, resultam do uso dos produtos Vale em outras indústrias. As emissões diretas, de
(combustíveis e processos industriais) e (compra de eletricidade) somaram cerca de
12,6 milhões de toneladas de CO2 equivalente.
As emissões diretas de Gases de Efeito Estufa (GEE) da Vale foram cerca de
13,3% menores em 2019 em comparação ao ano de 2018, totalizando 11,3 milhões de
tCO2e. Já as emissões indiretas da compra de eletricidade foram reduzidas em 16,6% em
2019, totalizando 1,3 milhões de tCO2 e, principalmente devido à redução do consumo
de eletricidade.
Em 2019, a empresa revisou suas metas de clima, incluindo novos compromissos
para reduzir as emissões de GEE, metas mais ambiciosas do que as estabelecidas
anteriormente em 2018, com o objetivo de se tornar uma empresa de mineração neutra
em carbono.
A meta de redução absoluta de 33% ds emissões de GEE até 2030, com base nos
dados de 2017, está alinhada ao objetivo do Acordo de Paris de limitar o aquecimento
global a menos de 2ºC.
Além disso, a empresa tem a meta de se tornar carbono neutro em 2050, e para
impulsionar a direção da descarbonização, foi aprovado um preço interno de carbono de
USD 50/tCO²e. este preço está alinhado ao cenário de 2ºC, seguindo as recomendações
de Carbon Princing Leadership Coalition.
Os projetos são orientados para soluções que ampliem a autoprodução de
eletricidade a partir de fontes renováveis nas operações, que promovam a implementação
de práticas e rotinas de gestão de energia e eficiência energética de forma a criar um
ambiente que incentive a adoção de comportamentos e soluções eficientes e inovadoras
de uso racional de energia e que estimule a busca de soluções tecnológicas diferenciadas,
considerando os impactos sociais, econômico e ambientais e que alinhem o portfólio de
negócios à transição para uma economia de baixo carbono, alavancando novas
oportunidades de negócios.
Quanto aos resíduos sólidos gerados no empreendimento, estes são armazenados
adequadamente em conformidade com as normas estabelecidas pela ABNT.

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Os funcionários empregados nas atividades de mineração que resultam em
ambientes insalubres, são remunerados adequadamente e manuseados de acordo com as
normas estabelecidas.

8. DINAMICA DAS RELAÇÕES INTERPESSOAIS NAS ATIVIDADES


DA VALE.
A dinâmica das relações interpessoais é a forma como as pessoas se relacionam e
interagem dentro de um grupo ou de um ambiente micro ou macro, constantemente se
relacionando e interagindo a todo momento, em qualquer lugar. Trocamos informações,
experiências e percepções, sem nos dar conta das informações e mensagens subliminares
que estamos passando. Cada pessoa tem uma personalidade, um modo de ser e agir, este
modo é o que determina o tipo de relação que temos com os demais.

No ambiente corporativo na relação interpessoal no trabalho, ou seja, a interação


entre as pessoas e equipes, constitui fator chave para alinhamento entre a estratégia da
empresa e a operacionalização de toda a engrenagem operacional organizacional. Mas
este fator pode influenciar todos os processos. As empresas são formadas por um conjunto
de pessoas, que necessitam relacionarem-se entre si para que tudo funcione bem.

A mineradora Vale foi eleita uma das dez melhores empresas em Práticas de
Gestão de Pessoas em 2017, com base em pesquisa realizada pelo Grupo Gestão RH –
empresa referência na área de Recursos Humanos, que oferece workshops, treinamentos
e premiações na área.

A Vale emprega aproximadamente 125 mil pessoas, entre profissionais próprios


e terceirizados. Buscamos desenvolver competências e incentivar talentos, realizando
ações educacionais e oferecendo a remuneração compatível com a complexidade das
funções, com o desempenho dos empregados e com o mercado de trabalho.

Promove um ambiente propício ao diálogo e valoriza a comunicação direta. O


trabalho de cada um dos empregados da Vale é essencial para o sucesso e o crescimento
da empresa. Respeitar a diversidade e promover a inclusão são imperativos éticos e
imprescindíveis para uma empresa sustentável.

As atividades são geridas por diversos setores com vários grupos distintos de
trabalhos, onde o exercício é dividido em níveis hierárquicos, no entanto, a empresa prega

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a dinâmica interpessoal entre seus funcionários, promovendo o respeito mútuo, e
oferecendo o feedback a todos os envolvidos no processo.

Além do mais, todos os funcionários recebem anualmente uma PLR (participação


no lucro da empresa) que varia de acordo com a pontuação obtida por desempenho de
trabalho do grupo, esse bônus anual chega a ser um valor de três a seis vezes o salário do
funcionário.

9. CONCLUSÃO:
A exploração mineral desenvolvida pela Vale em Carajás, é uma atividade que
requer bastante atenção no quesito ambiental, desde a fase inicial até o final do processo
de mineração. Em todos os setores da atividade ocorre impacto ambiental, no entanto, a
empresa busca mitigar e compensar os efeitos ambientais causados pela atividade,
seguindo todas as normas e legislações que compreendem a minimização de impactos
e/ou até reversões de alguns danos.
Apesar de emitir uma quantidade considerável de gases poluentes resultantes das
atividades de exploração mineral, a Vale tem a meta de reduzir em até 33% os gases de
efeito estufa e ser carbono neutro em até 2050.
A empresa emprega política de integração dos funcionários em valores ambiental,
social e econômico, fazendo então, que os funcionários tenham sentimento de
pertencimento e desenvolvam seu trabalho com responsabilidade respeitando o meio
ambiente e as relações de dinâmicas pessoal.
Dessa forma, além de garantir a sustentabilidade do empreendimento a empresa
agrega valores utilizando o marketing do selo verde.

10. REFERÊNCIAS:

BANKUTI, S. M. S. & BANKUTI, F. I. Gestão ambiental e estratégia empresarial: um


estudo em uma empresa de cosméticos no Brasil. Gest. Prod. [online]. Vol.21,
n.1, pp.171-184. ISSN 0104-530X. http://dx.doi.org/10.1590/S0104-
530X2014000100012. 2014.
BARBIERI, J. C. Gestão Ambiental Empresarial: Conceitos, modelos e instrumentos.
São Paulo, Saraiva. p312. 2017.
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FERRÃO, P. C. Ecologia Industrial, Principios e Ferraentas. Coleção Ensino da ciência
e da tecnologia.1998.
KEMERICH, P. D. C., RITTER, L. G., BORBA, W. F. Indicadores de sustentabilidade
ambiental: métodos e aplicações. Revista Monografias Ambientais – REMOA. e-
ISSN 2236 1308 - V. 13, N. 5 (2014): Edição Especial LPMA/UFSM, p. 3723-
3736. 2013.

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