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CP – Código Penal
UC - Unidade de conta
São, pois, uma contrapartida devida pelos particulares e pelo Estado e demais
entidades públicas quando recorrem aos serviços judiciais para resolução de
conflitos.
Temos assim, numa mesma causa do ponto de vista processual (realidade que
congrega todo o processado – o relativo à ação, a modificação subjetiva da
instância decorrente do incidente de intervenção de terceiros e o recurso
ordinário da decisão), três processos autónomos no que respeita à aplicação
do RCP e quanto às custas a final.
1
A Lei n.º 53-B/2006, de 29 de dezembro, instituiu o IAS, em substituição da retribuição
mínima mensal, constitui o referencial determinante da fixação, cálculo e atualização dos
apoios e outras despesas e das receitas da administração central do Estado, das Regiões
Autónomas e das autarquias locais. O IAS é atualizado anualmente com efeitos a partir do dia
1 de janeiro de cada ano, relevando o crescimento real do produto interno bruto, entre outros
indicadores de referência. O Decreto-lei 323/2009, de 24 de dezembro, suspende o regime de
atualização anual do indexante dos apoios sociais (IAS), das pensões e de outras prestações
sociais atribuídas pelo sistema de segurança social.
2.3. Atualização
2
Tal não se verifica na prática uma vez que o valor da UC - € 102,00, fixado nos termos do
artigo 22.º do Decreto-lei n.º 34/2008, de 26 de fevereiro, se mantém inalterável até ao ano de
2017.
Uma ação é proposta em outubro de 2018, momento em que a UC tem o valor de 102,00 €.
Para esta ação o valor da UC está fixado em 102€, com base no qual o réu auto liquidará a
sua taxa de justiça, sendo irrelevante uma eventual alteração posterior.
Porém, se um incidente for deduzido em ano posterior, a taxa de justiça do incidente será
determinada em função do valor da UC daquele ano.
Exemplo:
Exemplo:
alínea a)
alínea b)
alínea c)
alínea d)
alínea e)
alínea g)
alínea h)
alínea i)
alínea j)
5
Relativamente à questão da responsabilidade pelo pagamento das custas nos processos
tutelares educativos, a mesma encontra-se prevista no n.º 2 do artigo 11.º da Portaria n.º 419-
A/20009, de 17 de abril.
alínea l)6
alínea m)
6
A presente redação foi introduzida pelo artigo 13.º da Lei n.º 49/2018 e entrou em vigor a
10/02/2019.
alínea o)
alínea p)7
alínea q)
7
Anterior alínea l), alterada pelo Decreto-lei n.º 126/2013, de 30/8.
alínea r)
alínea s)
alínea t)
alínea u)
Exceção: “(…) salvo no que respeita às ações que tenham por objeto litígios
relativos ao direito do trabalho”.
alínea v)9
alínea x)10
8
cfr. artigos 21.º, 27.º e 44.º, todos do CIRE
9
Alínea introduzida pelo artigo 185.º da Lei n.º 66-B/2012, de 31 de dezembro.
alínea z) 11
alínea aa) 12
10
Alínea introduzida pelo artigo 6.º da Lei n.º 72/2014, de 2 de setembro.
11
Alínea introduzida pelo artigo 207.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março.
12
Alínea introduzida pelo artigo 265.º da Lei n.º 42/2016, de 28 de dezembro.
alínea a)
alínea b)
alínea c)
13
Esta condição de atribuição do benefício de isenção objetiva reporta-se unicamente aos
processos administrativos urgentes relativos ao pré-contencioso eleitoral.
alínea d)
alínea f)
Assim, são devidas custas nos processos promoção e proteção sempre que a
medida aplicada não constituir uma alternativa a medida de acolhimento
institucional.
14
Cfr. Lei n.º 115/2009, de 12 de outubro.
15
Cfr. artigos 173.º e seguintes do Código de Processo do Trabalho.
alínea h)16
É um limite que incide sobre todas as isenções, exceto a prevista na alínea a) do n.º 1
do mesmo artigo.
16
A presente redação foi introduzida pelo artigo 13.º da Lei n.º 49/2018 e entrou em vigor a
10/02/2019.
