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C A M I N HO

TR O
A

AN Ç Ã
SF OR M A
DE DR. RICHARD ALPERT EM BABA RAM DASS
NAMASTE
A NOSSA HISTÓRIA
A viagem que fiz tem três etapas! A primeira, a etapa das ciências sociais; a segunda, a etapa
psicadélica; e a terceira, a etapa do yoga. São cumulativas, ou seja, cada uma contribui com algo
para a seguinte. É como quando se abre uma flor de lótus. Em retrospetiva, compreendo que muitas
das experiências que me pareciam fazer pouco sentido quando ocorreram eram pré-requisitos para
o que viria mais tarde. Quero partilhar convosco as partes da Viagem Interior sobre as quais não se
escreve nos meios de comunicação social. As partes políticas da história não me interessam; não
estou interessado no que está escrito sobre a LSD no Saturday Evening Post. Esta é a história do que
acontece dentro de um ser humano que está a passar por todas estas experiências.

O SUCESSO
No início de março de 1961, estava talvez no auge da minha carreira académica. Tinha acabado
de regressar de ser professor convidado na Universidade de Califórnia em Berkeley: Tinha-me sido
prometido um lugar permanente em Harvard sob a condição de organizar as minhas publicações.
Em Harvard tinha cargos em quatro departamentos: o de Relações Sociais, o de Psicologia, o da Es-
cola Superior de Educação e o de Serviço de Saúde (onde era psicoterapeuta); tinha assinado contra-
tos de investigação com as Universidades de Yale e Stanford. No sentido mundano, estava a receber
rendimentos elevados e a acumular bens.
Tinha um apartamento em Cambridge cheio de antiguidades e dava jantares e festas encanta-
doras. Era proprietário de um Mercedes Sedan, de uma mota Triumph 500 cc, de um avião ligeiro
Cessna 172, de um carro desportivo MG, de um barco à vela e de uma bicicleta. Fui de férias para as
Caraíbas onde fiz mergulho. Vivia como um professor universitário solteiro e bem-sucedido deve
viver na sociedade americana de “aquele que triunfou”. Não era um verdadeiro académico, mas
tinha passado por todo o processo académico. Tinha um doutoramento; estava a escrever livros;
tinha contratos de investigação; dava aulas de Motivação Humana, Teoria Freudiana e Desenvolvi-
mento Infantil. No entanto, tudo isto pode ser resumido no facto de eu ser realmente muito bom a
desempenhar este papel.
As minhas notas de aula eram ideias de outras pessoas, subtilmente apresentadas, e toda a mi-
nha investigação era enquadrada no espírito da época, nas coisas que deveriam ser investigadas.
Comecei a praticar psicoterapia em 1955, e o meu primeiro paciente gostou de experimentar
marijuana. Depois disso não fumava regularmente, apenas esporadicamente, embora ainda bebesse
uma quantidade elevada de bebidas com teor alcoólico. Este primeiro paciente tinha amigos, e os
seus amigos tinham mais amigos. Tornei-me num terapeuta “da moda” para a comunidade “popu-
lar” de Stanford. Quando aparecia nas festas, diziam: “o psiquiatra chegou”, e eu sentava-me num
canto com um ar de superioridade. Além disso, tinha sido submetido à psicanálise, na qual tinha
investido uma quantia na ordem dos 26.000 dólares.
Até 6 de março, que foi o dia em que tomei psilocibina, uma substância psicadélica, senti que
algo estava errado no meu mundo, mas não consegui dar-lhe um nome para determinar o que era.
Tive a sensação de que as teorias psicológicas que estava a ensinar não estavam a funcionar, que os
psicólogos não estavam a compreender a condição humana e que as teorias que estava a ensinar,
que eram teorias de realização, ansiedade, mecanismos de defesa, etc., não estavam a chegar ao
cerne da questão.
Eu e os meus colegas éramos psicólogos durante o horário de expediente: íamos trabalhar todos
os dias e dedicávamo-nos à nossa psicologia, tal como nos poderíamos dedicar aos seguros ou à
mecânica automóvel, e às cinco horas da tarde chegávamos a casa e estávamos tão neuróticos como
antes de ir para o trabalho. Pareceu-me que, de alguma forma, se toda a teoria fosse verdadeira,
deveria ter repercussões mais profundas na minha própria vida. Compreendi que um cientista de-
veria ser “objetivo”, mas hoje já é evidente que este conceito é muito simplista nas ciências sociais.
E independentemente dos efeitos da psicanálise (e não tenho dúvidas de que teve muitos), após
cinco anos continuava a ser neurótico. O meu próprio psicoterapeuta pensava assim, porque quan-
do deixei as sessões para ir para Harvard disse-me: “Estás demasiado doente para deixar de ter
consultas de psicanálise”. Estas foram as suas últimas palavras para mim, mas como tinha estudado
a teoria freudiana conhecia suficientemente bem como funcionava para desfrutar dessa relação al-
tamente sofisticada e competitiva com o meu analista, e dizia-lhe: “Bem, lembrar-se-á que Freud
disse, num artigo de 1906, e quando digo... não se deve interpretar...”. E eu estava a pagar 20 dólares
à hora para ouvir isso!
Algo não estava certo. E o que estava errado era que eu não sabia, apesar de ter um sentimento
constante de que outra pessoa devia saber, mesmo que eu não soubesse. A natureza da vida era
um mistério para mim. Tudo o que eu estava a ensinar eram pequenos fragmentos moleculares de
coisas, mas que juntos não produziam o sentido de nada que se assemelhasse à sabedoria. Eu estava
a aprender cada vez mais. E estava a ficar muito bom a saltar em três bolas de conhecimento ao
mesmo tempo. Consegui fazer um exame de doutoramento, elaborar questões muito sofisticadas e
parecer extremamente sábio. Foi um grande feito.

