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Corrosão em armaduras de concreto

O concreto armado é um material que vem sendo utilizado desde o século XIX,
porém as estruturas feitas apresentam falhas, a corrosão é um dos principais problemas, tendo
um elevado custo de manutenção.
O concreto é composto por uma mistura de água, areia, brita e cimento. No
antigo Egito o cimento era feito de calcário e gipsita sendo usado na construção das pirâmides
do Antigo Egito, e posteriormente pelos gregos. Coliseu e o Panteão desenvolveu concreto a
base de areia cinzas vulcânicas, calcário calcinado e pedaços de telha, porém a formula do
cimento romano era um segredo. Em 1824 John Aspdin queima a mistura de calcário e agila,
obtendo pedaços grandes que foram moídos e reduzidos a pó, gerando uma forte argamassa
dando origem ao Cimento Portland.
O concreto armado foi descoberto por um agricultor francês que resolveu criar
um barco, usando cimento e ferro, registrando a patente em 1955.
Joseph Monier trabalhava na construção de vasos e se interessou, passando a
usar o concreto armado. Em 1875 Monier construiu a primeira ponte de concreto armado.
Hoje o concreto é amplamente utilizado por possui características de resistência
a compressão e tração, combinando qualidade, durabilidade e sustentabilidade.
Processos corrosivos nas armaduras
Processo de oxirredução: consiste na troca recíproca de elétrons, sendo dividido
em dois tipos corrosão e combustão. Por combustão entende-se as reações exotérmicas. Por
corrosão o processo é resultante da interação com o meio ambiente, gerando reações químicas
ou eletroquímicas, associadas ou não a ações físicas ou mecânicas.
As armaduras estão inicialmente protegidas pelo cobrimento do concreto
regulamentado em projeto, sendo uma barreira física aos fatores externos. A corrosão o corre
quando o concreto é permeável o suficiente para a água e oxigênio penetrar até a armadura.
Os metais possuem uma proteção superficial, se o ph cair para abaixo de 11, o
aço se expande aumentando o volume e gerando fissuras e lascamento no concreto. Esse
problema deve ser passivado com o aumento da resistência do concreto, redução da relação
água/ cimento, projeto de rufos, pingadeiras e detalhes que impeçam a infiltração de água,
impermeabilização e aumento do cobrimento do concreto, a espessura deve levar em
consideração o ambiente e as condições de exposição, buscando atingir as normas vigente.
Destaca-se também a busca por alternativas construtiva sustentáveis, a
exemplos de estudos da corrosão e do uso de novos materiais, como a lama vermelha que é
usada em concretos industriais.
O processo químico de corrosão ocorre pela necessidade de o material atingir
seu estado mais estável. A corrosão eletroquímica é mais comum e ocorre na presença de água.
O processo de formação da ferrugem ocorre por corrosão eletroquímica quando
exposto ao ar úmido (oxigênio e água), formam o hidróxido ferroso. Outra forma de processo
corrosivo eletroquímico é quando metais são ligados por um eletrólito de pilhas galvânica, que
pode resultar a ferrugem.
Ação do meio ambiente como acelerador do processo
Ambiente seco, risco de corrosão mínimo ou inexistente, necessário a presença
de água para o encadeamento do processo.
Se submetido a umidade temos condições intermediária, a corrosão, a
agressividade é moderada, podendo ser agravada pela alta concentração de óxidos de enxofre, e
fuligem ácida e outros agentes agressivos em grandes centros urbanos.
As ações mais agressivas ocorrem em ciclos de molhagem e secagem, com
ingresso de água, sais, e substâncias em estão gasosos. Cenário encontrado em zonas marinhas,
sobre o mar ou perto da costa.

Métodos de proteção e aplicações


Utiliza-se revestimento para impedir o contato com o oxigênio, essa camada
protetora pode ser obtida aplicando-se uma tinta protetora, a exemplo do zarcão, também pode-
se revestir de estanho como é o caso dos Flandres usado em enlatados. Outra técnica é
galvanoplastia que usa metais de sacrifício para oxidar no lugar do ferro. Além desses existe as
ligas metálicas, como aço inoxidável.

Recuperação
A melhor proteção é a do concreto, quanto mais qualidade tiver, e espessura de
cobrimento, maior será a durabilidade da armadura.
Para a correção de patologia o nível de oxidação deve ser verificado, realizando
um diagnóstico das possíveis causas.
Se a perda da barra for de até 10% limpa-se a base retira-se todo concreto,
revesti o aço com tinta anticorrosivas e preenche com um novo concreto. Se a perda for maior
que 10%, corta-se a parte danificada e substitui por uma nova.

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