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Guia Prático de Herbologia

Morgana Fray

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Guia Prático de Herbologia
Morgana Fray

Guia Prático de Herbologia

Volume I – Primeiranistas

Por: Morgana Annmy Fray.

Para Alexandre Carrera Vantier Jr;

Meu querido irmão.

Introdução:

Bem-vindo ao seu primeiro ano como um aluno de magia e bruxaria. Antes de tudo
desejo a ti bons estudos e um bom aproveitamento. Esse é o primeiro de sete anos que
passarão extremamente rápido, acredite ou não, e espero que os aproveite, não apenas
para estudar e se tornar um excelente bruxo como também para criar experiências
memoráveis. Desejo-lhe todo o sucesso!

A matéria:

Herbologia pode parecer uma matéria chata, cansativa e semelhante a algumas vertentes
da ‘’biologia’’ estudada pelos trouxas. É comum que alunos do primeiro ano não se
sintam tão à vontade com a matéria e até subestimem sua importância. Não os julgo por
isso; Muito pelo contrário, culpo boa parte dos professores formados, que em sua pouca
competência e ego inflado não sabem proporcionar uma experiência que vá além do
conteúdo acadêmico. Alunos precisam ser impressionados, testados, desafiados e
incentivados. Se o professor não proporciona tais experiências, o rendimento de suas
aulas será muito pouco. Através deste livro, pretendo resgatar tal ideal, proporcionando
um aprendizado diferenciado que será muito bem aproveitado.

Lembro-me de um evento engraçado que ocorreu em meu terceiro ano na Escola de


Magia e Bruxaria de Hogwarts: Eu e outros colegas de Sonserina decidimos fazer um
passeio noturno pela floresta negra (não incentivo esse tipo de atividade; éramos todos
idiotas como trasgos). Até então eu não gostava de Herbologia, mas apesar dos pesares
sempre mantive igual dedicação para com os estudos, já que sempre desejei ser uma

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grande bruxa; Estávamos passando por algumas árvores quando me desequilibrei e caí
num buraco cheio de visgos do diabo. Se não fosse pelos meus conhecimentos de
Herbologia eu estaria em apuros. Ou seja, tudo bem se ainda assim, mesmo com todos
os esforços do teu docente, você não simpatizar com a matéria, mas estude-a para pelo
menos tentar não morrer caso tope com algum espécime de planta que lhe traga riscos.
E não se engane: Muitas vezes o menor dos cogumelos pode ser mais mortal que o mais
forte dos salgueiros lutadores.

Desejo-lhe um bom ano letivo!

Ass: Morgana Annmy Fray.

Capítulo Um:

O que, afinal, é Herbologia?

Herb – Ervas

Logia - Estudo

Herbologia nada mais é que o estudo de plantas (e fungos) mágicas e não mágicas e
suas respectivas propriedades e aplicações na bruxaria e no cotidiano. Desde os
primórdios da humanidade, as pessoas têm utilizado o poder das ervas e dos fungos
ainda que sem conhecer suas particularidades científicas; Mesmo os trouxas, como pode
ser observado ainda na atualidade, utilizam versões arcaicas de poções no formato de
chás e remédios curativos de efeito em longo prazo.

Cada planta, fungo, flor, possui propriedades e particularidades que podem ser úteis no
nosso cotidiano, e a Herbologia possui o objetivo de classificar, identificar e observar
através de experimentos, como isso pode acontecer. A própria matéria ‘’poções’’ está

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diretamente ligada a essa ciência, uma vez que a confecção de qualquer elixir é quase
inteiramente dependente dos conhecimentos herbológicos.

Não se sabe ao certo quando o termo ‘’Herbologia’’ foi criado ou tido como matéria
de estudos científicos, mas se estima que date de bem mais que mil anos, uma vez que
antes mesmo da fundação de Hogwarts, jovens estudantes já a tinham como parte do
currículo.

Quais os campos de atuação da área?

Existem quatro classificações de Herbólogos (estudantes da herbologia) atuando nas


academias e no mercado de trabalho atualmente. Estes são:

Jardineiros: Usam o conhecimento aprendido na escola para cuidar de plantas, sejam


suas ou de terceiros que requisitem seus serviços. Podem também trabalhar cultivando
determinadas ervas e fungos que não representem grande periculosidade, para uso
comercial.

Herbólogos: Formados em Herbologia, estudam a matéria com maior profundidade;


Podem desempenhar as mesmas funções de um jardineiro, e ainda trabalhar em
farmácias na venda de ingredientes mais delicados e complexos para poções e demais
utilidades. Alguns atuam também na medibruxaria alternativa, utilizando apenas o uso
das ervas naturais como cura, sem recorrer ao uso de poções mais agressivas ou feitiços.