INSATISFAÇÃO
Bem, o meu dilema como cientista social era que eu, na minha essência, não era um acadé-
mico. Vinha de uma tradição judaica com sucessos provenientes de situações com altos níveis de
ansiedade. Embora estivesse a fazer psicanálise há cinco anos, cada vez que dava uma aula, ainda
sentia stress e tinha diarreia. Como dava aulas cinco dias por semana, era bastante difícil manter o
meu sistema digestivo a trabalhar. Mas, independentemente das minhas motivações, tinha sido tão
pressionado que, apesar de ter sido um estudante muito medíocre (de facto, não tinha conseguido
entrar em Harvard por muito que tentasse, mesmo com toda a influência política do meu pai em
jogo) tinha acabado como professor no corpo docente das universidades “de elite”.
Podia passar dez horas a estudar para preparar uma palestra de qualidade sobre Freud ou sobre
a Motivação Humana, mas era como se tudo estivesse atrás de um muro. Era tudo teórico. Teorizava
isto ou aquilo. Concordava com essas ideias, com esses conceitos intelectuais que estavam muito
afastados da minha própria experiência. Embora pudesse aplicar impulsos emocionais de todo o
tipo à minha apresentação, sentia uma falta visceral de validade no que estava a fazer. E descobri,
com consternação, que esta posição era considerada aceitável pela maioria dos meus colegas, que,
na sua intenção de serem “cientistas”, pareciam pensar em personalidade em termos de variáveis.
As crianças eram apenas variáveis ambulantes, e, por muito que tentássemos, quando chegávamos
a validar a legitimidade de uma variável operacionalmente definida, tinha perdido o seu valor intui-
tivo. Assim, os conceitos com que estávamos a trabalhar eram um passatempo intelectual, mas não
estavam a influenciar a minha vida.
E ali estava eu com os líderes da psicologia cognitiva, da psicologia da personalidade, da psi-
cologia do desenvolvimento; e no meio de tudo isso tive a sensação de que havia lá homens e mu-
lheres que, pessoalmente, não eram seres muito evoluídos. As suas próprias vidas não estavam a
ser satisfeitas. Não havia beleza humana, realização humana, satisfação humana suficientes. Traba-
lhei arduamente e foram-me dadas as chaves do reino. Estavam a prometer-me tudo. Pareceu-me
que tinha entrado no círculo interno, independentemente da sua definição: podia ser presidente de
programas na Região 7 da Associação de Psicologia Americana, podia ter lugar em comités gover-
namentais, receber subsídios, viajar, e sentar-me em conselhos de dissertação. Mas eu ainda tinha
aquela terrível perceção de que não sabia de uma coisa, o que quer que fosse, que fizesse com que
tudo se encaixasse. E eu tinha um pouco de medo de passar mais quarenta anos sem o saber, e isso
parecia ser o padrão. No nosso tempo livre jogávamos “Go” ou poker e contávamos piadas antigas
uns aos outros. Estava tudo desprovido de conteúdo. Faltava honestidade.
E houve um tempo, como professor em Stanford e Harvard, em que experimentei ser apanhado
numa espécie de jogo sem sentido em que os estudantes estavam a desempenhar brilhantemente o
papel de estudantes e os professores estavam a desempenhar brilhantemente o papel de professores.
Eu levantava-me e dizia tudo o que tinha lido nos livros, eles escreviam-mo e repetiam-no nos seus
exames, mas nada acontecia. Sentia-me como se estivesse numa sala à prova de som. Não estavam
a acontecer coisas suficientes que fosse importantes, que fossem reais.
E como psicoterapeuta, senti-me encurralado no drama das minhas próprias teorias. De acordo
com dados de investigação, os pacientes tratados com a terapia de Carl Rogers acabaram por fazer
afirmações positivas e os pacientes tratados com terapia freudiana acabaram por falar das suas mães
por causa das sugestões subtis de reforço feitas. Era bastante óbvio. Eu sentava-me com o meu pe-
queno bloco de notas, e quando a pessoa começava a falar da sua mãe, eu tomava nota; e o paciente
rapidamente se apercebia que eu tinha “tomado nota”, que eu tinha apontado cada vez que ele dizia
certas coisas. E após pouco tempo foi “freudianizado”.
Face a este sentimento de mal-estar, comia mais, acumulava mais posses, acumulava mais
compromissos, cargos e estatuto, mais orgias sexuais e alcoólicas e uma maior degradação na minha
vida.
Sempre que ia a uma reunião familiar, eu era o rapaz que tinha tido sucesso. Era professor na
Universidade de Harvard, todos me rodeavam com admiração, agarrando-se às minhas palavras,
e o que eu sentia era aquele horror de saber por dentro que não sabia. Era, claro, um horror muito
agradável e muito suave, porque a recompensa era grande.
