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A TEORIA DA MIGRAÇÃO À LUZ DO ENTENDIMENTO DE HARTMUT ROSA:

ACELERAÇÃO E RESSONÂNCIA.

Maria Clara Teixeira da Silva Santana.

1. INTRODUÇÃO

O presente artigo tem como foco a teoria da migração, partindo-se dos


conceitos atribuídos pelo sociólogo alemão, Hartmut Rosa, no que concerne as
premissas estabelecidas em suas obras Aceleração (2019) e Ressonância (2019). O
objetivo cinge-se nas principais definições do sociólogo sobre a desenvoltura, no que
concerne ao sistema tributário com a crescente aceleração, e a sua correlação com o
fenômeno da migração. O cerne da questão é problematizar as questões trazidas por
Rosa, visando averiguar quais delas merece mais aprofundamento, para fins de
contribuição a teoria da migração – a qual carece de uma conceituação independente.
Em seu livro Aceleração (2019), Hartmut evidencia a relação existente entre
a aceleração social e a modernidade, podendo-se ousar dizer que ambas
interdependentes entre si. Ao levantar tal questão, é impossível não relacioná-la a
dinâmica do capitalismo, ponto de partida da aceleração social, uma vez que, com o
capitalismo deu-se início a “Era das Máquinas” – período referente a substituição dos
trabalhadores por máquinas, no processo de produção na indústrias –, onde o homem
deixou de figurar como uma figura essencial no meio de produção, em prol da
economia e ágil produtividade das máquinas, as quais foram grandes responsáveis
pelo ganho de capital nas empresas.
Percebe-se que o trabalho, é a principal forma de modificação da estrutura
organizacional da sociedade. A partir do momento em que o ser humano se deparou
em um cenário, onde este estava perdendo espaço para as máquinas, viu-se
constrangido a buscar meios alternativos de demonstrar a sua essencialidade dentro
do sistema capitalista. Essa necessidade pressa em evidenciar a sua participação no
capitalismo, segundo Rosa, foi considerada como uma paralisação no que chamamos
de ressonar, que significa estar em sintonia com seu ambiente e semelhantes
(MÁRQUEZ; SOBOTTKA, 2021).
O sociólogo em suas obras, traz conceitos capazes de explicar todo o ciclo
da migração, sendo eles: aceleração, alienação, modernidade e ressonância, os quais
são capazes de até embasar certos fluxos migratórios. É muito provável que,
atualmente, a sociedade não esteja ciente do fluxo de migrantes do mundo,
decorrentes da modernidade, que em decorrência de seus instrumentos aceleratórios,
exclui uma certa porção da população, a qual vê-se obrigada a sair do seu lugar de
origem, na ilusão de encontrar um lugar melhor para ressonar financeiramente. Essa
alteração do lugar origem, para passar a conviver em um ciclo social divergente do
habitual, com uma nova língua e nova cultura, esse processo de aprendizado é
denominado de período alienante.
A finalidade do presente artigo, é de correlacionar os conceitos acima –
discriminados por Rosa – a teoria da migração, no intuito de analisar o fenômeno
migratório, o qual, segundo diversos autores (BÖRANG, 2018; DE HAAS, 2014; KING,
2012) não possui um conceito próprio. Ao averiguar os novos conceitos atribuídos por
Rosa, podemos analisar devidamente o fenômeno da migração.

