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A P R ISIO N E IR A D E

VENSEN

Samila A. Pereira

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Dedico esse livro a todas as leitoras que seriam internadas se vissem os livros no seu
kindle, parabéns, somos um grupo bem doido.

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Dedico esse livro aos grupos de GT que amam piratear livros nacionais, e ai... tão
conseguindo acompanhar os meus lançamentos ou preferem que eu vá mais devagar?

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APRESENTAÇÃO

O livro “ A Prisioneira de Vensen” se passa na mesma linha do tempo, ou


seja em simultâneo com o conto “ A Experiência de Zeff” e consecutivo “
Raptada por Arrax e Ajax”.

Não é preciso ler outros livros para compreender este, visto que se trata de
uma livro separado da plataforma maior. Porém, recomendo que faça a
leitura da serie Dragomens ( 2 livros publicados até o momento em Março
de 2023) e Nagarianos ( com 1 livro publicado até o momento) para
compreender as informações no citadas no livro.

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INTRODUÇÃO
Vensen é um ex assassino de lutas sangrentas para extraterrestes, e se vê
acompanhado dos fantasmas do passado como último da sua espécie.
Lexie é uma escrava humana que foi comprada por um extraterreste que
chama sua atenção por seu brilho verde esmeralda e corpo estranhamente
atraente para um “ET”.
Ele vê nela uma espécie que descende da sua antiga família Azmidi e o
lembra de casa, ela vê nele um salvador de meses de abuso.
O que pode acontecer quando duas pessoas quebradas se encontram,
reconhecem e apoiam a dor do outro?

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AVISO

Este livro é um dark romance, o que pode se dizer é que é um subgênero


advindo dos romances eróticos, e que tem características peculiares e muitas
vezes perturbadoras, ao abordar temas pesados e ter protagonistas que vão
contra o usual. Não há uma regra aqui e nem um limite sobre o que pode ou
não ser utilizado nos dark romances..

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GATILHOS
- Sequestro;
- Escravidão Sexual;
- Tortura;
- Assassinato;
- Estupro;
- Citação detalhada de morte;
- CNC;
- Palavras de baixo calão;
- Fantasia sexual;
- Sexo explicíto.
- Menção a traumas;
- Menção detalhada a claustrofobia.

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TABELA DE NOMES:

Arena Skinhard: Arena que lembra a dos gladiadores da Roma antiga, em que consiste em uma
área central redonda com arquibancadas para os telespectadores acima em degraus, enquanto os
lutadores ficam abaixo no centro.
Baratiano: Raça de alienígenas que são metade baratas (com antenas, casca, olhos redondos
negros e asas malignas) e metade lagartixa (com calda, cor acinzentada).
Lagartiano: Raça de alienígenas que possui calda, cor acinzentada e são conhecidos por ter
memoria fotográfica.

Dragomens: Descendentes de Vagalamas misturado com uma raça de Dríade;

Nagarianos: Descentes de Vagalamas misturado com uma raça de Dríade;

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CAPÍTULO 01: O MEU
MUNDO

“Todo dia eu acordava sob o mesmo inferno, e dormia sob o mesmo


pesadelo. Não havia paz, não para alguém como eu”.

VENSEN

Ainda conseguia ver claramente, o dia em que meus pais brigavam no


conselho sobre as novas colonizações.
Minha mãe defendia um planeta com espécies inteligentes que
possuíam traços marcantes de dragão e cobra, deixava claro que o planeta
“terra” possuía uma espécie atrasada demais e que só iria nós causar
problemas.
– Eles não vão valer a pena, Raidaw. – apontou minha mãe. – Nem
sequer aprenderam a fazer fogo, ainda vivem dentro de rochas.
Dois colonizadores do conselho concordaram com ela, meu pai
parecia ainda mais decidido. Seu olhar brilhava enquanto falava do mundo
colorido em azul e verde na tela.
– Eles tem potencial, possuem um nível de oportunidade única. O
planeta em que vivem tem capacidade para avanços inimagináveis. Se lhes
dermos uma chama de nosso gene ele vão ter capacidade para avançar
tecnologicamente em algumas décadas.
Minha mãe ria, meu pai ficou sério.

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– Por favor Raidaw, não se iluda! A raça que venho estudando a
quase uma década tem bem mais possibilidade do que esse mundo semi
aquático.
– Eles ainda comem carne crua, Livik. – alfinetou, cruzando os
braços. – Só porque seus animais de estimação põe fogo antes, não significa
que a carne esta cozida.
Minha mãe cerrou os dentes, ambos estavam em um impasse
preocupante. Ambos faziam parte do conselho de colonização e ambos
haviam se dedicado arduamente a destacar os motivos para a colonização da
nossa raça em um planeta novo.
– Livik e Radaw apresentaram argumentos interessantes. – disse por
fim o conselheiro central, mexendo em sua barba. – A documentação de
pesquisa também deixa claro e pontua o argumento de cada um, então
resolveremos em votação.
Os cinco conselheiros concordaram com a cabeça, o brilho que
exalava dos ombros de meus pais deixava claro que não haveria nenhum tom
de brincadeira para a situação que levava sua carreira nas costas.
– Aqueles que votam a favor do planeta terra pode levantar a mão. –
pediu o idoso com seu brilho em azul turquesa.
Meu pai, o conselheiro central e outro do qual mal me lembrava
levantaram a mão rapidamente.
Quando o silêncio se prolongou por mais tempo do que deveria, o
homem tossiu e voltou a outra pergunta.
– Aqueles que votam a favor do planeta Driadé pode levantar a mão.
Minha mãe e outras duas senhoras levantaram a mão rapidamente,
houve novamente um silêncio prolongado.
– Posso votar também? – perguntei, com minha voz em tom infantil.
Minha mãe fechou a cara.
– Ora, por favor Vensen! Isso não é hora para brincadeiras
infundadas! – reclamou, batendo com a mão na mesa.

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– Por favor Livik, nosso Vensen já possuí 09 ciclos. Logo será
apresentado a população, se não o permite falar o que sobrará do menino. –
respondeu meu pai, estressado.
Nunca compreendi o motivo para meus pais terem sido ligados, em
parte imaginava que foi devido aos anos ruins da obrigação. Mas agora tinha
certeza disso.
– Então fale, Vensen filho de Livik e Radaw. Nós de uma luz que a
mente nova pode direcionar. – pediu o conselho central, havia curiosidade e
interesse no seu olhar.
Até mesmo sua cor havia se destacado com sua emoção, a luz azul
agora trancavam os detalhes da mesa.
Respirei fundo, ergui meu queixo como meu pai havia me ensinado e
cruzei os braços atrás das costas, mostrando respeito ao conselho que antes
me ignorava na sala.
– Acredito que ambos trabalharam de forma árdua em suas pesquisas,
e como o caso de empate exige um sétimo voto. –olhei a todos lentamente,
tentava soar confiante. – Recomendaria que Livik partisse a Dríade para
realizar suas pesquisas de gene e Radaw para a terra com o mesmo intuito,
quem alcançar o maior nível de avanço dentro de três ciclos e meio ganha
total benefício e oportunidade para colonização. Assim não perdem nenhuma
oportunidade dentre outros planetas colonizadores.
O salão ficou em completo silêncio, minha mãe ergueu as
sobrancelhas enquanto meu pai arqueou a testa surpreso, mas por fim quem
quebrou o momento foi o conselheiro central parecendo satisfeito com a
minha resposta.
– Os deuses iluminaram este pequeno, mas deram a resposta final. –
respondeu. – Radaw passará seu ciclo na terra e Livik em Dríade realizando
suas pesquisas, iremos notifica-los de sua volta em três ciclos completos.
Todos de acordo?
– Sim. – responderam em uníssono, com a mão no peito.
– Então que assim seja, providenciem seus pertences. Tem até
amanhã de manhã para ter sobre ordem antes que a cápsula os leve. –

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informou o conselheiro central, agora olhando para mim. – Garantirei a
guarda de Vensen até que voltem, estarão aqui para sua cerimônia de
masculinidade.
Havia orgulho nos olhos de meus pais, eu os havia ajudado de uma
maneira que ambos tinham saído felizes da situação, pelo menos era o que
imaginava na época.
–Você nos trará honra e orgulho! – falou minha mãe em puro amarelo
neon.
– Fará nosso legado valer a pena! – comentou meu pai, com seu azul
celeste brilhando ao redor.
E essa foi a última vez que escutei a voz deles, a última vez que os vi.
A lembrança da alegria ao partir, ao dar as costas para seu único filho vivo.
Eles nunca voltaram, nosso planeta foi invadido um ciclo depois de
sua partida, houve guerra por nossa tecnologia. Minha espécie sendo
orgulhosa da maneira que era, preferiu o genocídio a escravidão.
E foi ali, em um momento de lucidez que o conselheiro central me
escondeu em uma cápsula, me expulsou de nosso planeta, antes que ele
explodisse em cinzas para que os invasores não levassem o pouco que
tínhamos.
“Haverá outros como você, garantirei que não fique sozinho.” - me
disse, antes de puxar a trava de decolagem. – “Quem sabe nossas estrelas
não o enviem a um de seus pais!”
E não houve sequer um dia que não pedi para que isso acontecesse, e
durante os cinco dias que se seguiram (já que não tinha a oportunidade de
ver entre a noite e o dia). Desejei que meus pais me puxassem com sua nave.
Mas eu não era tão inocente assim, sabia que meus pais foram até seus
planetas de pesquisa jogados em capsulas como a minha, e que a única
maneira para acha-los seria se uma nave me enviasse até eles ou que a do
nosso planeta morto os buscasse.
E ali, enquanto planava de um lado a outro no espaço eu via a
explosão que se consumia onde um dia foi Vagalame. Minha terra natal, que
agora não passava de fogo e pedras sendo lançadas no espaço.

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CAPÍTULO 02: A
ESCRAVIDÃO

“Houve fome, e então houve o delírio. E por fim, houve o desejo de


morrer rapidamente, porque o que vinha a seguir era ainda pior do que
tudo isso”.
Vensen

A comida da cápsula só durou até a primeira semana e meia, depois


disso tive que viver das fezes e água que era minerada do ar, produzida pela
cápsula no espaço, não muito depois senti as consequências da fadiga e
fome.
Mas o pior de tudo foi quando me acharam, quando desejei
ardentemente ser levado, quando aquele inferno me fez sentir saudade do
misero espaço que tinha dentro da cápsula. O meu inferno começou justo ali,
quando fui capturado e jogado em uma cela imunda como um animal exótico.
– Vão pagar uma nota boa por um Vagalama, eles estão praticamente
instintos a um bom tempo. – falou a primeira espécie que me lembrava a um
polvo da terra que meu pai havia mostrado.
– Como será que esse ai sobreviveu? Ele parece jovem demais. E já
faz tanto tempo! – respondeu o segundo de um rádio velho.
– Encontraram ele planando perto de um buraco negro, deve ter ficado
lá dentro um bom tempo. Nem deve saber o período que estamos! –
respondeu o espécie que parecido com o polvo.

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E dali para frente a situação apenas piorou, se havia alguma chance
de encontrar outros vagalama, havia acabado no momento em que minha
cápsula entrou em um paradoxo de tempo. E ali, preso naquela gaiola de
transportar animal eu soube, jamais teria minha chance de realizar o ritual e
me tornar um vagalama completo.
Eu era inútil até mesmo para me defender sem a cerimônia, sem minha
cultura.
Eu não tinha chances, não tinha nada.
Não tinha sequer minhas armas de defesa pessoal, não podia contar
sequer com minha arma principal, minha luz.

Os ciclos que se seguiram foram os piores da minha vida, enquanto


meus captores pensavam que eu não entendia sua língua, era razoavelmente
fácil de controlar eles e a situação apenas observando o desenrolar.
Mas o pior de tudo foi quando cheguei a um comprador importante,
alguém que se divertia em ter seus serviçais lutando e arrancando sangue dos
oponentes.
E foi em uma dessas lutas que fui iniciado, bebendo do sangue do meu
oponente para ter poder sobre minha luz. Obviamente meu mestre não gostou
nada disso, me torturou por engana-lo pensando que não sabia ao básico
sobre a luta corporal, imaginou que minha morte na primeira luta renderia
um bom pagamento.
Mas quando a luta terminou e meu oponente estava no chão, ele soube
que tinha perdido um bom dinheiro e fornecido a oportunidade de possuir
uma “carga alta” para um ser poderoso.
– Deixe-o no escuro pelos próximos 30 dias, e veremos se ele terá
coragem de me envergonhar novamente, quando eu o manda-lo morrer! –
falou meu mestre, ódio brilhava em seus olhos.

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E assim permaneci até que minhas forças diminuíssem, eu mal havia
completado meus 16 ciclos inteiros e já estava esgotado em completo escuro
sem água ou comida.
Eu tinha um único proposito.
Acordar, me alimentar, matar meus oponentes e seguir até que
envelhecesse e finalmente a morte viesse.
Nunca um suicida como minha raça, nunca um covarde. Morreria
lutando, sempre. Pela minha honra.

Mas então houve um dia, um único dia em que minha vida automática
parou, em que me vi sentindo na pele oque teria que fazer.
Quando meu mestre exigiu que tivesse uma luta grande, enorme.
Era meu 35 ciclo e como presente havia ganhado uma luta grande, ele
desejava que lutasse contra 35 oponentes a altura. Desde espécies que tinha
veneno até os que jogavam ácidos, e até ai nada disso me afetada. Não
diretamente pelo menos, não até que ele chegou.
Até que senti pela primeira vez o frio a barriga, quando meu último
oponente se colocou em batalha.
Era um vagalama como eu, sua luz brilhando em um vermelho intenso.
Ele também havia sentido e retribuindo, a alegria ao encontrar outro de
nossa raça. Ele deu dois passos em minha direção, seu olhar deixando claro
que não me via como ameaça ou inimigo.
Mas justo ali, naquele momento meu mestre resolveu interferir.
– Novas regras! – gritou meu mestre, silenciando a multidão que se
alegrava com uma luta inédita.
Olhei para o macho que segurava as rédeas da minha prisão, havia
brilho em seus olhos como se estivesse esperando pela oportunidade certa.

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– O Vagalama que matar primeiro sai vivo da arena, um macho livre!
– anunciou.
A multidão ficou em completo silêncio, havia surpresa.
Por mas que minha raça fosse completamente interessada na ciência e
conhecimento, desprezávamos qualquer envolvimento a infidelidade. Fosse
ela em nossa raça, em união ou parceria. Afinal, se não pudéssemos confiar
em nós mesmos o que sobraria?
E meu mestre sabia disso, após minha primeira tentativa de fuga
tomando o sangue do oponente ele soube que seria questão de tempo até que
sua ignorância sobre minha raça o fizesse perder o campeão inédito bem
embaixo da sua asa.
– Não! – respondeu o meu oponente, havia fúria em seus olhos.
O silêncio na plateia era palpável, todos olhavam para o mestre
esperando retaliação, e ele levantou os braços para que os seus guardas
levantassem as armas de fogo.
Havia um certo nível de pânico na plateia, qualquer ser com bom
senso entenderia que a ameaça era velada, e não era apenas para os
guerreiros na arena.
– Ou fazem o que eu mando, ou morrem imediatamente. Estou dando a
oportunidade para que um de vocês saia dessa arena vivo, então escolha. –
ordenou, em um tom raivoso. – Vensen de Vagalama ou Eixton de Vagalama,
boa sorte.
O vagalama que até então me olhavam com alegria recuou alguns
passos, havia tristeza em seu olhar como se meu nome o tivesse esbofeteado.
Ele sabia quem um dia fui, a quem esse nome já pertenceu.
E que agora não significava absolutamente nada.
Mas ali não havia Vensen filho de Radaw e Lidik, havia apenas
Vensen o sanguinário.
– Não o deixe te desestabilizar. – sussurrei, baixo para que apenas o
vagalama pudesse escutar.

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“ Eu fui comprado exclusivamente para estar aqui, não sei lutar.
Nunca saí do básico em nosso mundo.” – ressoou na luz em seu ombro,
enquanto pegava uma espada enferrujada.
Fiquei surpreso, vendo o vagalama usando nosso antigo usando o
antigo método de conversa, ressonei a minha luz em resposta.
“Como isso é possível? Qual a sua idade?” – ressoei em minha luz,
afastando meu corpo em modo de combate enquanto pegava a minha espada
preferida, que refletia o puro verde no corte.
“ Completei 288 ciclos na última semana, foi por isso que meu
antigo mestre me jogou aqui! Estou gasto demais.” – ressoou na luz, sua
cor desbotando com a tristeza enquanto tentava imitar meu modo de combate.
“ Se nós lutarmos juntos contra eles.” –disse, olhando ao redor os
guardas que permaneciam atentos a cada movimento.
“ Não adiantará, serei um fardo e você um macho morto.” –
respondeu decidido.
Ele avançou, havia ansiedade e preocupação. Mas também havia
força de vontade. Eixton já beirava a poucos centímetros de mim quando sua
luz pulsou alarmada.
“ É o mínimo que posso fazer Vensen, por você e sua família.” –
falou.
Sua espada passou perto do meu ombro, fazendo meus instintos
naturais tomarem o controle. Antes que pudesse pensar, minha espada havia
atravessado seu estômago em poucos segundos.
Fiquei paralisado, em choque olhando para o último da minha raça
que um dia via além da minha juventude.
Ele me olhou de volta, havia dor mas também havia alívio como se a
morte o aceitasse com alegria, com honra.
“ Eu não...eu não.” – tentei falar, mesmo quando minha luz mental
brilhava em pura tristeza.
Eixton tocou meus ombros, forçou para que a espada afundasse em
sua pele, o som de nossa pele sendo rasgada era horrível de escutar.

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- O que você. – acabei falando, surpreso.
“ Estou te dando a oportunidade de fugir daqui, Vensen. Beba de
mim e tenha a carga necessária para acabar com isso.” – ordenou, havia
urgência em sua voz.
– Você vai ter apenas uma única chance antes que percebam,
faça....rápido. – pediu, com os olhos sonolentos pelo sangue dourado que
jorrava.
– Me desculpe, irmão. – pedi, baixo.
Mordi sua garganta rapidamente, dilacerando sua traqueia com força.
Eu podia escutar os alienígenas ao redor da arena aplaudindo e gritando o
meu nome, comemorando a morte do meu oponente.
Até mesmo meu mestre parecia estar comemorando com a torcida,
mas isso não durou muito. Só até que ele percebeu o que realmente
acontecia, que eu não havia soltado meu oponente.
Que bebia da fonte de alta carga do meu planeta, que haviam me
permitido acesso ilimitado a única bateria que me manteria enérgico pelos
próximos 205 ciclos.
Ele havia me fornecido a chave da minha gaiola, e agora pagaria por
isso .
Sem escapatória, sem saída. Eu vingaria Eixton e todos aqueles que
morreram para que os malditos se divertissem a nossas custas.
– JÁ CHEGA! –gritou meu mestre, havia urgência. – Tire ele dai
logo!
A multidão fez silêncio, nem mesmo uma única alma se pronunciou.
Soltei o pescoço de meu irmão da raça, deixando que seu corpo
tombasse vazio no chão da arena.
Senti todo o meu corpo se energizar, a carga que um dia deveria estar
presente na minha cerimônia de apresentação, agora era a única coisa que
me livraria dessa escravidão.
– Realmente, já chega. – respondi, na língua materna do mestre.

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Ele arregalou os olhos, havia surpresa e descrença neles. O maldito
gordo achava que eu era o único vagalama burro e não havia conhecido a sua
língua. Não havia estudado, não possuía conhecimento sobre outras raças
além das que vieram ao combate.
Justo eu, o sucessor na linhagem de conselheiros de colonização.
– Como você...- falou, batendo em um guarda. – Derrube ele!
AGORA!
Eu ri, alto e em bom som enquanto minha luz tremia em carga máxima.
Houve a primeira chuva de tiros, mas nenhuma delas me acertou. Não
enquanto minha luz criava uma barreira densa que os impedia de me acertar.
– Acabou! – avisei, olhando para cada um na plateia.
Minha luzes começaram a tremer na barreira, ampliando rapidamente
em distância. A plateia não ficou contente com isso, mas foi apenas quando a
primeira parte dos guardas foi dizimada pela barreira de luz que ia de
encontro, que o pânico se alastrou.
Quando perceberam que tinha poder suficiente para eliminar todos em
segundos, quando começaram a correr para salvar suas míseras vidas. Em
completo pânico, olhando para trás imaginando se a barreira que produzia,
se pegaria eles antes de chegar a entrada da arena.
Os gritos eram como melodia para meus ouvidos, a música mais
doce que tinha escutado durante esses anos de escravidão. E hoje, seria a
música vinda da arquibancada, onde tantos fizeram rir e se vangloriar
enquanto meus parceiros e inimigos eram eliminados.
Hoje eles veriam, estariam do outro lado da arena.
Iriam sentir o que passamos na pele, dia após dia para seu
divertimento.
E eu garantiria que esse maldito planeta virasse pó, que meu escudo
destruísse tudo e todos desse maldito lugar.
Eu faria por mim, por Eixton, por todos que morreram aqui.

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CAPÍTULO 03: PESADELO
REAL
“Toda vez que sonhava, era o mesmo pesadelo. O dia em
que me vi conhecendo o pior dessa galáxia, quando descobre
que havia outros seres fora do planeta. E que pior, eles
poderiam ser ainda pior do que imaginava”.

Lexie

Já faziam 07 meses que estava perambulando pela galáxia, tinha me


acostumado com a rotina maçante na nave.
Éramos acordadas pelo “ET azul gosmento”, em seguida levadas para
ala de limpeza e por fim de alimentação. Até o final do dia nos
embelezariam de forma obscena e seriamos expostas para um monte de
outros extraterrestres que dariam um lance alto por uma única noite com uma
humana.
Desde ontem, entretanto, tudo havia mudado comigo.
Houve um lance alto, até mesmo o “ET azul gosmento” pareceu
surpreso quando apontou para mim. E eu sabia o motivo, era uma carga
danificada demais pelo preço que estavam dispostos a dar.
“Quebrada além do concerto alienígena” – me lembrei, coçando
meu ombro machucado.
Havia tentando fugir em todas as oportunidades possíveis no
ínicio, mas na última tinha me dado realmente mal quando sai do quarto de

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um cliente “primitivo”.
Tinha acabado com queimaduras de segundo grau por todo o
ombro e braço esquerdo, tinha desmaido pelo nível de dor, o que acabou
acarretando uma multa para o alien e três meses de hospital para mim.
Estragada demais para lances altos e “utilizável” demais para ser
descartada tão rápido quanto desejava.
E ali, enquanto me arrepiava com a lembrança da minha queimadura
eu soube, algo havia mudado.
Cocei novamente o ombro, onde havia cicatrizado a pior parte da
queimadura. Fazia algum tempo que me sentia assim, irritanda por baixo da
pele. Mas não sabia o por que.
Assim que terminei de me alimentar com as meninas, o alien azul
gosmento veio rapidamente me puxar para fora da ala. Colocou uma coleira
elétrica no meu pescoço e me puxou como se fosse um cachorro
desgovernado.
Ele me xingou em sua língua, me puxou com raiva em uma nova
direção e colocou a mão na placa da porta indicando para que entrasse.
Quando entrei na sala, calafrio tomou meu corpo completamente.
Dois aliens baixos que me lembravam levemente a cogumelos verde
escuro, me analisavam com cautela. Por fim pegaram o controle de choque
da mão do gosmento azul com seus tentacúlos verdes e falaram algo em sua
língua, deram créditos altos e me indicaram a saída mais próxima.
Não abri a boca, não perguntei. Apenas segui suas ordens em forma
de sinal.
Afinal de contas, que força me sobrou após as chamas? Nada! O vazio
fazia com que andasse, comesse e cagasse. Nada mais.