Tinha o meu império num lugar chamado Centro de Investigação da Personalidade: um escri-
tório de canto num edifício que eu próprio tinha concebido. Tinha duas secretárias e muitos assis-
tentes de investigação, licenciados e estudantes universitários. Eu tinha conseguido tudo isso numa
questão de três anos. Estava altamente motivado – só se saberá o que é uma pessoa verdadeiramente
motivada quando se conhecer um judeu bom, de classe média, socialmente aspiracional, ansioso e
neurótico!
O meu judaísmo era um judaísmo político. Vim de uma tradição de religião popular. De alguma
forma, o meu espírito desapareceu, embora celebrássemos os rituais do Yom Kippur e da Páscoa.
No entanto, o meu pai estava no Conselho de Administração que contratava e despedia os rabinos;
como poderia eu alguma vez sentir alguma coisa por um guia espiritual quando era o meu pai que
os contratava e despedia?
Perto do meu grande império, no fim do corredor, havia um pequeno escritório. Tinha servido
como sala de arrumação, mas quando precisavam de um escritório extra tiravam o material dessa
sala e colocavam lá uma secretária, e naquela antiga sala de arrumação estava Timothy Leary. Este
homem tinha viajado por Itália numa bicicleta a fazer pagamentos com cheques carecas e David
McClelland tinha-o encontrado e trazido de volta ao país como um presente de criatividade para a
ciência ocidental. Eu e o Tim tornámo-nos amigos de copos. Depois demos aulas em conjunto, tais
como o curso clínico (prático) do primeiro ano sobre “Mudança de Comportamento Transacional
Existencial”.
Quanto mais tempo passava com Tim, mais me apercebia de que ele possuía um intelecto ab-
solutamente extraordinário. Ele sabia mesmo muito. Achava-o muito estimulante, e os estudantes
estavam interessados na sua presença porque ele estava aberto a novas ideias e disposto a correr
riscos na sua forma de pensar.
Uma noite, quando estávamos a beber juntos, planeámos uma viagem à América do Norte e do
Sul; e quando lhe disse que tinha o meu próprio avião, ele disse: - Fantástico, vamos no teu avião.
E eu disse: “Ótimo”, mas não lhe disse que só tinha uma licença de piloto estudante.
Assim, fiz questão de obter uma licença de piloto para me encontrar com ele no dia 1 de agosto
em Cuernavaca, México, onde ele estava a passar o verão. Começaríamos a nossa viagem a partir daí
Na altura, fui conselheiro de um Grupo de Estudos de Matemática Escolar, que era um programa
pedagógico em Stanford. Recebi a minha licença e apanhei um avião no mesmo dia, no dia seguinte
voei para o México, arriscando a minha vida naquele salto. Quando cheguei, descobri que Timothy
também tinha voado, embora de uma forma diferente, na semana anterior. Frank Baron, que era
psicólogo na Universidade da Califórnia e velho amigo de Tim, tinha-o apresentado a um antropó-
logo no México, e eles tinham conhecido teonanacatl, a carne dos deuses, os cogumelos mágicos
do México, que foram conseguidos através de Juana la Loca, uma mulher que vivia nas montanhas
e que tomava os cogumelos constantemente. Tinham-na contactado e conseguido os cogumelos.
Tim tinha ingerido nove cogumelos (um número pré-determinado de cogumelos machos e fé-
meas) com um grupo de pessoas, reunidos à volta de uma piscina, e teve uma experiência profunda.
Ele disse: “Nas seis ou sete horas dessa experiência aprendi mais do que aprendi em todos os meus
anos como psicólogo.”
Era uma declaração muito forte!
Quando cheguei a Cuernavaca, os cogumelos já tinham desaparecido, assim como o desejo de
fazer uma viagem à América do Sul, porque qual era o objetivo de uma viagem externa quando era
claro que o que Timothy procurava estava dentro da sua cabeça?
Assim, passei algum tempo em Tepetzlán com David McClelland e com a sua família, e em
Cuernavaca com Tim e com o seu grupo, posteriormente voltei para os Estados Unidos no avião com
Tim, o seu filho Jackie e uma iguana. Mudei-me para a Universidade da Califórnia para ser professor
visitante e Tim regressou a Harvard. E, quando regressei, Tim tinha começado um grande projeto
psicadélico.
Consultara Aldous Huxley, que era, na altura, professor visitante no Massachusetts Institute of
Technology, e Aldous e Tim e vários estudantes graduados tinham contactado os Laboratórios San-
doz, que tinham produzido uma forma sintética dos cogumelos mágicos denominada psilocibina.
Tinham conseguido um lote experimental do mesmo e estavam ansiosos por o tomar e administrar.
Quando regressei a Cambridge na Primavera, convidaram-me a partilhar essa riqueza com eles.
DE BINDU A OJAS DE BINDU A OJAS

