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CURSO DE DISCURSIVA

Tema para praticar

Professor Bruno Marques


HIPERTREINO DE DISCURSIVA
Prof. Bruno Marques

VUNESP – Inédita/2020

Texto 1
Racismo velado não deixa de ser racismo

O comportamento do Marcão do Povo de negar ter feito um comentário racista


contra a funkeira Ludmilla é mais comum do que se imagina. Como justificativa, o
apresentador, que se referiu à cantora como "pobre macaca", alegou ter usado uma
expressão regional, que não seria relacionada à cor da pele, mas à antiga condição
financeira dela. A justificativa não funcionou. A reação dos internautas foi automática.
A hashtag #processaludmilla ficou no topo dos assuntos mais comentados no Twitter e
a emissora anunciou o desligamento do funcionário da empresa.
De acordo com o subsecretário de Igualdade Racial do Distrito Federal, Victor
Nunes, a discriminação racial pode ficar apenas no inconsciente, sem necessariamente
externalizá-lo. Com isso, as pessoas tendem a pensar que não são preconceituosas.
<Fonte: www.correiobraziliense.com.br>

Texto2
Sentia que não fazia parte desse ambiente

Os primeiros meses de aula na faculdade foram os mais difíceis para Juliana do


Nascimento Costa. "Eu me sentia desconfortável. Chegava em casa chorando porque não
queria estar aqui, não me identificava", conta ela, que aos 21 anos estuda Cinema na
Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), um curso "muito elitista" no
qual, segundo diz, os alunos geralmente possuem uma vivência muito diferente da sua:
todos viajam para fora do país, falam inglês fluentemente, têm pais que trabalham em
grandes empresas e conversam sobre grandes cineastas, músicos e escritores. No início
ela nem sabia por que se sentia tão incomodada. Assim como não compreendia por que
muitas pessoas pediam informações sobre como conseguir uma bolsa de estudos na
universidade, já que no início pagava a mensalidade normalmente — só mais
recentemente conquistou uma bolsa.
Costa, que é negra, diz que com o tempo foi percebendo como a cor de sua pele
é determinante para que se sinta "um peixe fora d'água" na PUC-Rio, uma das melhores
e mais caras universidades do país. "Foi aqui que eu me entendi como uma mulher negra
e comecei a entender a importância de estar aqui e de persistir", explica. Moradora do
Recreio, um bairro de classe média da zona oeste do Rio de Janeiro, ela é a primeira
mulher de sua família a completar o ensino médio e a segunda pessoa a ingressar no
ensino superior — a primeira foi seu pai. Já a instituição em que estuda é a mesma dos
futuros advogados, juízes, promotores e defensores públicos que, há poucos anos atrás,
cantaram a seguinte música nos Jogos Jurídicos:
2

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HIPERTREINO DE DISCURSIVA
Prof. Bruno Marques

Agora a UFRJ se fudeu, se fudeu


O pobre deles não é mais pobre que o seu.
Quer ajuda pro trem? Eu inteiro
Um trocado pro lanche? Eu dou
Aproveita que hoje eu to bonzinho,
To sentindo por você, Congo
No fim do mês a grana vai faltar, vai faltar
Vai no lixão lá da central catar lata!
Canções do tipo eram até pouco tempo frequentes e consideradas como parte da
diversão nessa competição esportiva, realizada entre várias universidades.
(...)
<Fonte: https://brasil.elpais.com>

Considerando as ideias precedentes nos fragmentos textuais motivadores


apresentados anteriormente, redija um texto dissertativo-argumentativo a
respeito do seguinte tema.
O RACISMO VELADO COMO PARTE DO FENÔMENO DA DISCRIMINAÇÃO
SOCIAL

Obs.: Mínimo de 20 e máximo de 30 linhas.

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