A nave que possuíam era luxuosa, ornamentada com esferas e luzes


brilhantes em tom de verde neon. Havia glamour mesmo para aliens, o
motivo de luxo sutil e natural.

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Me indicaram para que deitasse na almofada ao lado da cabine de
controle, obedeci me deitando lentamente como um cão obediente.
Aproveitei que sua atenção não estava mais em mim, e analisei com
cuidado cada um dos aliens cogumelos que estava agora pilotando a nave.
O primeiro era um tom mais escuro do que o segundo, o primeiro
tinha olhar de bravo enquanto o segundo parecia desconfiado.
Foi só quando o segundo alien me olhou de canto de olho que resolvi
desviar, fingido me preocupar com a cor da cama. Ele não pareceu acreditar
nisso, mas por fim desistiu de encarar.
– Você são os meus compradores? – perguntei por fim, sabendo que o
tradutor em minha cabeça garantiria que minhas palavras saíssem no
universal.
Os aliens se entreolharam, o primeiro pareceu desgostoso mas o
segundo respondeu, humorado.
– Não, apenas os negociantes. O seu comprador nos encontrará daqui
a algumas horas. – respondeu o segundo alien, seu tradutor realizando o
mesmo que o meu.
A voz parecia mecânica e programada, como o bom e velho google
tradutor da terra. E isso por algum motivo idiota aqueceu meu coração
triste.
– É melhor dormir, humana. – avisou o primeiro alien, mal humorado.
– Chegar cansada pode lhe render punição, e acho que já teve até demais...
para desejar uma nova tão cedo assim. – ele apontou com seu queixo
redondo, para meu ombro queimado.
Me encolhi tomando a indireta, tão clara como água.
Ainda conseguia escutar os gritos naquela noite, o cheiro da minha
pele queimando.
– Sim, mestres. – respondi automaticamente, me deitando na cama
como um bom mascote.
Lágrimas desciam em minha pele, a lembrança vivida do que passei.
Uma ferida bem clara e ainda exposta, mesmo que minha pele tivesse

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cicatrizado, a dor psicológica permanecia viva e fresca.
Um lembrete permanente.

Acordei com o barulho da nave já pousada, a abertura da porta me fez


pular da cama.
Os aliens cogumelos me olharam e então trocaram olhares entre eles,
havia algo não dito ali. Era nítido.
Talvez possuíam algum tipo de telepatia, como havia visto em outra
raça estranha. Mas não era louca em perguntar, afinal, perguntas nunca
acabavam bem para mercadorias humanas.
– Por aqui. – indicou.
Assenti com a cabeça, caminhando atrás deles enquanto saíamos da
nave.
Abri e fechei minha boca surpresa.
O lugar era diferente de tudo que já havia visto nesses últimos 07
meses pela galáxia, o planeta que estava possuía um ambiente desértico. Me
lembrava a uma imagem do Deserto do Saara que havia visto na revista do
ensino fundamental, mas a diferença maior era com os dois sois e o tom
alaranjado da areia no chão.
Testei meu pé sobre a areia, possuía os grãos maiores do que da
praia, me lembravam ao caroço do feijão. Haviam pequenas árvores que
pareciam secas, quase mortas.
Mas foi o castelo bem longe que chamou a atenção, ele parecia com
as construções árabes. Era visível que haviam aproveitado alguma montanha
em ruínas para moldar o castelo dentro dela, se não fosse pelo jogo de luzes
espalhado pelas janelas quadradas eu jamais imaginaria que o lugar possuía
moradores.
E foi justo nessa direção que caminhávamos por longos minutos, os
dois aliens conversando entre si em uma língua que meu tradutor não havia
sido permitido calibrar.

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– Deixaremos você na ala de higiene, deve se arrumar para o seu...
mestre. – ordenou o alien verde escuro rabugento.
Mesmo que ele não quisesse demonstrar, havia tido uma longa pausa
enquanto decidia por chamar meu comprador de mestre. E ainda sim, a
palavra em sua boca pareceu errada, havia rancor.
E eu gostaria de saber, ele havia dito isso por ódio ao mestre ou ódio
ao que essa palavra significava para ambos?
Um calafrio tomou o meu corpo, o medo de ser a primeira opção.
– Sim. – respondi, sentindo seu olhar aguardando pela resposta.
Não demorou muito após isso, para que ele indicasse onde deveria
permanecer. A porta era feita de pura luz que se abriu com a minha
proximidade.
– A roupa estará ao lado da cabine de higiene, não demore. –
informou o alien rabugento, pontuando com as presas a parte da demora.
– Sim. – abaixei a cabeça, com receio de que tomasse uma surra.
– Siga as instruções que ordenarem.
– Sim. – concordei, ainda de cabeça baixa.
Ele pareceu convencido e me deixou, fechando a porta atrás de mim.
Houve algum tipo de discursão entre os aliens, mas novamente meu tradutor
não informou nada.
Olhei atentamente o ambiente, era branco demais, grande demais.
Havia uma piscina que me lembrava brevemente a uma hidromassagem, mas
de forma natural.
Passei minha mão na água sentindo o calor que emanava dela, em
seguida, retirei minhas roupas. Coloquei um pé de cada vez dentro dela,
fazia um bom tempo desde a última vez que estive em um lugar assim.
Assim que o meu corpo ficou completamente submerso na água, fechei
meus olhos aproveitando o momento relaxante. A medida que a água
borbulhava e ficava quente, meus músculos relaxavam.

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– Porra, faz tanto tempo! – falei alto, afundando minha cabeça
completamente. – Água quente.
A lembrança da minha abdução me acertou como a batida de um
carro, a lembrança amarga do pior dia da minha vida.
“Uma mercadoria, uma escrava” – me lembrei.
Passei minhas mãos pelo corpo com a ajuda da barra de sabão
dourada, sentindo a pele morta no ombro e braço esquerdo cicatrizadas.
Nem mesmo o leve toque parecia funcionar na área, até nisso o meu maldito
pesadelo havia se certificado.
“Danificada demais... porém útil”- me lembrei novamente.
E por mais que não quisesse admitir, sempre seria vista assim por
esses aliens, danificada porém ainda útil para o que precisavam de mim.
Pelo que havia entre minhas pernas.
E só podia torcer para que esse mestre fosse melhor do que o anterior,
que este me permitisse pelo menos uma morte decente.
Já que meu futuro havia sido tirado das minhas mãos, antes mesmo de
ter a chance de construí-lo.

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CAPÍTULO 04: PRIMEIRA
NOITE

“Ele era lindo, mas não o tipo de lindo comercial. Era do tipo
angelical, do tipo que você sente a masculinidade chegar antes dele no
lugar, do tipo que preenche o ambiente com seu tamanho. E deixa claro
pela quantidade de músculos que não existe nada desproporcional. Nada
mesmo!”.

Lexie

Se eu já achava o castelo em si parecido com uma construção da


Arábia, por utilizar tantas pedras e esculpir os detalhes de forma pontiaguda.
A roupa que haviam me fornecido, me lembrava a fantasia de
odalisca, com as joias e detalhes ao redor do sutiã. O tecido fluído e
transparente da saia deixava pouco a imaginação também, e o pior era que a
única coisa que mantinha todo o tecido costurado eram as joias sob as
pregas.
“Sua mãe iria rir da sua cara, se te visse fantasiada assim”. – me
lembrei mentalmente, quase rindo pela primeira vez em muito tempo.
Se bem que naquela época eu era uma garota consideravelmente
curvilínea e jamais usaria por livre e espontânea vontade, como agora.
“Você não teve escolha”. – pensei.
Mas não deixei que isso me desanimasse, afinal de contas. Eu já havia
sobrevivido a tanto, e não desistiria agora.

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Então caminhei pelo longo corredor que se acendia enquanto andava,
não houve nenhum outro alien me passando informações pelo perimetro.
A única ordem que recebi após o banho foram três palavras escritas
no papel acima da roupa.
“Siga a Luz” estava escrito em português, de forma tremida mas
nítida.
E assim que a porta se abriu eu fiz, andando de corredor para
corredor até onde a luz verde parava, indicando que continuasse seguindo. A
luz passou por debaixo do batente da porta esquerda no final do corredor,
arqueei as sobrancelhas esperando por algo.
Nada.
Então resolvi bater na porta, havia receio quando fiz isso.
Afinal, eu estava seguindo uma luz guia.
Tipo, sério? Eu segui literalmente uma “mini lâmpada verde” que
voou para debaixo da porta a poucos segundos.
“ Saudades quando a minha maior dor de cabeça, era ficar
apertada dentro do metrô!” – refleti, chateada.
– Entre! – ordenou uma voz máscula e rouca, e parecia estranhamente
com o tom humano, mesmo que houvesse pressa em sua voz.
O que me lembrava ao tom de voz de algum médico irritado em um
consultório no meu antigo mundo, e por algum motivo isso me deixou
levemente calma.
Passei minha mão sob a porta de luz como havia visto o alien verde
fazer mais cedo, a porta tremeu e abriu em seguida. O ambiente estava
completamente escuro, o que me causou calafrios.
– Entre. – ordenou, em um tom mais brando.
Fiz como ele me ordenou em silêncio, testando o chão abaixo de mim
com cautela, já que não conseguia enxergar no escuro.
Aa luz verde brilhou distante, e notei que havia um tórax musculoso e
humano refletindo junto dela.

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– Quem é você? – acabei pergunto, com esperança.
Se ele fosse humano como eu, se ele também tinha parado nessa
loucura toda na galáxia e sobrevivido a eles, então poderia me ajudar, afinal.
– Calada! – ordenou novamente.
O que me fez paralisar no lugar, a alegra inicia por conhecer outro
humano me trouxe completa confusão, estranheza pela situação.
– Sim.
Houve um longo minuto de silêncio, antes que ele levantasse. O
barulho dos pés dele vindo em minha direção era audível, ele deveria ser
bem alto para causar esse tipo de som.
– Não crie esperanças, humana. Eu não sou seu salvador. – informou,
tocando meu queixo com sua mão quente. – Eu sou seu comprador, nada
mais. Fui claro?
– Sim. – respondi, sentindo a bola de desespero em torno da minha
garganta.
– Me dê o que desejo, e garantirei que tenha uma vida farta. –
respondeu, passando seu dedo em meu lábio inferior.
Seu toque era quente, lento e decidido.
Ele não havia soltado o meu queixo, seu dedo brincava com meu lábio
inferior como se fosse seu lugar favorito. E por algum motivo estranho, eu
passei minha língua onde seu dedo passeava.
Ele ronronou, e o brilho verde intenso ampliou ao ponto de ver seu
tórax definido novamente, a curva de seu corpo e dos músculos que
ondulavam nele.
Céus!
Eu me afastei com espanto, aquilo não era um homem.
No mínimo uma geladeira frost free de 2 metros e meio, brilhando em
luz verde neon e me olhando com tanta luxúria e desejo que eu sabia. Ele ia
me arrebentar em dois se me pegasse.
– Dance. – ordenou, voltando para o local onde estava.

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Mordi o lábio inferior, mesmo que não quisesse teria de fazer. Era
assim que sobrevivi esse tempo todo, fazendo o que me mandavam.
Aguentando.
Obedecendo.
Uma melodia começou a tocar de fundo na sala, eu reconhecia o som
de uma flauta e um tambor, havia algo parecido com um sino tocando em
conjunto. O que me lembrava a músicas Árabes, então me pareceu adequado
mexer meu quadril de acordo com a batida da música em uma tentativa de
dança do ventre.
Depois de alguns segundos já não me sentia tão estranha fazendo isso,
e reconhecia a velocidade e intensidade da melodia para me dar ao luxo de
mexer minha cintura e braços de acordo com a batida.
De certa forma estava se tornando divertido dançar, me imaginando
como uma odalisca no escuro sensualizando com meu quadril.
Havia algo sexy em fazer isso, algo tão livre e espontâneo até dado
momento, quando meu mestre se mostrou ciente que estava gostando.
– Chegue mais perto. – falou baixo, deixando claro em seu tom que eu
o havia afetado.
Respirei fundo, lembrando a minha mente que não podia negar nada a
ele. Então dei dois passos a frente antes de me confundir na escuridão.
– Eu não enxergo no escuro. – respondi, com medo de que isso o
deixasse furioso.
Houve um longo silêncio que me deixou tensa, ansiosa pelo que viria
a seguir.
Suas mãos tocaram a minha, de forma rápida mais calma enquanto me
direcionava pelo quarto escuro.
– Sou eu. – respondeu, quando percebeu que havia recuado com o
contato inicial.
– Sim, mestre. – respondi, tentando desacelerar a minha respiração e
evitar o receio por depender de um completo estranho no escuro.

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Ele não tinha me batido, era um bom sinal.
Algo para agradecer.
Algo que eu jamais imaginaria que seria grata, se me perguntassem a
um ano atrás.
Ele parou de andar e consecutivamente eu também, senti sua mão
deixar meu pulso antes que ele sentasse. E por algum motivo idiota a falta de
contato me causou algo estranho, como se precisasse disso.
– Dance. – ordenou novamente, e havia calor em sua voz.
Comecei a dançar novamente como antes, mexendo meu quadril a
medida que a música tocava. Agora parecia mais acelerada e intensa, havia
algo como um violino acelerando o tom da música.
Ele havia ido atrás de um som do meu planeta? Ou será que havia
instrumentos musicais espalhados pela galáxia?
Não tive tempo para perguntar, não quando as mãos dele me puxaram
pela cintura para cima dele.
– O que... – paralisei.
– Eu não ordenei que parasse. – falou, sem tirar sua mão da minha
cintura.
Abri minhas pernas encaixando-as ao lado do seu quadril largo, céus,
eu estava literalmente sentada em seu colo.
Eu conseguia sentir a respiração dele na altura dos meus seios, era
quente e densa. E a luz verde clareou levemente antes de voltar ao
tom normal, ele apertou minha cintura e relaxou no que supus ser um sofá
pela textura.
Sua mão apertou minha cintura, o aviso claro.
“Dance mulher! “
Então fiz, comecei a mexer meu quadril em seu colo, subindo e
descendo, rebolando e arqueando meus seios na altura do seu rosto, já que
apenas dançar não seria suficiente.
Não para aquele tipo de homem.

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A música foi ficando pesada, lenta, erótica.
As mãos do mestre haviam se tornado pesadas em meu corpo, ele
apertou meu seio esquerdo e eu arqueei surpresa.
Algo que não fazia a muito tempo por vontade própria, e quando ele
escutou meu gemido arqueou seu quadril para que sentisse o volume em suas
calças.
Dura e provocante.
E eu soube, se achava aquele homem alto, aquele bastão entre minhas
pernas dura como madeira era a prova viva que nada naquele homem era
pequeno.
Quanto mais rebolava acima dele, mas quente sua respiração se
tornava e a luz verde que emanava dele clareava como luz pura.
Brilhante.
– Isso... isso mesmo. – falou, rouco de desejo enquanto jogava a
cabeça para trás. – Não ouse parar, fêmea.
Algo dentro de mim despertou, algo que achei que havia perdido a
muito tempo atrás.
Passei meus dedos por seu ombro, e sentei com vontade em seu colo,
rebolando o mais intensamente em seu pau. E porra, aquele homem gemeu
embaixo de mim.
Ele me olhava, e seus olhos brilhavam em pura esmeralda no escuro
do quarto, havia luxúria e desejo estampada pelo pouco que a luz verde
clareava.
– Eu posso fazer essa dor passar. – falei, usando minha mão livre para
apertar seu pau entre minhas pernas.
Meu mestre me olhou, atentamente. Segurou meu queixo para que não
pudesse evita-lo, por longos segundos senti seus olhos sobre os meus lendo
tudo que conseguisse.
Ele não respondeu, ao invés disso rasgou o pouco da saia que cobria
a minha intimidade, jogando a pobre peça longe.

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Esperei pelo barulho da sua calça ou o que quer que usasse sendo
retirada, mas não houve nada.
– Posso usar minha boca se preferir. – tentei outro modo, para saber
do que gostava.
Houve um longo silêncio, seus olhos agora focados em minha boca.
Como se evitasse minha pergunta a todo custo.
– Você gosta? – perguntou, fingindo que não me escutou.
– De usar a boca? – arqueei as sobrancelhas.
– Sim.
– É bom – menti.
Um dia havia sido bom, mas depois de sete meses tendo que chupar
aliens estranhos, o boquete havia sido estragado completamente para mim.
– Gosta que usem a boca em você? – perguntou, passando seu dedo
pelo meu lábio inferior, acariciando.
Evitei morder o lábio, então apenas concordei. Ele não gostou,
apertou meu queixo para que o olhasse nos olhos novamente.
– Palavras.
– Sim, eu gosto.
Houve um longo silêncio, e então minha parte de cima do que era
mais perto de um sutiã partiu completamente rasgado pela base.
– Ok, vamos ao finalmente ... então. – acabei falando no nervosismo,
sem pensar.
O mestre me pegou pelas coxas e me jogou um chão com cautela,
pousando seu corpo sobre o meu. A luz verde serpenteou em volta de mim,
puxando meus braços acima da cabeça rapidamente.
– O que.... – fiquei surpresa.
– Eu vou te beijar. – informou.
– Não precisa me prender para isso. – fiquei ansiosa.

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– Não é a sua boca que vou “beijar”, mulher. – confessou, com um
sorriso debochado como se a palavra em sua língua inundasse duplo sentido.
Seus olhos esmeralda brilharam em puro verde, e pude ter uma leve
imagem do seu rosto.
Ele era angelical, do tipo que faria sucesso com 90% das mulheres na
terra, e nem mesmo a cicatriz que brilhavam em verde escuro no seu queixo
quadrado esculpido tiraria isso.
– Agora fique quieta e me deixe... beijar. – ordenou, descendo com
sua boca pecaminosamente carnuda até meu seio exposto.
Esperei pelo contato, mas tudo que consegui foi o ar quente de sua
respiração descendo até minha cintura e abaixo dela entre minhas pernas.
Como se não fosse constrangedor o suficiente, outra luz verde fez
questão em abrir minhas pernas. Ele sorriu e a luz brilhou forte mostrando
isso, senti seus dedos alisando minha boceta como se testasse a carne.
Ele subiu e desceu seu indicador em meu clitóris, em seguida testou
minha entrada e por fim enfiou dois dedos dentro brincando.
Testando.
Tentei fechar as pernas, mas o conjunto de luzes me seguravam de
forma permanente, nem se moveram.
– Me pergunto se herdou nosso modo de excitação. – falou, mas para
si mesmo do que comigo.
Sua boca veio até a minha boceta, quente e molhada. Brincando com
meu clitóris em um sobe e desce intenso, mordiscando meus lábios inferiores
e depois o superiores.
Arqueei as costas, um gemido fraco saiu de mim.
Ele paralisou, sorriu e voltou sua boca em meu monte. Havia
intensidade em sua língua, como se ele quisesse aprender meu idioma
testando minha boceta.
E porra! Era bom para caralho.

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Seus dedos entravam e saia de dentro, e não conseguia conter a
vontade de mexer meu quadril de encontro.
Eu gemi, ele ronronou com satisfação.
– Isso mesmo mulher, venha para mim. – ordenou, aumentando a
intensidade dos seus dedos.
E caramba, era sexy demais vê-lo ali, me chupando e olhando com
tanta intensidade. Sentir que era desejada, que meu prazer era apreciado, que
era esperado.
Sentir que alguém me queria completamente gozada, saciada.
– Sim, mestre! – respondi, apertando as amarras de luzes.
– Então venha, mulher. Se despeje em minha boca. Eu quero tudo.
Uma onda de prazer acendeu por todo meu corpo, me fazendo arquear
novamente a coluna e fechar minhas pernas em torno da sua cabeça.
Ao invés de me repreender, isso pareceu o incentivar.
O mestre apertou sua boca em minha boceta, se lambujando com meu
monte.
Eu mal tive tempo de reagir, quando seus dentes brincavam com o
meu clitóris na medida certa e me fizera gozar loucamente em cada
terminação nervosa.
– Sim...sim. – clamei, baixo.
Me debati, chutando o chão e jogando a cabeça para trás, procurando
por qualquer coisa que me tirasse do estupor daquela liberação pura.
Foi só quando percebi que os gemidos vinham de mim, e se tornaram
baixos e lentos, que consegui me recompor.
Suada, molhada e saciada.
Ele se ergueu entre minhas pernas, e seus olhos brilhavam em puro
verde orgulhoso. O mestre me puxou pelo pescoço e tocou meus lábios
superiores em um beijo ardente, furioso e necessitado.

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Havia seu gosto almiscarado, misturado com o gosto da minha
liberação. E era divino, sua língua, seus lábios carnudos.
– Minha. – falou, em alto e bom som. – Minha escrava.
Fiquei em silêncio, voltando do estupor enquanto ele parecia ainda
alucinado com tudo que havia feito. Sua luz parecia intensa e brilhante, algo
parecia ter mudado nela.
Mas não sabia o que, apenas que a luz estava diferete.
– Hoje você dorme aqui. – informou.
– Eu não consigo ver nada. –falei, sentindo sua luz soltar meus
pulsos.
Houve um longo silêncio, e então meu corpo foi erguido do chão. O
que de certa forma agradecida, já que meu corpo parecia pura gelatina agora.
Completamente exausta, como se toda minha energia tivesse sido
sugada com o orgasmo.
O que era justificável, se pensasse a quanto tempo não gozava assim.
Tipo, muito tempo.
Já que os homens da terra eram tão interessados pelo orgasmo
feminino como os aliens que me pagavam para isso, tipo, consideração 0%.
Senti meu corpo pousar em algo macio e quente, logo em seguida o
corpo de meu mestre repousar ao lado.
– Durma. – ordenou, quase bravo.
– Sim, mestre. – respondi, me encolhendo completamente.
Ficamos em silêncio, completamente estática para não chamar a
atenção indesejada.
Ainda conseguia sentir minhas pernas completamente molhadas pelo
orgasmo, sentir o latejar que insistia em me lembrar que tinha gozado forte
na boca de um alien.
E a pergunta que não queria calar em minha cabeça.

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“Por que ele fez isso? Por que meu novo mestre me fez gozar,
quando sequer me deixou toca-lo?”
E ali, no escuro. Continuei me fazendo essa mesma pergunta até que o
sono pesasse em minhas pálpebras e me levasse para o único lugar que me
tirava desse pesadelo.
Meus sonhos, onde ninguém poderia me afetar.

