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Profª. Me.

Sabrina Faria
NOB SUS

As normas operacionais do SUS


Definem as competências de cada
foram fundamentais para orientar
esfera de governo e as condições
as ações necessárias à implantação
necessárias para que Estados e
desse sistema, respeitando os
municípios possam assumir as
princípios legais dispostos na
responsabilidades e prerrogativa
Constituição Federal de 1988 e nas
dentro do Sistema.
Leis 8.080/90 e 8.142/90.
NOB SUS
• Entre os objetivos das normas operacionais podemos destacar: induzir e estimular
mudanças no SUS; aprofundar e reorientar a implementação do SUS; definir
objetivos estratégicos, prioridades, diretrizes e movimentos tático-operacionais;
regular as relações entre seus gestores e normatizar o SUS.

• O conteúdo das Normas Operacionais do SUS era estabelecido entre o Ministério


da Saúde, representantes do Conselho Nacionais de Secretários de Saúde
(CONASS) e representantes do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de
Saúde (CONASEMS), sendo pactuado na Comissão Intergestores Tripartite (CIT),
com exceção da NOB-SUS 01/91.
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS –
NOB

• São instrumentos utilizados para a definição de estratégias que orientam a operacionalização do sistema de saúde, tendo
como finalidade promover e consolidar o pleno exercício, por parte do poder público Municipal e do Distrito Federal na
função de gestor da atenção à saúde dos seus municípios.
- No que aperfeiçoa a gestão do SUS, a NOB aponta a uma nova reordenação do modelo de atenção à saúde definindo:
• os papéis de cada esfera de governo e em especial, no tocante a direção única.;
• os instrumentos gerenciais para que os Municípios e Estados superem o papel exclusivo de portadores de serviços, e
assumam seus papeis de gestores do SUS;
• os mecanismos e fluxos de financiamento, reduzindo progressiva e continuamente a remuneração por produção de
serviços e ampliando as transferências de caráter global, fundo a fundo, com base em programações pactuadas;
• acompanhamento, controle e avaliação no SUS, superando os mecanismos tradicionais, centrados no faturamento de
serviços produzidos e valorizando os resultados advindos de programações com critérios epidemiológicos e desempenho
com qualidade.
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS –
NOB

Os vínculos dos serviços com os seus usuários privilegiando os núcleos familiares e comunitários, criando assim
condições para uma efetiva participação e controle social. Os campos da atuação compreendem três grandes campos:
• O da assistência são atividades prestadas a nível ambulatorial, hospitalar e domiciliar ao indivíduo e a coletividade.
• O das intervenções ambientais, incluindo o controle de vetores e hospedeiros, saneamento ambiental, condições
sanitárias e do trabalho.
• O das políticas externas ao setor saúde que interferem nos fatores determinantes e condicionantes do processo saúde-
doença, incluindo as políticas econômicas-sociais como: emprego, habitação, educação, lazer, entre outras.
• Nos níveis de atenção à saúde estão presentes as ações de promoção, proteção e recuperação, com prioridade à
prevenção.
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS –
NOB
• Esta norma definiu o financiamento da assistência hospitalar e
ambulatorial com transferência regular e automática (Fundo a Fundo),
remuneração por serviços produzidos e as condições de: Gestão Plena
da Atenção Básica e Gestão Plena do Sistema Municipal, bem como
nas condições de Gestão Avançada do Sistema Estadual e Gestão
Plena do sistema Estadual.
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS –
NOB
A Norma Operacional Básica do SUS 01/91 (NOB-SUS 01/91) foi editada pela Resolução
do INAMPS nº 258/91. Tendo como principal objetivo dificultar o processo de
financiamento e descentralização do SUS, favorecendo as instituições privadas de
saúde. As principais características da NOB-SUS 01/91 eram:

“equiparação dos prestadores públicos e privados, no que se refere à modalidade de


financiamento, que passou a ser, em ambos os casos, por pagamento pela produção de
serviços; centralizou a gestão do SUS em nível federal (INAMPS), dificultando o processo
de descentralização e municipalização; estabeleceu o instrumento convencional como
forma de transferência de recursos do INAMPS para os estados, Distrito Federal e
municípios, com o objetivo de burocratizar e dificultar a transferência de recursos do FNS
para os fundos estaduais e municipais de saúde; Implantou o Sistema de Informações
Ambulatoriais do SUS (SAI/SUS)”.
NORMAS OPERACIONAIS BÁSICAS –
NOB
A Norma Operacional Básica do SUS 01/92 (NOB-SUS 01/92) manteve o
INAMPS como órgão responsável pelo repasse de recursos financeiros aos
municípios e estados, dando continuidade, em linhas gerais, ao que estava
previsto na NOB-SUS 01/91, esclarecendo, continuou utilizando o instrumento
convencional como forma de transferência dos recursos aos estados e
municípios.

A Norma Operacional Básica do SUS 01/93(NOB-SUS 01/93) foi editada pela


Portaria do Ministério da Saúde nº 545/93. Formalizou os princípios aprovados
na 9ª Conferência Nacional da Saúde – realizada em 1922 com o tema central “a
municipalização é o caminho” e proporcionou um amplo processo de
municipalização da gestão com habilitação dos municípios nas condições de
gestão criadas (incipiente, parcial e semiplena).
NORMA OPERACIONAL
DA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE – NOAS

A Norma Operacional da Saúde - NOAS


viabilizou o processo de Descentralização e
Organização do SUS e fortalecimento da
Norma Operacional Básica do SUS 01/96. A
NOAS tem como objetivo:

Ampliar as responsabilidades dos Municípios na


Atenção Básica; definir o processo de
regionalização da assistência e criar
mecanismos para fortalecimento da capacidade
de gestão do Sistema Único de Saúde.
NORMA OPERACIONAL DA
ASSISTÊNCIA À SAÚDE – NOAS
•A referida norma atualiza a regulamentação da assistência, considerando os
avanços já obtidos, enfocando os desafios a serem superados no processo permanente
de consolidação e aprimoramento do SUS, tendo como pilares a regionalização que
busca a hierarquização dos serviços de saúde e de busca da maior equidade: o Plano
Diretor de Regionalização (PDR), que é o instrumento de ordenamento do processo de
regionalização da atenção à saúde.

•Este deve ser elaborado dentro de uma lógica de planejamento integrado,


compreendendo as noções de territorialidade de identificação de prioridades de
intervenção e de conformação de sistemas funcionais de saúde, de modo a aperfeiçoar
os recursos disponíveis, e a aplicação do acesso e da qualidade da atenção básica,
definindo as formas de gestão municipal e estadual, e a qualificação das microrregiões
na assistência à saúde.
NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE – NOAS

Visa potencializar os processos de descentralização, fortalecer estados e municípios para exercerem o papel de
gestores do sistema de atenção à saúde no país, e para que as demandas dos diferentes interesses loco-regionais
possam ser organizadas e expressadas a partir de um poder regional. O PDI apresenta os investimentos necessários para
atender as prioridades identificadas no PDR, visando ampliar as ações e serviços de saúde existentes, de modo a
conformar um sistema resolutivo e funcional de atenção à saúde.

A NOAS-SUS 01/2001 tinha como principal objetivo fortalecer o processo de regionalização e hierarquização do
Sistema Único de Saúde, e preconiza que o PDR deve ser elaborado na perspectiva de garantir aos cidadãos o mais
próximo possível de sua residência, a um conjunto de ações e serviços vinculados:

À assistência pré-natal, parto e puerpério; ao acompanhamento do crescimento e desenvolvimento infantil; à


cobertura universal do esquema preconizado pela Política Nacional de Imunização (PNI) para todas as faixas etárias; às
ações de promoção da saúde e prevenção de doenças; ao tratamento de intercorrências mais comuns na infância; ao
acompanhamento de pessoas com doenças crônicas de alta prevalência; ao atendimento de afecções agudas de maior
incidência; ao tratamento clínico e cirúrgico de casos de pequenas urgências ambulatoriais; ao tratamento dos distúrbios
mentais e psicossociais mais frequentes; ao controle de doenças bucais mais comuns; ao suprimento e dispensações dos
medicamentos da farmácia básica
NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE – NOAS
Ela definiu um conjunto mínimo de procedimentos de média complexidade, como primeiro nível de referência
intermunicipal, com acesso garantido a toda população, no âmbito microrregional (região de saúde), ofertados em um ou
mais módulos assistenciais. Esse conjunto mínimo de serviços de média complexidade compreendia as atividades
ambulatoriais, de apoio diagnóstico e terapêutico e de internação hospitalar.

