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Universidade de Luanda

Instituto Politécnico de Gestão, Logística e Transportes


Departamento de Ciências Sociais, Empresarias e Económicas
Licenciatura em Contabilidade
Trabalho Prático de Mercados e Investimentos Financeiros

VALOR, RISCO E RETORNO NOS MERCADOS E INVESTIMENTOS


FINANCEIROS

2022/2023
Universidade de Luanda

Instituto Politécnico de Gestão, Logística e Transportes

Departamento de Ciências Sociais, Empresarias e Económicas

Licenciatura em Contabilidade

Trabalho Prático de Mercados e Investimentos Financeiros

VALOR, RETORNO E RISCO NOS MERCADOS E INVESTIMENTOS


FINANCEIROS

O Docente:

Dr. Kiafuca Maleta Diedone

2022/2023
FICHA TÉCNICA

Integrantes do grupo Nº 1:

1.Ambrósio dos Santos Paulo – 20200257

2.Cristina António Ebo – 20200277

3.Domingos Bala Manzanza – 2018006

4.Jumilde Mário Mendes Moreira – 20200273

5.Marisa do Carmo António de Almeida – 20200367

6.Ruth Quihala Henriques - 20200069


DEDICATÓRIA

Dedicamos este trabalho a todos aqueles que fazem de sua vida um campo de
batalha, onde só desistem todos aqueles que forem fracos.
EPÍGRAFE

‘‘Não é somente o conhecimento que

é importante, mas também, o modo

pelo qual esse conhecimento é

utilizado para produzir ideias e

novas soluções.’’

Samuel Kirk
AGRADECIMENTO

Em muitos momentos desta caminhada, nos faltaram força e vontade para


continuar, porém ao nosso redor existem pessoas que contribuem para que isto se
torne possível.

Por isso, agradecemos de todo coração à Deus pelo dom da vida, pela
protecção e por esta sempre ao nosso lado, acampando-nos.

Aos nossos familiares, por investir na nossa formação académica, sempre


nos dando apoio quando necessário. Muitas vezes têm sacrificado sonhos e planos
para se dedicarem aos nossos estudos, fazendo dele metas a serem alcançadas. A
todos professores que têm contribuído pela formação e experiências transmitidas.

A todos, manifestamos a nossa gratidão!


RESUMO

O presente trabalho de pesquisa insere-se numa pesquisa de carácter


bibliográfica, através do qual pretende-se analisar o valor, risco e o retorno nos
mercados e investimentos financeiros, compreender que a maioria das pessoas que
desejam investir necessitam de informações de como funciona este mercado de
investimento. Uma abordagem clara e simples de compreensão sobre questões como:
o que é o valor, retorno e risco dentro do mercado financeiro, como obter um melhor
retorno possível e como agregar valor a esse investimento. Como a relação
risco/retorno pode influenciar um determinado investimento e quais valências
devemos ter em conta, e que tipos de risco existem.

Palavras – chaves: risco, retorno, mercado financeiro, investimento.


ABSTRACT

The present research work is part of a bibliographical research, through which


it is intended to analyze the value, risk and return in the financial markets and
investments, to understand that most people who wish to invest need information on
how it works this investment market. A clear and simple approach to understanding
issues such as: what is value, return and risk within the financial market, how to obtain
the best possible return and how to add value to this investment. How the risk/return
ratio can influence a given investment and what valences we should take into account,
and what types of risk exist.

Keywords: Risk, Return, Financial Market, Investment.


ÍNDICE

1 INTRODUÇÃO .................................................................................... VIII

1.1 Problema....................................................................................... VIII

1.2 Hipoteses ...................................................................................... VIII

1.3 OBJECTIVOS ............................................................................... VIII

1.3.1 Objectivo Geral ......................................................................... IX

1.3.2 Objectivos Específicos ............................................................. IX

1.4 Justificativa .................................................................................. IX

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .............................................................. X

2.1 Definição de Risco ........................................................................... X

2.1.1 Risco total............................................................................... XIV

2.1.2 Risco de mercado .................................................................. XVI

2.2 Análise do risco.............................................................................. XX

2.2.1 Desvio Padrão e variância...................................................... XXI

2.2.2 Coeficiente de Variação ....................................................... XXIII

2.3 Valor temporal de um Fluxo Financeiro .......................................XXV

3 METODOLOGIA ...............................................................................XXVII

CONCLUSÕES ..................................................................................XXVIII

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .....................................................XXIX

6 ANEXOS ............................................................................................XXX
1 INTRODUÇÃO

Nos últimos anos tem se verificado um crescimento no mercado financeiro


Angolano. Várias instituições públicas e privadas estão a criar mecanismos
necessários com objectivo de participar e ampliar o mercado financeiro a fim de
alavancar a economia do país. O mercado financeiro nunca teve tanta relevância
como actualmente e a maioria das pessoas ainda não têm muito conhecimento de
como ela funciona.

O mercado financeiro é uma das maneiras de alavancar a economia de um


país além dos investimentos clássicos, ele oferece uma maior maximização aos
ganhos investidos.