2. O DEBATE TEÓRICO-MIGRATÓRIO.

Conforme destacado em linhas anteriores, este artigo embasa-se nas obras


de mais relevância de Rosa, quais sejam a Aceleração (2019) e Ressonância (2019).
Na primeira obra, o autor busca conceituar o aumento da velocidade e apurar os
fenômenos sociais na modernidade tardia. Enquanto em sua segunda obra, este traz,
em síntese, a ressonância como a solução da aceleração alienante.
Em uma entrevista realizada por Bjorn Schiermer (s.d. [2016]), Hartmut
destaca a sua busca constante pelo conceito da ressonância, considerando-o como
uma forma de extensão a teoria do reconhecimento (teoria oriunda do filósofo Axel
Honneth). No desenvolver da entrevista, Rosa destaca a sua necessidade de
compreender o que motiva as pessoas a migrarem e o que para elas seria considerado
uma “boa vida”. Para o autor, tudo gira entorno do que as pessoas consideram, sob o
ponto de vista da sociedade moderna, uma boa vida.
Segundo Rosa, uma sociedade moderna, figura-se como aquela em que
“seu modo de estabilização é dinâmico (...) precisa de crescimento progressivo,
aceleração e inovação apenas para reproduzir a estrutura social e manter seu status
quo.” (SCHIERMER, s.d, p. 3). Ocorre que, neste sentido, ele questiona:

(...) em um nível individual, de onde vem a energia motivacional para manter os


motores de crescimento, aceleração e motivação? Com certeza, em grande
medida, somos movidos pelo medo: temos medo de perder a competição
social, de sermos excluídos. Adam Smith supunha que esse poder era o desejo
de reconhecimento social, e Honneth transformou isso em uma teoria
completa: somos motivados pelo desejo de sermos amados, respeitados e
estimados (SCHIERMER, s.d.,p.3)

Partindo-se desse entendimento, pode-se suscitar que o principal motivo


capaz de ocasionar a migração, seria a finalidade de encontrar emprego, encaixar-se
no sistema capitalista. A realidade trazida por Rosa, retrata a replicação da “Era das
Máquinas” nos dias de hoje, os migrantes internacionais possuem como motivação, o
temor da exclusão social, em decorrência da alta competitividade social.
Em decorrência disso, resolvem migrar para outros lugares, sendo boa parte
deles desconhecidos/atípicos, visando uma valorização social maior (HONNETH,
2003). O referido cenário, do ponto de vista econômico, é denominado como push and
pull (PARKINS, 2011), que é quando em decorrência das restrições do local de origem
(no caso, competitividade elevada), o ser humano é impulsionado a retirar-se do seu
local de origem, em busca de promessas melhores em outro país.
Outro conceito de modernidade atribuído por Rosa, refere-se ao fato de que,
para ele a modernidade é “impulsionada pelo que eu chamo de Triple A Approach ao
mundo: acreditamos implicitamente que a boa vida consiste em tornar o mundo mais
disponível, atingível e acessível”. (SCHIERMER, s.d., p.4). O entendimento de Rosa
acerca desta questão, traz uma certa noção do que conhecemos como o fenômeno da
globalização, uma vez que é este fenômeno que nos permite ir além dos horizontes, de
acordo com os exemplos da bicicleta, smartphone e avião, trazidos pelo sociólogo
(MÁRQUEZ; SOBOTTKA, 2021). Rosa ainda pontua, como forma de contraponto que,
o processo de ampliação de horizontes de possibilidades, é considerado como “estado
de burnout”. Assim sendo:
(...) a destruição do mundo que queremos disponibilizar: a destruição de nosso
ambiente natural é o oposto do que sonhamos e, por sua vez, a natureza se
torna uma ameaça para nós. No nível individual, existe o perigo de o mundo
ficar mudo, surdo e silencioso para nós sujeitos. Quando olhamos para a
história cultural, sempre foi o grande medo da modernidade que o mundo em
que vivemos morra de alguma forma para nós (...) que estejamos
profundamente alienados dele.

A segunda obra de Hartmut, Ressonância (2019), retrata bem esta questão


do estado de burnout”. Segundo sociólogo, a ressonância figura-se como uma forma
de encontrar o mundo, pessoas, coisas, matéria, história, natureza e vida como tais.
Rosa ainda pontua que este conceito, delimita cerca de quatro qualidades
cruciais, quais sejam:

1. Afeto (elemento emocional, cognitivo e corporal, ativado quando algo


ou alguém nos toca);
2. Emoção (um encontro com si e com o externo);
3. Transformação (ser afetado por algo/alguém e responder a isso, tem
duas vias, pois afeta o indivíduo e quem/o que o tocou) e, por fim,
4. A indefinição (nunca poderemos ter a certeza ou garantir que haverá
ressonância com alguém ou alguma coisa, por mais que haja
planejamento e busque-se objetivamente isso) (ROSA, 2019).