DE BINDU A OJAS DE BINDU A OJAS


PARA
MAHARAJ-JI
DE QUEM
ASHIRBAD
(BENÇÃO)
ISTO
É
UMA MANIFESTAÇÃO
A GRUTA DO CORAÇÃO
"SE NÃO SE DEIXA CONVERTER
&
SE TORNA NUMA CRIANÇA
NÃO ENTRARÁ
NO REINO DO CÉU"
A NÃO SER QUE
COMECE DE NOVO
E SE CONVERTA NESSE SER
QUE CONFIA DE FORMA ABERTA
CUJA ENERGIA NÃO PODE ENTRAR EM SI
QUE É O REINO DO CÉU
A ENERGIA
É A MESMA COISA QUE A
CONSCIÊNCIA CÓSMICA
QUANDO TIVER ACALMADO A SUA MENTE
O SUFICIENTE
E TIVER TRANSCENDIDO O SEU EGO
O SUFICIENTE
CONSEGUIRÁ OUVIR COMO REALMENTE É. ASSIM :
QUANDO ESTÁ COM UMA CHAMA DE UMA VELA
É A CHAMA DA VELA
E QUANDO
ESTÁ COM A MENTE DE OUTRO SER HUMANO
É A MENTE DESSE SER HUMANO
QUANDO
NÃO EXISTE QUALQUER TAREFA A
DESEMPENHAR
É PORQUE É A TAREFA.
A QUALIDADE IRRACIONAL DO COMPROMISSO TOTAL
QUE SÓ ACONTECE QUANDO O EGO É SILENCIADO
E NÃO EXISTE QUALQUER COMPROMISSO

É APENAS QUANDO RESIDE SILENCIOSAMENTE


NO SEU HRIDAYAM
QUE SE TORNA

NUM SER TOTALMENTE ILUMINADO


COM COMPAIXÃO ETERNA
E PODER ILIMITADOR
A BORBOLETA
NÃO TENHO FORMA,
NÃO TENHO LIMITE
PARA ALÉM DO TEMPO E DO ESPAÇO
ESTOU EM TUDO
E TUDO ESTÁ EM MIM
SOU A ALEGRIA DO UNIVERSO,