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CAPÍTULO 05: A
ESCOLHIDA
“Eu a queria tanto que meu pau latejava, desejando invadi-la,
preenche-la. Ela era minha e cada molécula de luz no meu DNA gritava
isso, meu corpo suplicava por ela, apenas ela !”.

Vensen

Quando finalmente me libertei, quando dizimei a arena e tomei o que


era meu por direito, tive minha liberdade.
Mas de nada me restava a liberdade sem família, e durante os anos
que se seguiram eu soube que nunca as encontraria. Fazia muito tempo desde
que tinha partido, quando vi meus pais pela última vez.
E sabia que não restava nada deles para me apegar, não até que a
encontrei. Até que meus amigos encontraram uma nave bordel, eles haviam
ido com a intenção de se divertirem.
E houve o convite para partir junto deles, mas sabia que onde fosse
seria um alvo fácil. O único de uma raça inteligente extinta, o único da minha
espécie. Algo raro, e por isso caro.
Então, deixei que partissem e se divertissem como quisessem.
Mas não esperava que voltassem com uma descendente do DNA do
meu pai, e que pior. Que ela trouxesse traços físicos tão parecidos, o
cabelo, o rosto.
A fêmea possuía uma marca de queimadura que ia do seu braço
esperto até seu toráx, e ela parecia tentar cobri-la com seu braço bom a todo

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momento.
– Pagamos um valor baixo por ela. – confessou Krix, voltando a sua
forma normal de polvo. – O antigo dono iria se livrar da terrestre no dia,
então foi fácil tirar o peso.
– Por que ele ia fazer isso? - perguntei, revirando a filmagem para a
entrada deles no castelo novamente.
– Muitos clientes estavam evitando ela por causa do defeito no braço.
– respondeu Vrid, havia uma leve comoção em sua voz como se
compreendesse a fêmea.
Por algum motivo isso me irritou, eu não o queria perto dela.
– O que houve no braço dela? – me vi perguntando, já mal humorado
com Vrid por sua preocupação com ela.
Vrid pareceu perceber isso e recuou, ficando tenso no lugar. Mas foi
Krix quem respondeu, olhando atentamente do irmão para mim.
– Um cliente selvagem queimou a mercadoria quando ela tentou fugir
do quarto, a garota mal teve tempo de reagir. Ela era a primeira fêmea da
terra... então não sabiam como concertar direito.
Ouvi atentamente a palavra “terra”, a memória do meu pai indo para
esse planeta me acertou rápido.
– Ela é descendente do meu pai. – respondi, surpreso.
– Foi o que imaginamos quando a vimos lá. – respondeu Vrid,
olhando a imagem que agora analisava com cautela. – Achamos que gostaria
de conhecer alguém... que tem algo familiar.
Fiquei em silêncio, fazia muito tempo desde que havia pensando em
meus pais, desde que tinha pensando em meu planeta ou encontrado algo,
qualquer coisa, que tivesse um simples detalhe deles.
E aqui, bem no meu planeta isolado de tudo, havia conseguido
adquirir um pequeno pedaço do que foi o maior milagre do meu pai, o
motivo para ele ter me deixado para trás.
O único lembrete que um dia ele existiu e viveu, um frasco do que
produziu em vida.

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E estava bem ali, na minha casa, e agora era minha.
Somente minha.
– Ela reconhece a nossa língua? – perguntei.
– Só a universal, testamos a nossa língua e ela continuou confusa. –
confessou Vrix.
– Ótimo, toda vez que desejar algo que ela não saiba irei contata-los
em nossa língua.
– Boa sorte. – falou Vrid, se afastando.
O olhei, confuso.
– Porque irmão?
Ele paralisou, olhou para Vrix pensando se deveria dizer ou não e por
fim falou.
– Ela parece um casca vazia, não tentou fugir ou lutar... – confessou,
mexendo seu tentáculo de forma ansiosa. – Ela me lembrou... o olhar dos
nossos companheiros na arena, quando desistiam de viver. Se forçar demais,
ela vai quebrar por inteiro irmão.
Analisei sua resposta com cautela, se aquela mulher estava realmente
no limite eu teria de ser tão brando quanto conseguia, tão fácil de lidar
quanto anos de lutador me permitiam.
– Isso vai ser difícil.
– Para você? – perguntou Vrix. – Impossível.
– Boa sorte. – rebateu Vrid.
Ambos os irmãos me deixaram sozinho, olhando para a imagem da
entrada deles com a terrestre que descendia do meu pai, a imagem clara de
uma linda fêmea de corpo escultural e cabelos selvagens.


Assim que a fêmea ficou pronta, me certifiquei que minha luz a
buscasse em seu quarto temporário.

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Ela parecia desconfiada mas seguiu, minha luz se divertia com isso e
não me deixava de fora de como sua visão ficava focada em suas pernas
longas.
“Controle-se” – ordenei a ele, puxando-o para sua obrigação inicial.
Até mesmo minhas fiéis luzes se sentiam descontroladas perto
daquela fêmea, e eu não podia culpa-los por isso, afinal de contas, eles
sentiam o mesmo que eu. Somos a mesma alma em extensões diferentes,
enquanto eu moldo o corpo minhas luzes projetam o além dele.
A fêmea abriu a porta, havia preocupação e receio em seus olhos
enquanto entrava no quarto. Ela havia ficado perfeita naquela roupa, tinha
sido uma grande sorte o antigo mestre da casa ter algo que coubesse em
terrestres.
O seu cheiro inundou o lugar, não o puro e doce cheiro de banho e
sabonete, mas o cheiro que era dela, de sua vitalidade. Eu conseguia
enxergar a sua aura, a cor verde clara que emanava dela.
Como almas gêmeas, a cor dela contrastava com a minha.
Emanando da sua pele, moldando as curvas do seu corpo. E era lindo,
efêmero e magnifico. Assim como ela, aguardando no completo escuro por
algum sinal de vida ou algum mínimo comando.
Quando me aproximei, seu olhar de encontro ao meu. Havia um leve
contraste de medo em sua aura, e mesmo que já soubesse o obvio pela sua
fisionomia descendente de um vagalama, sua aura trazia o traço genético do
meu familiar.
Alegria e luto tomou conta, primeiro pela felicidade em saber que
meu pai havia realmente conseguido colonizar aquele mundo primitivo. E a
tristeza por saber que jamais o veria novamente, afinal ele já não devia mais
estar nessa galáxia como vagalama se os terrestres haviam começado a ser
escravizados nesse ponto por outras raças.
Já havia escutado rumores sobre uma determinada raça que havia se
apoderado da terra como território, mas nunca tinha me interessado
realmente por nada relacionado a eles. Não até que a conheci, que vi tantos
traços semelhantes.

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E não posso mentir, havia uma leve curiosidade que transbordava. E
olhando seus seios fartos e volumosos, eu sabia que precisava descobrir.
A fêmea parecia tentar evitar o silêncio com perguntas, o que me
irritava. Nunca precisei de palavras no meu tempo de lutador, e agora a
única fêmea que me interessava não gostava de se manter em silêncio.
Sua aura começou a tremer com puro nervosismo, sua respiração
ficou rápida e seus batimentos cardíacos rítmicos a um ponto interessante.
Me perguntava se a nossa diferença em tamanho a incomodava, se a
intimidava como fazia com meus inimigos na arena.
Afinal de contas, eu havia sido criado para ser um colonizador,
sempre maior do que meus familiares anteriores, sempre mais. Nossa raça
depende disso, ou melhor, dependia.
E quando toquei seus lábios eu soube, precisaria dela para mais do
que apenas alivio passageiro. Ela era o último lembrete vivo do que um dia
tive em vida, um lar.
E estava louco para provar, saborear cada pedaço dela e saber até
onde possuíamos compatibilidades. Até onde eu podia leva-la sem quebrar,
sem destruir o meu último lembrete de milagre divino.
Então ordenei que dançasse para mim, que me enfeitiçasse com seu
corpo curvilíneo e delicioso. E aquela doce fêmea não decepcionou em
nada, seus movimentos eram feitos para o pecado.
Sua cintura ondulava, seu quadril farto deixando claro a bela imagem
do que faria na cama com facilidade abaixo de mim.
De todas as mulheres que já tive, de todas que saciei minha vontade,
nenhuma delas chegou ao ponto de deixar meu membro latejando duro com
puro desejo como aquela terrestre havia conseguido.
“ Tome ela, precisamos tanto dela”. – clamou minhas luzes,
cutucando meu ombro.
– Dance. – ordenei novamente, aumentando o volume da música.
Ela recomeçou a dançar como antes, mexendo meu quadril a medida
que a música tocava. Agora parecia mais acelerada e intensa para

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acompanhar o ritmo que havia mudado.
Me perguntava se ela reconhecia esse som do meu planeta, ou se
havia algo assim parecido no seu? Ou se ela já havia conhecido instrumentos
musicais pela viagem na galáxia?
Não tive tempo para perguntar, não quando minhas mãos não
conseguiam evitar contato e a puxaram pela cintura para se sentar no meu
colo.
Minhas luzes estavam criando o péssimo habito de me testarem,
brincando com meus membros.
“Parem com isso, ouviram?” – resmunguei.
Houve apena silêncio como resposta, e pude senti-los se
movimentando com a música.
– O que... – ela parecia surpresa, já que tinha agido por impulso.
– Eu não ordenei que parasse. – falei, sem tirar sua mão da sua cintura
macia.
Ela abriu suas pernas encaixando-as ao lado do meu quadril, sentada
em seu colo.
Eu conseguia sentir o sabor doce de seus seios quase na minha boca,
era quente e densa. E estavam tão perto.
“ Morda, lambe, prove.” – respondeu minhas luzes, brilhando.
​ pertei sua cintura procurando por sanidade, quando finalmente
A
encontrei algum controle efêmero, relaxei no estofado onde me encontrava.
Apertei sua cintura, um aviso claro já que não me sentia capaz de
falar ainda.
Ela pareceu perceber sua deixa, então começou a mexer o quadril em
meu colo, subindo e descendo, rebolando e arqueando os seios fartos na
altura da minha boca de forma provocativa.
E ali eu soube, apenas uma dançar não seria suficiente.
Não para o que ela me provocava.

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Não para o que latejava duro e pegajoso entre minhas pernas.
A música foi ficando pesada, lenta, erótica demais.
Minhas mãos haviam se tornado pesadas em seu corpo, e não pude
negar mais a vontade que sentia, apertei o seio esquerdo e, para minha
surpresa a doce terrestre arqueou o corpo com o contato em um gemido
baixo.
Quando escutei seu doce gemido, não pude ficar inerte a isso, apertei
meu quadril contra o seu, para que sua boceta sentisse o volume entre a calça
exigindo soltura.
Sólido e completamente excitado por suas provocações.
Seu olhar me disse tudo que precisava saber, minha masculinidade
dura entre sua entrada era a prova viva que o que a aguardava não seria
pouca coisa, mas ela teria de receber de bom grado até o talo.
Quanto mais aquela diabólica fêmea rebolava acima de mim, mas
quente sentia a respiração se tornava, a luz não estava indiferente a isso e
estava a ponto de clarear todo o quarto se continuássemos assim.
Brilhante, como lâmpada.
– Isso... isso mesmo. – falei, rouco de desejo enquanto jogava a
cabeça para trás. – Não ouse parar, fêmea.
Seu olhar se tornou algo, brilhando em puro desejo e provocação. Ela
abriu um sorriso debochado, mordendo o lábio inferior.
Ela passou seu dedo em meu ombro, e sentou com vontade no colo,
rebolando intensamente acima do pau.
Não conseguir conter o tesão que senti com isso, gemendo baixo e
rouco desejando que não parasse.
– Eu posso fazer essa dor passar. – falou lentamente, usando a mão
livre para apertar meu pau nosso emaranhado de pernas.
A olhei atentamente, segurei seu queixo para que não pudesse evita-lo
meu olhar, por longos segundos senti seus olhos com receio.

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Ela não havia me feito essa pergunta porque era o que desejava, ele o
fazia por que se sentia acostumada, estava seguindo um padrão ali.
Algo que odiei, abominei.
Eu não desejava possuir a minha fêmea como um cliente sujo que a
via como mercadoria barata, eu a desejava como minha fêmea. Minha, e
apenas minha!
Eu não desejava aquele olhar de obrigação sobre mim, que visse
nosso momento juntos como obrigação, como rotina.
Eu iria destruir isso, acabar com esse tipo de pensamento.
Eu queria ver amor e desejo em seu olhar quando me tocasse, quando
me sentisse dentro dela. E amaldiçoava cada maldito macho que a fez pensar
que merecia menos do que isso.
Eu só iria toma-la como minha companheira, quando sentisse que me
queria como dela, e não como cliente.
Rasguei o pouco da saia que cobria a sua boceta da minha visão,
jogando a peça de tecido longe para que não pudesse se cobrir de mim.
– Posso usar minha boca se preferir. – tentou argumentar.
Houve um longo silêncio, minha visão completamente focada em sua
boca desenhada.
– Você gosta? – perguntei, imaginando o gosto dos seus lábios sobre o
meu.
– De usar a boca? – arqueou as sobrancelhas, confusa.
– Sim.
– É bom – mentiu, evitando me olhar.
Imaginei pelo tom que sua aura tomou, que em algum diva deve
realmente ter gostado, mas o tempo que passou com aqueles malditos aliens
deve ter sido suficiente estragado completamente.
O lembrete de Vrid e Vrix sobre ela voltou em minha mente, a forma
como a descreveram.

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“Quebrada...machucada e havia desistido.”
– Gosta que usem a boca em você? – perguntei por fim, passando o
dedo indicador pelo lábio inferior, acariciando sua pele suave e macia.
Ela concordou com a cabeça, evitando meu olhar. Não gostei nada
disso, apertei seu queixo para que olhasse nos meus olhos novamente.
– Palavras.
– Sim, eu gosto.
Houve um longo silêncio, e então parti completamente o tecido que
mantinha seus seios longe da minha visão, deixando que preenchessem a
distância entre minha boca e seu corpo completamente.
– Ok, os finalmente então. – comentou no nervosismo, sem pensar
provavelmente.
Peguei-a pelas coxas e mantendo seu peso sobre mim a coloquei no
chão com cautela, pousando meu corpo sobre o seu em seguida. Minhas luz
verde serpentearam em volta dela, puxando os braços acima da cabeça
rapidamente e prendendo seus pulsos ao lado do chão.
– O que.... – fiquei surpresa.
– Eu vou beija-la. – avisei.
– Não precisa me prender para isso. – fiquei ansiosa.
– Não é a sua boca que vou beijar, fêmea. – confessei, com um sorriso
malicioso.
Seus olhos brilharam em pura surpresa, e pude ter uma leve imagem
do seu rosto ansiando pelo que prometia.
Ela era uma espécime bonita, meu pai tinha dado bom uso da sua
genética para seus ancestrais. Porque aquela fêmea era tudo e muito mais do
que esperava.
Seu cabelo caia sobre o ombro queimado, sua respiração se tornando
rápida e acelerada.
– Agora fique quieta e me deixe beija-la. – ordenei, descendo com a
boca até o seio exposto.

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Se achava sua cintura macia, era porque ainda não tinha provado seu
corpo. Tinha a mesma textura quente e macia da cintura, se arrepiada a cada
respiração quente que jogava. Seu seio ficou pontiagudo, algo interessante
que minha espécie não possuía.
Minha luz resolver participar novamente da situação e avançou
prendendo tornozelos e abrindo suas pernas.
Não consegui conter o sorriso vitorioso que me tomou, e a luz brilhou
fortemente em concordância vendo a doce boceta que nós saudava de volta,
toquei sua carne exposta sentindo a macies e doçura da sua intimidade.
A forma como sua boceta estava completamente molhada, excitada da
mesma forma como meu pau estava por ela.
Mesmo que não quisesse admitir seu corpo desejava o meu tanto
quanto o meu desejava o dela.
Meu indicador brincou com o seu clitóris, em seguida testei sua
entrada para saber se iria alargar com a grossura do meu pau, se ela
conseguiria me levar na intensidade que desejava. Por fim enfiei dois dedos
dentro, brincando com sua lubrificação e constatando que ela sofreria de
inicio mais aguentaria cada parte que desejava enfiar.
Minha doce fêmea tentou fechar as pernas, mas s luzes continuaram a
segurando de forma permanente, nem se moveram com sua tentativa.
– Me pergunto se herdou nosso modo de excitação. – falei, analisando
seu muco vaginal.
A melhor maneira de saber era provando-a intensamente, passando
minha língua quente e molhada em sua boceta. Brincando com seu clitóris em
um sobe e desce intenso, mordiscando meus lábios inferiores e depois o
superiores com vontade.
Minha doce terrestre arqueou as costas, um gemido fraco saiu de seus
lábios superiores enquanto mexia o quadril.
Paralisei no lugar, sorrindo com minha boca ainda em seu monte. Ela
havia adquirido uma habilidade interessante do seu povo, já que as fêmeas
da minha espécie não faziam barulhos tão prazerosos como o dela.

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E era um som divino.
Enfiei os dedos novamente dentro dela, entravam e saindo
consecutivamente, e ela não conseguia conter a vontade de mexer seu quadril
de encontro a eles.
Ela gemeu novamente, o que me fez ele ronronar em pura satisfação.
– Isso mesmo mulher, venha para mim. – ordenei, aumentando a
intensidade dos dedos. – Goze assim, nos meus dedos.
Era a coisa mais erótica ter a minha fêmea tão disposta e excitada ,
completamente a mercê da minha vontade, dos meus desejos.
Tão receptiva.
E apenas minha.
E saber que só iria terminar quando a tivesse completamente gozada,
saciada de prazer.
– Sim, mestre! – respondeu, apertando as amarras de luzes em busca
de apoio.
Eles gostaram disso, brilhando em um verde intenso.
– Então venha, mulher. Se despeje em minha boca. Eu quero tudo.
Uma onda de prazer acendeu por todo o corpo dela, sua aura brilhava
em pura esmeralda, projetando uma luz tão forte quanto achei possível um
descendente ter.
Ela arqueou a coluna novamente fechando as pernas em torno da
minha cabeça, gemendo alto.
Apertei minha cabeça em sua doce boceta, lambujando com meu
monte em pura liberação. Ela mal teve tempo de reagir, quando passei os
dentes no clitóris na medida certa, e a senti gozar ferozmente.
Ela se debateu, chutando o chão e jogando a cabeça para trás,
procurando qualquer coisa que me tirasse do estupor daquela liberação pura
do orgasmo.
Senti algo ali, puro e intenso.

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Senti meu poder consumindo sua aura de forma intensa, como se
recebesse uma carga poderosa como minha espécie fazia entre si.
Senti a pancada da realidade me tocar, a ciência que havia conseguido
algo raro. Algo que achei ter sido perdido com a extinção da raça, algo que
achei impossível.
Era ela.
– Minha. – falei, em alto e bom som. Vi seus olhos se tonarem
confusos, preocupados com a minha intensidade. Então resolvi me corrigir. –
Minha... escrava.
Fiquei em silêncio, enquanto a via voltar do estupor. Ainda sentia
minha luz tão intensa e brilhante, pura e total, em sua carga máxima.
– Hoje você dorme aqui, comigo. – informei, me levantando do chão.
– Eu não consigo ver nada. –falou, confusa.
Havia me esquecido que a raça que meu pai pesquisava não possuía
visão noturna nem qualquer tipo de orientação com o escuro, então me
certifiquei de leva-la até a cama de descanso.
Quando seu corpo relaxou na cama, e sua respiração se tornou
mansa, resolvi conversar com ela e descobrir o que tanto me incomodava.
– O que houve com o seu corpo, fêmea? – perguntei sem rodeios, no
escuro vendo ela se encolher com a minha pergunta.
A fêmea não me olhava, havia focado sua visão para o teto como se
procurasse algum ponto de apoio específico.
Houve um longo momento de silêncio, respirei fundo procurando por
calma, coisa que nunca possuía obviamente.
Ela mordeu o lábio, abriu e fechou a boca antes de falar, incomodada.
– Quando fui sequestrada, dei bastante trabalho tentando fugir. –
explicou, com a voz baixa. – Eu aguentei bastante coisa, mas na última vez
foi realmente ruim... Enquanto apanhava do meu antigo mestre era...
suportável, ele não queria estragar a “mercadoria”. – ela apertou os dedos
juntos. – Mas havia um cliente fixo, pensei que a minha melhor chance seria
fugindo quando ele viesse já que pagava pela noite toda... ele não gostou

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quando me viu fugindo na surdina com o seu tempo pago, ficou realmente
furioso... Então, ele resolveu me castigar por conta própria. E digamos que
... sabia bem o que estava fazendo, havia felicidade enquanto escutava minha
pele dissolvendo na sua frente. – respondeu, com a voz obviamente falhando
em tristeza.
Não houve resposta, não tinha o que dizer para amenizar a sua
situação passada, o seu trauma.
Sabia muito bem como os mestres poderiam ser cruéis quando tinha
animo e criatividade, havia sobrevivido por fé e força de vontade. E
entendia o que aquela linda fêmea havia passado, entendia o que cada marca
no meu corpo significava.
Sobrevivência, fé e força de vontade.
E ali, nos longos minutos que se passaram no escuro a fêmea ficou de
costas para mim. E por algum motivo que não sabia entender, me senti
compilado a passar meu braço ao redor da sua cintura e pressionar o corpo
dela contra o meu.
Sentir seu ponto fraco sob o meu tórax, sentir seu pequeno corpo
coberto pelo meu. Ela ficou tensa no primeiro momento, em seguida relaxou
ficando sonolenta junto do meu corpo.
E ali, enquanto a via descansar em meus braços, consegui pensar no
que tinha descoberto.
Em quanto tínhamos em comum, na forma como ela me completava
como um quebra cabeça com as mesmas peças quebradas.
Na chance em um trilhão que havia conseguido, aquela fêmea possuía
a compatibilidade necessária para colonizar esse planeta. Poderia garantir
que eu não fosse o único da minha espécie vivo, poderia garantir um futuro
afinal para ambos.
Um começo para nós dois.
Uma vida normal, ou melhor, o mais próximos disso para dois seres
quebrados.
Unidos pela sorte e trauma em comum.

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E isso era ótimo, mas também assustador.
Agora possuía tudo, e isso era inacreditável depois de tantos ciclos.
Eu tinha tudo, e estava bem ali. Na minha frente, dormindo
profundamente sem saber de nada.
O meu milagre dorminhoco.
A minha fêmea.

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CAPÍTULO 06: PRECISA-SE
DE MANUAL
“Eu era jovem demais quando meu planeta explodiu, então o
cortejo não era algo que conhecia. Quando finalmente fiquei com alguma
fêmea foi selvagem e animalesco, porque era isso que esperavam de
lutadores selvagens. Era algo para se orgulhar, mas ali com ela... toda vez
que desejava reivindica-la, tinha medo de quebrar. ”.