1.1 Problema

A necessidade de se investir nos mercados financeiros é maior, mas para


tal, precisamos conhecer como esse mercado funciona. Neste contexto, a parti desta
observação formulamos a seguinte problemática:

Pergunta de partida: Como o valor, o retorno e o risco influenciam nos


mercados e investimentos financeiros?

1.2 Hipóteses

Os mercados financeiros são eficientes quando existe uma relação positiva


entre o risco e o retorno esperado.

Na busca de lucros elevados, muitos investidores acabam se esquecendo


de analisar o risco. De forma geral, retornos mais elevados somente podem ser
obtidos quando o investidor está também correndo riscos maiores.

1.3 OBJECTIVOS

Segundo Gil (2002, pág. 25) a pesquisa é norteada pelos objectivos. Na


visão de Vergara (2009, pág. 25), afirma que “O objectivo é um resultado a alcançar.
Neste sentido, com este estudo pretendemos atingir os seguintes objectivos:

VIII
1.3.1 Objectivo Geral

Apresentar a importância do valor, retorno e do risco nos mercados e


investimentos financeiros.

1.3.2 Objectivos Específicos

Como forma de atingir o objectivo geral, apresentam-se alguns objectivos


específicos a serem alcançados no decorrer do trabalho:

▪ Apresentar conceitos de Mercados Financeiros;


▪ Indicar como ocorre o valor e os riscos;
▪ Indicar possibilidades de retorno nos mercados financeiros.

1.4 Justificativa

Bem, vários são os motivos que levam a escolha deste tema,


primeiramente por motivos acadêmicos, isto é, em função do trabalho de Mercado
Financeiro orientado pelo professor Doutor Kiafuca Maleta Diedone. Nesta vertente
estudo justifica-se pelo facto de trazer mais um grande contributo na nossa formação.

Como a maioria das pessoas ainda encontra certas dificuldades em


entender como funciona os mercados financeiros, e ainda mais sobre o valor, risco e
retorno que estes mercados proporcionam aos seus participantes, existindo a
necessidade de conhecer o conceito, seus dilemas e possibilidades a fim de que se
realize um investimento seguro no momento e nesse sentido é oportuno destacar o
valor, o risco e retorno do próprio mercado, além da prudência inicial do investidor.

A maioria das pessoas que desejam investir necessitam de informações


com os quais podem se familiarizar ao decidirem pelo seu primeiro aporte no mercado
financeiro, e muitas vezes são tomadas pelo medo e pela ansiedade, o que pode
significar perdas no investimento.

Portanto, o presente estudo justifica-se no sentido informativo, de modo a


possibilitar uma leitura fácil e objectiva a respeito das funcionalidades envolvidas
nesse tipo de investimento a fim de que se possa ter em mãos um conjunto de
informações elaboradas com as quais se possa entender melhor como funcionam tais
investimentos, seus obstáculos e algumas de suas possibilidades.

IX
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 Definição de Risco

Várias são as definições de risco, sobretudo dentro do mercado financeiro,


sendo feita de acordo as diferentes actividades ou operações que são realizadas
dentro dela.

RISCO (do latim risicu, riscu). Possibilidade de perigo. Acontecimento


eventual, incerto, cuja ocorrência não depende da vontade dos interessados. Segundo
GITMAN (1997, pág. 17), em Administração Financeira, risco pode ser definido como
a "possibilidade de que os resultados realizados possam diferir daqueles esperados".
Uma instituição financeira pode deixar de atingir os resultados esperados por seus
accionistas não somente devido à ocorrência de perdas reais, mas também devido à
perda de oportunidades.

Risco é a possibilidade ou probabilidade, que possa impedir o sucesso.


Geralmente, um risco é qualificado pela probabilidade da ocorrência e pelo impacto
que pode causar no projecto, caso ocorra.

Segundo Fabrício Mariano (Mercado Financeiro pág.83) o risco é o evento


coberto, cuja ocorrência causa prejuízo econômico.

Os riscos presentes no mercado financeiro consistem na possibilidade de


um retorno esperado não se concretizar, seja por influência de um facto económico,
político, organizacional ou até mesmo climático.

No contexto dos negócios e das finanças, risco é a chance de perda


financeira. Activos (reais ou financeiros) que apresentam maior chance de perda são
considerados mais arriscados do que os que trazem uma chance menor.

Ele pode ser usado de forma intercambiável com o termo incerteza em


referência à variabilidade dos retornos associados a determinado activo.

Um aspecto fundamental para obter ganhos com acções é o timing


(momento oportuno) de entrar e sair do mercado. Em outras palavras, o diferencial de
um bom investidor está em saber antecipar-se aos movimentos do mercado
financeiro: adquirir ações numa tendência de alta, antes dos demais investidores e,
em consequência de sua valorização, vendê-las igualmente antes que outros o façam
(antes da desvalorização). A identificação desse timing exige acompanhamento e
X
análises de cenários económicos, do mercado financeiro e desempenho da empresa
e seus concorrentes.

É importante entender que as acções, assim como todos os papéis de


renda variável, não garantem rendimentos positivos aos investidores. Os preços das
acções são formados pela interação de oferta e procura de mercado, formada com
base em expectativas futuras de desempenho da empresa e do mercado. Os ganhos
de capital oferecidos aos acionistas estão sujeitos ao comportamento incerto dos
preços de mercado das acções.

