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Interstício: composição e alterações quantitativas e qualitativas

Interstício: Controle da MMP- nã o podem degradar demais e precisa


manter certo tipo de integridade
 Ou matriz extracelular (MEC) é constituído por uma
rede complexa de macromoléculas que preenche os  Citocinas e proteínas de fase aguda
espaços intercelulares.  TIMPs- inibidor tecidual de MMP
 Funçã o: preencher os espaços permitindo a
ancoragem e melhor estabilizaçã o do tecido. Renovaçã o: MMP – TIMP
 Exerce também resistência aos tecidos (proteínas
fibriladas) e isso amortece certos impactos aos
tecidos
 É o meio por onde chegam os nutrientes e sã o
eliminados os dejetos celulares. Algum momento isso
passa de célula a célula, mas é mais comum eliminar
dejetos na matriz extracelular e chegar aos vasos
sanguineos
 Ajudam na ancoragem da célula
 É um veículo de migraçã o da célula. Precisa da
regulaçã o do processo de proliferaçã o da matriz
extracelular
 Meio de transporte de sinais intercelulares.

Componentes:
Por exemplo, na fibrose, a MMP vai degradar partes
 Proteínas fibrosas, como colá geno e elastina. O necrosadas. Depois os TIMP inibem a MMP para para o
colá geno compõ e de fibras colá genas e remodelamento tecidual.
reticulares e elastina é composta por fibras
Componentes do interstício e suas alteraçõ es patoló gicas
elá sticas
 Proteínas de aderência como a laminina e Colá geno:
fibronectina. (Aderência a célula a MEC). Temos
proteínas organizadoras: tenascina, entactina,  Corresponde a 25% das proteínas do organismo e é
ondulina. mais abundante no interstício
 Substancia fundamental amorfa composta por  Formada por 3 cadeias polipeptídicas do tipo alfa
glicosaminoglicano e proteoglicano. É um gel  Em forma de hélice
hidratado que permite a soluçã o desses  Direcionados para direita
componentes.  Enroladas umas sobre as outras

11 tipos de colá genos

 Quem produz o colá geno? Fibroblasto,


osteoblato, condroscito, leiomiocitos
 Quem degrada o colá geno? Metaloproteinases
como colagenases, fibroblastos, macró fagos e
bactérias

Colá geno tipo IV: Participa da membrana basal

Colá geno I, II, III: fibras visíveis ao microscó pico. (fibrose-


junçã o de colá geno I, II,III) O colá geno tipo IV nã o conseguimos
ver, apenas em microscopia de varredura ou eletrô nica. Os tipo
I, II, III podem ser produzidos de forma patoló gica
Degradaçã o e renovaçã o da MEC
Biossíntese do colá geno:
Degradaçã o depende de proteases denominadas:
As células fibroblasto, as que produzem colá geno recebem
 Metaloproteinases de matriz (MMP) estimulo para produzir como as citocinas TGF alfa, TGF beta,
IL-1, IL-4. Essa sinalizaçã o faz que age na ligaçã o e envie a
Sintese de MMP: mensagem de produçã o do colá geno. Temos a liberaçã o de
fatores de transcriçã o que agem sobre material genético e
 Células fagocitá rias (MACROFAGO- M1 e M2) e células
produzirá os colá genos
do tecido conjuntivo (Fibroblasto)
I- Ativaçã o de genes das cadeias alfa, com síntese
Açã o das MMP:
de m RNA que se dirigem aos ribossomos do RER
 Clivam outras proteases, citocinas, quimiocinas, II- Síntese das cadeias alfa nos polissomos e
fatores de crescimento e moléculas de adesã o penetraçã o dos polipeptídeos nascentes nas
cisternas do RER;
As pro cadeias alfa contem a sequência sinalizadora e os  Fragilidade capilar
peptídeos terminais nas extremidades NH2 e COOH. Esses  Hemorragia
peptídeos fazem que sejam consideradas pro-cadeias  Comprometimento dos alvéolos dentá rios e da
dentina podendo aparecer deformidades ó sseas
III- Nas cisternas do RER, ocorre a hidroxilaçã o da
prolina e lisina na presença e O e vitamina C Diminuiçã o de colá geno tipo IV
IV- Apó s a hidroxilaçã o, inicia-se a associaçã o das 3
cadeias a partir dos peptídeos terminais Fibrose:

A molécula formada é o pró -colá geno, pois ainda contém os  Deposiçã o anormal de colá geno e de outros
peptídeos terminais. componentes da Matriz extracelular em resposta a
estimulo inflamató ria para substitui regiã o necrosada
V- Transportadas para o Complexo de Golgi, as
moléculas de pró -colá geno sã o glicosiladas, Cirrose- evidencia os colá genos que foram produzidas em
principalmente em resíduos de hidroxilisina; excesso em resposta a reaçã o inflamató ria