Vensen

A doce terrestre ainda dormia quando acordei, por mas que eu fosse
uma espécie que dependia da luz para viver, ciclos e mais ciclos vivendo
como escavo haviam me feito preferir o escuro.
Era ali onde conseguia sobreviver, onde podia aguentar os tempos de
tortura, onde podia lamber minhas feridas sem preocupação com inimigos
escondidos.
Eles temiam o escuro, temiam o que havia dentro dele. E essa era uma
vantagem que podia aproveitar.
Então, quando finalmente quebrei o grilhão que me mantinha como
escravo e me vinguei, não era de se ignorar que os traumas me
acompanhassem, como segunda pele pela vida.
E enquanto caminhava pelo castelo, avulso a todo o resto Vrid me
alcançou, com um brilho estranho no olhar.
– Ela está bem? – perguntou, por fim.

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– Olá também Vrid. – respondi, curto. – Sim, ela está bem...ainda
dorme.
Senti seu olhar avaliativo, verificando alguma mentira ou procurando
algo que comprovasse o contrário disso.
– Acho que eu deveria...
– Não! – o cortei, possessivo. – Ela esta nua, e indefesa....deixe que
descanse.
– Sim Vensen, como quiser. – respondeu, respirando profundamente.
– Algo não o agrada, macho? – perguntei, cruzando os braços
enquanto minha luz serpenteava pelo meu ombro e descia no chão.
Ele olhou a luz, recuando para trás no mesmo minuto. Por mas que
Vrid nunca tivesse me dado motivos para lutar contra ele, nós dois sabíamos
que faria se necessário.
– Controle essa coisa, irmão. – pediu, receoso.
– Você sabe muito bem que não tenho 100% de controle sobre ela,
irmão. – respondi, despreocupado.
– Se não tem controle, então deveria se manter longe da terrestre. –
rebateu, com os olhos semicerrados.
Isso me irritou, não precisava que alguém me dissesse se deveria ou
não ficar perto dela. Apenas eu tinha essa decisão nas mãos, ninguém mais.
Nunca mais.
– Você não vai me dizer o que fazer, fui claro Vrid? – perguntei,
deixando claro minha posição.
– Então estará fadado ao fracasso. – rebateu. – Pode me matar por
dizer isso irmão, mas sabe que estou certo.
Vrid me deu as costas, o que foi um erro para um inimigo. Estava
pronto para ataca-lo, afundar minhas luzes em sua traqueia e reduzi-lo a um
cadáver, mas não obedeceu. Continuaram serpenteando no chão como se nem
sequer tivesse lindo minha mente.
“ Vocês se tornam inúteis quando querem!” – reclamei.

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Vrid virou o corredor me deixando sozinho, respirei profundamente e
avancei indo de encontro a ele. Foi só quando estava no segundo corredor
que compreendi onde estava me levando.
– O que é isso? – perguntei, olhando a tela do laboratório.
Vrid me olhava como se o estivesse irritando, para um maldito
descendente de polvo ele usava demais os tentáculos para demonstrar
irritação
–Todas as informações que consegui sobre o povo dela, se vai mantê-
la aqui deveria saber pelo menos o básico para não mata-la de fome ou
envenenada. – informou, apontando para a tela com o seu tentáculo.
– Você não parece feliz com a ideia. – falei, olhando a tela com a
imagem de um corpo humano esquelético.
Vrid ficou em silêncio, voltei minha atenção a ele que só então
respondeu mal humorado como o irmão.
– Ainda acho que deveria manda-la de volta a terra, ela esta quebrada
demais, não vai sobreviver a você por muito tempo. – confessou.
Lembrei da forma como a fêmea falou comigo, a maneira em que me
olhou como nada mais do que um cliente, como seus olhos transmitiam
naturalidade, o cansaço de ser um simples produto, uma venda.
E ainda sim, a maneira como gemeu, a forma como apertou minha
cabeça entre suas pernas. Implorando, gemendo por mais.
Meu peito inchou de orgulho, a maneira como ela havia se permitido,
se entregado de bom grado no final.
– Ela consegue, existe força de vontade no fundo. – respondi,
voltando minha atenção ao documento. – Obrigado por isso, não teria
pensado em nada assim.
– Eu sei. – respondeu, saindo. – Vrix esta providenciando as
alimentações necessárias para ela, não é nada muito diferente da sua então
estamos tranquilos sobre isso.
– Obrigado novamente, irmão.

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Ele acenou com sua cabeça redonda e partiu, me deixando a sós com
a única comprovação da pesquisa do meu pai na terra.
Toquei a tela passando para a próxima pagina, verificando tudo que
pudesse me dar uma vaga informações sobre a fêmea que agora brincava
com cada detalhe na minha mente, que inundava minha cabeça com
pensamentos pecaminosos.
Aquela que fazia meu pau latejar, que fazia minha semente vazar, que
me deixava tão duro ao ponto de sentir dor.

Passeis os próximos dias evitando a “humana” a todo custo, apenas


observando-a pelas imagens.
Verificando seu progresso em se adaptar a nova vida, descobrindo
novas salas toda vez que ficava sozinha, brincando com cada peça de arte
que encontrava, analisando cada saída e espiando meus dois irmãos de
consideração como se eles não soubesse que ela os seguia.
Confesso que no fundo isso nós divertia, nunca tivemos outro ser
morando conosco desde que tínhamos acabado com a arena de gladiadores.
E aqui estava, rindo de uma imagem como aquela.
Minha pequena humana escondida atrás de uma pilastra observando
os gêmeos estudando a planta da atmosfera do planeta, rindo de forma baixa
enquanto ela dava tudo de si para se manter escondida.
Foi somente quando o alarme de perímetro soou na tela que me vi
esquecendo da humana.
Verifiquei todos os dados coletados, uma nave de pequena de
cargueiro havia passado perto demais do planeta, por fim saiu da atmosfera
antes de acionar alguma torre de arma.
Meus irmãos de luta pareceram perceber isso, e logo estavam
chegando ao laboratório.
– Você viu isso? – perguntou Vrix, carrancudo.

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– É muito estranho para ser coincidência. – respondeu Vrid,
apontando para a distância que faltava para a nave acionar a arma.
Foram por míseros 2 quilômetros que a nave do maldito curioso não
foi pelos ares, e ainda sim, isso me deixou em alerta total.
– Alguém esta testando os limites, esta procurando por algo. –
comentei, m reclinando na cadeira.
– Isso nunca aconteceu antes, nunca. – comentou Vrix, analisando
novamente os dados junto da imagem. – Em todos esses ciclos que
estivemos aqui, ninguém nunca sequer pensou em vir aqui. E um dia depois
que a garota chega, uma nave cargueira vem atrás?
– Nós a compramos por um preço justo. – Vrid rebateu, desconfiado.
– O que eles ganhariam comprado ela e buscando depois? Eles perderiam o
dobro de combustível vindo aqui para pegá-la.
Ficamos em um longo silêncio, com a imagem da nave chegando perto
demais e recuando em seguida.
O frio na barriga tomou conta do meu corpo, o medo de possivelmente
perder algo que nem sabia ser possível ter.
– Vamos atualizar toda a segurança da atmosfera, verificar duas vezes
se possível. Ninguém entra ou sai sem permissão, avisem Krutz também.
– Ele não sai desde a arena, Vensen. – rebateu Vrix, pensando no
amigo.
Realmente fazia tempo desde que vi Krutz pela última vez, o monstro
era um descendente distante da minha raça, e suas sequelas eram muito
maiores do que as minha.
Enquanto eu me acomodava ao escuro, Krutz havia se acomodado em
sua forma de batalha, o maldito parecia um monstro mitológico em todo o
período do dia.
As poucas vezes que o vi em seu formato original era quando muito
necessário, quando precisava que viesse até mim e estivesse ciente para
dialogar e opinar. Caso contrario ele ficava em sua gruta, abaixo d’ água
hibernando e vigiando o nosso pequeno planeta.

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– Avise ele mesmo assim, qualquer um que entrar sem nós informar
será visto como invasor. – ordenei. – Se ele cair do lado de Krutz será um
favor para nós, os Deuses sabem que ele precisa se exercitar caçando de vez
em quando para não surtar em sua gruta.
– E quanto a fêmea? – perguntou Vrix, voltando sua atenção onde a
humana procurava por eles no corredor.
Sorri, imaginando o seu cheiro.
Fazia tempo desde a última vez que a vi, que conversei com ela, e
desejava preencher meu tempo com algo mais além do serviço monótono que
tínhamos nesse pequeno planeta.
– Avise que jantará comigo hoje a noite.
– Finalmente virá jantar conosco, então? – perguntou Vrid, em tom de
deboche.
– Não, irei leva-la para jantar na arena.
Senti ambos os irmãos ficarem tensos, se olharem preocupado. Por
fim, foi Vrix quem perguntou desconfiado.
– Algum motivo em especial para levar uma fêmea naquele lugar?
– Não desejo que a terrestre nos veja como mestre ou algo assim,
acho que já a assustei o bastante. – confessei. – Ela criou algo em mim, e não
é assim que pretendo conquista-la.
– Então pretende corteja-la? – perguntou Vrid curioso.
– Sim. – respondi, desconfortável com o rumo da conversa.
– Pensei que a tinha reivindicado na primeira noite. – perguntou
confuso.
Houve um longo silêncio, até mesmo Vrix parecia interessado no
rumo da conversa. Fiquei tenso na cadeira, desconfortável por falar da
minha fêmea dessa maneira tão íntima.
– Ela não estava pronta. – respondi, seco.
– Quase nunca estão. – respondeu Vrix, para si mesmo.

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Para espécies como Vrix e Vrid as fêmeas compatíveis eram difíceis
de se achar, e quando encontravam, dificilmente aceitavam machos com as
marcas de luta que eles possuíam no corpo. Eles eram vistos como
“leprosos” por defeitos que sequer foram culpa deles, o que eu via como
marcas de batalha as fêmeas compatíveis viam como problemáticos e
defeituosos.
Respirei fundo, soltando a bomba de uma vez só sobre eles.
– Ela é compatível de uma maneira que minha raça achava que tinha
sido perdida. – confessei, mexendo no cabelo.
– Explique-se. – pediu Vrix, me olhando com atenção.
– Ela não tem a luz como eu, mas adquiriu uma boa porcentagem em
sua aura. Esta em volta dela, e é da mesma cor que a minha. – indiquei minha
luz esmeralda que serpenteava pela tela em volta do meu ombro esquerdo. –
E quando ela gozou ontem, eu senti... ela me forneceu um tipo de carga que
só alguém da minha raça conseguiria, como uma parceira de vida consegue
produzir para o macho.
Houve um longo silêncio, o rosto de ambos não transmitia nada.
E se prolongou, até que Vrix abriu a boca e a fechou, seu irmão falou
por ele.
– Meus parabéns irmão, acasalará em breve com a fêmea então.
Respirei fundo, escutando a voz de Vrix m seguida.
– E isso não é bom? – perguntou, desconfiado.
– Eu não sei...eu não sei. Eu achei que morreria sozinho, extinto...e
agora.
Houve outro momento de silêncio, o tentáculo de ambos pousaram em
meu ombro, me confortando.
– Ficamos felizes por você irmão, que tenha conseguido um final feliz
depois de tantos ciclos lutando. – falou Vrid.
– Vamos garantir que tenha uma noite agradável com a fêmea,
conquiste-a irmão.

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– Farei isso. – garanti.
Havia um leve orgulho nisso, em conquistar o coração da minha
fêmea, em finalmente tê-la tão perto.

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CAPÍTULO 07: UMA NOITE
PARA JANTAR
“Eu já não tinha tanto medo como antigamente, me sentia
confortável aqui. Como se pudesse finalmente dormir sem ter medo de ser
estuprada, sem imaginar a faca presa na minha garganta ou o cheiro de
carne queimada de quando fui atacada. Eu podia finalmente descansar,
relaxar e confiar que nada de ruim aconteceria ”.

Lexie

Já fazia três dias que não via o meu mestre, seus servos
levavam a vida como se eu sequer existisse lá. Não havia coleira
nem nada que me prendesse ali, não havia ninguém na porta me
mantendo dentro do castelo .
Então porque eu não fugia? Não corria para longe?
Ah, sim...claro! Para onde eu iria? Para o deserto morrer desidratada
ou para a floresta além ser atacada por bichos?
Ninguém ali estava me fazendo mal, eu era bem alimentada e vestida.
Vrid e Vrix pelo que soube depois, não me procuravam ou tentavam algo.
Eles pareciam me evitar como merda no sapato, como um bicho
sarnento.
A única coisa que me mantinha sã de que não estava sozinha, era que
noite após noite as mãos de Vensen se moldavam a minha cintura e seu corpo
grudava ao meu para dormir de conchinha. E que manhã após manhã,
haviamum conjunto de roupa dele escolhida para que usasse, como se o

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maldito gostasse de me ver usando sua roupa e sentindo o seu cheiro em
minha pele.
No terceiro dia estava completamente exausta de ficar sozinha ali, e
acabei seguindo eles em todos os momentos oportunos, procurando testar
minhas habilidades de espiã.
E estava indo muito bem, em nenhum momento perceberam que estava
seguindo eles pelo castelo.
Foi só quando os perdi em uma determinada curva que me senti uma
idiota, passei os minutos seguintes procurando em cada porta do castelo
como a boa espiã que era.
– Vensen deseja jantar com você ao anoitecer. – falou uma voz
conhecida.
Cai de bunda no chão, meu coração completamente acelerado com o
susto que tinha tomado.
– Caralho! Para que fazer isso! – soltei, esquecendo que não estava
com nenhum amigo.
Vrix me olhava surpreso com o tom das minhas palavras, houve
silêncio e então uma risada contagiante.
– Fêmea estranha, você espiã nossa casa e eu ainda estou errado por
assusta-la! – rebateu, me dando as costas enquanto ia embora rindo.
Esperei pela punição, pela disciplina em responde-lo daquela
maneira, mas tudo que se seguiu foi o homem polvo indo embora rindo da
minha cara.
– Fêmea estranha. – falou novamente, no final do corredor para si
mesmo. – Muito estranha.
Toda aquela situação estava se tornado estranha, a forma como me
tratava sem que tivesse a necessidade de demonstrar hierarquia, de me
subjugar e me intimidar era estranho.
Quando o céu começou a tomar um tom de laranja, fui para o quarto
que havia dormido nas noites anteriores como de costume. Tomei meu banho
na hidromassagem termal me sequei, foi só quando avistei a roupa em cima

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da cama que percebi que não via ninguém além de Vensen, Vrix e Vrid nesse
planeta.
O que era estranho demais, será que estavam me mantendo longe do
povo? Ou esse planeta era desabitado?
Tentaria arrancar algo daqueles dois quando encontrasse eles pelo
castelo.
O vestido não era em nada diferente da roupa de odalisca da primeira
noite, era feito do mesmo tecido transparente e no lugar na costura havia
presilhas com pedrarias.
Me olhei no metal espelhado, a roupa me lembrava brevemente a um
vestido grego com o tecido apoiado em um ombro e descendo até a coxa
onde se abria em uma fenda grande até embaixo. A única coisa que mantinha
a peça no corpo era uma cinta cheia de pedrarias na minha cintura.
Estava até que bonito, não era o tipo de roupa que usava na terra, mas
com certeza era melhor do que as roupas que usava na nave do antigo
Mestre.
Não havia nenhuma calcinha ou sutiã, mas possuía mais dignidade do
que tive nos últimos 07 meses, e era grata por isso.
Joguei meu cabelo do lado que não possuía tecido no ombro, assim
conseguia esconder a longa cicatriz no meu ombro, já que do meu braço
permaneceria evidente.
Toquei a pele morta, um lembrete permanente do que acontecia
quando me negava a algum macho.
“ Ele é seu mestre, e um orgasmo não muda isso!” me lembrei,
mentalmente.
Passei os dedos pelo cabelo arrumando-os o máximo possível, em
seguida sai para fora do quarto completamente descansa, afinal, ninguém
havia me arrumado sapato ou pelo menos um chinelo para usar ali.
Sorte que o castelo era limpo, ou teria tido um grande problema com
cacos de vidro e outros objetos pontiagudos.

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– Vejo que esta magnífica. – comentou, uma voz aveludada no final da
escada.
Tomei um susto mas logo me recompus, o mestre ou melhor Vensen,
me esperava no final da escada de forma atenta e avaliativa cada detalhe.
Descer foi quase uma prova de fogo, principalmente quando ele se
apoiou na parede me olhando de cima a baixo com pura luxúria brilhando em
seus olhos verde esmeralda.
– O vestido lhe caiu bem. – seu tom de voz era rouco, calmo e
apreciativo.
– Ficaria melhor com um salto alto, mas realmente é muito bonito. –
comentei sem pensar, colocando o cabelo atrás da orelha.
– Esqueci que sua raça usa sapatos nos pés. – respondeu apreensivo.
– Não pensei nisso, será um problema.
Arregalei os olhos, ciente que havia desrespeitado meu mestre, fechei
meus olhos pronta para a punição. Completamente tensa, aguardando pelo
primeiro choque de dor.
Houve um longo silêncio, continuei com os olhos fechados esperando
o pior.
Senti as mãos quentes dele em meus joelhos, em seguida em minhas
costas. Foi quando tudo girou, quando senti seu tórax firme e abri meus olhos
pousando minha mão em seu ombro.
Ele havia me pego, estava me carregando.
– Pretendo te levar a um lugar nesse planeta, e não posso dar
garantias que será apropriado ao seus pés. Então te carregarei até lá.
– Okay, tudo bem. – foi o que consegui dizer, tão perto dele.
Do seu cheiro, do que corpo musculoso e diabolicamente perfeito.
Senti meus batimentos aumentarem, minha respiração falhar enquanto
nenhum dos dois parava de se olhar. Era como vicio, estar tão perto assim.
– Preciso que fique imóvel, mesmo que sinta uma leve pressão não
deve se mexer. Entendeu?

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– Sim, mestre. –concordei, apertando meus dedos em seu ombro.
A luz verde ampliou, cercando tudo ao redor como se estivéssemos
sob uma camada verde do que serpenteava por seu corpo. Era quente e podia
jurar que ouvia um batimento cardíaco ali, não perguntei por receio, apenas
observando tudo ao nosso redor mudar.
O Castelo havia sido substituído por areia, e a areia por água, e a
água por fogo e por fim o completo vazio. Vensen pareceu satisfeito, e a luz
recuou para dentro dele novamente.
Serpenteando do seu ombro para o tórax como a alça de uma bolsa
com consciência, o que era estranho para caralho.
Mas ali, em meio a galáxia nada mais me assustava.
Eu havia visto o suficiente para não me assustar mais, para não me
surpreender.
– Onde estamos? – perguntei, olhando ao redor.
O local parecia uma ruína romana, tinha a mesma estrutura do castelo
mas, parecia possuir algo além como tecnologia da nave que me trouxe a
esse minúsculo planeta.
– Esta no início de tudo nesse planeta. – informou, caminhando
comigo no colo para dentro.
– Vai me matar aqui? – perguntei desconfiada.
– Não, porque diz isso? – perguntou, arqueando as sobrancelhas de
forma confusa.
– Por que parece o tipo de lugar que um serial killer faria isso. –
respondi, inconformada.
– Não! – respondeu surpreso, havia confusão em seu rosto. – Eu quis
te levar a um local para alimenta-la, para podermos conversar.
– Tipo um encontro? – perguntei.
Ele ficou em silêncio, provavelmente avaliando a palavra “encontro”,
em seguida acelerou o passo antes de responder.

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– Descobri que a sua raça se interessa por machos que levam as
fêmeas a um local de interesse, um local que possuí um motivo emocional
por trás. – informou, de forma técnica e neutra.
Analisei bem a sua resposta, me perguntando de onde ele havia
retirado isso, por fim desisti e apenas respondi de acordo, esquecendo
completamente que ele era meu mestre, e não meu peguete.
– Sim, tipo jantares românticos e cinemas... – respondi, olhando para
a ruina que parecia ter sangue seco na parede. – Nada de abatedouro.
– Mas esse local tem um motivo emocional por trás. – tentou se
justificar, passando a primeira entrada.
– Sim, sim... pela mancha de sangue já sei até qual. Obrigado! –
respondi, tentando sair do seu aperto.
Vensen não pareceu satisfeito com isso e me apertou com força em seu
tórax, ele parecia confuso e perdido como se o tivesse magoado.
– Por favor não lute, será agradável. – pediu.
– Para quem? Porque não pretendo morrer em uma vala suja dessa
arena! – rebati.
– Eu jamais permitiria que algo assim acontecesse com você, fêmea. –
respondeu de forma decidida, séria.
Seu olhar transmitia isso, mas cada célula do meu corpo gritava para
correr para o outro lado.
– Meu nome não é fêmea. – rebati, tirando coragem sabe-se lá de
onde. – Meu nome é Lexie!
Ele ficou alguns segundos em puro silêncio, me observando com
cautela. Por fim relaxou e continuou a passos lentos, seu olhar em minha
boca
– É um nome lindo, Lexie.
– Obrigado, agora podemos ir embora?
– Não. – respondeu seco. – Estamos chegando perto.
– Ótimo, vou morrer no abatedouro de um alien!

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Ele fechou a cara, provavelmente mal humorado com s minhas piadas.
Por fim chegamos ao centro da arena, havia uma mesa posta no meio
dela com velas ou o que achei serem velas, por toda a mês.
Vensen me levou até a cadeira indicada e me sentou lentamente nela,
seu olhar ainda em meus lábios com pura luxúria estampadas nele.
– Você ainda não me disse o seu nome. – tentei mudar o foco na
situação, havia vergonha emanando de mim.
– Eu sou Vensen de Vagalama, filho de Radaw e Lidik. – respondeu
com orgulho, se sentando na outra cadeira.
A mesa era redonda porém grande e farta, havia coisas que
reconhecia do meu último jantar com os gêmeos cogumelos/polvos.
– Bom, prazer Vense....eu sou Lexie da terra, filha de ninguém
importante. – dei de ombros, olhando o enorme pedaço de carne que sabia
ter gosto de algo parecido com frango.
– Mas você é importante. – respondeu sério, enquanto pegava a peça
de carne que olhava e me servia.
– Se fosse tão importante não acabaria aqui, no meio da galáxia
vendida como gado. – respondi sem graça, tentando fazer piada da minha
desgraça.
Houve um momento de silêncio antes que ele falasse novamente, sua
luz serpenteava pela mesa, como se me procurasse entre as travessas de
comida.
– Meu pai e minha mãe era colonizadores de mundo, eles partiram
quando era pequeno. –Falou, se servindo com um pedaço de carne.
– Eu sinto muito, você já os encontrou? – perguntei, cortando o
pedaço de carne com o dente.
Vensen trincou o maxilar, e pensei ter dito a coisa errada. Foi só
quando relaxou na cadeira que percebi que também estava tensa.
– Eles morreram a muito tempo atrás, meu povo foi extinto a muitos
ciclos. A única coisa que sobrou deles foi a colonização, bom, pelo menos
uma pelo que conheci.