A NOAS-SUS 01/2002 estabelecia as atribuições do Ministério da Saúde sobre a política de alta complexidade e alto
custo:

a) Definição de normas nacionais;

b) controle do cadastro nacional de prestadores de serviços;

c) vistoria de serviços, quando lhe couber, de acordo com as normas de cadastramento estabelecidas pelo próprio Ministério
da Saúde;

d) definição de incorporação dos procedimentos a serem ofertados à população pelo SUS;

e) definição do elenco de procedimentos de alta complexidade;


NORMA OPERACIONAL DA ASSISTÊNCIA À
SAÚDE – NOAS

f) estabelecimento de estratégias que possibilitem o acesso mais equânime, diminuindo


as diferenças regionais na alocação dos serviços;

g) definição de mecanismos de garantia de acesso às referências interestaduais,


através da Central Nacional de Regulação para Procedimentos de Alta Complexidade;

h) formulação de mecanismos voltados à melhoria da qualidade dos serviços prestados;

i) financiamento das ações


As áreas de atuação estratégicas mínimas da condição de Gestão Plena da
Atenção Básica Ampliada são:

O gestor estadual é o responsável pela gestão da política de alta complexidade e alto custo, no âmbito do estado,
em relação aos demais níveis de governo. A regulação dos serviços de alta complexidade será de responsabilidade
do gestor municipal, quando o município se encontrar na condição de Gestão Plena do Sistema Municipal, e de
responsabilidade do gestor estadual, nas demais situações.

controle da tuberculose;

eliminação da hanseníase;

controle da hipertensão arterial;

controle da diabetes mellitus;

saúde da criança;

saúde da mulher e saúde bucal.


Atenção Primária e Atenção Especializada: Conheça os níveis de assistência do sistema
público de saúde
Níveis de Atenção no SUS
• Os níveis de atenção e assistência à saúde no Brasil são estabelecidos pela
Portaria 4.279 de 30 de dezembro de 2010, que estabelece as diretrizes para a organização
da Rede de Atenção à Saúde no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), sendo eles:
• atenção primária, atenção secundária e terciária.

• Eles são usados para organizar os tratamentos e serviços oferecidos pelo SUS a partir de
parâmetros determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), com o objetivo de
proteger, restaurar e manter a saúde dos cidadãos, com equidade, qualidade e
resolutividade.
• É na atenção primária à saúde (APS), porta preferencial de entrada do usuário no SUS,
onde a maioria dos problemas de saúde podem ser resolvidos ou encaminhados para
tratamento na rede de atenção especializada (níveis secundário e terciário), se for o caso.
Hierarquia da saúde pública no Brasil
• Para que garantir um melhor funcionamento dos serviços de saúde há uma
hierarquização dos serviços do SUS. Essa classificação é feita de acordo com
a complexidade do caso a ser atendido e é dividida em quatro níveis:

• Atenção Básica: engloba os atendimentos e ações de promoção, prevenção e


recuperação do estado da saúde,
contemplando consultas, vacinação e outras ações. Os atendimentos a famílias
também se encaixam aqui, como gestão materna, saúde do idoso,
da criança e do adolescente.
UBS

As Unidades Básicas de Saúde (UBS), estabelecimentos da APS, conhecidos em muitos locais


como postos de saúde, realizam ações e atendimentos voltados à prevenção e promoção à
saúde.

Nas UBS é possível fazer exames e consultas de rotina com equipes multiprofissionais e
profissionais especializados em saúde da família, que trabalham para garantir atenção integral
à saúde no território.

É neste nível que os profissionais se articulam para atuar não apenas nas unidades de saúde,
como também em espaços públicos da comunidade, na oferta de práticas integrativas e
complementares – como fitoterapia, yoga e Reiki – e em visitas domiciliares às famílias.
Atenção Secundária

A complexidade do atendimento neste nível é maior e o paciente já


entra em contato com profissionais da saúde mais especializados, como
cardiologista e oftalmologista. São realizados também exames mais
detalhados para um diagnóstico preciso e tratamento adequado.

