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BIOMECÂNICA DA
RESPIRAÇÃO
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
FARINGE
Nasofaringe: apenas ar
Orofaringe: condução de alimentos junto com a transmissão de ar, glote
Laringofaringe: condução de alimentos junto com a transmissão de ar, glote,
bifurcação para a laringe e esôfago (problemas de deglutição)
LARINGE
Cordas vocais
Importante para a tosse, devido ao fechamento da glote
Tosse: estímulo da tosse – inspiração profunda – compressão torácica com a glote
fechada – abertura da glote para ter o movimento de expulsão
TRAQUEIA
Faz parte das VAS e VAI
Começa na laringe (pescoço) e termina na cavidade torácica (VAI)
Anterior ao esôfago
Possuem anéis cartilaginosos em “C” que previnem colapso durante a respiração
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ÁRVORE BRÔNQUICA
A traqueia também se encontra na VAI
Traqueia – carina que leva a bifurcação em brônquio fonte direito e brônquio forte esquerdo
A cada bifurcação é uma nova geração, sendo que as VA se dividem cerca de 23 gerações
Brônquio fonte direito possui um ângulo entre 20° e 30° em relação a carina
Brônquio fonte esquerdo possui um ângulo entre 45° e 55° em relação a carina, dessa forma, fica
mais horizontalizado por conta do coração
BRÔNQUIOS LOBARES
Existem 3 a direita e 2 a esquerda (1 por lobo)
Existe o brônquio lobar superior, médio e inferior no lado direito
Existe o brônquio lobar superior e inferior no lado esquerdo; ainda contém o brônquio
lingular no lobo superior
Cada brônquio lobar se subdivide: o lobo superior E possui o segmento apical, o
segmento posterior (parte posterior do pulmão) e segmento anterior
Subdividem-se em: brônquios segmentares – bronquíolos – bronquíolos terminais –
bronquíolos respiratórios – ductos alveolares – sacos alveolares (alvéolos)
***Parte dos bronquíolos respiratórios são brônquios (condução) e parte são alvéolos (hematose)
e dão origem aos 300x106 (300 milhões) de alvéolos no adulto
***Segmento é uma unidade funcional do pulmão
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brônquica, facilitando a troca gasosa
As células caliciformes diminuem de tamanho e quantidade ao longo das gerações da árvore
brônquica, sendo que na porção mais distal da arvore brônquica não existem mais as células
caliciformes, visto que estas são responsáveis pela produção de muco e na região distal de VAI
não necessitamos de muco
As células ciliadas, glândulas, cartilagens hialinas e musculatura lisa também diminuem de
tamanho e quantidade ao longo das gerações da árvore brônquica
Fibras elásticas ficam mais presentes na porção distal, mas também reduzem bastante de tamanho
e quantidade
PULMÕES E PLEURAS
PULMÕES
Possuem formato de cone
Verticalmente ao redor do coração
Não são rígidos: pressão negativa, que mantém os pulmões abertos
Expansão e contração dos pulmões que Depende dos músculos respiratórios;
Depende do tecido (rigidez e complacência)
Divididos em lobos
Pulmão direito é maior (3 lobos) sendo superior, médio e inferior
Pulmão esquerdo é menor (2 lobos) sendo superior e inferior, além da lingula
(uma porção pequena que “atrofiou” para dar espaço para o coração, faz troca
gasosa, mas devido ao seu tamanho não é considerado lobo)
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Os lobos são divididos por fissuras: no pulmão D fissura horizontal (separa o lobo
inferior dos demais) e oblíqua (separa lobo superior e médio) e no pulmão E
fissura oblíqua
Lobos divididos em segmentos broncopulmonares, sendo 10 à direita e 8 à
esquerda que são unidades funcionais independentes (brônquio, artéria e veias
próprias)
Brônquio lobar se divide em segmento apical, anterior e posterior
PLEURAS
- Pleura visceral: em contato com o pulmão
- Pleura parietal: em contato com a parede torácica
- Entre as pleuras existe o espaço pleural que é uma cavidade que contém um fluido
denominado líquido pleural
- O líquido pleural mantém as pleuras “coladas” (Ex: se colocarmos uma gota de
água entre 2 lâminas de vidro fica muito mais difícil desgruda-las)
- Possui a função de manter os pulmões expandidos, devido ao aumento da tensão
superficial
- Contém cerca de 3mL a 15mL de líquido pleural em cada pulmão
CAIXA TORÁCICA
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Promove a expansão e retração dos pulmões, garantindo o volume corrente ocorra
Possui formato cônico, sendo maior a parte inferior
Proteção do coração, pulmões e grandes vasos
Possui 12 costelas:
- Verdadeiras (1 a 7) – se fixam no esterno, contém cartilagem própria
- Falsas (8 a 10) – se fixam nas cartilagens costais acima
- Flutuantes (11 e 12) – não se fixam anteriormente (exercem um papel muito
reduzido na respiração)
A cabeça das costelas se fixa posteriormente nas facetas da coluna vertebral denominadas
de articulação costovertebral
A 7ª costela se fixa nas vértebras T6 e T7, sendo que o pivô de movimento da 7ª costela
está na T7
A 7ª costela se insere na articulação costotransversa da T7
A articulação costovertebral serve para fixar a 7ª costela na T6
O tubérculo das costelas se articula com os processos transversos, denominado de
articulação costotransversal
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Movimento costal
- Se modifica para que o ar entre e saia dos pulmões
- Possui movimentos verticais, transversais/laterais e anteroposterior (se desloca