SOU

TUDO
RAM TIRTHA
TODA ESTA VIAGEM DE QUE ESTOU A FALAR ESTÁ
REPLETA
DO

MAIS REQUINTADO PARADOXO


ASSIM QUE ABDICAR DE TUDO
PODERÁ TER TUDO
E QUE TAL ESTE?
ENQUANTO QUISER PODER
NÃO PODERÁ TÊ-LO.
A PARTIR DO INSTANTE EM QUE JÁ NÃO
QUISER PODER PODERÁ TER TUDO
AQUILO COM QUE SONHOU SER POSSÍVEL
QUE COISA MAIS ESTRANHA!
ENQUANTO TIVER UM EGO
ESTÁ NUMA VIAGEM LIMITADA
ESTÁ NUMA VIAGEM LIMITADA

ESTÁ NUMA VIAGEM TRIVIAL QUE VAI DURAR CERCA


DE QUÊ? 60? 70? TALVEZ 80 ANOS
UMA VIAGEM REPLETA DE MEDO ATÉ AO FIM
NA TENTATIVA DE FAZER A SUA PRÓPRIA ETERNIDADE.
BEM: SE "EU" NÃO ESTOU A FALAR
SE "EU" NÃO SOU O QUE "EU" PENSAR SER
COMO É QUE "EU" ME METI NISTO
QUEM SOU "EU"
É

AP
E

E
U

N A
Q

SQ
UA I O
R E
ND
B E
O SO
U " SA
UBER " E
QUEM "EU" SOU,
POSSÍVEL
E A TERCEIRA FORMA É
QUE CONFIA NO FACTO DE
EXISTIREM
SERES REALIZADOS

E ELES AFIRMARAM DISSO


& POR ISSO SABE QUE É VERDADE
JÁ NÃO É UMA INFERÊNCIA
TÃO POUCO É UM PROCESSO INTELECTUAL
SIMPLESMENTE ACEITA AQUILO QUE FOI DITO
ISSO É FÉ
ISSO É FÉ

ENTÃO: TORNAMO-NOS SUPER SOFISTICADOS


NOS NOSSOS SISTEMAS DE AVALIAÇÃO
QUE QUESTIONA TUDO AQUILO QUE OUVE
COMO É QUE SABE QUE NÃO ESTÁ A SER ENGANADO?
POR OUTRAS PALAVRAS: O QUE É QUE JESUS
ANDAVA A FAZER?
QUAL ERA O JOGO DELE?
EM QUE ESTAVA METIDO?
& SENTE-SE AINDA MAIS PARANOICO
QUANDO SE É UM DOS GUARDIÕES DOS CONSELHOS
DO TEMPLO
E ESTÁ COMPROMETIDO COM O SISTEMA EXISTENTE
COM GRANDE COMPROMISSO
COM GRANDE COMPROMISSO
DE UMA FORMA OU DE OUTRA
A MAIOR PARTE DAS PESSOAS NA SALA
(A MAIOR PARTE DAS PESSOAS, NÃO TODAS) A MAIOR PARTE JÁ
SENTIU A POSSIBILIDADE MAS NÃO CONSEGUE REALMENTE........!
AGORA: HÁ CERCA DE CINCO ANOS ATRÁS ESTOU A
VIVER NESTA COMUNIDADE NA CALIFÓRNIA,
COM UM SER MUITO BONITO, MUITO
ELEVADO, STEVE DURKEE, UM ARTISTA
VISIONÁRIO: UM RAPAZ MUITO BONITO, A
SUA ESPOSA E FILHO: E EU TINHA UM DIA DE
FOLGA. ERA SÁBADO E NÓS ÍAMOS À LOJA,
O CÃO, OS BEBÉS ENTRAMOS TODOS NA
PEQUENA CARRINHA VOLKSWAGEN.
ESTAVA LÁ A JANE, A RAPARIGA
COM QUEM ESTAVA A VIVER. BEM
COMO O SEU BEBÉ, EU, O STEVE
E A BARBARA, E TODA A
SITUAÇÃO,
DE IR ÀS
COMPRAS.

WWWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWWGGHH
WWWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAWWGGHH
CHEGÁVAMOS À PORTA E A DAKOTA (COBY)
A FILHA DE STEVE. COMEÇAVA A CHORAR
COM VONTADE. TÍNHAMOS DE CHEGAR À LOJA.
TINHA AS MANHÃS DE SÁBADO LIVRES E
NOS SÁBADOS ÍAMOS ÀS COMPRAS. ESTÁ TUDO BEM
COBY. CALMA!
A COBY NÃO SE ACALMA. APENAS CHORA.
NÃO, A COBY NÃO BEM. TEMOS DE
IR À LOJA COM A
GOSTA DISSO ASSIM. COBY A CHORAR
CHORA MAIS ALTO. OU
TALVEZ BARBARA
VAMOS! ANDA LÁ! DEVA FICA
ESTAMOS A IR EM CASA
OU NÃO? COM A COBY.

O QUE SE PASSA ELA É APENAS


COBY? UMA CRIANÇA.
AAAAAAAAAAAAAAAAEEEGHHGHYEEWAAAHHHGH
AAAAAAAAAAAAAAAGGHHYYYIIIAAAAAAAAAAAAA

AAAAAAAAWWWWWWWAAAAAGHGHAAWAAAAAAA
O LIVRO DE CULINÁRIA PARA UMA VIDA SAGRADA
Dedicado àqueles que a pretendem seguir em frente...

INTRODUÇÃO

Oferecemos este livro com humildade e com uma consciência solidária da nossa própria situa-
ção... e da sua. Todos seguimos o caminho que conduz ao conhecimento, e devemos partilhar em
cada etapa o que foi descoberto com aqueles que nos vão ouvir. Esta partilha faz parte do trabalho.
Ouvir faz parte do trabalho. Estamos todos no caminho certo.
“Uma viagem de mil quilómetros começa com um passo.” — Lao Tzu.
MAS POR ONDE COMEÇAMOS? A resposta é simples: Começa-se exatamente onde se está.
“Se apenas puser os pés neste Caminho, vê-lo-á em todo o lado...”. — Hermes Trismegistus.
Então ganha-se consciência do processo inevitável da evolução da consciência..., que a nuvem
da ilusão se dissipa cada vez mais, dia após dia, pouco a pouco..., até que, finalmente, a luz chega.
Este manual é sobre nada mais e nada menos do que como viver a sua vida quotidiana. No iní-
cio “faz” sadhana (trabalha no caminho espiritual) dentro de certos limites do espaço e do tempo,
como ir à missa aos domingos de manhã, ou ficar pedrado aos sábados à noite, ou meditar todas as
manhãs. Eventualmente, acontece que SADHANA É TUDO O QUE SE FAZ.
“ATENÇÃO: Se não consegue colocar um elefante na sua sala-de-estar... não estabeleça amiza-
de com o guardião do elefante.” — Sufi Mystic.
Este manual contém uma grande variedade de técnicas. As necessidades de cada um são di-
ferentes, e todos se encontram numa fase diferente do Caminho. Mas, como em qualquer livro de
receitas, escolherá a que funciona para si. Ouvir a sua voz interior dir-lhe-á onde está e que método
funcionará melhor para si na sua evolução em direção à luz.

“Que o Sol Eterno te ilumine


que o amor te rodeie
e a luz pura interior guie
o teu caminho.”
— The Incredible String Band