Os rendimentos de dividendos são pagos a partir da viabilidade económica


(geração de retorno) e financeira (geração de caixa) das empresas emissoras. Não
há certeza também no recebimento de dividendos e em seus montantes.

Podem ser identificados dois grandes tipos de risco no investimento em


acções: risco da empresa captadora dos recursos e risco do mercado.

O risco da empresa é aquele associado às decisões financeiras, em que


são avaliados os aspectos de atratividade económica do negócio e a capacidade
financeira em resgatar os compromissos assumidos perante terceiros.

Dessa maneira, o risco da empresa pode ser identificado por:

■ risco econômico – inerente à própria atividade da empresa e às


características do mercado em que opera. Esse risco independe da forma como a
empresa é financiada, restringindo-se às decisões de ativos. É identificado na
possibilidade de não se verificar os resultados operacionais esperados. Exemplos de
risco econômico: aumento da concorrência, evolução tecnológica, elevação dos juros,
qualidade etc.;

■ risco financeiro – reflete o risco associado ao endividamento da


empresa, ou seja, à capacidade da empresa em liquidar seus compromissos
financeiros assumidos. Empresas com reduzido nível de endividamento apresentam
baixo nível de risco financeiro; altos graus de endividamento, por outro lado, ao
mesmo tempo em que podem promover maior capacidade de alavancar os resultados,
denotam maior risco financeiro.

O desempenho desses dois componentes de risco afeta, evidentemente, o


risco total da sociedade e o valor de mercado de suas ações. Deve haver um equilíbrio

XI
na relação risco/retorno do investimento em ações, alcançando a máxima
rentabilidade associada a um nível de risco que promova o maior valor de mercado
das ações.

O risco de mercado diz respeito às variações imprevistas no


comportamento do mercado, determinadas, principalmente, por mudanças ocorridas
na economia.

Esse tipo de risco encontra-se presente em todo o mercado e,


principalmente, no mercado de ações. É identificado pela variabilidade dos retornos
de um título em relação ao seu valor médio, denotando menor confiança ao investidor
quanto maior for essa variância. Investimentos com retornos mais centrados em seu
ponto médio são capazes de oferecer uma melhor aproximação do desempenho
esperado futuro.

Este comportamento incerto do mercado pode ser determinado por fatores


políticos, econômicos ou específicos de um determinado segmento de empresas.

Segundo SAUNDERS (1997, pág. 73-85) divide os riscos aos quais uma
instituição financeira está exposta nas seguintes categorias:

• Risco de Taxa de Juros: é o risco incorrido por instituições financeiras,


quando existe um descasamento no vencimento de suas posições ativas e passivas.
Uma instituição financeira, em seu papel de transformador de activos, estará sujeita a
este tipo de risco quando, por exemplo, comprar títulos no mercado primário com
prazo de vencimento igual a "x" e emitir certificados de depósito no mercado
secundário com: vencimento diferente de "x". SAUNDERS divide este risco em duas
modalidades:

a. Risco de re-financiamento: quando o custo de rolagem do financiamento


(emissão dos certificados de depósito) for superior ao retomo do
investimento em títulos.
b. Risco de re-investimento: quando o retomo do investimento em títulos
for inferior ao custo de financiamento.

• Risco de Mercado: surge quando uma instituição financeira opera


activamente em um ou mais mercados, tais como de renda fixa, câmbio, ações e

XII
derivativos, mantendo posições compradas ou vendidas em aberto, ou seja,
unhedged.

• Risco de Crédito: o risco que fluxos de caixa esperados não sejam pagos
total ou parcialmente. Podemos chamá-lo de "risco original", pois a intermediação do
risco de crédito, entre tomadores e doadores vem desde o surgimento dos bancos.
Uma instituição financeira está melhor posicionada para administrar este risco do que
doadores individuais, pois têm a capacidade de diversificar entre tomadores de modo
que o risco de perda de crédito não fique concentrado. Outras ferramentas utilizadas
para minimizar o potencial de perdas são a utilização de garantias na concessão de
crédito e o uso de modelos estatísticos que permitam avaliar de maneira mais precisa
a capacidade de pagamento do tomador.

• Risco de Compensação (off-balance sheet): o risco com posições que não


são refletidas no balanço da instituição financeira, nem na forma de ativos ou passivos.
Um Exemplo de posição off-balance sheet são operações de swap - Contratos a
Termo de Troca de Rentabilidade. Utilizando-se um contrato de swap, duas
instituições concordam em trocar fluxos de caixa futuros indexados a uma variável de
mercado preestabelecida sobre um principal teórico (national). O principal do contrato
de swap é registrado em contas de compensação, e somente o diferencial de fluxo de
caixa a pagar ou a receber é registrado em contas de balanço.

• Risco de Câmbio: o risco que flutuações na taxa de câmbio possam afetar


o valor de um portfólio mantido por uma instituição financeira em moeda base diferente
do real. Tomemos como exemplo um Banco A, que mantém em seu activo, títulos do
governo indexados ao dólar, o qual paga juros semestralmente. Os fluxos de caixa
deste papel estarão atrelados a taxa cambial, podendo ficar abaixo ou acima do
esperado conforme a apreciação ou depreciação do real diante do dólar.