para cima, para os lados, para frente e para trás)
- 1ª costela – praticamente sem movimento (movimento limitado)
- 2ª a 5ª costelas – realizam somente movimento anteroposterior durante a
inspiração (chamado de movimento em bomba – para frente e para trás)
- 8ª a 10ª costelas – realizam somente movimento vertical e transversal (movimento
de alça de balde)
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- 6ª e 7ª costelas – realizam movimento anteroposterior, vertical e transversal
- 11ª e 12ª costelas – não contribuem para o movimento do tórax
***Movimento alça de balde: quando realizar manobras entre 8ª a 10ª costelas o movimento
das mãos sobre o tórax deve acompanhar o movimento em alça de balde (apertar para dentro
durante a manobra), que é o movimento fisiológico que essas costelas realizam
MÚSCULOS RESPIRATÓRIOS
INSPIRAÇÃO
Diafragma
- Principal músculo da inspiração
- Estrutura musculotendínea (tendões centrais e periféricos)
- Separa o tórax do abdome
- Possui formato de cúpula
- Mais inferior posteriormente (mais baixo atrás)
- HTD é 1-2cm mais elevado (fígado empurra pra cima e coração empurra pra
baixo)
- Coberto pela pleura parietal
- Possui 3 aberturas: abertura esofágica (hiato), abertura aórtica e abertura cava
- Possui 3 tipos de fibras: esternais, costais (costelas) e lombares (L1-L3 à D e L1-
L2 à E)
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Músculos acessórios da inspiração
- Esternocleidomastoideo
- Escalenos
- Intercostais externos
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EXPIRAÇÃO
Durante a expiração ao repouso não exige da contração dos músculos expiratórios,
apenas na expiração forçada
A saída do ar dos pulmões é passiva pelo recolhimento dos pulmões
Após a inspiração o pulmão contém uma força elástica de retração e na expiração o
pulmão retorna ao seu tamanho normal passivamente
Músculos acessórios da inspiração
- Abdominais (reto abdominal, oblíquo interno e externo, transverso abdominal)
- Intercostais internos
MECÂNICA VENTILATÓRIA
Inspiração:
- A contração do principal músculo respiratório (diafragma) permite o aumento da
dimensão vertical e do diâmetro transverso do tórax
- Os músculos intercostais externos promovem o aumento do diâmetro látero-
lateral e anteroposterior em um movimento conhecido como alça de balde
- Esse aumento de volume da caixa torácica diminui a pressão intrapleural e
permite a entrada do ar
- Diafragma desce
Expiração:
- Na ventilação normal, de repouso, o processo de expiração ocorre de maneira
passiva, ou seja, em razão das forças elásticas dos pulmões e da parede torácica,
resultantes de um recuo elástico direcionado para a diminuição do volume
pulmonar dentro dos alvéolos por causa de maior pressão externa, o que causa a
saída de ar dos pulmões
- Diafragma sobe
COMPLACÊNCIA PULMONAR
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preciso de 1cmH2O, então dividindo, a força que eu preciso fazer de complacência é de
100
Quanto mais força eu preciso gerar pra que uma certa quantidade de ar entre, pior é a
complacência
A complacência é um indicador de esforço que a pessoa tem que fazer pra entrar o ar no
pulmão
O pulmão que tem pouca complacência significa que precisa fazer mais força para entrar
o ar
Nas doenças obstrutivas há aumento da complacência – pouca pressão pra encher de ar,
devido a complacência aumentada do tecido pulmonar, perda da capacidade de retração
elástica, pouca resistência e pouca pressão pra entrada de ar, pulmão como uma bexiga
murcha
Nas doenças restritivas há diminuição da complacência - pouca pressão pra encher de ar,
devido a complacência diminuída do tecido pulmonar, pulmão como se fosse uma meia
muito apertada
Uma pessoa com complacência normal que puxa 4L de volume precisa de um esforço de
30cmH2O
Um paciente com fibrose necessita de maior esforço (pressão) para atingir determinado
volume
Indivíduos com doença pulmonar possuem baixa complacência dinâmica, mas a
complacência do tecido pulmonar é alta
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RESISTÊNCIA PULMONAR
8 nl
R= 4
πr
Dificuldade que a parede da via aérea exerce de dificuldade para o ar passar
Corresponde à diferença de pressão entre as extremidades de um tubo
Conforme vamos passando pelas gerações, a quantidade de ar que vai passando é menor,
por isso a resistência é menor
Fluxo laminar: fluxo aéreo com pouco gasto energético, alcança vias aéreas distais,
utilizado em manobras de fluxos lentos
Fluxo turbulento: fluxo aéreo com muito gasto energético, pois o ar bate na parede e faz
com que haja perca de energia, mais difícil de alcançar vias aéreas distais, desloca mais
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secreção proximal
Fluxo transicional: junção do fluxo laminar e o fluxo turbulento
Definição: é o local imediatamente distal ao que ocorre compressão dinâmica das vias
aéreas em decorrência de uma maior pressão externa do que interna, ou seja, é o local na
via aérea em que a pressão interna é igual a pressão externa em relação a via aérea
(Pa alveolar = P pleural). Ex da imagem: +20 = +20
Em doenças pulmonares que os alvéolos colabam facilmente é necessário aumentar a
pressão interna das vias aéreas para o ar poder sair
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DADOS
REFERÊNCIAS
Cardiorespiratory Physiotherapy
Bases Da Fisioterapia Respiratória
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