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NORMA OPERACIONAL

BÁSICA DO SUS
Prof. Paulo Junior
NOB

DESCENTRALIZAÇÃO MUNICIPALIZAÇÃO
● As NOB’s do SUS surgem para regulamentar os
serviços prestados pelo SUS;

● Processo gradativo;

● NOB 1991; NOB 1992; NOB 1993 e NOB 1996


(É essa que despenca nas provas!);
1. NOB 1991 (RESOLUÇÃO 273/1991)

✓ Único em forma de resolução;


✓ Publicado pelo INAMPS
✓ Direciona-se à normalização de mecanismos de financiamento do SUS
✓ Sem referências a democracia, federalismo e autonomia (descentralização)
✓ Poucas cláusulas incorporam flexibilidade e gradualismo/progressividade
✓ Repasse por produção
✓ Transferências feitas por convênio
✓ Equipara prestadores públicos e privados
❑ Delimita critérios para a ‘municipalização’

VISÃO GERAL: Teve seu papel histórico e


destacou-se como o primeiro instrumento a
regulamentar as lacunas deixadas pela LOA,
apesar da Limitações.
2. A NOB 01/92 (PORTARIA 234/1992)

✓ Editada pela pelo Ministério da Saúde (MS)


✓ Produto de um consenso entre SNAS/MS, INAMPS, CONASS e CONASEMS
✓ Elementos da CF de 88 e das leis N° 8080 e 8142
✓ Recupera elementos da descentralização, tais como autonomia e democracia, e sua concorrência
com a centralização, além de princípios norteadores como flexibilidade,
gradualismo/progressividade, transparência e controle social.
✓ No que diz respeito ao financiamento, mantém o que a NOB anterior regulamentava.
✓ É priorizado o financiamento da assistência médica curativa (atividades hospitalares e
ambulatoriais)
VISÃO GERAL: Apesar das limitações desta NOB e da anterior,
observa-se um relativo aumento no número de municípios brasileiros
que lograram êxito na municipalização. Estes municípios habilitados
passam - ainda que de forma bastante limitada - a ter algum poder (ou
pelo menos algum controle) sobre os seus sistemas locais de saúde.
3. NORMA OPERACIONAL BÁSICA (PORTARIA N° 545/1993)

✓ Editada pela pelo Ministério da Saúde (MS)


✓ É produto de um longo processo de discussão e negociação com o conjunto dos atores da área da saúde);
✓ Diferentemente das anteriores, regulamenta não apenas o financiamento, mas o processo de descentralização da
gestão dos serviços e ações no âmbito do SUS
✓ A NOB 01/93 é a primeira a definir o gerenciamento do processo de descentralização nos três níveis de governo,
através da Comissão Intergestores Tripartite, das Comissões Intergestores Bipartites e dos Conselhos Municipais
✓ A grande diferença da NOB 93 para as anteriores, em relação ao financiamento, está no fato de a forma mais
avançada de gestão - semiplena

✓ Rompe parcialmente com a lógica do INAMPS ao assentar os elementos e princípios da descentralização, na


proposição das Condições de Gestão e do Gerenciamento do Processo de Descentralização.

Formalizou os princípios da 9° Conferência Nacional de Saúde, com o tema “municipalização é o caminho”


VISÃO GERAL: Representa um marco definidor no processo de
consolidação do SUS, tanto por romper, ainda que de modo parcial,
com a lógica do INAMPS, como por assentar os elementos e
princípios da descentralização, na proposição das Condições de
Gestão e do Gerenciamento do Processo de Descentralização.
VISÃO GERAL: Representa um marco definidor no processo de
consolidação do SUS, tanto por romper, ainda que de modo parcial,
com a lógica do INAMPS, como por assentar os elementos e
princípios da descentralização, na proposição das Condições de
Gestão e do Gerenciamento do Processo de Descentralização.
1 (FCC - 2019 - Prefeitura de São José do Rio Preto - SP - Enfermeiro) - Nos anos 1990, o processo de descentralização da política de
saúde e seu esquema de financiamento foram operados pelas Normas Operacionais Básicas (NOB) do SUS. Na medida em que o
processo de descentralização avançava, novas formas de alocação dos recursos federais foram implantadas no interior do sistema.
Entre 1994 e 1997, a alocação de recursos federais apoiou-se na Norma Operacional Básica de 1993 (NOB/93) que estabeleceu:

A) a introdução de alguns incentivos financeiros, o PAB-variável, com vistas a estimular o desenvolvimento de programas específicos,
como o Programa Saúde da Família (PSF), e outros.

B) a introdução do Piso da Atenção Básica (PAB), composto por um valor per capita mínimo, denominado PAB-fixo (valor per capita
médio nacional para os municípios).

C) a introdução das transferências do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde, por meio de repasse global e
automático de recursos, sem vinculá-los à implantação de determinados programas nos municípios.

D) a definição de blocos gerais de alocação dos recursos federais, sendo eles: atenção básica, atenção da média e alta complexidades,
vigilância em saúde, assistência farmacêutica, gestão e investimento.

E) a introdução das transferências do Fundo Nacional de Saúde para os Fundos Municipais de Saúde, por meio do Bloco de Custeio
das Ações e Serviços Públicos de Saúde e do Bloco de Investimento na Rede de Serviços Públicos de Saúde.
2. (COTEC - 2019 - CISRUN - MG - Médico ) - A NOB-SUS 1/1993 estabelece normas e procedimentos reguladores do processo
de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde. Essa norma, do Ministério da Saúde, tem como objetivo disciplinar o
processo de descentralização da gestão das ações e serviços de saúde na perspectiva de construção do SUS. Considerando esse
assunto, marque a alternativa CORRETA.