• Risco país ou soberano: o risco que pagamentos de tomadores de


empréstimo estrangeiros que não sejam realizados devido à interferência do governo
em questão. As autoridades governamentais podem interromper o fluxo de divisas
para fora do país por questões políticas ou econômicas. Tal proibição pode ser
temporária, total ou parcial e muitas vezes é difícil de ser antecipada. Um banco
americano que realize investimentos no Brasil através da Resolução 2.689,6 está

XIII
ciente que pode ficar impossibilitado de repatriar seus recursos, caso o governo
Brasileiro decrete o fim da convertibilidade dos reais por dólar.

• Risco de Liquidez: surge quando os depositantes decidem liquidar


prontamente suas posições, acima da média prevista pela instituição financeira. A fim
de honrar os saques, as instituições que não dispõem de caixa suficiente, vêem-se
forçadas a re-financiar suas posições ou na impossibilidade de re-financiamento a
vender seus ativos, geralmente a preços desfavoráveis. Em condições de crise
económica ou perda de credibilidade por parte da instituição, o volume sacado fica
muito acima do normal, podendo levar a falência da instituição.

2.1.1 Risco total

O risco total pode ser medido pela variância dos retornos dos portfólios,
Sharpe (1964) demonstra que, em equilíbrio, um activo individual reflete a sua
contribuição sobre o risco, que é medido pela covariância do retorno do portfólio de
mercado composto por todos os ativos.

De acordo Alexandre Assaf Neto (2018) na abrangência do entendimento


do risco, a avaliação de uma empresa delimita-se aos componentes de seu risco total:
econômico e financeiro. As principais causas determinantes do risco econômico são
de natureza conjuntural (alterações na economia, tecnologia etc.), de mercado
(crescimento da concorrência, por exemplo) e do próprio planejamento e gestão da
empresa (vendas, custos, preços, investimentos etc.). O risco financeiro, de outro
modo, está mais directamente relacionado com o endividamento (passivos) da
empresa, sua capacidade de pagamento, e não com as decisões de ativos, conforme
definidas para o risco econômico.

O risco total de qualquer ativo é definido pela sua parte sistemática (risco
sistemático ou conjuntural) e não sistemática (risco específico ou próprio do ativo).

O risco sistemático é inerente a todos os ativos negociados no mercado,


sendo determinado por eventos de natureza política, econômica e social. Cada ativo
comporta-se de forma diferente diante da situação conjuntural estabelecida. Não há
como se evitar totalmente o risco sistemático, sendo indicada a diversificação da
carteira de ativos como medida preventiva para redução desse risco.

XIV
O risco não sistemático (ou diversificável) é identificado nas características
do próprio ativo, não se alastrando aos demais ativos da carteira. É um risco
intrínseco, próprio de cada investimento realizado, e sua eliminação de uma carteira
é possível pela inclusão de ativos que não tenham correlação positiva entre si. Por
exemplo, as carteiras diversificadas costumam conter títulos de renda fixa e de renda
variável, os quais são atingidos de maneira diferente diante de uma elevação dos juros
da economia; ações de empresas cíclicas (montadoras de veículos, construção civil
etc.), de maior risco, costumam compor carteiras com ações de negócios mais
estáveis (menos cíclicos), diante das flutuações da conjuntura econômica, como
indústrias de alimentos; e assim por diante.

Dessa maneira, o risco total de qualquer activo é mensurado da forma


seguinte:

Risco Total = Risco Sistemático + Risco Não Sistemático

Segundo Alexandre Assaf Neto (2018) a mensuração do risco de um


investimento processa-se geralmente por meio do critério probabilístico, o qual
consiste em atribuir probabilidades – subjetivas ou objetivas – aos diferentes estados
de natureza esperados e, em consequência, aos possíveis resultados do
investimento. Dessa maneira, é delineada uma distribuição de probabilidades dos
resultados esperados e mensuradas suas principais medidas de dispersão e avaliação
do risco.

A probabilidade objectiva pode ser definida a partir de séries históricas de


dados e informações, frequências relativas observadas e experiência acumulada no
passado. A probabilidade subjetiva, por seu lado, tem como base a intuição, o
conhecimento, a experiência do investimento e, até mesmo, um certo grau de crença
da unidade tomadora de decisão.

Nesse ambiente, o risco pode ser interpretado pelos desvios previsíveis dos
fluxos futuros de caixa resultantes de uma decisão de investimento, encontrando-se
associado a factos considerados como de natureza incerta. Sua principal medida
estatística, conforme demonstrada pelo Alexandre A. Neto (2018) é a variabilidade
dos resultados esperados de caixa em relação à média. O retorno esperado, está
vinculado aos fluxos incertos de caixa do investimento, sendo determinado pela

XV
ponderação entre os valores financeiros esperados e suas respectivas probabilidades
de ocorrência.

2.1.2 Risco de mercado

O risco de mercado está relacionado com o preço que o mercado estipula


para activos e passivos negociados pelos intermediários financeiros, ou seja, com o
comportamento verificado no preço de um bem no dia a dia. Este risco exprime quanto
pode ser ganho ou perdido quando da aplicação em contratos e outros activos diante
de mudanças em seus preços de negociação.