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– Nossa, que bacana...e como foi? – perguntei, tentando ser uma
pessoa decente.
– Meu pai ao que parece conseguiu realizar sua pesquisa com êxito,
ele estava certo sobre uma determinada raça e tenho orgulho dele por isso.
– Meus parabéns.
– E é sobrei isso que preciso falar, Lexie.
– O que tem a ver?
– Você é uma descendente do meu pai, sua raça. – explicou.
– Como é? -Pisquei, confusa.
– Não achou nada suspeito que entre todos os aliens nessa galáxia
tenhamos tanto em comum? Braços, pernas, tom de pele levemente parecido?
– Bom, eu não tenho luz Xenom dançando pelo meu corpo e muito
menos serpenteando pela mesa. – falei, apontando com o queixo para sua luz
que estava brincando com meu garfo.
– Não, não tem. – comentou, olhando para além de mim. – Você tem o
mesmo tom de luz verde mais ao redor de você, minha doce Lexie.
– Ao redor? – pisquei.
– Sim, como uma aura de luz. Eu consigo ver, e é linda. – falou em um
tom amoroso, orgulhoso.
Dei outra mordida longa na minha carne, completa perplexa com tudo
que ele dizia, abrindo e fechando minha boca toda vez que pensava em
responde-lo.
E nada do que tinha a dizer seria bom, isso era claro.
– Por isso me comprou do meu antigo mestre? Porque seus lacaios
pensaram que era da sua espécie? – perguntei já sem rodeios.
Vensen ficou em silêncio olhando a vela que queimava, por fim me
olhou.
– Para ser sincero eu não sabia que eles tinham te comprado até que
apareceu aqui, achei que iriam resolver a coceira e voltariam para casa sem

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carga, foi uma surpresa tê-la aqui.
– Então porque não se livra de mim. – perguntei, dando de ombros e
cortando outro pedaço de carne.
A luz que antes brincava com meu garfo, encheu meu copo com um
suco vermelho estranho.
– Obrigada. – agradeci automaticamente.
A luz brilhou duas vezes, como se me respondesse. Arregalei os olhos
e abri a boca perplexa, mas Vensen nem havia percebido essa interação entre
eu e o seu “membro brilhoso”.
– Porque você me lembra de casa, me lembra algo que perdi. –
respondeu de forma calma, focado em algo além.
– Você viu isso, né? – perguntei, apontando para a luz verde que
brincava novamente com o meu garfo. – O que é isso?
Vensen voltou sua atenção a mim, em seguida para a luz que brincava
no centro da mesa como um animal de estimação necessitada de carinho.
– Minha raça, os vagalama são fortes. E conseguimos existir além do
corpo físico, a minha raça consegue... – ele se corrigiu em tom triste. –
Conseguia, pelo menos. Fazer com que a sua extensão existisse além da pele
como a minha, ele sou eu.
– Então ele é tipo um animalzinho que anda com você o tempo todo,
tipo uma sombra? – perguntei confusa.
– Ele não é um animal. – rebateu inconformado com a sugestão.
– Então porque ele tenta me tocar o tempo todo? – ergui as
sobrancelhas.
– Por que é o que desejo, Lexie. – seu tom havia abaixado, deixando
explícito em seu olhar o quão sério eram as suas palavras. – A cada
momento do dia, desde que provei a sua doce boceta. Não o culpe por toca-
la quando eu mesmo desejo fazer isso.
Senti minhas bochechas corarem, dei outra mordida na carne. A luz
serpenteou ao seu dono, pousando em seu ombro como uma cobra, mordi o
lábio inferior e vi seus olhos brilharem com isso.

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– Satisfeita? – perguntou, tomando um longo copo de sua bebida.
Cruzei as pernas, respirando fundo.
Eu tinha um lindo Deus grego bem na minha frente, jogando todas as
suas cartas na mesa. E era claro a forma como ele me desejava, como sua luz
procurava o contato com a minha pele.
E não podia mentir, eu o desejava também.
Lambendo todo o meu corpo.
Chupando a minha boceta.
Me levando ao orgasmo intenso da primeira noite.
Imaginando como seria o seu pau lá dentro.
– Longe disso. – respondi, deixando claro o duplo sentindo.
Se antes os olhos de Vensen pareciam brilhar, agora havia um verde
neon intenso neles. Vi sua luz serpentear para debaixo da mesa, mas foi só
quando ela alcançou o meio das minhas pernas que senti o formigamento me
tomar.
– O quão insatisfeita, minha Lexie? - perguntou, com um sorriso torto
sexy.
– O suficiente para continuar com fome. – respondi, mordendo o lábio
quando sua luz quente apalpou minha clitóris.
– Tem certeza disso, doce Lexie? – perguntou, em um tom provocativo
me olhando de cima a baixo na mesa.
Fiquei em silêncio, sentindo sua luz provocar meu clitóris novamente
de forma precisa. Aquela coisinha brilhosa sabia bem como provocar uma
mulher.
– Porra! – falei, apertando o garfo em minha mão.
– Garantirei que tenha o suficiente para nunca mais me pedir mais,
fêmea. – respondeu, em um tom rouco e provocativo.
Nós podíamos ter jantado, mas Vensen garantiria que fosse a
sobremesa.

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Ele se levantou, aproximando lentamente com seu olhar possessivo.
Sua luz não deixava de me masturbar um segundo sequer. Era como ter os
dedos de Vensen em mim, e ao mesmo tempo de outro ser me provocando.
Os movimentos em minha boceta eram levemente parecidos, mas onde
um era lento o outro era firme e rápido.
– Essa lâmpada sabe bem o que faz, hein! – provoquei, apertando sua
serpente de luz com as minhas coxas.
Um lampejo de ciúmes brotou em Vensen, suas presas se destacaram
nós lábios superior.
Ele me pegou pelo pescoço, não de um modo agressivo como meus
antigos clientes. Mas de uma forma agradável, até sexy para o meu gosto.
– Não me provoque, Lexie. Estou fazendo o possível para corteja-la,
mas não me ajuda testando cada maldito limite do meu auto controle. –
informou, beijando a minha testa com carinho.
O volume em sua calça era perceptível, e batia na altura da sua coxa,
duro como pedra e querendo se erguer no tecido da calça como uma maldita
pilastra.
– Céus! – arregalei os olhos.
– O que foi, minha doce Lexie... tem medo que não a preencha como
deseja? – falou, provocando.
Antes que tivesse a chance de pensar, Vensen me tirou da cadeira e me
sentou em seu colo. Meus pés pendiam em ambos os lados do seu quadril,
sentada em seu colo.
Passei minhas mãos em seu ombro, deslizando até seu tórax
musculoso.
– Você me parece o tipo de macho que sabe bem preencher uma
fêmea. – respondi, olhando atentamente seus lábios carnudos que tanto
brincaram com a minha boceta.
– Você não sabe quanto, minha doce Lexie. – respondeu, com um tom
de voz amável.

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Ele me puxou para um beijo necessitado, urgente e ardente. Nossas
bocas colidiram, de forma automática.
Vensen era diferente de todos os alienígenas que conheci, ele não me
trazia repulsa ou nojo, ele evocava algo dentro de mim que achei que
estivesse completamente perdida.
Ele me fazia ter desejos, luxúria e paixão.
– Vensen... – chamei, rouca e necessitada.
– Sim, minha Lexie.
– Por favor. – pedi, mexendo meu quadril sobre o seu.
Seus olhos brilharam em um tom de verde intenso, ele parecia
ponderar se devia ou não fazer.
Por fim, fui jogada acima da mesa, o barulho dos pratos sendo
jogados no chão em seguida dos seus dedos rasgando o pobre vestido na
altura dos meus seios.
– Porra! – gritei, sentindo minha boceta contrair em antecipação.
– Eu já falei fêmea, já te prometi que terá toda porra que desejar. –
respondeu, antes de morder o bico do meu peito.
Gemi em alto e bom som, anotando mentalmente para explicar a
Vensen depois, que a palavra “porra” não tinha a ver somente com sêmen,e
que não devia levar ao pé da tradução.
Passei meus dedos por seu cabelo que brilhavam em um tom estranho
de verde escuro, seu corpo também tinha tomado esse tom.
Vensen havia caído de boca em meus seios com vontade, mamando
meus dois seios, um seguido do outro. Ele chupava de uma forma tão gostosa
que eu não resisti e desci meus dedos até minha entrada pelo corte da saia,
tentei puxar pro lado mas uma mão me impediu, o safado não me deixou ter
nenhum alívio.

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– Só eu vou te proporcionar o orgasmo que merece, Lexie. – avisou de
forma possessiva, voltando sua atenção ao meu seio queimado enquanto sua
língua brincava com meu mamilo duro.
Depois de chupar muito meus seios que já latejavam com seus lábios
pecaminosos, ele segurou um e levou a sua luz até os meus lábios enquanto
mamava gostoso no meu seio exposto. Vensen chupava de forma depravada,
deixando claro o quão selvagem seria a penetração.
E eu resolvi retribuir a sua depravação, me deixando consumir por ele.
Coloquei a língua para fora, lambendo sua luz, ele estremeceu ficando
completamente arrepiado com o contato. Então fiz ainda pior, chupando todo
o comprimento da sua extensão de luz. E confesso, foi como ver um Deus
grego cair, ele chupou meu seio com mais intensidade, me olhando fixamente
nos olhos, a promessa bem descrita em seu brilho verde.
“Eu vou retribuir, minha doce Lexie” – vi em seu rosto.
Que puta tesão foi aquilo.
Ele tirou meu peito da sua boca e ficou me olhando chupar seu membro
de luz, olhei para o seu pau que pulsava firme na calça e nesse momento ele
abriu as minhas pernas de forma ríspida, selvagem. Rasgou o resto da saia
que agora se parecia mais com trapos velhos e deu uma larga lambida na
minha boceta.
– Tão doce, tão molhada, tão minha. – falou, alisando minha intimidade
que pingava por ele.
– Vensen! – gemi, mordiscando sua luz.
Ele socou a mesa, já fora do seu limite e estouro o fecho da calça.

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Mal tive tempo de completar a grossura e tamanho do seu membro
quando ele encaixou seu pau na minha bucetinha toda ensopada, ele segurava
minha cintura de forma primitiva.
– Você me leva além do limite Lexie, espero que esteja pronta para
descobrir o tipo de macho que sou. – avisou. – Estou a quatro dias desejando
fode-la.
Fechei meus olhos, me agarrando a qualquer coisa que me ancorasse
naquele momento.
E foi quando aconteceu, quando o barulho de tiros altos inundou a
arena. Quando Vensen cobriu o seu corpo com o meu, quando vi medo e
preocupação em seus olhos.
– O que esta acontecendo? – perguntei confusa, ouvindo os tiros se
tornarem mais altos.
– Alguém invadiu a atmosfera! – informou, me puxando para o seu
colo.
– Quem? – perguntei com medo.
A imagem do meu antigo mestre inundou a minha mente, o medo, o
receio.
– É o meu antigo mestre, não é? Ele veio me buscar de volta! – me
encolhi.
Uma redoma verde tomou tudo ao nosso redor, Vensen me apertava
firme ao seu corpo, seu olhar não saia do meu.
– Eu jamais permitiria que ele a levasse, Lexie. – informou, de forma
séria.

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– Sim, porque sou sua escrava...você me comprou. – me encolhi com a
afirmação, por algum motivo idiota.
–Não, Lexie. – ele me analisava, ainda sério. – Porque aqui no meu
mundo, você é uma humana livre. Eu morreria antes de deixar que te levem,
entendeu?
Fiquei em silêncio, tentando ler o seu olhar. A nitidez com que Vensen
continuava sério e não contornava a situação, deixou claro as entrelinhas.
– Eu te prometo Lexie, terão que passar por cima do meu cadáver para
leva-la daqui. Eu me explodiria de dentro para fora, se isso garantir a sua
segurança. Entendeu?
– Sim. – falei por fim.
– Ótimo, - voltou sua redoma de luz verde. – Preciso que fique
escondida aqui, não saia entendeu? E se alguém entrar tem minha permissão
para fazer uso de qualquer ferramenta para mata-lo.
Olhei ao redor, confusa com o lugar.
Eu ainda estava dentro da ruina da arena, mas agora parecia com algum
tipo de cela medieval, havia uma latrina e uma cama de madeira gasta. Treze
armas brancas pendiam na parede, cinco eram espadas mas o restante eram
arcos, flechas e martelos com algum tipo de porrete.
– Fique aqui, entendeu Lexie? – perguntou novamente, havia algum tipo
de urgência em sua voz.
– Sim. – respondi, com medo.
Vensen veio até mim, beijou a minha testa de forma doce e só então
tocou meus lábios de forma libertina. Seus olhos demonstravam medo,
receio.
Ele puxou um pedaço da sua luz verde, que brilhou e flutuou até mim
pousando no ombro. Ao mesmo tempo que parecia leve, era pesado e denso.

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– O que é isso? -perguntei confusa.
– Me manterá a par de você, se algo acontecer comigo... – falou, em um
tom baixo.
– Não vai! – rebati.
– Se acontecer. – ele piscou, confuso. – A minha luz irá sumir
completamente, e se acontecer você deve ir diretamente para a floresta.
Entendeu? Existe um amigo de longa data lá, não deixe as aparências te
enganar...Krutz é intenso, mas tem bom coração. Diga a ele que a mandei, e
deve pagar nossa dívida protegendo você. Entendeu?
– Por favor, não diga isso. – supliquei, aflita.
– É para o seu bem, eu juro Lexie. – rebateu, beijando novamente meus
lábios de forma carinhosa, uma maneira que nunca achei possível em um ser
selvagem como ele. – Pode não acreditar em mim, mas saiba que a melhor
alegria da minha longa vida foi a sua presença. Sinto muito que não tenhamos
dito tempo, mais sou grato pelo tempo que tivemos.
– Vensen, por favor...fique! – supliquei, sentindo a lágrimas descerem
pelo meu rosto. – Não faz isso, por favor.
– Eu prometi cuidar de você, e vou honrar isso. – respondeu, enquanto
a camada de luz verde tomava seu corpo.
Fechei meus olhos devido a intensidade da luz, e quando as abri
novamente ele havia desaparecido, sumido. E não havia nada além da marca
no chão, o lembrete que ele esteve ali.

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CAPÍTULO 08: INIMIGO
“Eu estava tão perto de torna-la minha, de ter a única coisa que me
foi privada a minha eternidade inteira. E o primeiro momento em que seus
olhos não transmitiam medo nem nojo, foi por água abaixo. Por que algum
maldito desgraçado se achava bom o suficiente para invadir o meu
planeta. Bom, ele iria descobrir que não é bem por ai”.

Vensen

Assim que cheguei ao castelo, Vrix e Vrid me aguardavam com


atualizações de proximidade.
– O que houve? Eu estava com Lexie e derrepente as armas
começaram a atirar no céu. – perguntei, esperando as informações
necessárias.
Os irmãos se olharam, e por fim foi Vrix a dar a noticia ruim.
– Estava certo, estão aqui por ela. – informou, mostrando as imagens
da proximidade. – Como a antiga arena de combate emite bloqueadores, eles
invadiram na altura do castelo, provavelmente a última localização certa.
Respirei fundo, fechando meus olhos.
– Quantos? – perguntei.
– Seis naves entraram, irmão. – respondeu Vrid.
Soquei a parede furioso, não podia lutar contra seis naves e manter
minha mente sã, não enquanto tinha a única mulher que me importava presa
no pior lugar possível. O único lugar onde desejava fazer uma boa
lembrança, criar algo bom para nós.

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– Garanti que três dos invasores fossem enviados para a zona de
Krutz, ele nem vão ver o que os acertou. – informou Vrid, contente.
– E os outros três? – perguntei confiante.
– Uma nave pousou, as outras duas estão pairando no céu tentando se
camuflar no deserto.
– Achem as duas malditas naves, eliminamos elas e depois partimos
para a última que pousou. –ordenei, ambos concordaram.
O frio na barriga continuava ali, um lembrete permanente que agora eu
tinha algo a temer, algo a proteger e um motivo para voltar.
Lexie.
Minha Lexie, minha doce Lexie.

Krutz havia entrado em contato de sua forma nada convencional, com


a explosão das três naves na sua zona de perímetro. Aqueles malditos nem
viram o que os atingiu, não até que explodissem pelo menos.
Enquanto a noite era iluminada pelas naves que queimavam, me
direcionava a primeira nave que havíamos monitorado. A nave pairava ao
redor do castelo, achando que se camuflava pela por escuro da noite.
Foi só quando meu primeiro raio de luz verde invadiu a lataria que
perceberam, não havia escapatório. Não contra um ex lutador sangrento, que
apreciava seu território.
Depois disso, foi só esperar os malditos tentarem pular da nave e
aguardar enquanto Vrix e Vrid faziam o resto do serviço se alimentando dos
azarados.
A segunda nave foi um pouco mais difícil, ela tentou fugir subindo
para a atmosfera. Mal teve tempo de se adaptar a primeira camada quando as
armas automáticas de Vrix os alvejaram com tiros rápidos.
O piloto tentou fugir, mas já era de se esperar que o aguardássemos
em solo. Ele pensou que conseguiria lutar contra nós, mas foi só minha luz
serpentear até seu corpo que ele soube.

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Estava lutando contra um vagalama antigo, e teria uma morte
dolorosa.
– Eu faço um acordo! – berrou, com a espada em mãos.
– Nada feito! – rebateu Vrix, tremendo em puro ódio com sangue em
sua boca.
– Espere. – ordenei. – O que tem a nós oferecer, macho? – perguntei,
alto e em bom som.
O macho serpenteou até a beira outra extremidade, suas pernas curtas
não dariam nenhuma vantagem com uma calda tão longa para atrasa-lo. Se
não tivesse nada a oferecer, bastaria um simples corte em sua calda e ele
morreria.
Eu conhecia sua raça, o coração estava no local mais vulnerável,
onde sua escama era fina e flácida.
– Direi se me derem livre acesso para partir. – pediu.
Os irmãos me olharam, sabiam que eu não faria isso.
Principalmente com minha doce Lexie em perigo, eu jamais a
colocaria minha mulher em nada que a prejudicasse.
– Siga reto para a floresta, no final dela existe uma nave dos seus
companheiras intacta. Um deles achou que seria adequado andar a pé. Não
mexemos em nada dentro dela. – cofidenciei.
Os olhos do lagarto brilharam em pura alegria, ele inchou o peito e
estufou o queixo com orgulho.
– Então acordo fechado.
– Diga o que desejo saber, lagartiano. – ordenei, já perdendo a
paciência.
– Pergunte então, vagalama. – rebateu, olhando para todos os lados de
forma cautelosa.
– Por que estão em minha propriedade?
O Lagartiano cerrou os dentes, ficou em silêncio mas por fim
respondeu a pergunta que havia feito.

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– Viemos pela fêmea, pagaram um bom valor por ela.
– Como sabia que estava aqui? – perguntei, preocupado.
– O macho que a deseja havia posto um rastreador nela a algum
tempo.
Senti o suor frio descer pela minha coluna, o medo de antes havia
retornado. Mordi o lábio evitando demonstrar ao meu inimigo o quanto
aquilo me afetava, retomei minha postura erguento o queixo.
– Quem. – perguntei decidido. – Quem é o macho?
– Não sei a raça dele, só sei que ele também estava por aqui. Disse
que viria pessoalmente busca-la. – informou, recuando. – É tudo que sei.
– É o necessário, parta lagartiano. – rebati. – Estou honrando meu
acordo, vá para floresta e suma.
– Será um prazer, vagalama. – rebateu, correndo com suas pernas
custas para dentro da floresta.
– Vensen você tem certeza disso? – perguntou Vrid, preocupado.
– Eu disse que iria honrar meu acordo e não o mataria, o que Krutz faz
em sua propriedade com os invasores, não me diz respeito. – respondi, com
sorriso presunçoso. – Peça para Krutz me noticiar depois da refeição. Tenho
quase certeza de que lagartianos são uma iguaria para sua raça.
Os irmãos riram, mexendo com a cabeça e acenando em concordância
.
Eu não permitiria que nenhum daqueles bastardos ficasse em minha
propriedade, que sujasse o único lugar sagrado para mim, que ameaçassem a
minha companheira e ainda continuassem respirando.
Não, eles pagariam por tudo isso.
Era um promessa.

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CAPÍTULO 09: QUEM ESTÁ
AI?
“Meu coração doía por ele, imaginando que Vensen poderia não
voltar. E por algum maldito motivo me senti miserável, me senti inútil
deixando meu homem do lado de fora. Lutando para nós proteger”.

Lexie

O barulho do lado de fora deixava claro que a situação estava longe


de acabar, houve três enormes explosões dentro da floresta. Não tive
coragem para sair e descobrir o que se tratava, mas pelo som grotesco do
rugido de monstro, sabia que não era nada de bom.
Apertei a espada em minhas mãos com força, imaginando que muito
em breve a situação iria parar aqui. Essa arena era o único lugar grande o
suficiente para chamar a atenção, até mesmo o castelo parecia camuflado
entre a montanha.
“Ótima ideia me colocando em um alvo enorme caindo aos pedaços,
Vensen querido!” – pensei comigo mesma.
A luz verde redonda tocou meu ombro, como se lesse a minha mente e
não gostasse do meu sarcasmo.
Revirei os olhos, indiferente.
– Você tem que concordar comigo, fofinho. Aqui não parece ter uma
saída de emergência nem nada do tipo! – argumentei. – É o pior lugar para
estar.

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A luz não se moveu, ficou em silêncio assim como o restante de
Vensen que ficava mal humorado quando não tinha resposta. Em seguida
bateu na espada comprida, quando não entendi, bateu novamente na mesma
espada irritada.
Peguei a espada e uma linha de luz verde inundou o corte dela,
fazendo um zunido estridente. Olhei para a extensão de Vensen que havia
ficado em completo silêncio novamente.
– Obrigado. – pedi, entendendo seu pedido.
Ele havia me orientado a pegar a espada que não dependia unicamente
de força para usar, o que agradeci visto que todos os alienígenas que conheci
( tirando Vrid e Vrix) era altos e musculosos o suficiente para me esmagar
sem problemas.
Houve o barulho de movimento na parte de cima da arena, algo
pesado o suficiente para fazer o teto balançar, jogando pó e sujeira na minha
cabeça.
– Venha até mim, meu bichinho! – chamou uma voz conhecida.
Gelo puro inundou minhas veias, mordi o lábio afundando dentro de
mim. Me encolhendo completamente ao reconhecer o dono daquela voz
monstruosa e medonha.
– Venha para mim, bichinho! – chamou novamente, pisando perto de
onde me encontrava abaixo dele.
Engoli em seco, paralisada no lugar.
Colocando a mão por cima da minha boca para evitar que qualquer
barulho saísse dela, escutando meu coração martelar no meu peito.
– Se vier logo, eu não vou te machucar por se esconder. – cantarolou,
alguns passos a frente na arena.
Engoli em seco novamente, respirando erraticamente. Sentindo as
lágrimas tocarem meu rosto.
Fazia tanto tempo que não pensava nele, que não me sentia suja ou
com medo por causa do que tinha feito comigo. E como sina do destino, lá
estava ele, o meu pesadelo vivo.