A regra geral para fixação da base tributável resulta do artigo 11.º do RCP, que
remete para as regras previstas na lei de processo respetivo, n.º 3 do artigo
296.º do CPC.
Já no que ao valor da ação determinado pelo valor do ato jurídico diz respeito -
artigo 301.º do CPC - atende-se ao valor do ato, relevando o estipulado pelas
partes ou o preço.
O valor da ação pode ainda ser determinado pelo valor da coisa, nos termos do
artigo 302.º do CPC, e nestes casos atende-se em regra ao valor da mesma.
Cabe, todavia, ao juiz a sua fixação, nos termos do n.º 1 do artigo 306.º do
CPC, devendo, em regra, ser fixado no despacho saneador ou, nos casos em
que não haja lugar a despacho saneador, na sentença, nos termos do n.º 2 do
artigo 306.º CPC.
Havendo recurso, sem que esteja fixado o valor, o Juiz fixa-o no despacho
referido no artigo 641.º do CPC, conforme dispõe o n.º 3 do artigo 306.º do
CPC.
Nos processos cujo valor é fixado pelo juiz da causa com recurso a critérios
indeterminados e não esteja indicado um valor fixo, sem prejuízo de
posteriores acertos quando for definitivamente fixado o valor, alínea f) do
número 1.
A taxa de justiça consiste numa espécie tributária (n.º 2 do artigo 3.º e n.º 2 do
artigo 4.º, ambos da L.G.T.) cujo pressuposto assenta na concreta prestação
de um serviço público, no caso o serviço público de justiça a cargo dos
tribunais, no exercício da função jurisdicional - artigo 202.º da CRP.
São ainda sujeitos passivos de taxa de justiça, aqueles que, por decisão
judicial assim sejam considerados. Nestes casos, a taxa de justiça não é
objeto de pagamento prévio pelo responsável.
Tem como consequência a atualização da taxa paga pelo impulso, nos casos
da Tabela I-A e Tabela I-B, para os valores da Tabela I-C (número 5 do artigo
6.º do RCP), e nos casos de incidentes ou procedimentos, Tabela II-B, o valor
determinado pelo juiz, dentro dos limites ali estabelecidos, número 7 do artigo
7.º do RCP.
17
desde o início
O recurso aos meios eletrónicos quando tal não seja obrigatório determina uma
redução de 10% ao valor da taxa de justiça resultante da tabela, n.º 3 do artigo
6.º do RCP, devendo a parte entregar todas as peças processuais através dos
meios eletrónicos disponíveis.
Releva assim, saber quais os casos em que o recurso aos meios eletrónicos é
obrigatório.
Determina o n.º 1 do artigo 144.º do CPC que os atos processuais que devam
ser praticados por escrito pelas partes são apresentados a juízo por
transmissão eletrónica de dados, remetendo os termos para portaria, no caso a
Portaria n.º 280/2013, de 26 de agosto.
Este diploma, que regula alguns dos aspetos da tramitação eletrónica dos
processos judiciais nos tribunais de 1.ª instância, n.º 1 do artigo 1.º, exclui de
imediato os tribunais superiores e os tribunais da jurisdição administrativa e
fiscal, delimitando, por seu turno, o artigo 2.º o âmbito de aplicação da
obrigatoriedade da prática de atos por meios eletrónicos.
Assim, no tocante à parte não condenada a final e uma vez que não será
elaborada conta da sua responsabilidade, deverá a secretaria, notificar aquela
parte para pagar o remanescente devido, no prazo de 10 dias após o trânsito
em julgado da decisão que ponha termo ao processo.
“Além dos € 275.000,00, ao valor da taxa de justiça acresce, a final, por cada €
25.000,00 ou fração (…)”
O Autor intentou uma ação comum contra Réu, no montante de € 355.000,00. Aquando do
pagamento do impulso processual, ambos liquidam a taxa tendo por referência o valor no
montante de € 275.000,00.
A final, considerando que apenas o Réu foi o responsável por custas (100%), a secretaria
imputará na conta de custas o valor da taxa de justiça referente ao cálculo do remanescente,
ou seja:
1º Verifica-se qual o valor do remanescente que ainda não foi alvo de tributação;
2º Após, e tendo apenas em consideração o valor dos € 80.000,00, calcula-se quantas vezes €
25.000,00 ou fração cabe em € 80.000,00;
O resultado deverá ser lido da seguinte forma, 3 (€ 25.000,00) mais 0,2 (fração de €
25.000,00).