Em outras palavras, o risco de mercado pode ser entendido como as


chances de perdas de uma instituição financeira decorrentes de comportamentos
adversos nos índices de inflação, taxas de juros, taxa de câmbio, indicadores de
bolsas de valores, preços de commodities, derivativos etc.

Por exemplo, o Banco Barings, banco inglês de investimentos, faliu em


1995 devido a oscilações desfavoráveis nos preços de negociação de seus títulos no
mercado. O banco apostou alto na subida do Índice Nikkei, índice da bolsa de valores
do Japão, e diante dessa expectativa de valorização fez vultosos investimentos no
mercado futuro, algo em torno de US$ 8 bilhões. O comportamento do mercado agiu
derrubando o índice Nikkei, e o banco titular dos contratos futuros perdeu mais de
15% do capital aplicado. Como essa perda superou seus recursos próprios, o Banco
Barings tornou-se insolvente, sendo sempre referenciado na literatura financeira como
um exemplo típico de risco de mercado.

Se o mercado tivesse se comportado de forma a elevar o Índice Nikkei,


evidentemente o Barings teria apurado enormes ganhos e teria outra situação nos
dias de hoje. O risco de mercado se destaca nesse exemplo pela posição que o banco
assumiu – apostou forte na alta de um ativo –, e os seus preços de negociação
caminharam para uma situação oposta à prevista. Quanto mais voláteis se
apresentarem os preços dos ativos (títulos de renda fixa, ações, derivativos,
commodities etc.), mais altos serão os riscos de mercado das instituições financeiras
que operam na expectativa de determinado comportamento em seus preços. Essa
situação exige que se acompanhe diariamente o valor dos ativos negociáveis,
atualizando sempre os seus resultados e posições futuras.

XVI
A marcação a mercado (MM) tem por objetivo revelar o efetivo valor
econômico dos ativos e passivos no momento corrente. Esse valor quando se
apresentar diferente dos valores contratados no momento da compra ou venda pode
revelar uma perda de posição económica do banco.

Se as taxas de juros de mercado subirem em determinado momento, esta


variação dos juros irá reduzir o valor (presente) do título. Os Seus fluxos futuros
esperados de caixa (rendimentos) em cenário de elevação dos juros reduzem o valor
de negociação do título. Sempre que as taxas de juros aumentam, o valor de mercado
dos ativos diminui, apurando uma perda econômica para o banco.

Se a perda econômica dos ativos superar à dos passivos, o banco corre o


risco de se tornar insolvente.

A metodologia amplamente adotada para a gestão do risco de mercado é


o Valor no Risco (VaR).

VaR – Valor no Risco

O VaR é um método de fácil compreensão e amplamente utilizado para a


gestão, mensuração e controle dos diversos riscos de mercado. Através de técnicas
estatísticas, o VaR mensura, em condições normais de mercado e considerando um
certo grau de confiança num horizonte de tempo, a perda esperada máxima de um
título ou de uma carteira de títulos.

A apuração do VaR exige a definição da perda máxima potencial de uma


carteira, de um intervalo de tempo e do nível (intervalo) de confiança desejado.

A fixação do intervalo de confiança depende do conservadorismo da


instituição financeira. O objetivo do VaR é estimar a probabilidade de o verdadeiro
valor situar-se no intervalo de confiança definido.

Por exemplo, uma instituição financeira pode apurar que o VaR de sua
carteira, para um determinado mês, é de $ 20 milhões, a um grau de confiança
estabelecido de 97%. Esta medida apurada indica que há 3% de probabilidade de
ocorrerem perdas na carteira superiores a $ 20 milhões, ou 97% de chance de se
verificarem perdas máximas de $ 20 milhões, no intervalo definido de um mês.

■Mensuração do Risco da Carteira

XVII
–VaR = $ 3 milhões

–Período = 5 dias

–Nível de Confiança = 98%

■ Interpretação

Em condições normais de mercado e ao longo de cinco dias:

–Há 2% de probabilidade de ocorrerem perdas na carteira em montante


superior a $ 3 milhões; ou

–Há 98% de probabilidade de ocorrerem perdas máximas de $ 3 milhões


na carteira.

De outra maneira, pode-se entender o VaR como uma medida que


evidencia a exposição da carteira ao risco de mercado, bem como suas chances de
perdas. É uma medida que resume a perda máxima esperada, facilitando bastante a
compreensão do risco de uma carteira.

Retorno

O retorno pode ser entendido com um ganho (ou perda) de um investimento


definido para certo período de tempo. A forma de calcular o retorno é:

𝐶𝑡 + 𝑃𝑡 + 𝑃𝑡−1
𝑟𝑡 =
𝑃𝑡−1

rt = taxa de retorno;

Ct = Fluxo de caixa recebido a partir do investimento no activo durante o


período de t – 1 a t;

Pt = Preço (valor) do activo no tempo t;

Pt – 1 = Preço (valor) do activo no tempo t - 1.