De acordo com o autor, precisamos ser reconhecidos para “de fato” sermos
vistos como sujeitos, ele aduz que “a ressonância é o próprio processo por meio do
qual somo formados sujeitos e por meio dos quais o mundo que encontramos e
experimentamos é constituído”. Assim, conclui afirmando que existem cerca de três
eixos de ressonância:

a) Eixo horizontal, o qual conecta as pessoas de forma afetiva;


b) Eixo diagonal/material, que conecta as coisas materiais, na forma de
trabalho, educação e consumo, e;
c) Eixo vertical, onde são construídos meios de práticas e noções de
religião, histórica, natureza e etc, dando um sentido de como estamos
conectados com o mundo.
É por meio desses eixos que, quando divididos podemos averiguar diversos
ecos de ressonância em cada grupo de pessoas migrantes. Também é possível
usufruir deste entendimento como forma de análise da alienação, e verificar a
possibilidade de falta de ressonância. A tese Rosa pode ser considerada útil para
utilização dos estudos do fenômeno migratório, principalmente, no que concerne a sua
análise conjunta com a Teoria do Reconhecimento de Honneth (2003).
Verifica-se, portanto, que a teoria da ressonância, possui seu papel
relevante no desenvolvimento da teoria migratória, sendo impossível fazer a sua
análise tão somente por meio da aceleração. Os estudos destacados no escorço desse
capítulo, demonstram que a “teoria dos eixos” discriminada por Rosa, mostram um
grande potencial teórico-explicativo das migrações.
Os conceitos trazidos por Rosa, no que se refere Triple A approach e as
motivações que coadunam com o processo de aceleração social possuem
entendimentos que servem para a análise migratória, teórica e empírica. No próximo
capítulo, iremos analisar o eixo ressonância-alienação, conforme viés migratório que
será realizado.

3. OS VIESES DA ALIENAÇÃO.

Importante destacar que, Rosa em suas obras, estabelece que ressonância,


não equipara-se a consonância, uma vez a primeira corresponde a presença ativa de
algo que não está sob nosso alcance. A ressonância é o resultado de uma relação
entre pessoas e instrumentos/sentimentos/ambiente ou outros meios que os conecte
como o mundo. O resultado desta relação demonstrará se há ou não relação de
ressonância, por isso diz-se que esta não pode ser controlada, tal fenômeno
simplesmente acontece.
Em suma, a ressonância equipara-se a relação construída entre o sujeito e o
mundo, denominada de experiência ressonante (ROSA, 2019). Segundo o sociólogo, a
ressonância e aceleração possuem uma relação dialética, um tanto semelhante a fase
biográfica da puberdade e adolescência:

Na puberdade, os mais jovens tornam ressonava com ele ou ela -- se alienados


de quase tudo que uma vez seus pais, irmãos, professores, até mesmo o seu
corpo. Mas esse processo de alienação é absolutamente inevitável para que
o/a jovem desenvolva sua própria voz e encontre onde seus verdadeiros eixos
de ressonância estão. Se a puberdade é uma fase de alienação, ela está em
uma verdadeira relação dialética com a ressonância. (BJØR N, s.d., 45).

As relações ressonantes não se estabelecem em ambientes hostis ou


indiferentes, conforme apregoa Rosa. Isto, segundo o sociólogo, é denominado de
“humor”, sendo esta uma das nascentes da ressonância.
Em contrapartida, temos a alienação, que é quando tentamos nos conectar
com o mundo e não temos retorno. Em ambientes de hostilidade e silenciamento, a
exemplo de países como a Europa e América do Norte, temos a retratação de um
cenário da alienação, uma vez que tal cenário mercado por sentimento de aversão a
imigrantes, os quais, são marginalizados pela sociedade.
Ao analisar a questão social na América do Norte, podemos verificar a
existência de bairros – sendo boa parte deles considerados como locais de alta
criminalidade –, os quais são formados por um grupo de pessoas de mesma etnia ou
origem, onde pode preservar seus costumes e religião, chegando até a celebrarem
casamento entre si, no escopo de manter sua pauta cultural, a fim de manter o
sentimento de acolhimento, em decorrência da ausência de ressonância no local de
migração.
Quando uma pessoa ou determinado grupo decide migrar, ela passa por
uma série de dificuldades, dentre elas: viagem, documentação, distância da família,
lidar como uma nova cultura e, na maioria dos casos, uma nova língua. Como se já não
bastasse toda a trajetória hostil, existe também a possibilidade do atual local de
migração não atender a suas expectativas, bem como que não seja tão ressonante.
Cerca de 2 eixos de alienação, existem no processo de migração:

1) A pessoa migrante está alienada no local de origem, por falta de


oportunidade econômica, educacional ou acesso social. No que concerne,
ao âmbito laboral, a ausência de ressonância está no âmbito econômico,
considerando como o pilar da alienação, vez que, por conta deste a pessoa
ou grupo, deseja abrir mão da ressonância familiar e cultural, em prol de
uma propícia ressonância no quesito laboral/econômico;
2) O processo de alienação no que concerne a sociedade receptora, que por
figurar como hostil, acaba por não abraçar o imigrante, a exemplo das leis
migratórias, as quais no lugar de acolher o imigrante, impõe barreiras de
aceitação na sociedade.

Dito isso, trazemos à fase biográfica da puberdade e adolescência no que


concerne as relações migratórias, conforme pontuado no começo deste capítulo. A
estranheza com o novo local de habitação, equipara-se a uma jovem que começa a
passar por um processe de transformação física, onde ela não se sente confortável
com o próprio corpo, da mesma forma que um novo imigrante tenta conectar-se ao
mundo novo.
O comparativo em referência ao ser aplicado no estudo de caso que permite
o acompanhamento de indivíduo e grupos de pessoas migrantes por um certo período
de tempo, qual seja, o período de chegada, cercado de agitação com o mundo novo e
a procura por uma situação de estabilidade, se permitindo em voltar a sentir e procurar
às quatro qualidades cruciais da ressonância. Assim, poderia ser entendida no campo
prático a relação dialética entre ambos os conceitos, bem como o efeito da hipótese da
alienação de duas vias.