Fibras elá sticas:


VI- As moléculas de pro colá genos sã o levada as
membranas citoplasmá ticas e excretada  Principal componente é elastina
 Elastina = proteína hidrofó bica
VII- No meio extracelulas, as moléculas de pro  Secretada nos espaços intercelulares
colá geno sofrem açã o de peptidases que clivam  Degradada por elastases (tipos de metaloproteinases)
os peptídeos terminais
As fibras elá sticas contem a glicoproteína fibrila que serve de
Alteraçõ es do colá geno: arcabouço para elastina, fica na superfície das fibras elá sticas.
Primarias (congênitas) - qualitativas Fibras elá sticas sã o mais delgadas que as colá genas.
 Defeitos genéticos que comprometem a estrutura, Alteraçõ es de fibras elá sticas:
síntese ou degradaçã o do coclageno (afeta ou a
síntese, ou degradaçã o ou estrutura)  Primaria/ congênitas- qualitativas: envolvem defeito
genético principalmente relacionadas com a lisil
Secundá ria (adquiridas) – quantitativas (defeito pos oxidase
transcricional)  Secundaria (adquiridas) – quantitativas: Interferem
 Interferem na síntese ou degradaçã o do colá geno sem na síntese por inibiçõ da lisil oxidase ou distú rbios
relaçã o genética malconhecios sobre fibras já formadas

Primarias/congênitas/qualitativas Qualitativa- síndrome de marfan

 Síndrome de enles-Danlos (SED)- homem elá stico  80% dos casos é uma doença hereditá ria transmitida
por herança autossô mica dominante
 É uma herança autossô mica dominante (50%) ligado
ao Y  Causa anormalidade na fibrilina
 Mutaçõ es especificas dos genes que codificam os tipos  Sintomas: dolicocéfalo- cabeça mais longa,
I, III e V de colá geno determinam a classificaçã o da aracnodactilia, deslocamento do cristalino e prolapso
SED em dez síndromes clinicas distintas da vá lvula mitral
 Nos tipos clá ssicos de SED (tipo I e II) há a reduçã o Quantitavas- elastose solar
das cadeias de pró colá geno
 Fragmentaçã o de fibras elá sticas já produzidas na
Sintomas: derme e na parede de vasos sanguíneos por exposiçã o
prolongada a luz e na senilidade (velhice) - gera
 Hiperextensibilidade
estresse oxidativo
 Hipermobilidade
 Perda da elasticidade
 Dores articulares crô nicas
 Aumento da elastolise
 Comprometimento de ó rgã os internos
 Luxaçõ es Enfisema pulmonar
 Cicatrizes atró ficas
 Pele friá vel  Associados a fumantes crô nicos
 Equimoses- hematomas  Envolve defeitos adquiridos e mecanismos
bioquímicos de regulaçã o e secreçã o de fibras
Secundá ria/adquirida/quantitativas elá sticas
 Aumento de elastase-MMP
 Resultam de agressõ es que alteram os mecanismos
 Diminuiçã o de anti-proteases anti-tripsina (impede a
pos-transcricionais de sua síntese
inibiçã o das proteases- vai ter mais degradaçã o)
 Defeito na produçã o, excesso de produçã o ou excesso
 ELASTOLISE: Aumento da atividade de elastases e
de degradaçã o
reduçã o da atividade das antiproteases.
Escorbuto
Membrana basal:
 Carência de vitamina C que leva a hidroxilaçã o
 Constituiçã o: colá geno tipo IV, Laminina- é uma
deficiente do colá geno tipo IV (alta glicosilaçã o)
proteína de adesã o (permite a interaçã o entre
 Altera a membrana basal
colegno tipo IV e proteoglicano e permite que se  Gerencia o transporte de moléculas e a movimento
conecte com o interstício) e proteoglicanos celular
 Funçõ es: manter a atividade funcional dos  Barreira a penetraçã o de bactérias e outros
epitélios sob os quais elas se localizam, além de microrganismos invasores
servirem como filtro que controla a passagem de
macromoléculas e de agregados moleculares Alteraçõ es da substâ ncia fundamental amorfa
 Maior sustentabilidade e serve como filtra
 Alteraçõ es isoladas da substancia fundamental
 Divide o tecido epitelial do interstício
amorfa sã o raras, mas quando ocorrem sã o
 Laminina: glicoproteína de aderência: interage denominadas transformaçõ es do interstício e sã o 3:
célula epiteliais e matriz celular. Se liha também
ao colá geno tipo IV e entactina ( Glicoproteína  Transformaçã o hialina- hialinose (deposiçã o de
que liga o colá geno IV e a laminina; membrana proteínas)
basal.  Transformaçã o mucoide (nã o é deposiçã o de muco)
 Proteoglicanos: proteínas compostas por  Tranformaçã o fibrinoide
glicosaminoglicano
Degeneraçã o é diferente de transformaçã o (alteraçã o do
Alteraçõ es da membrana basal: interstício/ da composiçã o e também deposiçã o no interstício ).
o Pode alterar a espessura e continuidade Degeneraçã o: é uma lesã o reversível com acumulo de depó sitos
dentro da célula
o Causas patoló gicas: depó sitos de imunocomplexos
Tranformaçã o hialina- hialinose
 Deposito anormal de substancia diversas
 Deposito acidó filos no interstício formados por
-Imunoglobulina proteínas do plasma que exsudam e se depositam na
MEC
-Amoloidose
Acometem a camada intima de pequenas arteríolas e artérias
-Metais pesados
devido a HAS (associada a lipídeos) e diabetes mellitus
-Microangiopatia diabética (glicosiladas)- resulta em glicosilaçã o de componentes da
substancia amorfa fazendo a deposiçã o de proteínas.
Glomerulopatias:
Hialinose: fibras colá genas tumefeitas e mais espessas, porém
 Deposito de imunoglobulinas e imunocomplexos na homogêneas, perdendo o aspecto normalmente fibrilar
membrana basal de glomérulos
 Espessamento irregulares e alteraçõ es na sua Tranformaçã o mucoide
permeabilidade
 É pelo aspecto que o interstício adquire
Ex: glomerulonefrite por IG A (superdeposiçã o)  Aumento da substâ ncia fundamental amorfa
resultando em dissociaçã o das fibras colá genas, que
A membrana basal fica alterada e sua funcionalidade fica ficam dispersas, dando o aspecto do tecido mucoso
comprometida. Logo, a funçã o renal fica alterada.  Acontece a dispersã o das fibras colá genas