Exemplo nº 1: Robin, dona do fliperama Gameroom, deseja aferir o retorno de duas


de suas máquinas, a Conqueror e a Demolition. A Conqueror foi comprada há um ano
por 20.000, 00 e tem valor actual de mercado de 21.500, 00. Durante o ano, gerou
800, 00 em receitas após impostos. A Demolition foi comprada há quatro anos; seu
valor no ano recém-encerrado caiu de 12.000, 00 para 11.800, 00. Durante o ano,
gerou 1.700, 00 em receitas após impostos.

XVIII
Conqueror (C):
800,00+21.500,00−20.000,00 2.300,00
rc = = = 11,5%
20.000,00 20.000,00

Demolition (D):
1.700,00+11.800,00−12.000,00 15.000,00
rD = = = 12,5%
12.000,00 12.000,00

Podem ser computados dois tipos de retorno: discreto e contínuo.

O retorno discreto (ou simples) é calculado de forma mais intuitiva, mas simples
de ser operado e apresenta aplicação generalizada nas diversas operações
financeiras. A fórmula de cálculo é a seguinte:

𝑃𝑡 𝑃𝑡 − 𝑃𝑡−1
𝑅𝑡 = − 1 𝑜𝑢 𝑅𝑡 = ( ) × 100
𝑃𝑡−1 𝑃𝑡−1

onde:

Rt = taxa de retorno no período t;

Pt, Pt –1 = valores dos ativos nos períodos t e t – 1.

Exemplo nº 2: Se uma acção estava cotada no início de um trimestre a $ 24,2 e ao


final do mesmo período a $ 27,8, a taxa de retorno atinge a:

$ 27,8
𝑅𝑡 = − 1 = 14,9% 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒
$ 24,2

Ou

$ 27,8 − $ 24,2
𝑅𝑡 = ( ) × 100 = 14,9% 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒
$ 24,2

O retorno contínuo (ou geométrico, logarítmico) pressupõe uma


capitalização indeterminada. É usado em alguns modelos de avaliação mais
sofisticados, como precificação de opções. Formulação de cálculo:
𝑃𝑡
𝑅𝑡 = ln (𝑃 )
𝑡−1

No exemplo acima, o retorno contínuo atinge:

$ 27,8
𝑅𝑡 = 𝑙𝑛
$ 24,2

XIX
𝑅𝑡 = 13,87% 𝑛𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑚𝑒𝑠𝑡𝑟𝑒

2.2 Análise do risco

António Carlos (2022) define a análise de riscos como um conjunto de


métodos e técnicas que aplicado a uma atividade identifica e avalia qualitativa e
quantitativamente os riscos.

A análise dos riscos está geralmente dividida em duas grandes categorias,


a análise qualitativa e a análise quantitativa. Mais comummente, a avaliação global do
risco é utilizada para determinar o impacto de eventos de risco.

Análise qualitativa

A análise qualitativa permite que os fatores essenciais que provocam o


risco sejam identificados. Os factores de risco podem ser identificados por meio de
um processo qualitativo, como entrevistas, brainstorming e listas de verificação. A
análise de risco qualitativa avalia o impacto e a probabilidade dos riscos priorizados,
desenvolvendo listas dos riscos para análise, ou direta mitigação.

É considerado como processo de avaliação qualitativa quando este envolve


a discrição de cada um dos riscos e dos seus impactos através de um rótulo subjetivo
de risco (alto/médio/baixo), tanto em termos de impacto, de risco ou de probabilidade
de ocorrência. (Banaitis e Banaitiene 2012).

Análise quantitativa

A análise quantitativa envolve técnicas e métodos mais sofisticados para


investigar e analisar os riscos. A aplicação da análise quantitativa permite quantificar
a probabilidade de ocorrência dos fatores de risco identificados, bem como o seu
potencial impacto.

De acordo com o U.S. Departament of Management (2006), a principal


finalidade da análise quantitativa de risco é combinar os efeitos dos vários eventos de

risco, numa perspetiva global do projeto. A análise quantitativa pretende fornecer uma
base geral dos riscos do projeto, de modo a avaliar a eficácia das estratégias de
gestão ou mitigação de riscos.

XX
2.2.1 Desvio Padrão e variância

São as mais importantes e utilizadas medidas de dispersão. O desvio


padrão é representado por σ (sigma), quando calculado de dados de uma população,
e por S, quando obtido da amostra (estimativa média da população). Essa medida
visa medir estatisticamente a variabilidade (grau de dispersão) de um conjunto de
valores em relação a sua média. O desvio padrão é uma medida estatística destinada
a quantificar a incerteza com relação ao comportamento de um ativo. Reflete a
variação (ganho ou perda) de um ativo em relação à média. Quando calculado sobre
um conjunto de retornos discretos, a medida do desvio padrão é definida por risco.
Quando o desvio padrão for determinado de uma série temporal de retornos
contínuos, tem-se a volatilidade. O desvio padrão é geralmente adotado como uma
medida de risco, sendo calculado sobre retornos discretos.

A variância, por outro lado, é definida como sendo o quadrado do desvio


padrão. É identificada por σ2 e S2, respectivamente variância de população e variância
de amostra. De outra maneira, pode-se dizer que o desvio padrão é a raiz quadrada
da variância.