4. CONCLUSÃO

O artigo em questão, teve como objeto averiguar os principais conceitos


trabalhados por Hartmut Rosa em suas obras, no que concerne ao fenômeno
migratório. Buscou-se lastrear os principais livros do autor e questioná-los a partir do
ponto de vista migratório, no escopo de verificar, inicialmente, que maneira os
conceitos poderiam ser estudados sob o prisma da migração.
Tal fato adveio da constatação da carência de uma teoria consolidada na
migração, mostrando a urgente necessidade de atribuição de conceito sólido neste
campo. A aceleração, ressonância e alienação, são ideias que até então não foram
utilizadas para contextualizar a teoria migratória, mas sim usufruídas no fenômeno
migratório, sendo conceituadas por Hartmut Rosa de maneira brilhante.
Nesse sentido, denota-se que o nexo teórico entre as obras do sociólogo e
os estudos migratórios, ofereceram um resultado proveitoso, novo e necessário para
desenvoltura da teoria da migração.
O entendimento teórico de Rosa sobre a aceleração social, se mostrou
plenamente aplicável a realidade dos imigrantes, principalmente, no que concerne ao
quadro comparativo referente a teoria do amadurecimento/puberdade e o processo de
adaptação do imigrante, em busca de adaptar-se ao novo habitat e a sua busca
constante por conectar-se a este, ou seja, a busca pela ressonância. A ressonância
mostrou-se um elemento interessante, pelo viés do reconhecimento honnethiano. Em
sua obra, a Ressonância, Rosa diz que esta pode ser utilizada como “termômetro” de
um reconhecimento bem-sucedido, o qual seria averiguado conforme o sentimento que
os imigrantes passam a adquirir através das quatro qualidades cruciais de ressonância,
delimitadas por Rosa.
Assim sendo, a alienação surge como algo que pode usufruído como
principal fator influenciador a migração dos indivíduos, qual seja, a ausência de
resposta no local de origem, acarretando na busca de um outro; fazendo com que seja
impulsionado, pelo esforço voluntário a atuar no mercado ativo (trabalho acelerado –
de forma inconsciente).
Este movimento faz com que também surja um sentimento de participação,
inclusão, que até então seu local de origem não possuía. Em contrapartida, esse
processo de alienação também pode atuar como mecanismo direcionador a outros
locais de ressonância, através do encontro de pessoas que sentiram silenciada em
certo meios. Tal entendimento, adveio das leituras realizadas e discussões sobre o
trabalho desenvolvido pelo sociólogo. Pode-se dizer que, analisando por meio da teoria
hartmutiana, seja impossível viabilizar o que foi proposto, todavia, o objetivo deste
estudo é justamente complexificar e enriquecer a teoria da migração de alguma forma,
ainda mais dentro do campo de estudos da imigração.
O trabalho desenvolvido por Rosa faz com que passemos a refletir acerca
da migração por um viés mais trabalhoso, podendo-se dizer por uma alienação
acadêmica, que certas vezes visa forçar uma ressonância em seu campo de estudo.
Tal questão é esquecida nos estudos migratórios, que adotam em diversos casos, um
caráter mais neoliberal e utilitarista (nos termos de Brown, 2016) de análise. A
aceleração por si, traz o conceito acerca do aumento da rapidez constante em
responder a logística do sistema capitalista, as teorias de Rosa, em seus conceitos de
alienação e ressonância, corroboram com uma abordagem para pensarmos no
processo migratório sacrificante e os eixos da ressonância, que são deixados de lado
quando passamos a analisar a migração, principalmente no que concerne a migração
no seu pilar laboral.
As ponderações feitas por Rosa levam a pensar a migração trabalhada de
uma forma um tanto limitada, talvez por uma alienação acadêmica, que certas vezes
busca forçar uma ressonância com seu campo de estudo. O trabalho de Hartmut Rosa
nos convida a pensar acerca do processo migratório como um fenômeno social que
envolve, para além de trajetórias, documentos e barreiras político sociais: sentimentos,
desejos, expectativas e realizações. Ao final, se destaca a necessidade constante de
popularizar de maneira frequente os seus estudos, como uma forma de colaborarem
como possível base teórico analítica para outros fenômenos sociais e interculturais.

5. REFERÊNCIAS

BROWN, Wendy. Undoing the Demos: Neoliberalism’s Stealth Revolution. 1ª ed. New
York: ZoneBooks ,2015.

HONNETH, Axel. Luta por reconhecimento: A gramática dos conflitos sociais. Editora
34, 1ª Ed., 2003.

MÁRQUEZ, Lara; SOBOTTKA, Emil. Pessoas em movimento e aceleração social o


fenômeno da migração sob a luz teórica de Hartmut Rosa, 2021.

ROSA, Hartmut. Aceleração: A transformação das estruturas temporais na


modernidade. São Paulo: Editora Unesp, 2019.

ROSA, Hartmut. Resonance: A sociology of Our Relationship to the World. Cambridge,


UK: Polity Press. 2019.

ROSA, Hartmut; BIALAKOWSKY, Alejandro. Alienación, aceleración, resonancia y


buena vida. Entrevista a Hartmut Rosa. Rev. colomb. soc., Bogotá , v. 41, n. 2, p.
249-259, dic. 2018 . Disponível em: http://www.scielo.org.co/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0120159X2018000200249&lng=es&nrm=iso. Acesso em
30/06/2020.

SCHIERMER, Bjørn. Acceleration and Resonance: An Interview with Hartmut Rosa.


SAGE Journals. Acta Sociologica: E-Special: Four Generations of Critical Theory in
Acta Sociologica. Disponível em:
https://journals.sagepub.com/page/asj/collections/virtual-specialissues/critical-theory.
Acesso em 28/06/2020.

SIMMEL, G; SCHÜTZ, A.; ELIAS, N; CACCIARI, M. El extranjero: sociología del


extranjero. Madrid: Ediciones sequitur, 2012.

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