Nos demais casos aplica-se a tabela I, nos termos do n.º 1 do artigo 7.º do
RCP, aqui se incluindo o recurso da decisão arbitral ou o recurso subordinado
nos processos de expropriação, n.º 3 do artigo 7.º do RCP.
O n.º 6 do artigo 530.º do CPC determina que, sempre que uma sociedade
comercial seja parte ativa em providências cautelares, ações, procedimentos
ou execuções, e tenha dado entrada em qualquer tribunal, secretaria judicial ou
balcão, no ano anterior, a 200 ou mais ações, a taxa de justiça18 obedece aos
critérios fixados no n.º 3 do artigo 13.º do RCP.
18
O Fundo de Modernização da justiça (FMJ) foi criado pelo decreto-lei n.º 14/2011, de 25 de
janeiro. Constitui receita do FMJ, designadamente as decorrentes do produto do agravamento
da taxa de justiça aos grandes litigantes, conforme dispõe a alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º. O
ato de conciliação do DUC ao processo e os atos de realização da conta de custas, são os
procedimentos adotados no SCJ para a adequada afetação das verbas.
De acordo com as disposições conjugadas do n.º 6 do artigo 530.º do CPC e n.º 3 do artigo
13.º do RCP, a taxa de justiça obedece aos montantes previstos nas tabelas I-C ou II-B,
atendendo ao caso concreto e sempre que a parte ativa (autor, requerente, exequente), seja
uma sociedade comercial que tenha dado entrada num tribunal, secretaria judicial ou balcão,
no ano anterior, a 200 ou mais providências cautelares, ações, procedimentos ou execuções.
Conforme dispõe a alínea a) do n.º 1 do artigo 5.º do Decreto-Lei n.º 14/2011, de 25 de janeiro,
50 % do produto do agravamento da taxa de justiça aos grandes litigantes, constituem receita
do Fundo. É por isso essencial assegurar o adequado tratamento contabilístico destas receitas
que constituem parte do financiamento do Fundo. Em causa estão operações no SCJ
relacionadas com o ato de conciliação do DUC ao processo e, em certas circunstâncias, os
atos de realização da conta de custas.
A taxa de justiça pode ser variável, por força classificação da ação pelo juiz
como especial complexidade, ou por expressa previsão na Tabela.
No primeiro caso estão as situações a que seja aplicável a Tabela I-A, que
venham a ser consideradas de especial complexidade.
No segundo caso estão as causas de valor superior a € 275 000,00. Tal como
já anteriormente se explanou, apenas é exigível o montante de taxa de justiça
relativo àquele valor, n.º 7 do artigo 6.º do RCP e tabela I.
5.4.3. Reconvenção
No caso do autor, o valor pago nos termos do disposto no n.º 4 do artigo 7.º do
RCP, aquando da propositura do procedimento, é descontado ao valor da
primeira prestação, conforme o referido no n.º 6 do mencionado artigo.
19
Assim, a comprovação do pagamento prévio é efetuada automaticamente por comunicação
entre o sistema de cobranças do Estado (IGCP), o sistema informático de registo das custas
judiciais (SCJ) e o sistema informático de suporte à atividade dos tribunais (Citius ou SITAF),
através da indicação em campo próprio nos formulários de apresentação de peça processual
constantes do sistema informático de suporte à atividade dos tribunais, a referência que consta
do documento único de cobrança (DUC), encontrando-se, nos termos do n.º 1 do artigo 9.º da
Portaria n.º 280/2013, de 26 de agosto, na redação dada pela Portaria n.º 170/2017, de 25 de
maio, e n.º 1 do artigo 8.º da Portaria n.º 380/2017, de 19 de dezembro, com as alterações
introduzidas pela Portaria n.º 267/2018, de 20 de setembro, dispensado de juntar ao processo
o respetivo documento comprovativo do pagamento.