Diabetes mellitus Ex: doença reumá tica (açã o de anticorpos ou


imunocomplexos), hipotireoidismo (sem mecanismo
 Microangiopatia diabteica: espessamento de esclarecido)
membranas basais na microcirculaçã o
 CAUSAS: Alteraçã o na síntese e glicosilaçã o deficiente Tranformaçã o fibrinoide
do colá geno produzido pelo endotélio + hiperglicaçã o
de outras moleculas da MEC = espessamento da  Deposiçã o de material acidó filo semelhante a fibrila
membrana basal (cascata de coagulaçã o)
É produzida em doenças por imunocomplexos (artrite
Acontece o espessamento devido a alteraçã o na síntese e reumatoide e amiloidose)- a fibrina se associa a
glicosilaçao deficiente do colá geno e hiperglicaçã o de outras outras substancia e se deposita na substancia amorfa
moléculas
Isso ocorre por deposiçã o de imunocomplexos e ativam o
 Ocorre diminuiçã o de fluxo, isquemia sistema imunoló gico, ativam o sistema complemento que atrai
neutró filos - Logo, aumento da permeabilidade vascular (tem
Substancia fundamental amorfa: edema). Há a exsudaçã o de fibrina e os neutró filos exocitam
 Como se fosse um liquido, com o passar do tempo material de grâ nulos contendo proteases e glicosidades que
adiquire aspecto de gel digerem o interstício. Componentes do interstício e fibras
colá genas parcialmente dirigidas misturam- se a fibrina
Constituiçã o: exsudada e formam material com aspecto fibrinoide

 Glicosaminoglicano (polissacarídeos) Acontece pró xima ao vaso sanguíneo (a fibrina é produzida ali).
 Proteoglicano (proteína com glicosaminoglicanos É perivascular (composta por fibrina, parte do interstício
associados) digerido por neutró filo)

Funçõ es: Amiloidose

 Resistencia a compressã o mecâ nica  Deposiçã o no INTERSTICIO de material proteico


fibrilar, a substancia amiloide
 Amiloidose é diferente de hialinose. A amiloidose é  A lesã o pode decorrer de modificaçã o na conformaçã o
um tipo de hialinose, mas tem classificaçã o normal das proteínas percussoras da amiloide o que
diferenciada (deposiçã o de substancia amiloide) - é resulta em sua agregaçã o e deposiçã o
deposiçã o de proteína, mas especialmente a amiloide
Porque ocorre?
Patogênese da amiloidose
 Produçã o excessiva de proteínas percussoras capazes
 Complexa e pouco conhecida de formar agregados
 Mutaçõ es em certos genes, que codificam proteínas
mais susceptíveis de se agregar
 Incapacidade de degradar as proteínas alteradas

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