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O motivo para ter queimaduras que iam do meu pescoço até meu
braço, que me fizeram passar noites em febre, lutando para continuar viva. O
motivo para me esconder toda vez que via alguma chama, toda vez que algum
alienígena me pegava por trás.
Lá estava ele, vindo termina o serviço que começou no dia que me
queimou viva.
– Última chance meu bichinho! – avisou, a frente na arena.
Engoli em seco, respirando com dificuldade.
Algo clicou na arena, e todo o teto de onde me encontrava tão bem
escondida, cedeu em segundos.
O mundo ficou negro, meus olhos fecharam rapidamente enquanto o ar
dos meus pulmões se tornava brasa pura. Eu não conseguia respirar, não
conseguia falar, não conseguia gritar.
– Aqui está o meu bichinho favorito! Olhe só como combinou com a
minha marca, ficou ainda mais linda. – falou a voz monstruosa, agora mais
perto do que gostaria.
Não conseguia abrir o olho, não conseguia me mover.
Céus! Como eu gostaria de pelo menos correr dali.
Meu corpo parecia peso puro, e a medida que o monstro retirada os
entulhos de cima de mim, eu desejava que tivesse sido morta no
desabamento do teto.
– Me solt...- tentei ameaçar, mas a consciência foi meu último suspiro
enquanto aquele maldito apertava minha garganta.
Eu estava a mercê da última pessoa que desejava no mundo, do
monstro responsável por causar meus piores traumas fora da terra. E ali, ele
me tinha completamente indefesa.
Coberta com sujeira, pó, escombros.
Inconsciente e indefesa, exatamente do jeito que ele gostava.
E foi ali, que o meu último pensamento sã me levou a Vensen, meu
maldito e rabugento Vensen, que noite após noite dormia de conchinha

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comigo.
“Eu gostaria que tivéssemos tempo”. – mentalizei, em um último
pedido.
Suplicando para que ele me perdoasse, para que entendesse que não
partiria sem lutar, que pelo menos tentaria se aquela maldita barata enorme
não me derrubasse.

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CAPÍTULO 10: APENAS
MEDO
“Sua despedida era clara, precisa e exata. Minha doce mulher se
despedia, e eu ainda nem tinha tido a oportunidade de reivindica-la como
minha! Que meus antepassados me castigassem, mas ninguém a tiraria de
mim, eu faria um inferno na vida do bastardo que tentasse. Isso é uma
promessa, ninguém toca no que é meu e sai vivo!”.

Vensen

O maldito bastardo havia se escondido por bastante tempo, mas,


quando explodiu a arena os sinais de atividade o jogaram no meu radar
imediatamente.
Não foi surpresa nenhuma que ele não havia conseguido avançar pelas
catacumbas da arena, eu havia travado a segurança lá exatamente por isso.
Mas a surpresa veio quando o maldito tinha trazido armas suficientes
para derrubar uma arena de Skinhard, o bastardo não era tão idiota assim.
Coloquei meus pés dentro da arena, tão rápido quando achei possível.
Vrid e Vrix estavam se encarregando de verificar se havia outros como ele
ao redor, evitando um ataque surpresa
Nem meus irmãos de guerra poderiam me preparar para o que estava
vendo a minha frente, um maldito baratiano rasgava o vestido que havia dado
a Lexie para o nosso jantar.
Minha mulher estava exposta, indefensa e inconsciente nas garras
daquele desgraçado. Haviam marcas de terra e sujeira em seu corpo como se

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a tivesse desenterrado do chão da arena, ele devia ter quebrado toda a
estrutura densa para encontra-la no andar debaixo.
Me senti um fracassado, havia deixado minha amada naquela nessa
situação pensando que estaria segura. Mas no final, havia apenas criado uma
prisão, facilitando para o bastardo a pegasse facilmente, ódio puro me
inundou.
Seu veneno pingava na arena, dissolvendo o tecido como se fosse
papel molhado no chão. O que me fez perceber que as marcas de queimadura
sobre Lexie deveriam ser dele, seu antigo cliente que havia lhe causado tanto
sofrimento.
Ele devia tê-la queimado com seu veneno, e por isso se preocupava
em rasgar seu vestido ao invés de queima-lo em seu corpo.
“E digamos que ... sabia bem o que estava fazendo, havia felicidade
enquanto escutava minha pele dissolvendo na sua frente”.– sua voz
ressoou na memória da nossa primeira noite juntos.
Fúria e ódio me inundaram, imaginando aquele maldito monstro
asqueroso maltratando a minha fêmea.
– Tire as suas mãos sujas da minha mulher agora, e te darei a morte
rápida. – ordenei, permitindo que minha luz serpenteasse no chão como um
chicote vivo.
O maldito monstro me olhou, havia surpresa e curiosidade estampada
enquanto analisava minhas palavras com surpresa.
– Saia daqui, eu a tomei primeiro. – rebateu, havia fúria em sua voz.
– Último aviso, tire as mãos... – avancei, lançando minha luz em sua
direção sem rodeios. – Da minha mulher.
O monstro recuou, demonstrando que claramente não reconhecia
minha raça. Mas que o instinto de sobrevivência dele berrava para que
fugisse dali, o maldito permaneceu com Lexie em suas garras, recuando com
a única coisa que o mantinha vivo.
Ele a olhou, e em seguida seu olhar se focou para com a minha
corrente de luz, que avançava no chão em sua direção rapidamente.

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O monstro já havia feito seus cálculos, não havia escapatória ali, se
ele recuasse ficaria encurralado entre o teto desabado da arena, e se
avançasse viria de encontro ao meu ataque.
– Se não posso tê-la... – respondeu, olhando para a pele exposta da
minha mulher.
Avancei antes que completasse a frase, sendo tomado por impulso ao
invés de anos de frieza e calculismo. Nenhuma estratégia havia me
preparado para o medo da perda, de que o maldito baratiano tomasse a única
coisa que me forneceu esperança no mundo.
Suas garras soltaram o corpo inconsciente de Lexie, avançando para
agarrar o meu pescoço. O que consegui me defender, jogando o seu pulso
para cima e atacar seu braço com meu cotovelo.
O bastardo se assustou com meu contra golpe e tentou recuar para
cuspir veneno, mas já havia usado minha luz para apertar sua garganta. Ele
chiou de dor, arregalando seus olhos cilíndricos.
Golpeei seu estomago duro, vendo o corpo dele se enterrar nos
destroço da arena.
Não me dei ao luxo de conferir, como sempre fazia durante uma luta
na arena. Apenas avancei até Lexie, deixando minha guarda baixa, como
sempre fazia quando estava com ela.
Minha doce fêmea estava fria, inconsciente além do que a minha luz
podia alcançar. Sua pele estava molhada, fria e branca.
– Meu por do sol, por favor acorde. – supliquei, apertando seu corpo
mole contra o meu.
Desejando que houve algum espasmo como quando dormíamos juntos,
quando sentia seu corpo relaxar sobre o meu. Que houvesse alguma reação,
qualquer coisa.
Mas não houve nada, a única coisa que a diferenciava de um morto
era seu coração ainda batendo.
Peguei-a no logo, tirando minha mulher dos escombros.

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Junto seu corpo ao meu e avançando para cima, e foi quando
aconteceu.
Quando aquele maldito bastardo retornou, prendendo suas presas nas
minhas costas em um avanço rápido. E havia apenas uma única coisa que
podia fazer para salvar minha mulher, sacrificar esse momento.
E olhando para o seu lindo rosto, sabia quem o que faria, o que teria
de sacrificar para o seu bem estar.
O maldito baratiano continuou com as presas nas minha costas,
surpreso por seus braços não me agarrarem, ordenei que minhas luzes
saíssem ao seu extremo. Que inundassem o corpo do maldito com enormes
ferrões, perfurando todo o seu corpo na altura das minhas costas.
E assim ele foi, o barulho do corpo do maldito sendo perfurado.
Ele não desistiu, persistiu preso ao meu corpo.
Conseguia sentir minhas forças se deteriorando pela quantidade, mas
sabia que me manteria em pé antes de permitir que o maldito saísse vivo.
Ordenei que minha luz se enrolasse em seu pescoço, que o enforcasse.
E assim ele fez, mesmo que já falhando.
“ Tão pouco de nós....” – sussurrou em minha cabeça, fraco. “ muito
pouco... não aguentar”. – avisou, minha consciência.
– Não é por nós, e por ela... – respondi, olhando para minha mulher
com determinação. – Para que esse planeta seja seguro...para ela.
“Por ela” – respondeu, já oscilando.
Senti minha luz concordar, dando um último brilho sofrido. Sentindo a
dor, o sofrimento, a última carga de ataque passando por todo o meu corpo
antes da cabeça do baratiano se partir do pescoço em um click audível.
Minhas pernas tremeram, mas não cedi.
Nem mesmo quando as presas do maldito começaram a arder como
brasa, quando senti minhas forças lutando contra a toxina do baratiano. Eu
não recuei, não cedi.

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Avancei lentamente, um passo de cada vez enquanto olhava o lindo
rosto da minha fêmea, calmo, mesmo inconsciente como se o seu corpo
soubesse que esta segura.
Que esta comigo.
– Eu sempre vou te proteger, custe o quanto custar! – prometi,
sabendo que este era meu último dever ainda vivo.
E enquanto lutava contra a dor, o cansaço e a morte. Eu sabia, voltaria
dos mortos se fosse preciso para deixa-la segura.
E assim prossegui, avançando até o portão de saída da arena.
Sabendo que no final aquele tinha sido a tampa do meu caixão, mas que
havia uma flor que me fez viver por tempo suficiente para ser feliz.
– Gostaria que tivéssemos mais tempo, minha doce Lexie. – supliquei,
sentindo meus joelhos cederem no chão.
Apertando seu corpo contra o meu, sentindo minha aura verde de luz
escurecer completamente.
Não desisti, avancei ajoelhado, um passo de cada vez. Mesmo que
lento, eu não desistiria. E assim continuei pelos próximos metros fora da
arena, clamando para que Vrix ou Vrid estivesse por perto.
– VENSEN! – gritou Vrix, ao norte.
– Caramba! – falou Vrid pegando Lexie do meu colo, enquanto seu
irmão olhava minha ferida.
– Ele decapitou o maldito, Vensen esta literalmente com a cabeça do
bastardo nas costas...- falou o irmão, surpreso.
– Lexie..ela.... esta... – tentei perguntar, sentindo meus olhos falharem
em se manter abertos.
– Relaxe irmão, iremos cuidar de vocês. – informou Vrid, usando o
gerador para trazer nossa nave base aqui.

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CAPÍTULO 11: LIVRE
“Ele me evitava, a todo custo. A todo momento, ele me evitava, e eu
não entendi o porque! E isso doía, mas do que o desabamento da arena,
mais do que as queimaduras do maldito cliente.”.

Lexie

Acordei com medo, lutando contra os aparelhos, contra tudo.


Desejando que tivesse uma arma, lutando contra Vrix e depois contra Vrid
quando me traziam da sedação.
Céus, eu tinha sido um maldito paciente de merda pelos últimos dois
dias.
Foi só no terceiro dia, quando já estava com esparadrapos nos cortes
e medicamentos fracos, que consegui ter uma conversa decente.
No quarto dia tomava banho e andava normalmente, tinha sido uma
merda ter o braço quebrado mas o remédio para a fratura no joelho tinha se
encarregado de curar todo o resto.
– Te sedamos na bunda. – brincou Vrix, me olhando de cima a baixo
enquanto voltava do trocador usando um vestido que lembrava a uma toga.
– Vensen deve ter amado isso! – rebati, revirando os olhos enquanto
passava a mão no vestido verde escuro.
A risada de Vrix sumiu completamente, seus olhos pousaram no chão,
havia tristeza ali.
– O que foi? O que houve? – perguntei.
– Nada. – respondeu, me dando as costas.

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– Não, o que aconteceu Vrix? Me conta ou pergunto a Vrid, e nos dois
sabemos que ele vai dar com a língua nos dentes em dois minutos!
O alien metade cogumelo que adorava me criticar se virou, havia
cansaço e tristeza em sua voz.
– Vensen se machucou, só isso.
– O que? Como? – perguntei.
– Ele não pensou direito, quando te viu inconsciente nas mãos do
baratiano ele só avançou. – respirou fundo. – Ciclo e mais ciclos de
experiência, e ele fez uma burrada...só isso.
Senti que Vrix não me contava a história toda, havia algo mais, só que
não diria. Era nítido.
Abri a boca, pronta para argumentar, quando a porta se abriu. Um
Vensen serio entrou, ele avançou até mim.
O cansaço estava o seu rosto, havia algo de diferente ali. O seu brilho
habitual em verde quase florescente estava escuro e poroso, pesado.
Ele me segurou, me mantendo em seu aperto de urso como se
dependesse disso. O abracei de volta, sentindo que havia sido erguida da
maca.
– Estive esperando por você. – falou, satisfeito.
– Eu também, Vensen. Eu também. – respondi, respirando seu cheiro
com intensidade, como se ele fosse minha comida preferida.
Havia algo de diferente ali, o cheiro de podridão por baixo do
habitual.
– Eca, alguém peidou aqui. – reclamei, torcendo o nariz. – O cheiro
esta podre.
Vrix saiu porta a fora, me ignorando completamente.
Vensen sorriu de forma descarada, me puxando para fora dali em seu
colo, como havia feito em nosso jantar.
– Acho que descobrimos quem foi. – brincou.

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– Faz sentido. – mexi meus pés em seu colo, fazendo bico. –
Obrigada.
– Pelo que? – perguntou, arqueando a sobrancelhas.
– Por me salvar, daquele monstro. – engoli em seco. – Eu achei que
nunca o veria de novo, e então ele...simplesmente. – mordi o lábio.
Vensen me apertou em seu colo, caminhando comigo. Só agora havia
percebido que ele tinha olheiras fundas em seu rosto, provavelmente não
tinha dormido bem nesses últimos dias assim como Vrix.
Então resolvi ignorar isso, poupando-o de um comentário maldoso.
– Foi culpa minha. – respondeu sério, olhando para frente. – Se eu
tivesse ao menos pedido uma verificação sua, teria nós poupado a dor de
cabeça da invasão.
– Como assim? – perguntei confusa, apertando meus dedos em seu
pescoço.
– Quando o baratiano te queimou com o veneno dele, garantiu que o
rastreador fosse implantado dentro da sua pele quando ficou inconsciente
demais para ver o que acontecia. – ele apontou para o meu ombro, que
continha um esparadrapo enorme. – Foi assim que ele te encontrou aqui, ele
soube onde estava o tempo todo. Te deixar na arena foi o mesmo que
encurralar para que ele te pegasse, me perdoe Lexie. – suplicou, com a voz
em um tom dolorido.
Havia tristeza pura em seus olhos, como se lhe doesse me imaginar
como um animal encurralado. Senti seus dedos apertarem meu corpo contra o
seu, ele deu um sorriso torto triste.
– Você me salvou, e é isso que importa. – garanti, beijando seu
pescoço.
Pela primeira vez senti sua pele mais fria do que o habitual, seu corpo
reagiu se arrepiando. Ele me apertou, ronronando de forma pecaminosa.
– Eu sempre vou te salvar, Lexie. Custe o que custar! – respondeu, de
forma possessiva e decidida.

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E por um leve segundo, senti que havia algo a mais que ele não queria
me contar. Algo ruim, algo que ele não me contaria.
– Vensen... – me vi preocupada.
– Hoje você descansa, amanhã irei te levar a um local. – informou,
abrindo a porta do quarto.
Ele me colocou na cama de forma doce e preocupada, passando o
coberto acima de mim, seu olhar era atencioso e amigável.
Tudo o que jamais imaginei que veria nele, o que imaginei que algum
alien pudesse ser.
– Não vai dormir comigo? – perguntei confusa, enquanto o via se
afastar.
Ele sorriu de maneira devassa, se encostando no batente.
– Se deitar ai, não irei deixa-la dormir doce fêmea. – rebateu,
deixando o duplo sentindo claro.
Apertei minhas pernas juntas.
– E quem disse que desejo dormir? –mordi o lábio inferior.
Houve um longo silêncio entre nós, o tom de brincadeira de Vensen se
tornou sério. Ele saiu sem falar mais nada, me deixando sozinha no quarto.
Abri e fechei a boca surpresa, não era isso o que esperava dele.
Principalmente agora, mas resolvi ignorar.
Afinal, eu não sabia como extraterrestres reagiam a traumas e
surpresas.
Não é?
E o fato dele não ter me atacado em um acesso de luxúria deveria
demonstrar isso.

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Naquela mesma noite, Vensen não voltou para o quarto. Eu não o vi
até o dia seguinte, quando Vrid veio me acordar com uma tigela de cereais
matinais nada comestíveis.
– Intragável. – fingi vomitar.
– Eu gostava mais de você quando se achava uma escrava humana. –
respondeu, de forma tóxica e debochada.
Abri e fechei a boca, cerrando meus dentes.
– Toche! – respondi, mastigando outra colherada.
– Melhor? - perguntou, apontando para o machucado no meu ombro.
– Muito, nunca entendi porque esse ombro coçava tanto. – respondi,
dando de ombros. – Agora já sei.
Vrid mexeu a cabeça concordando, eu o havia ensinado gestos
humanos demais para um alien debochado como ele.
– Vrix acha que o baratiano fez isso para vende-la por fora, sabe.
– Se a intenção era me vender, não seria mais fácil me comprar do
meu antigo mestre? – ergui as sobrancelhas.
Vrid observou o movimento e tentou imitar fazendo o mesmo, o que
não deu muito certo já que ele não tem sobrancelhas para dar o mesmo
efeito.
O que o deixou parecendo com a cabeça de um pau sendo puxado
para cima.
Me soquei mentalmente por insulta-lo assim, mesmo que ele
merecesse por me irritar.
– Foi o que pensei, sabe. – ele deu de ombros, em outra tentativa de
gesto humano. – Já eu imaginei outra coisa, pelo que Vensen nos contou.
– O que você achou?
– Escravas humanas são raras, principalmente agora que os
nagarianos reivindicaram oficialmente a terra como propriedade galáctica. –
coçou a cabeça. – Então imagino que o baratiano tinha a intenção de
estraga-la para baixar seu valor, assim o seu antigo mestre seria obrigado a

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vende-la por um preço em conta. O rastreador foi só um detalhe, para que
soubesse onde te encontrar, caso seu antigo mestre se ressentisse ao ponto de
lhe vender a outro.
Engoli em seco, analisando cada detalhe desde o momento em que
aquele maldito bastardo havia entrado na minha vida. Como se manteve um
cliente fixo na minha agenda, como o dia em questão havia pagado o dobro e
nem se preocupou com a maldita “taxa” por danos. Apertei minha mão no
prato, engolindo uma colherada com raiva.
– Foi só uma hipótese. – respondeu, me vendo irritada.
Sorri de leve, deixando claro que não estava irritada com Vrid por
isso.
– Agora que me contou, faz sentido sabe. – falei, ficando calma. – Ele
não parecia o tipo de cliente rico, mas sempre tinha o suficiente para uma
noite toda. Então faz sentindo algo assim, era viável.
Dei de ombros, tentando jogar toda situação como se fosse uma
terceira pessoa, uma narrativa que não me envolvesse diretamente.
Senti as lagrimas tocarem meu rosto, e então seu tentáculo retirou a
gota da minha bochecha de forma atenciosa e gosmenta.
– Se lhe serve de consolo, Vensen fez uma linda decoração com a
cabeça do bastardo.
Abri e fechei a boca surpresa.
– Por que? – perguntei, tentando não soar como mal agradecida.
Afinal de contas, tinha que me lembrar que estava convivendo com ex
lutadores sanguinários, e não com mulheres emocionais.
– É a forma dele te dizer que se importa, de todos nós. – afirmou,
satisfeito. – Sempre, Lexie. Agora é família, lutamos por você. Nos
importamos com você.
Concordei com a cabeça rapidamente, deixando que lagrimas
tomassem meu rosto. Pela primeira vez em muito tempo, me sentia segura e
feliz.

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– Obrigada. –agradeci emocionada, enquanto via Vrix saindo na
surdina, quase preocupado em me ver chorar.
– Mas ainda prefiro quando era escrava, sinto falta de tê-la nos
perseguindo pela casa. – respondeu, já na porta.
– Espera ai, vocês sabiam? –perguntei, surpresa.
Ele gargalhou, alto e em bom som.
– Fêmeas... – respondeu, já no corredor.
Deixando que apenas a sua gargalhada e o barulho dos tentáculos
quebrasse o silêncio, revirei os olhos.
Ficando surpresa com a forma em que me encontrava a vontade ali,
naquele castelo.

Depois daquela alimentação intragável, já estava a caminho do
laboratório de Vrix para mais uma sessão de baterias de exames, quando o
encontrei mal humorado olhando para uma tela.
– Esta tão ruim assim? – perguntei, no batente da porta.
O alien recuou, tirando a tela da frente e vindo em minha direção.
– Serviço sempre é ruim. – rebateu, já focando seu olhar no meu
ombro.
– Não esta doendo. – dei de ombros, sentindo uma pontada de dor.
Mordi a língua me socando mentalmente por ter feito o único gesto
que causaria dor, o alien me encarou e retirou a atadura.
– O rastreador tinha fixado durante a cicatrização, vai ficar um oco
raso mas será preenchido pela nova cicatrização. – tentou amenizar.
– Melhor do que nada. – respondi, olhando a ferida que diminuía
consideravelmente.
– Concordo.
Houve um longo silêncio, mordi o lábio me perguntando se deveria
tocar no assunto ou não.

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– Então... –comecei, sutilmente. – Como Vensen está? – ergui as
sobrancelhas.
Vrid me encarou, de forma avaliativa.
– Bem.
– Sei. – cerrei os dentes.
– Ótimo.
Houve um novo silêncio constrangedor, enquanto o alien refazia o
curativo de forma clínica. Ignorando completamente qualquer avanço da
minha parte, respirei fundo e seu olhar se voltou ao meu.
– Vensen pretende encontra-la na arena até o final do dia. – soltou.
Arregalei os olhos, confusa.
– Por que? – perguntei, surpresa.
Vrid cutucou meu curativo com seu tentáculo, quando não viu nenhuma
expressão de dor, prosseguiu para longe.
– Pergunte a ele.
– Se eu perguntar, não vai ter a mesma graça.
– Então não pergunte. – rebateu, jogando os curativos antigos em um
lixo eletrônico para queimar.
– Mas Vrix... –supliquei.
– Não.
– Por favor.
– Não.
Ele respirou fundo, revirando os olhos de uma forma humana demais
para o meu gosto. Afinal, passar um tempo comigo os havia afetado mais do
que poderiam imaginar.
– Ele se importa com você, Lexie. – comentou, olhando-me
profundamente. – E não é porque tem algum resquício da sua raça no dna.
Fiquei em silêncio, avaliando o seu comentário.