Observe-se que, nos termos do n.º 5 do artigo 145.º do CPC, sempre que se
trate de causa que não importe a constituição de mandatário e o ato tenha sido
praticado diretamente pela parte, a secretaria deve remeter a notificação para
que a parte proceda ao pagamento ou à apresentação da concessão de apoio
judiciário, sob pena de ficar sujeita às cominações legais, observando o n.º 1
do artigo 21.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de abril.
A lei prevê casos que, quer por se verificarem certas situações na tramitação
processual, quer pela natureza do processo, não há lugar ao pagamento da
segunda prestação da taxa de justiça, dispensando-a. Trata-se do artigo 14.º-A
do RCP.
20
Alínea alterada pelo Decreto-Lei n.º 86/2018, de 29 de outubro.
21
Alínea alterada pelo Decreto-Lei n.º 86/2018, de 29 de outubro.
Nos termos do artigo 558.º do CPC, quando não tenha sido comprovado o
prévio pagamento da taxa de justiça, alínea f) do citado preceito, a unidade
central recusa o recebimento da petição inicial, indicando por escrito o
5.5.7.1.3. Exceções
É relevante referir agora que, sempre que se trate de causa que não importe
a constituição de mandatário e o ato tenha sido praticado diretamente
pela parte, a secretaria notifica oficiosamente, nos termos do n.º 5 do artigo n.º
145.º do CPC, para que proceda ao pagamento ou, em alternativa, à junção de
comprovativo da concessão de apoio judiciário, sob pena de ficar sujeita às
cominações legais.
Caso o não faça, importa a aplicação das cominações previstas nos artigos
570.º e 642.º, ambos do CPC.
Nos demais casos, a taxa de justiça é fixada a final pelo juiz, n.º 9 do artigo 8.º
do RCP, tendo por referência a Tabela III. Quando o juiz não fixe a taxa de
justiça, considera-se a mesma fixada no dobro do seu limite mínimo, n.º 10 do
artigo 8.º do RCP.
Em processo penal e estando em causa atos praticados por pessoa que não
seja sujeito processual penal, as condutas que entorpeçam o andamento do
processo ou impliquem a disposição substancial de tempo e meios são
suscetíveis de tributação em taxa, nos termos do n.º 2 do artigo 521.º do CPP.
Esta tributação é sempre fixada pelo juiz e varia entre 1 e 3 UC.
Estabelece ainda que, para os casos que não estão previstos, não é devido o
pagamento de qualquer taxa, n.º 7 do artigo 9.º do RCP.
Valor da UC = € 102,00
Certidão/traslado/cópia/extratos
Acima de 50 páginas 1/5 UC (€ 20,40) + 1/10 (€10,20) por cada 25 páginas ou fração
Os encargos obedecem aos tipos legais vertidos no artigo 16.º do RCP e são
os seguintes:
A regra geral é a de que cada parte paga os encargos a que tenha dado
origem, n.º 1 do artigo 532.º do CPC, esclarecendo o n.º 2 do citado preceito
que a responsabilidade pelo adiantamento ou pagamento antecipado é da
parte que requereu a diligência ou, quando tenha sido realizada oficiosamente,
22
A este propósito cfr. com o Decreto-Lei n.º 137/2010, de 28 de dezembro (redução de 10%
nas ajudas de custo).
Nos termos do n.º 3 do artigo 23.º do RCP, é permitido à parte contrária pagar
o encargo que a parte requerente não realizou, solicitando guias para o
A parte que não tiver constituído mandatário ou quando não tenha intervindo
agente de execução, não tem direito àquele montante, nos termos do número 5
do artigo 26.º do RCP.
Indicação da parte;
Indicação do processo;
Indicação do mandatário;
Indicação do agente de execução, se for o caso;
Indicação das taxas pagas a título de taxa de justiça;
Indicação dos encargos efetivamente pagos e das despesas
suportadas pelo agente de execução;
Indicação das quantias pagas a título de honorários de mandatário ou
de agente de execução;
Indicação do valor a receber.
23
Alterado pelo Decreto-Lei n.º 86/2018, de 29 de outubro.
A parte vencedora, nos termos do número 3 do artigo 26.º do RCP, tem direito,
na proporção do vencimento, ao pagamento dos seguintes montantes:
Na prática de ato realizada diretamente pela parte, em ação que não importe a
constituição de mandatário, e cumprido o formalismo previsto no n.º 7 do artigo
139.º do CPC, a omissão do pagamento conduz à impossibilidade da prática do
referido ato.
