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PROPOSTA 2 – RACISMO VELADO

Texto I

Racismo velado não deixa de ser racismo

O comportamento do Marcão do Povo de negar ter feito um comentário racista contra a funkeira Ludmilla é mais comum do que se
imagina. Como justificativa, o apresentador, que se referiu à cantora como “pobre macaca”, alegou ter usado uma expressão regional,
que não seria relacionada à cor da pele, mas à antiga condição financeira dela. A justificativa não funcionou. A reação dos internautas
foi automática. A hashtag #processaludmilla ficou no topo dos assuntos mais comentados no Twitter e a emissora anunciou o
desligamento do funcionário da empresa.
De acordo com o subsecretário de Igualdade Racial do Distrito Federal, Victor Nunes, a discriminação racial pode ficar apenas no
inconsciente, sem necessariamente externalizá-lo. Com isso, as pessoas tendem a pensar que não são preconceituosas.

<Fonte: www.correiobraziliense.com.br>

Texto II

Sentia que não fazia parte desse ambiente

Os primeiros meses de aula na faculdade foram os mais difíceis para Juliana do Nascimento Costa. “Eu me sentia desconfortável.
Chegava em casa chorando porque não queria estar aqui, não me identificava”, conta ela, que aos 21 anos estuda Cinema na Pontifícia
Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), um curso “muito elitista” no qual, segundo diz, os alunos geralmente possuem uma
vivência muito diferente da sua: todos viajam para fora do país, falam inglês fluentemente, têm pais que trabalham em grandes empresas
e conversam sobre grandes cineastas, músicos e escritores. No início ela nem sabia por que se sentia tão incomodada. Assim como
não compreendia por que muitas pessoas pediam informações sobre como conseguir uma bolsa de estudos na universidade, já que no
início pagava a mensalidade normalmente — só mais recentemente conquistou uma bolsa.
Costa, que é negra, diz que com o tempo foi percebendo como a cor de sua pele é determinante para que se sinta “um peixe fora
d’água” na PUC-Rio, uma das melhores e mais caras universidades do país. “Foi aqui que eu me entendi como uma mulher negra e
comecei a entender a importância de estar aqui e de persistir”, explica. Moradora do Recreio, um bairro de classe média da zona oeste
do Rio de Janeiro, ela é a primeira mulher de sua família a completar o ensino médio e a segunda pessoa a ingressar no ensino superior
— a primeira foi seu pai. Já a instituição em que estuda é a mesma dos futuros advogados, juízes, promotores e defensores públicos
que, há poucos anos atrás, cantaram a seguinte música nos Jogos Jurídicos:
Agora a UFRJ se fudeu, se fudeu
O pobre deles não é mais pobre que o seu.
Quer ajuda pro trem? Eu inteiro
Um trocado pro lanche? Eu dou
Aproveita que hoje eu to bonzinho,
To sentindo por você, Congo
No fim do mês a grana vai faltar, vai faltar
Vai no lixão lá da central catar lata!
Canções do tipo eram até pouco tempo frequentes e consideradas como parte da diversão nessa competição esportiva,
realizada entre várias universidades.
(…)
<Fonte: https://brasil.elpais.com>

Considerando as ideias precedentes nos fragmentos textuais motivadores apresentados anteriormente, redija um texto
dissertativo a respeito do seguinte tema.
DIFICULDADE EM SE COMBATER O RACISMO VELADO E O FENÔMENO DA DISCRIMINAÇÃO SOCIAL

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