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Metil-Mercúrio: Produção, utilidade e descarte.

Nome: Joaquim Malco de Alcântara Filho e Isabella Cristina Moreira


Prontuário: Bv3009742 e Bv3008509.

O mercúrio inorgânico pode ser metilado em condições aeróbias, ou seja com a


presença de oxigênio ou anaeróbias (sem a presença de oxigênio) podendo ser por
por dois mecanismos distintos: o biológico, permeado por microorganismos e
fungos, como pela reação com a metilcobalamina (versão ativa da vitamina B12) , e
o químico, ou abiótico, que pode ocorrer por três caminhos, sendo eles a via reação
de transmetilação; (b) por meio da radiação ultravioleta e compostos orgânicos que
doam grupo metila e (c) por reação com os ácidos fúlvico e húmico.
A formação de metil-mercúrio em condições bióticas, deve-se entender o mecanismo
relacionado à metilcobalamina, ela pode estar disponível de forma significativa no
ambiente, uma vez que é uma coenzima produzida pelas bactérias, sejam elas
aeróbicas ou anaeróbicas, sendo predominante neste primeiro. “Este composto é
capaz de transferir o grupo metila para o íon Hg2+. Neste caso ocorre a transferência
do grupo metila como um íon carbânion e um radical metil, para produzir o metilHg e
o dimetilHg em condições tanto aeróbias quanto anaeróbias” (MÁRCIA E WILSON,
2004).
Ademais, sua aplicabilidade ao longo da humanidade, devido a suas características
o mercúrio foi muito utilizado na confecção de termômetros, já que proporciona
rápida expansão devido a dilatação térmica e a baixíssima interação com o vidro do
termômetro, contudo ao longo dos anos devido a periculosidade do material,
deixou-se de usar o mercúrio em termômetros, outra utilidade no passado foi em
tratamentos odontológicos, no caso das obturações usava-se uma liga de mercúrio e
prata, formando amálgamas. Além disso, por conta da sua condutividade elétrica, foi
bastamente empregado em interruptores, lâmpadas fluorescentes, pilhas e baterias,
inclusive alguns pesticidas e medicamentos fazem uso desse metal.
Outrossim, usou-se até o século passado o mercúrio em processos eletrolíticos para
a fabricação da soda cáustica e cloro, porém uma utilidade que está degradando
algumas regiões do Brasil é sua utilização no garimpo ilegal, uma vez que o material
contamina peixes, as águas e o solo da região, assim através do processo de
bioacumulação o mercúrio vem causando problemas ao seres vivos. No entanto, os
métodos de descarte desse resíduo são, incineração, imobilização, aterro e
armazenamento subterrâneo, ademais, boa parte dos métodos de descarte
necessitam de um pré-tratamento, com intuito de reduzir o volume e a concentração
dos resíduos, de forma que esses possam ser estocados ou dispostos sem afetar o
meio ambiente, contudo o pré-tratamento contém a utilização de processos químicos
ou biológicos para alterar a forma dos contaminantes, reduzindo assim sua
toxicidade. O método convencional de tratar resíduos que contenham metais
consiste na sua precipitação. Normalmente os metais pesados encontram-se
dissolvidos em meio ácido e podem precipitar em meio alcalino, como hidróxidos ou
sais básicos. Assim, a elevação do pH de uma solução contendo metais deve
proporcionar a sua precipitação. As partículas geradas na precipitação podem ser
pequenas e ficam em suspensão como coloides que geram forças repulsivas e
impedem a junção, exigindo o adicionamento de coagulantes químicos para garantir
a eficácia do processo de separação dos íons metálicos por precipitação. Um
precipitante químico muito utilizado é o cloreto de ferro (III) por possuir área de
adsorção bastante elevada.

REFERÊNCIAS:

Mercúrio (Hg). Mundo educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/quimica/metal-mercurio.htm#:~:text=O%20metilmerc%C
3
%BArio%20%C3%A9%20uma%20forma,produ%C3%A7%C3%A3o%20do%20PVC%2C%
20entre%20outros. Acesso: 21 de setembro de 2023.

BISINOTI, Márcia Cristina; JARDIM, Wilson F. O comportamento do metilmercúrio


(metilHg) no ambiente. Scielo. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/qn/a/ScRyZnwkDxdqskmpWT8P4Tq/. Acesso em: 21 de setembro de
2023.

LICHTIG, J; CARVALHO, M.F.H; KIRA, C.S; MAIO, F.D. Descarte de resíduos de


laboratório contendo metais pesados (Hg, Pb, Cd) por adsorçao em hidróxido de ferro (III).
Revista do Instituto Adolfo Lutz . 2004. Disponível em:
https://periodicos.saude.sp.gov.br/index.php/RIAL/article/view/34772#:~:text=Ap%C3%B3s
%20a%20filtra%C3%A7%C3%A3o%2C%20o%20filtrado%20foi%20seco%20ao,preserva%
C3%A7%C3%A3o%20da%20sa%C3%BAde%20p%C3%BAblica%20e%20do%20meio%20
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