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– Tudo bem. – foi a única coisa que consegui falar, surpresa. –
Obrigada, Vrix.
– Volte daqui a duas horas, quero verificar novamente seu curativo. –
informou. – Se sentir algum cheiro estranho, venha logo... fiquei sabendo que
sua espécie tem a tendência de feder quando esta infecionada.
Arqueei as sobrancelhas, me lembrando de algo.
– Aquele cheiro de ontem...- falei.
Vrix tencionou, paralisando no mesmo lugar.
– Esqueci uma amostra sua fora do conservatório, foi isso. –
respondeu, olhando para a tela do seu eletrônico.
– Ah, entendo. – respondi, desconfiada. – Bom, então, obrigada
novamente. – agradeci, já saindo pela porta.
– Lexie. – chamou, dessa vez me olhando.
– Sim?
– Você esta segura conosco. – falou, sério. – Gostaria que soubesse.
– Eu sei, obrigada. – agradeci, realmente feliz por tê-los conhecido.
O alien metade cogumelo e metade polvo sorriu, de uma forma
monstruosa e estranha. Havia uma certa alegria, confortável.

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CAPÍTULO 12: BELOS
MOMENTOS
“A forma como Vensen me olhava era diferente, havia um brilho
amoroso, algo que jamais imaginaria ver em homem como ele. Coberto por
cicatrizes, coberto por pura escuridão ”.

Lexie

Meu coração martelava no peito, enquanto aquele belo macho cheio


de cicatrizes vinha em minha direção. Decidido, belo e elegante em uma
calça escura e blusa no mesmo tom preto que parava abaixo do cotovelo,
enrolado.
Seus cabelos brilhavam em puro verde, reluzindo sob sua pele clara.
Mas o seus olhos, diziam tudo, brilhando com puro desejo.
– Deslumbrante. – falou, alisando meu queixo.
Olhei para baixo, olhando a roupa que me encontrava.
Era um vestido em verde escuro que terminava abaixo da minha coxa,
em uma fenda exposta que moldava todo o meu corpo de forma que me
deixasse curvilínea.
– Olha quem fala! – brinquei, com um leve sorriso.
Vensen apertou meu queixo, ronronando de forma quase pecaminosa
enquanto olhava minha boca com surpresa.
– Eu jamais imaginei que a veria sorrir dessa maneira. – falou, com
os olhos brilhando em puro contentamento.

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Analisei cada palavra que saia da sua boca, percebendo agora, que
após longos meses sofrendo os piores abusos que poderia imaginar nas mãos
de alienígena sádicos, finalmente estava em paz em um local desconhecido.
Vivendo ao invés de sobreviver.
Tendo voz ao invés de ficar calada com medo.
– Você me deu a oportunidade de ser livre novamente, Vensen. –
respondi, ciente da responsabilidade que jogava em seus ombros.
Ele formou um sorriso torto, beijando minha testa antes de me pegar
rapidamente em seu colo. Seu tórax quente como sempre, sendo o melhor
lugar no mundo.
– Então me permita mostrar o que você me deu em troca, Lexie. –
pediu.
A luz verde serpenteou ao nosso redor, criando uma bolha de
proteção. Me agarrei ao pescoço de Vensen, sabendo como seu transporte
funcionava.
Seu olhar não havia saído de mim.
E no fundo eu conseguia perceber, havia algo de errado ali.
Algo que ele não queria me contar, me dizer diretamente.
Uma luz forte tomou o ambiente, dado lugar ao brilho do crepúsculo.
Estávamos novamente na arena, ou pelo o que havia sobrevivido dela
após a batalha de Vensen e o baratiano, como Vrix havia me contado quando
acordei.
Arqueei as sobrancelhas, surpresa.
– Existe algum motivo para estarmos aqui? – perguntei, confusa.
Vensen ficou em silêncio, me apertando com vontade contra seu
corpo. Seu toque possuía uma urgência, toque.
– Existia um motivo para traze-la aqui a algumas noites atrás. – disse,
em um tom calmo.
– Qual? – perguntei, curiosa.

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Vensen caminhou comigo pelas ruínas da arena, seus olhos nunca
deixando os meus. Ele parou exatamente no meio dela, onde agora restava
apenas uma mesa completamente quebrada antes da enorme cratera a poucos
metros.
– Eu não tinha pisado nessa arena, desde o dia em que.... lutei por
minha liberdade. – confessou.
– Então, porque agora? –perguntei, surpresa com sua confissão.
Ele beijou minha testa, respirando erraticamente.
– Por que eu te conheci, e vi algo que não sentia a muito tempo. –
engoli em seco, sentindo meu coração martelar no peito. – Esperança. Você
me deu a esperança de algo melhor, me mostrou que poderia criar algo bom
de algo que foi ruim.
– O ​que esta dizendo? – ergui as sobrancelhas, ainda mais confusa.
– Eu estou dizendo, Lexie minha querida. – ele sorriu, me colocando
no chão. – Que tinha a intenção de fazer dessa arena um local bom, para...
nós. – havia insegurança em sua voz.
Senti minhas bochechas queimarem, surpresa com sua confissão.
– Por que?
Pela primeira vez Vensen não ficou em silêncio, ele abriu um sorriso
largo que deixou suas presas a vista.
– Consegui vislumbrar um futuro quando te tive em meus braços, por
isso Lexie. – havia orgulho em sua voz.
Engoli em seco, mordendo o lábio inferior.
Ele tocou minha boca, passando seu polegar de forma lenta e
pecaminosa. Brincando com a minha pele, como se a sua imaginação
precisasse disso.
– Vensen.
– Não me negue, Lexie. Eu sei que me deseja, eu posso ver... consigo
sentir em sua aura. – clamou, chegando sua boca perto da minha. – Eu
preciso de você, da mesma forma que precisa de mim, me deixe entrar.

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Todas as lembranças da última semana passaram como um flash na
minha mente, a forma como cheguei, a minha vida antes, como Vensen havia
me tratado, como seus amigos haviam me tratado e o presente momento até
agora.
E se tinha algo que aprendi nos últimos 9 meses, era que a vida
passava como um sopro.
Em um momento era uma idiota bêbada e no seguinte, uma escrava...
uma prostituta alienígena, um número.
E eu quase me perdi, quase morri, e o único motivo para estar viva
me olhava com admiração e carinho.
– Nunca Vensen, eu nunca vou te negar. – respondi, beijando-o.
Havia carinho e delicadeza, mas fui recepcionada por urgência e
desejo.
Ele apertou a minha cintura, me puxou para seu colo. Cruzei minhas
pernas em seu quadril, mordendo seu lábio inferior.
Ele ronronou satisfeito, e eu retribui arranhando seu ombro com
vontade. Vensen apertou minha bunda pressionando com força contra seu
quadril, demonstrando que sua ereção continuava dura e maciça na calça.
– Eu vou nos transportar daqui, se segure. – avisou.
– Não! – pedi, tocando sua testa com a minha. – Eu quero que seja
aqui.
– Não, eu te quero em um lugar limpo, bom. – rebateu, sério. – Você
merece estar coberta por joias quando te reivindicar como minha!
Toquei o seu rosto, para que me olhasse atentamente.
– Podemos fazer isso mais a frente, Vensen. Mas essa noite, nessa
noite eu te quero sob as estrelas... quero que a única memória nesse novo
lugar seja o que fizermos dela. – pedi.
Ele ficou em silêncio, avaliando minhas palavras. Tocou meu rosto, e
me beijou com urgência novamente.

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Fui deitada lentamente até o chão da arena que sobrou, sentindo minha
respiração errática a medida que Vensen avançava pressionando seu corpo
contra o meu.
– Sim...- pedi.
O barulho do vestido sendo rasgado chamou minha atenção, ele já
havia estourado a parte de cima do vestido deixando meus seios expostos.
Em seguida suas mãos avançaram, trazendo meus seios para sua boca
ansiosa.
– Minha... – falou baixo, antes de chupar meu peito.
Sua língua brincava com meu mamilo, mordicando e chupando com
vontade.
Sua luz serpenteou até minha boceta, puxando o tecido da saia a cima
da minha coxa, subindo e descendo entre meu clitóris como se procurasse
algum ponto milagroso em mim para ativar.
– Eu amo a forma, como sua boceta fica molhadinha quando te toco. –
sussurrou, chupando meu outro seio com vontade. – Amo como seu corpo
reage ao meu toque, Lexie. Como fica tão receptiva com as minhas carícias.
Como a cadela obediente que era, permiti que Vensen viesse
descendo até minha boceta. Ele rasgou a saia do vestido, em um movimento
rápido e necessitado.
E quando sua mão chegou a minha boceta, céus! Não foi preciso mais
do que um único dedo para comprovar que estava encharcada apenas com os
seus pequenos toques iniciais.
– Você fica linda exatamente assim, Lexie. Molhadinha para mim. -
Comentou, satisfeito.
Ele cheirou a mão, ronronando com desejo. Seus olhos brilharam
com pura lúxuria enquanto abria o zíper e encaixava o pau na minha entrada,
movimentando ele pra cima e pra baixo em minhas dobras.
Gemi involuntariamente, toda vez que Vensen passava seu pau em
meu clitóris, batendo com a sua luz no meu clitóris para torturar.
– Porra! – gemi, empurrando o quadril de encontro a sua rola.

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– Minha...- sussurrou novamente, apertando minhas coxas sob seu
quadril.
– Vensen... por favor... – supliquei, rebolando meu quadril em seu
pau.
Esperando que ele parasse com essa tortura e me fodesse logo, me
tomasse como sua.
Acabasse com essa dor que inundava minha boceta e queimava
dentro de mim, me deixando uma completa selvagem necessitada por
liberação.
Senti suas mãos calejadas agarrarem a minha cintura, mirando seu
pau na minha entrada vaginal, gemi imaginado o próximo movimento que
faria me preenchendo por completo.
Vensen não foi cavalheiro, ele entrou rápido até o fundo sendo mais
bruto do que desejava enquanto apertava minha coxa. Seu pau era grosso e
grande com veias verdes no mesmo tom da sua luz, me causando um leve
desconforto inicial, que foi substituto pelo crescente estimulo dentro de mim
que aquelas veias provocavam.
Era como se pulsassem, como um coração batendo.
Havia urgência em sua necessidade de me foder, havia dor mas
também prazer.
Ao invés de gemer de dor, da ardência inicial. Senti um gemido
delicioso de prazer, seus movimentos cutucavam o lugar certo em mim, com
um nível de prazer que mal imaginava, apertei ele dentro com vontade.
Vensen ronronou, socando com vontade em estocadas furiosas.
– Isso querida, me aperte bem fundo. Me mantenha bem ai, onde eu
pertenço. – falou ao pé do meu ouvido, passando a sua língua sob minha
orelha. –Me aperte dentro de você como se precisasse disso pra respirar,
goza gostoso no meu pau, minha parceira. – exigiu, em tom confiante.
Senti quando ele aumentou as estocadas quando me sentiu
recebe-lo completamente bem, usando a sua luz para estimular o clitóris que

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inchava com o leve toque, me fazendo tremer com tantos estímulos
simultâneos.
– Pode ter sido vendida como objeto, Lexie. – sussurrou, estocando
com vontade até que sentisse seu pau batendo na entrada do meu útero. –
Mas nenhum deles te arruinou, podem ter ousado toca-la, mas nenhum deles
a fez gozar na dor e gemer de prazer como eu vou te ensinar.
– Sim! -pedi, arqueando as costas no chão.
– Eles te queriam como objeto. – sussurrou no meu ouvido, apertando
meu pescoço de leve. Suas estocadas se tornando selvagens a medida que
ele falava. – Eu te quero como minha mulher, e como minha... garantirei que
saia dessa arena com as pernas escorrendo porra. – seu tom era rouco e
possessivo, com a luz verde inundando todo o ambiente.
Senti o momento em que suas mãos subiram meu quadril para cima,
estocando tão fundo quanto achei possível naquela posição. Apenas meu
ombro tocava o chão, todo o meu quadril estava suspenso por ele.
Revirei os olhos, adorando essa posição.
– Ah, Vensen! – gemi, mordendo o lábio inferior.
– Minha! – ronronou, me olhando com desejo.
Mal tive tempo de respirar, e o maldito já havia me virado igual bife
no chão. Sentindo a aspereza da arena, tocando o chão com minhas
bochechas enquanto tentava me apoiar nos braços.
Me ajoelhei dando um melhor acesso, ficando de quatro. Vensen não
havia saído de dentro, pelo contrario, estocava com intensidade.
– Minha. – repetiu, de forma rouca.
Senti sua mão acertar minha bunda em um tapa dolorido, gemi, e ele
providenciou outro com um sorriso debochado.
– Porra! – gritei, arranhando o chão.
Sua mão que antes havia batido na minha bunda, agora fazia carinho
sob minha nádega. Seu dedo subiu para o meu ânus, onde brincava com a
entrada estimulando meu outro ponto sensível.

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– Toda minha... – sussurrou, rouco.
Vensen apertava meu ânus com o polegar, enquanto sua luz
trabalhava sob meu clitóris com intensidade. Não havia nada nesse homem
que me não estimulasse a gozar com força, gemi alto, gritando por ele.
– Sim, isso... me clame, parceira. – pediu, estocando com fúria. –
Por mim, e só por mim.
Mordi o lábio sentindo todo o meu corpo se inundado pelo melhor
orgasmo da minha vida, sentindo minhas pernas tremerem com a quantidade
de estimulo, sentindo a intensidade daquele orgasmo.
Mal tive tempo de descer do meu quando Vensen me inundou,
gozando com força, com suas veias no pau pulsando com vontade. Revirei os
olhos, gemendo alto.
Era como se pura eletricidade tivesse sido lançada dentro da minha
boceta, como ter um orgasmo forte e ser estimulada por um vibrador em
seguida.
Se todos os machos da raça de Vensen eram assim, eu venderia os
pênis deles, tranquilamente para mulheres na terra que desejariam um bom
vibrador.
Senti o momento em que seu pau saiu de dentro de mim, quando sua
porra começou a escorrer por minhas pernas e pingarem no chão da arena
quando me virei deitando de costas no chão.
A coloração era longe do habitual que conhecia, era gosmento e
verde claro com uma textura expeça.
– Você fica linda assim, tão linda com minha porra escorrendo de
você. – comentou de forma pensativa, levando seu dedo até meu clitóris
gozado. – Magnífica.
Corei, sem graça.
Vensen se apoiou no cotovelo, tocando meu queixo com carinho
enquanto me olhava intensamente.
– Já sei o que vou fazer nessa arena. – comentou, sorridente.
– O que? – perguntei, o puxando para mais perto.

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Vensen se aproximou, colocando o seu corpo ao lado do meu. Sua
respiração parecia erradica tão perto, tão quente. Sua luz brilhava
intensamente, pulsando como um batimento cardíaco.
– Nossa casa, quero fazer uma casa na arena e deixar o castelo para
Vrix e Vrid. O que acha? – perguntou, havia preocupação em seus olhos.
Senti as lágrimas pinicarem meu rosto, a ideia de que ele via um
futuro para nós, que se via criando um lar.
– Sim. Eu adoraria. –respondi, dando um beijo em seus lábios.
O sorriso de Vensen se tornou largo, satisfeito com a minha resposta.
– Eles vão ficar triste, mas vão sobreviver.
– Vrix ou Vrid? – perguntei, com uma piscadela.
– Os dois.
Olhei ao redor das ruínas da arena, observando cada detalhe para uma
futura decoração.
– Podemos fazer um quarto para eles ali em cima. – rebati, apontando
para uma área destruída que parecia ter sido algum tipo de área VIP.
Ele olhou para o lugar, calculando alguma coisa que não soube
avaliar. Havia um brilho diferente em seu olhar, o abracei com força
sentindo cada fibra do seu corpo nu me reconhecer.
– Eles vão gostar. – respondeu, beijando a minha testa.
Mordi o lábio inferior, passando minha mão em seu rosto.
Aquele era um momento único, uma boa memória que levaria para
sempre. Aquele lindo macho esculpido em músculos, completamente nu
deitado comigo no meio de uma arena medieval pós foda.
Vensen fechou os olhos, mas havia dor em seu rosto ao invés da
alegria inicial. Ele respirou fundo, tentando segurar a dor enquanto fechava o
punho.
– O que houve? – perguntei, preocupada.
– Não é nada. – mentiu, mordendo o lábio.

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– O que foi? Perguntei novamente, sentindo aquele mesmo cheiro
pútrido.
Suor verde respingou dele, enquanto seu corpo tremia. Aos poucos
seu corpo foi cedendo para frente até que seu tórax tocasse o chão da arena.
Uma cratera verde escuro pegajoso ia da até a coluna de Vensen, em
formato oval. O cheiro parecia forte ali, como se ele estivesse apodrecendo
de dentro para fora.
Lágrimas tomaram o meu rosto, pura preocupação.
– Meu Deus! Vensen, como? – perguntei, olhando a ferida mais de
perto.
Ele ficou em silêncio, tentando se recompor. Havia cansaço em seu
olhar, como se tivesse que fazer força para continuar acordado.
– Vrix me prometeu que os remédios ajudariam. – sussurrou.
– O que aconteceu, Vensen? – perguntei novamente, furiosa.
Houve um novo silêncio, seu olhar caiu até o meu.
– Aquele baratiano foi esperto, eu tive uma escolha e escolhi te
salvar. –respondeu, sério. – É isso que importa.
Voltei meus olhos aos seus, surpresa. Ninguém havia me contado que
Vensen tinha se machucado no processo. Engoli em seco, grata e preocupada
por ele.
– Vamos para casa, vou ficar em cima de Vrix para cuidar de você. –
pedi, já me levantando e estendendo a mão para ele.
Vensen concordou, levantando com dificuldade. Seu olhar parecia
ainda mais cansado, como se tivesse corrido uma maratona.
– A roupa. – comentei, olhando os trapos que um dia foram meu
vestido.
– Garantirei que voltemos direto para o quarto. – respondeu, fechando
a calça.
Abracei Vensen com força, sentindo a bolha que ele criava preencher
o local onde estávamos. Sentindo seus batimentos cardíacos de forma tão

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lenta e calma, como se o próprio corpo estivesse exausto demais para
trabalhar.
Fechei meus olhos esperando pela escuridão e frio do seu quarto, mas
recebi em troca o calor e sol intenso em minhas costas. Abri os olhos,
confusa.
Olhei para os lados vendo o castelo a uma boa distância,
provavelmente uns 4 metros de distância. Vendo que estávamos longe do
quarto e que Vensen havia errado feio em seus cálculos.
Olhei de volta para meu alienígena, que suava em bicas a minha
frente, tremendo e olhando além de mim. Apertei ele mais perto do meu
corpo, vendo sua boca ficar em um tom doentio de verde, o cheiro em sua
pele se tornará mais forte.
– Vensen, o que esta acontecendo? – perguntei, confusa.
Ele não teve tempo de me responder, seu corpo caiu inconsciente no
chão, frio e vulnerável.
Gritei com todo o ar em meus pulmões, me jogado sobre ele e
tentando acorda-lo. Vensen estava ficando cada vez mais frio, completamente
fora do nosso mundo.
Olhei ao redor procurando por algo, por alguém.
Eu precisava de ajuda! Porra! Vensen!
Passei minhas mãos por baixo do seu braço, e com a pouca força que
tinha comecei a empurra-lo para o castelo, mesmo que demorasse não o
deixaria para trás.
– Socorro! – gritei, puxando meu macho com força.
Eu o levaria assim, o ajudaria. Custe o que custasse. Eu o faria.

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CAPÍTULO 13: CULPA DA
DOENÇA
“ Eu tinha pouco tempo, e gastaria o pouco que havia me sobrado
com ela. Sempre com ela, tentaria o meu melhor para que nossos últimos
dias juntos fossem tranquilos. ”.

Vensen

Acordei com a luz azul em meu rosto, Vrix jogava uma nova luz em
meu rosto, parecia irritado comigo.
– O que houve? – perguntei, tentando me sentar.
Meu irmão de luta colocou seu tentáculo no meu ombro, havia
preocupação em seu olhar, até mesmo culpa.
– É a Lexie? – perguntei, preocupado pelo seu olhar.
– Não, Lexie esta bem. - Respondeu, dando de ombros. – Ou o mais
perto disso.
– Como assim? – perguntei, tentando me sentar novamente.
Vrix me olhava com julgamento, sério e preocupado.
– Eu te disse para não abusar, eu te avisei que o veneno do baratiano
iria te enfraquecer. Não precisava se transportar para arena e piorar a sua
situação. – havia preocupação em sua voz, como uma mãe que repreende o
filho.
Dei de ombros, fingindo casualidade.

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– Vocês me encontraram, esta tudo bem.
Vrix me fuzilou com o olhar, furioso, provavelmente.
– Sim, te encontramos... – falou baixo, se afastando. – Porque Lexie te
carregou até o castelo berrando, só por isso.
– Lexie? – pisquei, confuso.
– Sim, a humana é forte. – ele sorriu, satisfeito. – A garota te carregou
por uma boa distância, você realmente a deixou preocupado.
Engoli em seco.
– Ela sabe? – perguntei.
– Que você esta morrendo? – perguntou, me corrigindo. – Sim! É
meio difícil negar isso, quando uma fêmea te carrega preocupada.
Olhei ao redor, procurando por minha fêmea.
– Onde ela esta? – perguntei, ansioso.
– Dormindo, sabe, foi bem difícil faze-la sair do seu lado pelos
últimos seis dias. – confessou.
Arregalei os olhos, surpreso.
– É muito tempo. – confessei.
– Você usou uma boa carga de energia vital no baratiano, e continuou
usando sem freio depois disso o que tinha sobrado. –afirmou.
Ficamos em completo silêncio, até que me sentei na borda da maca,
respirando lentamente.
– Me pareceu irrelevante já que vou morrer de qualquer forma. – dei
de ombros.
Vrix concordou, havia tristeza em seu olhar.
– Eu testei de todas as formas Vensen, mas a raça dele só entrega o
antidoto de boa vontade. Tentei coletar amostrar da cabeça, mas todas
coalhavam porque já estava morto.
Engoli em seco, entendendo o que ele queria me dizer.

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Havia acordado de um coma para saber que iria morrer, para estar
ciente de que não veria Lexie transformar meu maior trauma em um local
agradável para minha família de luta.
– Avise Kruts, ele precisa saber. – informei.
– Sobre?
– Que vou morrer, que Lexie ira reformar a arena. – expliquei, sério.
– Ele precisa saber que ela não é o inimigo, que pode confiar nela, deve
prometer que não a irá machucar quando eu morrer.
– Vensen...
– Você e Vrid também. – mencionei. – Devem me jurar, que cuidaram
de Lexie quando eu partir.
– Pare com isso! – falou bravo, em um tom sério. – Eu não o ajudei
para vê-lo morrer, irmão!
Sorri, olhando para o teto.
– Mas aconteceu irmão, os Deuses me permitiram viver com o sangue
de tantos nas mãos para agora morrer quando acabo de encontrar minha
parceira. Irônico, não?
– Vensen! – chamou Vrix, furioso.
Olhei para meu irmão de luta, seus olhos transmitiam água, ele
chorava ao repetir meu nome pela segunda vez. Vrix nunca foi o tipo que
chorava, isso era algo que Vrid compartilhava por ser o irmão sentimental da
dupla.
E ali, Vrix demonstrava o quanto isso o afetava.
Fiquei em silêncio, observando-o de volta.
– Me prometa que irá cuidar dela, quando partir, Vrix. – pedi,
quebrando o silêncio do ambiente.
Ele mexeu a cabeça para cima e para baixo, em um gesto humano que
Lexie fazia bem, e o havia ensinado mesmo que indiretamente.
Droga! Ela nós afetava tão bem.