̅ )2
Σ( Ri−R
Variância= σ2= ou Var = ∑ 𝑃(𝑅) x (Ri – E(R)) 2
𝑛−1

Desvio padrão= σ=√𝑉𝑎𝑟𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎

Exemplo nº 3: Existem dois tipos de ações, a acção L e a acção U. Espera-


se que a acção L tenha um retorno de 25% no próximo ano. Espera-se que a ação U
um retorno de 20% no mesmo período. Alguém investiria na ação U dado que está
possui um rendimento inferior a ação L? A resposta vai depender dos riscos dos 2
investimentos.

Estado da Probabilidade do Retorno do título


Estado da
Economia
Acção L Acção U
economia

Recessão 50% - 20% 10%

XXI
Crescimento 50% 70% 30%

Quadro nº 1: Acções

E(RL) = ∑(𝑃(𝑅) x 𝑅𝑖 )

E(RL) = 0,5 x – 20% + 0,5 x 70% = 25%

E(RU) = 0,5 x 10% + 0,5 x 30% = 20%

Variância RL

Variância RL = 0,5 x (-20% - 25%)2 + 0,5 (70% - 25%)2

Variância RL = 0,5 x (- 45%)2 + 0,5 x ( 45%)2 = 0,2025

Desvio Padrão

σ L = √0,2025

σ L=0,45=45%

Variância RU

Variância RU = 0,5 x (10% - 20%)2 + 0,5 x (30% - 20%)2

Variância RU = 0,5 x (-10%)2 + 0,5 x (10%)2 = 0,01

Desvio Padrão

σU = √0,01

σU=0,1= 10%

Analise: Acção L tem um retorno esperado maior, mas também um risco maior.

Volatilidade

Na análise de um investimento deve ser levada em consideração, junto com


a medida do retorno esperado, a dispersão dos valores em torno da média. Quanto
mais dispersos se apresentarem os resultados, maior a incerteza com relação ao
retorno esperado, ou seja, mais arriscada se apresenta a alternativa. Esta dispersão
é calculada pela medida do desvio padrão. A variância é o quadrado do desvio padrão.
O desvio padrão dos retornos de um investimento é calculado pelas taxas discretas
de retorno.

XXII
A volatilidade, outra medida estatística de dispersão, expressa a incerteza
dos retornos de um activo ou, em outras palavras, a intensidade e a frequência das
variações observadas em seus preços. Um mercado volátil é entendido quando os
preços dos ativos oscilam rapidamente, sofrendo aumentos e reduções de preços. O
desvio padrão e a variância são indicadores bastante utilizados da volatilidade de um
activo. O cálculo do desvio padrão como medida de volatilidade, e não de risco, é
desenvolvido pela apuração do retorno contínuo, ao invés do cálculo do retorno
discreto.

2.2.2 Coeficiente de Variação

Enquanto o desvio padrão (e a variância) mede o grau de dispersão


absoluta dos valores em torno da média, o coeficiente de variação, geralmente
expresso em percentagem, indica a dispersão relativa, ou seja, o risco por unidade.

Essa medida é obtida pela simples relação entre o desvio padrão e a média
aritmética da amostra (ou população), ou seja, a grande utilidade do coeficiente de
variação é permitir que se proceda a comparações mais precisas entre dois ou mais
conjuntos de valores.

Exemplo nº 4: Dadas as seguintes informações dos projectos de


investimentos A e B, calcular: qual o projeto propicia uma melhor compensação entre
risco e retorno?

Projecto A Projecto B

TAXA RETORNO TAXA RETORNO


Prob (%) Prob (%)
(%) (%)

10 10 5 12

20 12 35 15

40 15 35 18

20 22 15 20

XXIII
10 24 10 25

Quando nº 2: Informações dos projectos de investimentos A e B

RETORNO ESPERADO (E(R))

0,10 X 10 = 1,00 0,05 x 12 = 0,60

0,20 X 12 = 2,40 0,35 x 15 = 5,25

0,40 X 15 = 6,00 0,35 x 18 = 6,30

0,20 X 22 = 4,40 0,15 x 20 = 3,00

0,10 X 24 = 2,40 0,10 x 25 = 2,50

E(R)A = 16,20% E(R)B = 17,65%

Quadro nº 3: Retorno esperado

Variância

(10 – 16,20)2 x 0,10 = 3,844 (12 – 17,65)2 x 0,05 = 1,596

(12 – 16,20)2 x 0,20 = 3,528 (15 – 17,65)2 x 0, 35 = 2,458

(15 – 16,20)2 x 0,40 = 0,576 (18 – 17,65)2 x 0,35 = 0,043

(22 – 16,20)2 x 0,20 = 6,728 (20 – 17,65)2 x 0,15 = 0,828

(24 – 16,20)2 x 0,10 = 6,084 (25 – 17,65)2 x 0,10 = 5,402

VARA = 20,76 VARB = 10,38

Quadro nº 4: Variância

XXIV
Desvio Padrão

Projecto A Projecto B

σA = √𝟐𝟎, 𝟕𝟔 = 4,56 σB = √𝟏𝟎, 𝟑𝟖 = 3,21

Coeficiente de variação (CV)

𝝈
CV =
𝑬 (𝑹)

𝟒,𝟓𝟔 𝟑,𝟐𝟏
CVA= = 0,28 CVB= = 0,18
𝟏𝟔,𝟐𝟎 𝟏𝟕,𝟔𝟓

Análise do projecto

Do ponto de vista da compensação entre risco e retorno, o projecto “B” é o


melhor investimento, porque tem risco menor por unidade de retorno, portanto,
consideramos o mais viável para ser implementado.