A) O estabelecimento dessa nova prática requer a existência e o funcionamento regular dos Conselhos de Saúde, paritários e
deliberativos, como mecanismo privilegiado de participação restrito dos governos.

B) As bases descentralizadas devem seguir a estrutura física padronizada pelo Ministério da Saúde, incluída a padronização visual.

C) Com a Lei n.º 8.080/1990, fica regulamentado o SUS, estabelecido pela Constituição Federal de 1986, que agrega todos os
serviços estatais − das esferas federal e estadual − e os serviços privados, e é responsabilizado pela concretização dos princípios
constitucionais.

D) O Conselho Municipal de Saúde é instância permanente e deliberativa, atua na formulação de estratégias e no controle da
execução da Política Municipal de Saúde, com composição e atribuições previstas em lei estadual, observado o disposto na Lei n.º
8.080/1990.

E) O gerenciamento do processo de descentralização no SUS, de forma a atender aos pressupostos apresentados, tem como eixo a
prática do planejamento integrado em cada esfera de governo e como foros de negociação e deliberação as Comissões Intergestores e
os Conselhos de Saúde respectivamente, estruturando funcionalmente a articulação
4. NORMA OPERACIONAL BÁSICA 96 (PORTARIA N°2203/1996)

✓ Editada pela pelo Ministério da Saúde (MS)


✓ O processo de habilitação à NOB-96, além de amplo, dá-se de forma mais homogenia em todo
país
✓ pretende dar continuidade ao processo de consolidação do SUS
✓ Principal objetivo: promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público
municipal e do Distrito Federal, da função de gestor da atenção à saúde dos seus munícipes,
com consequente redefinição das responsabilidades dos Estados, do DF e da união e divide a
assistência à saúde em três grandes "compartimentos": A) Assistência Hospitalar e
Ambulatorial, B) Vigilância Sanitária e C) Epidemiologia e Controle de Doenças;
4. NORMA OPERACIONAL BÁSICA 96 (PORTARIA N°2203/1996)

✓ A grande diferença da NOB 93 para as anteriores, em relação ao financiamento, está no fato de a


forma mais avançada de gestão - semiplena
✓ Rompe parcialmente com a lógica do INAMPS ao assentar os elementos e princípios da
descentralização, na proposição das Condições de Gestão e do Gerenciamento do Processo de
Descentralização.
✓ Representa uma descontinuidade do processo que vinha sendo construído até então, tanto ao propor
apenas duas formas de gestão aos municípios (Plena da Atenção Básica e Plena do Sistema) como ao
definir os mecanismos de transferência de recursos financeiros e a remuneração por serviços
produzidos.
Além disso, a NOB 96 modifica e implementa os seguintes aspectos:

1. O reordenamento do modelo de atenção à saúde (PSF e PACS);


2. Aprimora o planejamento das ações
3. Define as transferências de recursos fundo a fundo para a assistência
ambulatorial e hospitalar, ações de Vigilância Sanitária e incorpora ações de
epidemiologia e controle de doenças.
4. Define, finalmente, as condições de gestão para os municípios
VISÃO GERAL: A NOB 01/96 surge com o intuito de dar
continuidade ao processo de construção do SUS e neste sentido
também incorpora os elementos constitutivos e princípios
norteadores da descentralização, concretizando a
municipalização em 100% do território nacional.
3 (Instituto Excelência - 2019 - Prefeitura de Lucélia - SP - Médico Clínico Geral) - O Processo de implantação do SUS tem
sido orientado por instrumentos chamados Normas Operacionais, instituídas por meio de portarias ministeriais. Sobre essa
temática, julgue as assertivas a seguir:
I. Desde o início do processo de implantação do SUS, foram publicadas três Normas Operacionais Básicas (NOB/SUS 01/91,
NOB/SUS 01/93 e NOB/SUS 01/96).
II. A NOB/SUS 01/91 centralizou a gestão do SUS no nível federal (INAMPS) e estabeleceu o instrumento convenial como
forma de transferência de recursos do INAMPS para os Estados, Distrito Federal e Municípios.
III. A NOB/ SUS 01/93 formalizou os princípios aprovados na 9ª Conferência Nacional de Saúde (1992) e desencadeou um
amplo processo de estatização da gestão com habilitação dos Estados como gestores.
IV. A NOB/SUS 01/96 promoveu um avanço no processo de descentralização, criando novas condições de gestão para os
municípios e Estados, caracterizando as responsabilidades sanitárias do município pela saúde de seus cidadãos e redefinindo
competências de Estados e municípios.
Assinale a alternativa CORRETA:
A) somente as afirmativas I, II e IV são verdadeiras.
B) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras.
C) Somente as afirmativas II e IV são verdadeiras.
D) Nenhuma das alternativas
4 (FGV - 2015 - TCE-SE - Enfermeiro) - A partir da Constituição Federal de 1988 várias iniciativas institucionais,
legais e comunitárias foram criando as condições de viabilização do direito à saúde, dentre as quais estão as Normas
Operacionais Básicas (NOB). A principal finalidade da Norma Operacional Básica do Sistema Único de Saúde, a
NOB-SUS/96, foi:

A) estabelecer o processo de regionalização como estratégia de hierarquização dos serviços de saúde e de busca de
maior equidade;

B) promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público municipal e do Distrito Federal, da função de
gestor da atenção à saúde dos seus munícipes;

C) instituir o Plano Diretor de Regionalização - PDR como instrumento de ordenamento do processo de


regionalização da assistência em cada estado e no Distrito Federal;

D) identificar as necessidades e a proposta de fluxo de referência para outros estados, no caso de serviços não
disponíveis no território estadual;
GABARITO

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C E A B
ATÉ A PRÓXIMA AULA!

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