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Doce humana, minha humana.
– Sim, irmão. A protegeremos.
Concordei, voltando a me deitar na maca.
– E agora? – perguntei.
– Vou verificar o novo estrago na ferida, verificar se tivemos algum
progresso com os remédios e... procurar outro método caso não tenha dado
certo. – informou, pegando a espátula de coleta.
– Ótimo.

Os próximos dias foram intensos, pulando entre a sanidade e a


inconsciência, dormindo pela manhã e acordando de madrugada. Vrix
confirmava que Lexie via me ver pela manhã, e só saia do meu lado a noite,
mas como minha tendência era acordar apenas de madrugada, não a via na
área do hospital.
Vrid já a havia obrigado a dormir na cama, justificando que seria
melhor para ela, que se cuidasse para poder cuidar de mim.
Engoli em seco, imaginando quanta falsa esperança estavam dando a
ela.
Caminhei lentamente pelo castelo, sentindo minha pele queimar,
sentindo cada fibra do meu corpo gritar, mas minhas luzes sabiam onde
deveriam estar.
Sabiam exatamente onde queriam estar, e eu os levaria a ela, a nossa
doce Lexie.
Abri a porta, sendo saudado por uma linda vista.
Lexie dormia de forma angelical na cama, apenas de camisola fina, fui
até ela passando meus dedos por sua espinha. Ela gemeu ao meu toque, se
remexeu na cama e abriu os olhos.
Confusão e alegria brilharam em seus olhos, sendo tomado pro
surpresa enquanto me abraçava.

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– O que esta fazendo aqui, Vrix disse que...- começou.
– Vim me despedir, meu amor. – respondi, me sentando no canto da
cama.
Ela piscou confusa, chacoalhando a cabeça de um lado a outro.
– Que papo é esse, Vensen? – ela arqueou as sobrancelhas.
– O veneno do baratiano acabou comigo. – expliquei. – Vrix tentou,
mas não conseguiu extrair o antidoto da cabeça dele.
– Mas devem haver outro da raça dele! -Argumentou, se ajoelhando
na cama.
– Não é a mesma coisa, cada baratiano cria um veneno especifico,
esse ai tinha veneno para purificação. Por isso sentia um cheiro ruim, esta no
meu corpo, no meu sangue.
Houve um longo momento de silêncio, Lexie engoliu em seco.
– E se...
– Acabou Lexie, eu vou morrer. Não tem o que fazer. – rebati.
Ela piscou, surpresa.
– Você me disse que faríamos uma casa com a antiga arena.
– E faremos. – afirmei, passando meus dedos por seu cabelo macio,
experimentando a textura. – Garantirei que tenha tudo o que precisa para
deixar do seu agrado, fiz Vrix prometer que a ajudaria com tudo.
– Mas...- ela gaguejou.
– Garantirei que tenha um lar aqui, no meu planeta. Entendeu, Lexie?
Vrix e Vrid a deixaram segura, não vai precisar se preocupar com nenhum
macho a obrigando a transar.
– Vensen...
– Os gêmeos gostam de você, dê uma chance a eles quando partir. –
sorri, pensando em como a iriam testar os limites rapidamente. – Vrix e bem
cabeça dura, mas com insistência vai aprender a respeitar suas opiniões.
Vrid e sentimental, vai apoiar tudo que decidir.

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– Para, por favor! – pediu, com a voz trémula.
Olhei para minha mulher, vendo lágrimas tomarem suas bochechas.
Passei meu polegar por sua pele, sentindo a textura do seu rosto sob a palma
da minha mão.
Lexie fechou os olhos, respirando devagar, olhando-me como se
importasse.
– Por que esta me dizendo isso, Vensen? Por que agora? – perguntou
por fim, fazendo a única pergunta que não gostaria de responder.
Encostei minha testa na dela, sentindo o calor do seu corpo tão perto
do meu, fechei meus olhos, respirando fundo.
– Quando a minha raça esta nas últimas, temos um surto de
adrenalina... uma última carga antes de morrer. Então... – engoli em seco. –
Então temos um surto de energia, dura poucas horas antes de definhar.
– Vensen! – choramingou no meu colo, pousei minha mão em sua
nuca permitindo que ela chorasse.
Colocasse a dor para fora.
– Por favor, parceira. Me permita uma última noite, me deixe morrer
nos seus braços. – supliquei, me aninhando na cama. – Como na noite em que
nós conhecemos.
– Sim
Deitei atrás de Lexie, sentindo seu corpo quente junto ao meu,
sentindo a textura macia e suas curvas. Passei minha mão por sua cintura,
puxando-a para perto de mim.
– Eu te amo, Lexie. –confessei, beijando sua cabeça.
Lexie se encolheu, segurando o choro.
– Eu também te amo, muito... – respondeu, forçando para que a voz
não a traísse.
Eu a estava torturando assim, demonstrando meu amor, ciente de que
não estaria aqui, dia após dia para prova-la.
Que por fim, teríamos tão pouco tempo juntos.

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– Durma, minha fêmea.
– Tenho medo de dormir.
– Por que? – perguntei, curioso.
Houve um longo momento de silêncio, até que ela me respondesse
coma voz trémula e magoada.
– Tenho medo de que morra, porque fechei meus olhos. – confessou.
– Eu já estava marcado para morrer muito antes de você chegar Lexie.
– confessei, brincando com a curva da sua barriga. – Só fui um bastardo de
sorte por tê-la encontrado antes, e ver os pequenos prazeres dessa vida ao
seu lado.
– Vensen...
– Feche os olhos, Lexie. – pedi. – Sonhe comigo, sonhe que estamos
em algum lugar bonito... que estamos em um lugar e teremos todo o tempo do
mundo! Sonhe por mim.
Nenhum dos dois falou mais, Lexie começou a cochilar no meu colo.
Aninhada com seu corpo contra o meu, respirando lentamente até que
adormecesse.
Não demorou para que acontecesse o mesmo comigo, para que caísse
em um sono profundo e lento. Sentindo minha energia esgotar, sentindo que
estava agora com os próximos minutos marcados.
Que os deuses aninhavam sua foice para cortar a minha corda, para
me chamar em outro lugar, para me levar da única fêmea que me interessou.
“Gostaria que tivéssemos tido mais tempo, Lexie.” – pensei,
enquanto caía no sono profundo.
– Eu te amo, parceira. - sussurrei baixo, com os olhos pesados.

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CAPÍTULO 14:
PERSISTÊNCIA
“ Jamais imaginei que veria uma fêmea tão preocupada por seu
macho, mas ali estava Lexie. Berrando comigo e me mandando se ferrar,
me ordenando a dar um jeito de cura-lo ”.

Vrix

No cansaço acabei dormindo no meu laboratório, mas acabei sendo


acordado com uma Lexie furiosa, gritando e me fazendo acordar no susto.
– Vrix! – gritou, entrando furiosa.
Pulei da cadeira, surpreso e recém acordado.
– Olá para você também, Lexie. – rebati. – Bom dia! – falei, sabendo
que esse era um comportamento habitual humano.
Ela cerrou os olhos, cruzando os braços e me olhando de forma
intensa e mal humorada.
– Não é dia, ainda é madrugada Vrix!
Repeti o movimento, cruzando os meus braços assim como ela que só
fez revirar os olhos em retribuição ao meu gesto.
– Então boa madrugada! – respondi. – E até amanhã, vou para a minha
cama dormir. – me virei em direção a porta.
Estava se tornando um péssimo habito dormir no laboratório,
principalmente sentado na cadeira.
– Não Vrix, por favor. – pediu.

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– O que houve? - perguntei preocupado, percebendo que Lexie não
havia vindo aqui apenas para me acordar.
Olhei ao redor, percebendo que Vensen não estava mais ali, sua maca
estava vazia no final do laboratório.
Ela começou a mexer as mãos, batendo com o pé no chão, irritada.
– Ele esta nas últimas, ele acordou e foi até o meu quarto. –explicou.
Engoli em seco entendendo bem, a raça de vagalama era conhecida
por dar um último pico de energia antes da morte, para um habitat natural
isso era a oportunidade para a fêmea defender seus filhotes, para um macho
terminar suas pendências. Para Vensen, parecia o momento de ficar com
Lexie uma última vez.
– Sinto muito. – disse, voltando a me sentar.
– Deve ter algo... – suplicou.
– Se tivesse eu faria, Lexie. Você sabe disso, Vensen é como um irmão
par mim e Vrid, e faríamos tudo por ele.
– Mas?
– Mas o antidoto morreu junto do baratiano, qualquer coisa dentro
daquela cabeça. – apontei para o vidro transparente com a cabeça do
maldito cheia de produtos químicos para conservar. – Fica coalhada quando
tiro, eu nem tenho a oportunidade de replicar porque estraga antes que
consiga coletar devidamente.
Ficamos em silêncio, Lexie caminha até a cabeça e permaneci ali por
alguns segundos observando o que antes foi seu pior pesadelo em forma de
macho.
Ódio e rancor tomaram conta de mim, imaginando aquela fêmea forte
sendo maltratada por outro macho, sendo feita de brinquedo.
– E se você testasse a minha pele? – perguntou, se virando com um
brilho peculiar.
– Como assim? – perguntei, confuso.
– Quando o maldito ai me queimou eu sobrevivi, não é?

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– Sim? – perguntei, ainda sem entender. – Mas o que...
– Se ele produz veneno de putrefação, e eu sobrevivi a ele é porque
me deu o antidoto quando fiquei inconsciente. – explicou, mostrando a
cicatriz que ia do pescoço até o braço. – Você nunca precisou dele, Vrix!
Precisava de mim.
Arregalei os olhos, indo até ela, verifiquei sua pele com cautela
observando cada detalhe onde havia cicatrizado. Por fim concordei,
apontando para a maca.
– Deite-se, vamos testar sua teoria, humana. – ordenei, rapidamente. –
E Lexie.
– Sim? – falou, já deitada.
– Acho que no final, você acabou nos salvando. – sussurrei. –
Obrigado.
Seus olhos pousaram nos meus, havia esperança ali, por Vensen.
– Faça! Ele esta bem mal. – comentou.
Passei a pequena faca em sua cicatriz, a carne estava tão morta que
Lexie sequer reclamou do corte. Continuei até que encontrasse o tecido
grosso, em uma textura de azul escuro perto da sua veia.
Não foi difícil adivinhar, afinal, o músculo e pele de humanos variava
da cor vermelha até branco, e não havia visto nada na sua anatomia que
tivesse a cor em azul borbulhando rapidamente, abaixo da cicatriz de
queimadura.
– Vou extrair para testar. – expliquei, cortando um bom pedaço do
tecido que se mexia sob sua pele.
– Tudo bem. – respondeu, fechando os olhos.
Ela apertou a maca, segurando a boca para não gritar de dor. Um
sorriso largo tomou meus lábios, Vensen havia tirado a sorte grande
reivindicando uma fêmea tão forte como Lexie.
Ele estava certo, ela é forte. Só precisava ser lembrada disso.

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CAPÍTULO 15: PRONTO
“ Eu estava preparado para tudo, menos para isso. Para aquele
momento, em que abriria meus olhos e a veria assim, linda, perfeita. ”.

Vensen

Meu corpo foi cedendo a dor, tentei apertar Lexie contra mim, para
que a dor fosse menor durante o processo. Mas ela não estava ali, abri meus
olhos.
O quarto estava vazio, olhei para todos os lados e nada dela.
– Lexie! – chamei alto e em bom som.
Completo silêncio.
Fechei meus olhos, não havia muito agora que pudesse fazer quando
mal comandava o meu corpo. Deixei que a escuridão me levasse para
inconsciência novamente, respirando com dificuldade agora que o meu corpo
começava a parar de funcionar com as toxinas do baratiano levando a
melhor.
Senti uma picada na ferida sob minhas costas, tentei abrir os olhos
mas o meu corpo não respondia, tentei gritar, mas meu corpo não respondia.
Tentei mover meu dedo, não houve nada.
A escuridão me puxou.
E sabia que a última lembrança que teria era do corpo dela, do cheiro
dela, da imagem dela.
E isso era mais do que poderia pedir.

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Uma luz forte me fez abrir os olhos, pisquei completamente confuso


com tudo.
Por fim, foram as mãos de uma doce humana que me fizeram relaxar
entre as amarras, me tranquilizaram.
– Esta tudo bem! – sussurrou, no meu ouvindo.
– Lexie? – falei, ainda tentando me acostumar com a luz forte e
branca. – Eu morri? Você é o meu anjo?
Ela gargalhou, beijando a minha testa.
– Não, Vensen. Você esta bem vivo, amor.
– Como? – perguntei, conseguindo vê-la melhor.
– Foi o Vrix ele conseguiu. – ela deu de ombros.
– Mas o antidoto. – comentei.
– Ele conseguiu, e é isso que importa. – respondeu.
Meus olhos se adaptaram a luz, a imagem de uma Lexie magra e
cansada apareceu.
Havia um enorme esparadrapo por todo o seu tórax como se Lexie
tivesse sofrido algum acidente ou luta, tentei tocar seu ferimento mais ela
recuou.
– O que houve? – perguntei.
– Vrix extraiu o antidoto do baratiano de mim, acabou fazendo uma
bagunça, nada demais.
Engoli em seco, pedindo para que se aproximasse, quando o fez, a
beijei na testa.
– Obrigado.
– Era o mínimo que podia fazer.
Ela me abraçou, e por algum motivo estranho senti que minha casa
não era um lugar, mas uma pessoa.

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Era Lexie, a ex escrava, a ex humana leiga.
A desbravadora, a destemida.
– Eu te amo, Lexie. – falei.
– Eu também te amo, Vensen. – respondeu, beijando meu nariz.

As próximas semanas de cuidado foram difíceis, havia passado mais


sete dias em coma com o antidoto, Vrix teve que arrancar a pele podre e
consecutivamente acabei de cama por isso.
Nunca desistindo, se não por mim, por Lexie que havia sofrido
novamente para poder me salvar.
Ela merecia que lutasse por mim, por ela, por nós.
Pelo nosso futuro.
E foi o que fiz, dia após dia, durante um longo mês.
– Tenho algo para te mostrar. – disse Lexie sorridente, com um tablete
de Vrix na mão.
Arqueei as sobrancelhas confuso, ela revirou os olhos e veio perto
mesmo assim.
Desde que Lexie havia entrado em minha vida, nunca mais a vi com
outra cor além do verde. E agora que ela usava um vestido preto, tudo que
sentia era inveja pela cor estar tão perto da sua pele.
– Diga, companheira. – pedi.
Lexie abriu uma imagem em 3D da arena, ou melhor, do que um dia
foi a arena.
Ela havia fechado o teto com vidro transparente, recriado algum
setores e pintado de cinza escuro com branco para as vigas principais.
– Lindo. – comentei, vendo o gramado ao redor da arena como me
lembrava bem aparado.

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– Foi a maneira que encontrei para não surtar esse último mês. – ela
deu de ombros. – Achei que seria bacana só... aprender.
– Compreendo. Eu amei. – falei, sendo sincero. – Será uma boa casa.
– Uma ótima. –falou orgulhosa.
Mexi na imagem 3D, verificando alguns ângulos melhor.
– O que é isso aqui? – perguntei confuso, já que era o único cômodo
em um tom rosa claro.
– Um quarto para o bebê. – confessou, com o rosto vermelho.
Arregalei os olhos, preocupado e surpreso com sua afirmação.
– Você esta grávida? – perguntei, surpreso e feliz.
– Não! Não! – ela se corrigiu, ficando ainda mais vermelha. – Vrix
disse que a cirurgia para retirada de antidoto iria mexer com meus
hormônios por alguns meses, principalmente porque ele havia retirado o
implante de anticoncepcional no processo sem querer.
– E deseja colocar outro? Posso providenciar com algum conhecido.
– perguntei, preocupado.
Lexie sorriu, de forma carinhosa enquanto tocava meu tórax com
carinho.
– Não, eu gostaria de ver onde as coisas entre nos iram. Nada de
implantes, eu passo.
Sorri satisfeito com sua resposta, imaginando uma mini Lexie
correndo pela arena e irritando Vrix em seu laboratório na primeira
oportunidade.
– Eu também, Lexie. Eu também. – respondi, beijando sua testa.
– Hey pombinhos, se desgrudem! –gritou Vrid no fim do corredor,
carregando alguns alimentos na nave.
Ele estava aprontando a nave curta para pequenos alcances, tinha
bastante comida e bebida ali. O que me dizia bem para onde poderia estar
indo, entre a floresta de Kruts e o chalé na divisa da floresta.

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– O que esta fazendo com tudo isso? – perguntei a Vrid, me
aproximando e vendo a enorme sacola de perecíveis.
– ​Receberei algumas visitas no outro lado do planeta. – respondeu
sério, havia preocupação em sua voz.
– Que visitas? – perguntou Lexie, cruzando os braços como uma mãe
preocupada.
– Dois guerreiros que me devem uma. – respondeu. – Eles estão
trazendo uma companheira com eles.
– Pera.... tipo um trisal? – perguntou Lexie, beirando entre surpresa e
curiosidade. – Uau! Garota de sorte.
Olhei-a de canto de olho, me perguntando se ela dizia isso apenas
para me irritar além do habitual, por fim a pressionei contra minha ereção
dura sussurrando em seu ouvindo.
– Você não precisa de dois paus querida, não quando posso preencher
os seus três buracos simultaneamente. – prometeu.
– Parem com isso! – suplicou Vrid, resmungando.
O ignorei, puxando Lexie pela cintura para mais perto de mim,
beijando seus lindos lábios cor de cereja. Agradecendo aos deuses por
termos tempo, por termos todo o tempo do mundo.
– Eu te amo, Lexie. – falei, beijando sua testa.
– Eu também te amo, Vensen! – respondeu, beijando meu queixo.
Seus olhos brilhavam, minha luz serpenteou até seu queixo, puxando
para cima. Beijei seus lábios com vontade, chupando sua carne macia.
– Eu também amo vocês. – respondeu Vrid, subindo na nave.
– Engraçadinho! – falou Lexie, revirando os olhos. – Se comporte,
hein!
– Igualmente, casal. – sorriu.
– Cuidado Vrid. – pedi, sério. – Não deixem saber desse lado do
planeta, não até ter certeza que são confiáveis – olhei para Lexie, sabendo
que era tudo que me importava.

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– Pode deixar. – concordou, sério. – Vrix esta avaliando tudo, se eu
ver algo de estranho cancelo a hospedagem deles aqui no minuto seguinte.
– Justo. – concordei. – Faça uma boa viagem irmão.
– Obrigado, irmão. Façam uma boa... – ele parou, pensando no que
dizer. Por fim sorriu, de bom humor. – Esquece.
Lexie ficou vermelha de vergonha, ignorando Vrid até que ele ligasse
o motor da nave e partisse.
– Onde estávamos? – perguntei, pegando-a no colo.
Ela gritou, se aninhando ao meu corpo.
– Algo sobre foder todos os meus buracos. – piscou.
– Porra! – falei.
– Espero que tenha muito, querido. – mordeu o lábio, me provocando.
– Lexie...
– Vensen. –ela piscou.
E ali eu soube, tinha tudo o que queria e precisava.
Eu era finalmente um ex escravo livro e feliz, vivendo.
E sabia que com Lexie ao meu lado eu teria meu sonho mais profundo
realidade, iria constituir uma linda e prospera família.
Céus! Eu era afortunado, e não do tipo que dinheiro compra.

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EXTRA
ARRAX E AJAX
Dragomens: Raptada por Arrax e Ajax – Livro III

Debora tinha uma única tarefa hoje, comprar uma lingerie sexy e
provocativa pra um encontro com um cara do aplicativo bem gostoso, o que
ela ganhou disso? Acordou em um planeta desconhecido sem o seu soco
inglês, spray de pimenta ou teaser para se defender dos monstros com
tanquinho.
Arrax e Ajax são os gêmeos convocados por Zeff para buscar as
cobaias femininas na Terra, o problema? Descobrir que a companheira deles
é uma das mulheres raptadas, e que, será usada para os experimentos de
procriação de Zeff se eles não interferirem de alguma maneira.
Quanto tempo eles vão aguentar, fingindo que não foram afetados por
ela? Quanto tempo eles vão aguentar vendo a sua companheira predestinada
completamente inconsciente e indefesa?

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BOOKS BY THIS AUTHOR
O Sequestro De Zyan : Livro 01
JULIA é a dona de uma loja de lingeries que se vê sequestrada junto das outras mulheres da sua loja
por Alien's para procriar com a raça Dragomen e criar novas gerações após uma peste que dizimou
todas as femeas de seu planeta, restando apenas machos famintos e desesperados por companhia
feminina.
ZYAN é o rei de DragonLane e se vê tendo que apoiar a ideia de seu irmão cientista Zeff em
sequestrar as humanas para que elas produzam herdeiros híbridos para o seu planeta em plena extinção,
o que ele não esperava era descobrir que elas não só eram compatíveis com eles em nível genético
como também conseguiam desenvolver um laço de parceria.
E agora, mantê-las em jaulas como incubadoras ou aceita-las como companheiras predestinadas?

A Experiência De Zeff: Livro 02


Victoria é uma garota experta e determinada que acabou entrando no lugar errado é na hora errada,
determinada a fazer de uma situação ruim algo bom em sua vida ela resolve aproveitar o belo alien
dragão que tem inundado a sua cabeça com ideias obscenas, o que ela não espera é descobrir o real
motivo para estar no planeta dele.

Zeff é o cientista de seu planeta que vê nas mulheres da terra a oportunidade para manter o seu povo
longe da extinção, o que ele não espera em seu plano eficaz e perfeito é, descobrir que uma das
humanas raptada é a sua companheira predestinada. Agora, resta a ele decidir o que vale mais em sua
vida: Seu experimento ou sua companheira? Será que o amor vale o risco? Ela escolherá ele entre
tantos?

> ESSE É UM CONTO PARA RESSACA LITERARIA


> CONTEM GATILHOS

A Rainha Dos Nagarianos


Quando Lucy resolveu vandalizar o fórum para demonstrar sua indignação ao ser marcada como futura
esposa dos extraterrestres, ela jamais imaginou que isso resultaria em prisão por "terrorismo". Agora ela
terá de fazer uma escolha: se casar com o rei naga ou ser executada por terrorismo em seu planeta.

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Ela não sabe nada sobre sua raça, nada sobre seu povo, da cultura, exceto que eles tem presas,
escamas e uma cauda longa e sem controle. Ela só tem que provar que o rei é um péssimo marido para
a raça humana.
Zaron parece ter outros planos para sua humana petulante e respondona. Ele é grande, bruto e
intimidador mesmo para sua raça. No entanto, como ela pode seguir seu plano de prova-lo um péssimo
marido e permanecer indiferente quando ele faz de tudo para agradá-la e conhecer sua cultura e seus
prazeres?

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ABOUT THE AUTHOR
Samila A. Pereira

Sou uma escritora brasileira iniciante, cheia de ideias em tempo integral. Espero que gostem da minha
escrita e se sinta inspiradas pelo poder da fantasia que a escrita proporciona.

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