2.3 Valor temporal de um Fluxo Financeiro

O valor temporal de um fluxo financeiro sugere da relação entre juro e tempo,


porque o dinheiro pode ser remunerado por certas taxas de juros num investimento,
por um período de tempo, sendo importante o reconhecimento de que uma unidade
monetária recebida no futuro não tem o mesmo valor que uma unidade monetária
disponível no presente.

Para que este conceito possa ser compreendido, torna-se necessário a


eliminação da ideia de inflação. Para isso, supõe-se que a inflação tecnicamente
atinge todos os preços da mesma forma, sendo, portanto, anulada no período
considerado.

O primeiro pilar das finanças é o Valor Temporal de um Fluxo Financeiro. As


decisões financeiras envolvem custos e benefícios que estão espalhados sobre o
tempo. Tomadores de decisões financeiras, na família e nas empresas, têm todos que
avaliarem se investir o dinheiro hoje é justificado pelos benefícios esperados no futuro.

XXV
XXVI
3 METODOLOGIA
A Metodologia de investigação científica engloba todos os passos realizados
para a elaboração de um trabalho científico, que vai desde a escolha do procedimento
para a obtenção dos dados, pela identificação dos métodos, técnicas, matérias,
instrumentos de pesquisa, definição da amostra até a análise dos dados recolhidos.

3.1 Tipos de Pesquisa

Diante deste, nos propusemos adoptar os seguintes procedimentos


metodológicos:

O procedimento metodológico utilizado foi o estudo bibliográfico por que na


perspectiva de Gil (2002), é desenvolvida com base em matérias já elaboradas, e
geralmente livros, e artigos científicos.

XXVII
CONCLUSÃO

Com a expansão e diversidade do mercado financeiro, as empresas viram-


se possibilitadas a investir num mercado novo e dinâmico que tem captado muita
atenção, mas também muita prudência e cautela de quem vai investir, podendo dizer-
se que os financiamentos contribuíram para esta evolução. Sendo o mercado
financeiro uma maneira de alavancar a economia de um país houve a necessidade de
se responder a questões como: o é que o risco e retorno e como influenciam o
mercado?

Fazer bons investimentos é indispensável para quem deseja ter uma boa
estabilidade financeira e construir ou ampliar o seu património sólido sendo o risco um
potencial do investidor em ter prejuízos devido a mudanças nos preços e parâmetros
do mercado e o retorno dizendo respeito a quanto você espera ter de ganho no
investimento que realizou, influenciam de maneira a criar um ambiente favorável ou
desfavorável onde varia de acordo a factores económicos e as oscilações que o
mercado poderá apresenta como a inflação, a politica monetária deixando-os com
algumas presumíveis limitações.

Tendo em conta que o risco e o retorno são conceitos interligados


geralmente quando um aumenta, o outro acompanha a mesma proporção, ouseja
quanto maior o risco maior é a chance de ganho de uma aplicação, agregando valor
ao investimento

Embora pareça ser uma relação simples de ser entendida, é preciso


realizar estudos, planejar e conhecer bem o mercado financeiro que se deseja investir

XXVIII
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Alcântara. G. C J. O Modelo de Avaliação de Activos (Capital Asset Pricing Model)


– Aplicação. Rio de Janeiro: RAE, 1981.

Fortuna, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 14ª edição – Rio de

GIL, A. C. Como elaborar projectos de pesquisa.4. ed. - São Paulo: Atlas, 2008.

GIL, António Carlos. Como Elaborar Projectos de Pesquisa. 4ª ed. São Paulo: Atlas,
2002.

Gitman J. L. Princípios de Administração Financeira. 7ª Edição. Editora Harbra,


1997.

Janeiro: QualityMark Ed, 2000.

Lemos A.C. A. F. Análise Técnica dos Mercados Financeiros. São Paulo: Saraiva
Educação, 2015.

Mandelbot B., Hudson L. R. Mercados Financeiros Fora de Controle - A teoria


dos fractais explicando o comportamento dos mercados. Editora Campus.

Mariano F., Meneses A. Mercado Financeiro. Elsevier Editora Ltda, 2011.

Neto A. A. Mercado Financeiro.14ª edição. São Paulo: Atlas, 2018.

Salles A. A., Liu A., Abreu R. X. C. O Risco Idiossincrático e o Risco Sistemático


de Mercados. Salvador: Enegep, 2009.

Sharpe W. Teoria da Carteira e Mercados de Capitais. Editora: Mc Graw Hill, 1964.

Silva A. Sistema Financeiro Angolano - Breve Apresentação. Lisboa: ABANC –


Associação Angolana de Bancos, 2014.

Sinatora P. R. J. Mercado de Capitais. Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016.

XXIX
6 ANEXOS

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