Em consonância com o n.º 5 do artigo 139.º do CPC, o ato pode ser praticado
dentro dos três primeiros dias úteis subsequentes ao termo do prazo, ficando a
Os processos cujas contas apenas impliquem estornos são lançados nos cinco
dias posteriores ao termo do prazo para a reclamação da conta (número 5 do
artigo 7.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de abril).
Ao Ministério Público;
Aos mandatários;
Ao agente de execução;
Ao administrador da insolvência;
Elaborada a conta, são emitidas Guias DUC e remetidas às partes - artigo 27.º
da Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de abril.
Deve por isso ser paga a quantia de 0,5 UC, nos termos do n.º 6 do artigo 6.º
do RCP, aquando do impulso processual do incidente de reclamação.
Em seguida, o processo vai com Vista ao Ministério Público (caso não seja este
o reclamante), após o que o juiz decide (n.º 4 do artigo 31.º do RCP).
São, porém, obrigatórios, por via eletrónica sempre que se trate de pessoas
coletivas ou, em qualquer caso, quando se trate de quantias superiores a 10
UC.
Sempre que a dívida de custas for de valor igual ou superior a 3 UC, o seu
responsável poderá apresentar um requerimento, dentro do prazo do
pagamento voluntário, ao qual deverá ser junto um plano de pagamentos, em
que solicitará o pagamento faseado das custas em dívida, acrescido de um
agravamento de 5%24 do seu montante, desde que obedeça às seguintes
regras (n.º 1 do artigo 33.º do RCP):
24
Nos termos da alínea f) do n.º 1 do artigo 36.º da Portaria n.º 419-A/2009, de 17 de abril, o
agravamento é receita do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da Justiça, I.P.
(IGFEJ, IP).
De 3 a 12 UC Superior a 12 De 3 a 20 UC Superior a 20
UC UC
Montante mínimo de
cada prestação ½ UC 1 UC ½ UC 1 UC
As multas processuais não podem ser pagas em prestações, dado que, aquela
regra apenas possibilita o pagamento faseado das custas, ao contrário do que
acontece com as multas criminais (n.º 3 do artigo 47.º do CP), que podem ser
pagas em prestações.
Nos casos em que haja lugar à devolução de valores pagos, esta é efetuada
apenas após o trânsito em julgado e depois de saldadas todas as dívidas da
parte ao processo, nos termos do número 1 do artigo 29.º da Portaria n.º 419-
A/2009, de 17 de abril, nomeadamente:
O número 5 do supra citado artigo refere que, quando a quantia depositada não
se afigure suficiente para pagamento integral das custas ou multa em dívida, o
responsável pode apresentar o mencionado requerimento desde que, no
mesmo prazo, proceda ao pagamento do montante em falta.
Pode ainda requerer ao tribunal que, nos termos do número 6 do artigo 32.º do
RCP, seja levantada a quantia necessária para pagamento da mencionada
Terminado o prazo do pagamento das custas sem que o mesmo tenha sido
efetuado ou sem que o responsável que se encontre em cumprimento de pena
ou medida privativa da liberdade tenha requerido, nos termos do n.º 6, o
levantamento da quantia necessária para o efeito, de conta que detenha nos
serviços prisionais, o juiz colhe, junto dos serviços prisionais, informação sobre
as importâncias de que o recluso seja titular e que possam ser destinadas ao
pagamento das custas e ordena a sua afetação, devendo as guias ser
remetidas aos serviços prisionais que diligenciam o seu pagamento (número 7
artigo 32.º do RCP).
a) Taxa de justiça;
b) Outros créditos do Instituto de Gestão Financeira e Equipamentos da
Justiça, I.P. (IGFEJ, I.P.);
c) Créditos do Estado;
d) Reembolsos a outras entidades por força de colaboração ou intervenção
no processo, incluindo os honorários e despesas suportadas pelo agente
de execução que não seja oficial de justiça.
Nos termos do número 3 do artigo 34.º do RCP, com exceção das multas e
penalidades, sobre a totalidade das quantias contadas, incidem juros de mora à
taxa legal mínima.
10.2.2. Prescrição