1
ESTAR PREPARADO
Citações Poderosas

“Há uma estação para tudo, e tudo debaixo do céu tem o seu propósito.” — Eclesiastes
“Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça.” — Jesus
“É quase impossível tirar uma noz verde da casca, mas se se esperar que seque, sairá com o mais
pequeno toque”. — Ramakrishna
“Não será então errado apressar o tempo do acordar? Ele próprio contestou: ele quer saber.
Quanto ao resto, nem mesmo o melhor dos professores poderá dar um único passo pelo seu discí-
pulo; o discípulo deverá experimentar por si próprio cada etapa do progresso da sua consciência.
Assim, não saberá nada que não esteja preparado para saber.” — De Lubicz
“Não podes ensinar a um caçador que matar é errado.” — Hari Dass Baba
“Observei que a principal dificuldade para a maioria das pessoas era compreender que tinham
realmente ouvido “coisas novas”, ou seja, coisas que nunca tinham ouvido antes. Continuavam a
traduzir o que ouviam para o seu idioma habitual. Tinham deixado de esperar e de acreditar que
poderia haver algo inovador.” — Ouspensky
“Mas o Homem não percebe as coisas que são do Espírito de Deus; pois para ele são loucura.
E não as consegue compreender, porque elas têm de ser discernidas espiritualmente.” — Paulo de
Tarso
“Se quer trabalhar em si próprio, deve destruir a sua paz. Não é de modo algum possível tê-lo
de ambas as formas. O Homem deve escolher. Mas ao escolher, o resultado é muitas vezes um en-
gano, ou seja, o Homem tenta enganar-se a si próprio. Nas suas palavras escolhe o trabalho, mas na
realidade não quer perder a sua paz.
“Esta submissão é a coisa mais difícil que pode existir para um Homem que se considera capaz
de decidir qualquer coisa.” — Ouspensky
“Quem me dera poder juntar-me aos Solitários em vez de ser o Superior e ter de escrever livros.
Mas não quero ter o que desejo, claro.” — Abade John Chapman
“Pode dizer-se que existe uma regra geral para todos. Para que as pessoas se aproximem seria-
mente deste sistema, devem estar desiludidas, em primeiro lugar consigo próprias, ou seja, com os
seus poderes, e em segundo lugar, com todas as coisas antigas (...). O Homem (...), se é cientista,
deve estar desiludido com a sua ciência. Se é religioso, deve estar desiludido com a sua religião. Se
é um político, deve estar desiludido com a filosofia. Se for teosofista, deve estar desiludido com a
teosofia. Se é optometrista, deve estar desiludido com a optometria. E assim por diante.” — Gurd-
jieff, citado por Ouspensky.
“Está na hora de acordarmos do nosso sonho.” — Bento de Núrsia
“O mundo ou a vida exterior não são um vale de dificuldades para aqueles que o apreciam;
apenas para aqueles que conhecem uma vida superior. O animal goza da vida animal; o intelecto, o

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plano intelectual; mas aquele que entrou na regeneração reconhece a sua existência terrena como
um fardo e uma prisão. Com este reconhecimento assume nos seus ombros a cruz de Cristo.” — Ja-
cob Boehme
“Na verdade, na verdade te digo: Se um Homem não nascer de novo, não pode ver o reino de
Deus (...). Qualquer Homem que não nasça da água e do espírito não pode entrar no Reino de Deus.
O que nasce da carne é carne, e o que nasce do espírito é espírito.” — Jesus
“Nascemos no mundo da natureza; o nosso segundo nascimento é no mundo espiritual.” —
Bhagavad Gita
“A menos que se convertam e se tornem como crianças pequenas, não irão entrar no Reino dos
Céus.” — Jesus
“Trouxe-vos aqui e tenho sido o vosso chefe. Aqui tirarei a coroa de autoridade, que tem sido
uma coroa de espinhos para a pessoa que me lembro de ter sido. No fundo de mim, onde a memória
de quem sou ainda é revelada, uma criança pequena está a acordar, fazendo chorar a máscara de
um velho. Um menino que procura a sua mãe e o seu pai, que procura convosco a proteção e a aju-
da; a proteção dos seus prazeres e dos seus sonhos, e a ajuda para se tornar o que é sem imitar mais
ninguém.” — Daumal
“Mas eu tinha-me visto a mim próprio, ou seja, tinha visto coisas em mim próprio que não ti-
nha visto antes. Não podiam restar dúvidas sobre isso, e embora depois me tenha tornado o mesmo
que tinha sido antes, não consegui deixar de saber que o tinha sido, e não consegui esquecer nada.”
— Ouspensky
“Assim que um homem está totalmente disposto a estar sozinho com Deus, está sozinho com
Deus, onde quer que esteja (...), no campo, no mosteiro, na floresta ou na cidade. O raio de luz bri-
lha do Oriente para o Ocidente, iluminando todo o horizonte e caindo onde quiser, e nesse preciso
momento a infinita liberdade de Deus brilha nas profundezas da alma daquele homem, e ele é ilu-
minado. Nesse momento vê que embora pareça estar a meio do seu caminho, já chegou ao fim. Pois
a vida da Graça na terra é o início da vida da Glória. Embora seja um peregrino no tempo, abriu os
olhos para um instante na eternidade.” — Merton
“Peçam e Deus vos dará; procurem e hão de encontrar; batam à porta e ela há de abrir-se-
-vos, pois aquele que pede, recebe; aquele que procura, encontra; e a quem bate, a porta se abrirá.”
— Jesus

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