Magicientista-Herbólogo: Atua no ramo acadêmico, seja através de pesquisas e


experimentos ou como docente em academias e instituições de ensino.

Naturalista: Estuda não apenas as plantas como também toda a natureza e a forma como
a magia se relaciona com as tais.

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Capítulo Dois:

Identificação de plantas – Uma questão de evolução.

Algumas plantas possuem uma estrutura mais complexa e evoluída que outras, sendo
geralmente manifestada através de características que se aproximem às encontradas
muitas vezes no reino Animália (reações racionais) ou ainda que desafiem as leis da
física trouxa, e por isso são chamadas de ‘’mágicas’’, embora não seja o termo
científico ideal para as tais. A fim de proteger os trouxas, que não saberiam lidar com
sua presença sem a defesa e auxilio de magia, e impedi-los também de reconhecer que o
mundo vai muito além de suas limitações naturais, os bruxos decidiram ocultar a
existência de tais organismos sistematicamente avançados. Para organizar os grupos de
plantas de maneira eficiente, foi elaborada uma classificação universal para a
identificação de espécimes.

O inventor do sistema universal mais aceito e identificado para o reconhecimento e


identificação de organismos complexos (plantas mágicas) foi o mago Studding Fhash,
que tinha 178 anos quando o inventou. Ele estava observando uma planta desde seus
vinte anos de idade, acompanhando-a, então percebeu que podia realizar experimentos
com esta, a partir dos quais desenvolveu o que hoje chamamos de ''Método Fhash''.

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Organismos simples (Plantas Não-Mágicas): Plantas nas quais não existam quaisquer
tipos de poderes ou habilidades sobrenaturais ou presença de racionalidade; Temos
diversos tipos de verduras, legumes, frutas e ervas, além de árvores e flores que se
encaixam em tal categoria. Exemplos: Beterraba, camomila, orégano, margaridas,
couve, etc...

Organismos Complexos (Plantas Mágicas): Plantas ou fungos que contém uma


fórmula estrutural complexa que exponha a presença de poderes sobrenaturais, reações
racionais ou quaisquer anormalidades notáveis; São classificadas nos seguintes
subníveis que veremos mais à frente: fixas sem sentido, fixas com sentido, móveis
sem sentido e móveis com sentido. Exemplos: Visgo do diabo, Guelricho,
Mandrágora, Arapucoso...

Passos para se reconhecer uma planta verdadeiramente mágica:

1 - Tente falar com ela; Pergunte se ela pode te ouvir ou se pode falar. Se obtiver algum
sinal, ela é mágica, mas se não, ainda é incerto, uma vez que a planta pode não te ouvir
ou estar com medo de manter contato.

2 - Coloque um pouco de legume na terra próxima à planta. Se você perceber que o


legume desapareceu em cerca de uma hora, ela provavelmente o consumiu, o que indica
ser um organismo complexo. Agora se não, pode ser por ser um organismo simples ou
por não querer comer.

3 - Dê água para a planta; Leve-a a um lugar onde há água ou coloque um pouco de


água próximo a esta; Se ela a beber, diferente dos organismos simples que utilizam uma
absorção um pouco mais demorada, ela provavelmente não é mágica''.

Exercício Prático:

Aluno, na sua mesa estará um espécime de planta que pode ser simples ou complexo.
Todos foram banhados com um preparado especial que potencializa suas reações, para
acelerar o tempo em que estas se dão. Aplique o método de Fhash para identificação e
constate se ela é ou não mágica.

Exercício Teórico:

1 – Diferencie organismos complexos de organismos simples.

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2 – Classifique em simples ou complexos:

a) Planta capaz de conversar

b) Planta imóvel e irracional

c) Planta que atira espinhos ao se sentir ameaçada

d) Alface

3 – Defina com as suas próprias palavras, a importância de manter a existência de


organismos complexos longe dos trouxas; Justifique a sua resposta citando no mínimo
um exemplo.

Capítulo Três: Como cuidar de uma planta;

Não mate o seu espécime, aluno idiota!

Envasamento: Plantas de pequeno ou médio porte podem ser colocadas dentro de


vasos para facilitar sua criação, concentrar nutrientes, manter dentro de casa ou ainda
para aprimorar a evolução do organismo ou desenvolver experimentos. As plantas de
maior porte possuem, na maioria dos casos, extensas raízes que dispersam nutrientes
para as áreas mais elevadas de sua estrutura. Deste modo, não devem ser cultivados em

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vasos ou recipientes muito pequenos. É aconselhável, em verdade, que sejam plantadas


no solo, com espaço devido para se desenvolverem sem limitações.