Nesta fase, o processo de atendimento é mais personalizado e reforça os


cuidados necessários para recuperação da saúde. Recursos tecnológicos
podem ser muito bem aproveitados para atender e comunicar o
paciente da melhor forma.
Atenção Terciária
Geralmente, o paciente foi encaminhado para este nível após passar pelo primário ou
secundário. É um atendimento altamente especializado para pacientes que podem
estar internados e precisam de cirurgias e exames mais invasivos.

Nesta etapa, o paciente pode ter doenças graves que representam risco à sua vida.
Aqui entram também cuidados para reabilitação. Acompanhar toda a jornada do
paciente e ajudá-lo de forma eficiente faz parte de uma gestão em saúde de sucesso.

Ao conhecer as características e os desafios de cada etapa, os gestores das empresas


da área da saúde conseguem estabelecer estratégias e oferecer um atendimento de
qualidade.
Reabilitação
• Seria uma quarta fase para casos em
que o paciente teve alta, mas ainda
demanda um acompanhamento
posterior – como fisioterapia, por
exemplo.
Com base nessa classificação, o SUS definiu as unidades de atendimentos de
saúde e quais casos cada uma delas pode e deve atender. As principais opções
são:

• Posto de Saúde: presta assistência à população de uma determinada área (por


exemplo um bairro), com agendamentos de consultas ou não. O atendimento é
realizado por profissionais da saúde como enfermeiros e auxiliares e pode, ou não,
contar com a presença de um médico.

• Unidade Básica de Saúde (UBS): realiza atendimentos de atenção básica e


integral, como curativos. Os atendimentos englobam especialidades fundamentais,
podendo também oferecer serviços odontológicos. A assistência deve ser permanente
e prestada por médico generalista ou especialistas nas áreas oferecidas – o que pode
variar de uma UBS para outra. Além dos médicos, os enfermeiros também
desempenham um papel fundamental.
Com base nessa classificação, o SUS definiu as unidades de atendimentos de
saúde e quais casos cada uma delas pode e deve atender. As principais opções
são:

• Unidade de Pronto-Atendimento (UPA): consiste em unidades de urgência e


emergência abertas 24 horas. Por contar com mais recursos do que um posto de
saúde, é capacitada a atender serviços de média a alta complexidade, como casos
de pressão alta, infarto, fraturas ou derrame. Na UPA, é o grau de emergência que
define a ordem dos atendimentos.
• Hospital (incluindo o hospital universitário): destinada ao atendimento dos casos
de atenção terciária. Geralmente os pacientes são encaminhados ao hospital pelos
níveis anteriores, ou ainda em ambulância. Por contar com maior quantidade de
recursos tecnológicos, também são responsáveis por atendimento clínico geral em
diversas especialidades. Os hospitais atendem casos de enfermidades que ameacem
a vida dos pacientes – como câncer – e realizam cirurgias, entre várias outras
funções.
• Além dos estabelecimentos destacados anteriormente,
outros ainda integram a rede de atendimento do SUS,
como os hemocentros (bancos de sangue),
os laboratórios – onde são realizados exames – e
os institutos de pesquisa, como a
Fundação Oswaldo Cruz, vinculado ao Ministério da
Saúde.
• Dentre tais serviços, as farmácias merecem um
destaque. É nesses estabelecimentos que acontece a
distribuição de medicamentos básicos e essenciais – por
meio do Programa Farmácia Popular – que também
engloba redes privadas de farmácias parceiras – e
medicamentos excepcionais, geralmente de alto custo,
considerados essenciais pela
Política Nacional de Assistência Farmacêutica.
• Além das farmácias, o Serviço de Atendimento
Móvel de Urgência (SAMU) é de grande
importância para o funcionamento das
complexas políticas públicas de saúde. Cabe a
esse serviço chegar rapidamente às vítimas em
situação de urgência e emergência, como
aquelas envolvidas em acidentes de trânsito.
• O SAMU consiste em um serviço pré-
hospitalar que faz a conexão entre as vítimas e
os recursos necessários para um atendimento
completo.

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