Fertilizantes e adubos: Fertilizantes e adubos são substâncias que ao serem aplicadas


no solo ou em tecidos vegetais, geram maior quantidade de nutrientes de modo que as
plantas cresçam mais fortes e tenham uma melhor adaptação. Existe uma grande
variedade destes no mundo bruxo, com diversas finalidades, que estudaremos mais para
frente já no segundo ano. O mais recomendado e utilizado até então são os excrementos
de dragão; Sua abundância de nutrientes e sua capacidade de desenvolvimento gramíneo
são notórias.

Método tradicional de fertilização ou adubação:

. Preencher parte do vaso com terra.

. Com a altura de um dedo, colocar o fertilizante ou adubo adequado no interior do vaso.

. Com o auxilio de uma pá de jardinagem, misture a terra com o fertilizante.

. Colocar a muda ou a semente no vaso (deixe sempre um espaço considerável abaixo da


planta, para o desenvolvimento e abertura de suas raízes).

. Preencher o restante do vaso com terra sem adubo.

Regagem ou irrigação: Podem ser realizadas com a utilização de feitiços elementares


(Aquamenti {Plantas de pequeno e médio porte} ou Aqua Eructo {Plantas de grande
porte}) ou com o uso de simples regadores de jardinagem. A maioria dos organismos
complexos de pequeno e médio porte deve ser regada uma vez ao dia, preferencialmente
durante a manha ou tarde, antes do pôr do sol.

Exercício Teórico:

1 – Qual a principal função de um fertilizante ou adubo?

2 – Quais as vantagens de se colocar uma planta de pequeno a médio porte em um vaso?

3 – Por qual razão o feitiço Aqua Eructo não é indicado para plantas de pequeno e
médio porte?

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Capítulo Quatro: Espécimes de estudo

As seguintes espécies serão catalogadas teoricamente neste capítulo, e apresentadas


aos alunos em sala de aula. Os estudantes serão instruídos pessoalmente a respeito de
como manipulá-las e se defender de seus possíveis efeitos nocivos.

Espécimes Simples:

Acácia:

Planta considerada sagrada pelo povo egípcio. Em dez semanas de cultivo seus frutos
podem ser utilizados para o preparo de poções, sendo extraído deles uma seiva que é
utilizada em elixires da paz e calmantes. Encontrada em todos os lugares do mundo,
contudo, é mais facilmente localizada no Cairo, Egito. Com 15 semanas de cultivo, a
planta produz bagos brancos minúsculos que, após passar por um processo de
purificação, podem ser ingeridos para a restauração total das energias. Em contrapartida,
o bruxo pode sofrer efeitos colaterais como espinhas, tosse e soluços.

Asfódelo:

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Possui raiz fasciculada e uma chamativa haste elevada, muitas vezes mais alta que o
gramado em que se encontra. Apesar de possuir belas flores, estas não possuem
utilidade, sendo apenas a raiz utilizada no preparo da poção Morto-Vivo, sendo antes
reduzida a pó.

Espécimes Complexas:

Arruda Aromática:

Herbácea semelhante à arruda comum, porém coberta por flores rosadas idênticas às da
planta onze-horas. São encontradas nas reservas bruxas do Ministério da Magia
brasileiro na floresta amazônica, mas foram exportadas ilegalmente para a Europa
algum tempo depois de sua descoberta "oficial" por Dharma Mugworth. Antes mesmo
de Mugworth encontrar as ervas, as civilizações indígenas dá Amazônia já utilizavam
da planta em seu dia a dia, fato que, ao se tornar conhecido, criou desconfianças e
boatos ruins sobre o trabalho da herbóloga. A arruda mágica tem a capacidade de soltar
gases levemente atordoantes quando próximas de objetos, seres ou até mesmo bruxos
que tenham envolvimento com magia das trevas. O gás não surte qualquer efeito em
seres puros e de bom coração, o que faz desta erva um sistema de segurança perfeito
para lares bruxos que abriguem indivíduos justos e sem ligação com o lado negro da
magia. As flores do vegetal, antes da criação do feitiço Specialis Revelio, eram jogadas
sobre comidas e poções, pois nessas condições elas mudam de cor. Os novos tons das
pétalas variam dependendo do efeito que causará a bebida ou alimento, sendo negro a
morte, vermelho o envenenamento, verde um ataque de risadas, entre outros tons.

Arapucoso (Salgueiro Lutador):

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Planta de galhos longos, onde sai, de seu toco, espinhos urticantes. Ricocheteia seus
galhos como modo de defesa a qualquer bruxo que tente extrair suas vagens.

Arbusto Tremulante

Um arbusto que possui vários espinhos entre seus galhos que move-se
descontroladamente. Quando se sente ameaça, dispara os espinhos para todos os lados,
causando envenenamentos de grau dois.

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