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São Paulo
Platos Soluções Educacionais S.A
2022
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Conselho Acadêmico
Alessandra Cristina Fahl
Ana Carolina Gulelmo Staut
Camila Braga de Oliveira Higa
Camila Turchetti Bacan Gabiatti
Giani Vendramel de Oliveira
Gislaine Denisale Ferreira
Henrique Salustiano Silva
Mariana Gerardi Mello
Nirse Ruscheinsky Breternitz
Priscila Pereira Silva
Coordenador
Giani Vendramel de Oliveira
Revisor
Warllon de Souza Barcellos
Editorial
Beatriz Meloni Montefusco
Carolina Yaly
Márcia Regina Silva
Paola Andressa Machado Leal
ISBN 978-65-5356-400-8
2022
Platos Soluções Educacionais S.A
Alameda Santos, n° 960 – Cerqueira César
CEP: 01418-002— São Paulo — SP
Homepage: https://www.platosedu.com.br/
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SUMÁRIO
Apresentação da disciplina
Bons estudos!
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Estado, governo e as
especificidades do caso brasileiro
Autoria: Aline Prado Atassio
Leitura crítica: Warllon de Souza Barcellos
Objetivos
• Conhecer a formação do Estado Moderno por meio
das teorias clássicas.
John Locke, filósofo inglês do fim do século XVII, inspirou alguns ideais da
Revolução Francesa de 1789, tendo em vista que defendia o liberalismo
econômico, cujo preceito básico fundamental é a garantia da liberdade
intelectual e a tolerância entre os homens. Segundo Locke, a teoria
da soberania do Estado feria os preceitos de uma sociedade racional
empirista, afinal, para ele, a soberania advinha do povo e não do Estado.
O autor foi um grande crítico da teoria do direito divino, que entendia
que a dominação exercida pelos reis absolutos era uma herança divina
ou uma escolha de Deus (WEFFORT, 2006).
Esse modelo ainda não era um modelo de divisão de poderes tal qual o
adotado no nosso Estado.
Fonte: Shutterstock.com.
p.]), “Tal projeto coloca o indivíduo como centro da participação política por
meio da separação das esferas pública e privada, Estado e Sociedade Civil”.
Assim, autores como Max Weber (1999) e Karl Marx (1993) debruçaram-
se para pensar o Estado, seu papel e seu futuro. Enquanto para Marx o
Estado Moderno representa uma classe social específica e trabalha em
função desta – a burguesia –, Weber entende o Estado como um órgão
administrativo-burocrático. Essas duas perspectivas são bastante distintas
e nos levam a pensar profundamente a respeito das funções do Estado
moderno.
Marx nos alerta para o papel repressor do Estado, por meio das leis
positivas, que visam coibir as rebeliões dos oprimidos e a transformação
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Por fim, o Estado não é um ente fantasmagórico que paira sobre todos
nós: na realidade, somos parte do Estado e podemos auxiliar para sua
transformação, por meio das nossas ações cidadãs. Todavia, não podemos
confundir Estado com governo. O Estado é uma instituição permanente,
cujo objetivo é organizar jurídica, administrativa, econômica e politicamente
a sociedade; já os governos mudam de tempos em tempos e sua função é
atuar dentro dessa estrutura estatal em prol dos interesses públicos, e por
isso a relação que nós, cidadãos, travados com um ou outro é de natureza
distinta.
Referências
BOBBIO, Norbert. Estado, Governo e Sociedade. São Paulo: Paz e Terra, 2017.
FRANCO, Maria S. de C. Homens livres na ordem escravocrata. São Paulo: Editora
da Unesp, 1997.
MALMESBURY, Thomas H. de. Leviatã ou matéria, forma e poder de um Estado
eclesiástico e civil. São Paulo: Nova Cultural, 2004.
MARX, Karl. A ideologia alemã. 9. ed. São Paulo: Hucitec, 1993.
SAMPAIO-SILVA, Roniel. Conceito de Estado: Entenda o que é Estado na
visão da sociologia. Café com Sociologia, 11 jun. 2019. Disponível em https://
cafecomsociologia.com/conceito-estado-sociologia/. Acesso em: 30 ago. 2022.
WEBER, Marx. Economia e sociedade: fundamentos da sociologia compreensiva. v.
2. Brasília: UnB, 1999.
WEFFORT, Francisco. Os Clássicos da Política – Volume 1. São Paulo: Ática, 2006.
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Objetivos
• Entender como começou o processo de
globalização.
Vamos entender o que é esse processo, como ele começou e quais são
seus impactos para a vida das mais diversas sociedades e culturas.
Esse processo foi sendo expandido com o passar dos anos. O segundo
grande movimento de globalização ocorreu no início do século XX, com
a fragmentação dos Estados. Conhecido como o século das revoluções,
esse período é marcado pelo desmonte do Estado de bem-estar social e
a expansão do consumo.
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Fonte: Shutterstock.com.
Fonte: Shutterstock.com.
Os 517 milhões de cidadãos que estão entre os 10% mais ricos captam 52%
dos 550 trilhões de reais repartidos em renda e 76% do enorme bolo de
3,27 quatrilhões de reais que constitui o patrimônio mundial. Metade da
população, por sua vez, continua lidando com a escassez. E boa parte dela,
com a pobreza. Somada, a metade mais pobre dos habitantes adultos do
planeta (2,5 bilhões) consegue reunir apenas 8% da renda e 2% da riqueza.
(PELICCER; GRASSO, 2021, [s.p.])
É preciso lembrar, todavia, que essa produção alta não significa redução
real da fome no mundo. Considerando o caso específico do Brasil, veremos
que os dados nos mostram que apesar de o agronegócio ter crescido,
mantendo uma produção recorde ano a ano, as produções não são para
o mercado interno e se concentram em produtos que não fazem parte da
cesta básica, como soja, cana e milho. De acordo com reportagem do G1 de
agosto de 2021:
Assim, o que percebemos até este momento é que o Estado tem papel
de destaque para essa sociedade que, paradoxalmente, vive em meio a
discursos políticos que pregam o Estado mínimo. Daremos destaque a um
papel: o de elaborar políticas públicas para sanar o fosso das desigualdades
gerado pela globalização. O Estado deve atuar com programas de geração
de emprego e renda, programas de distribuição de renda, programas de
crédito fácil e com juros baixos para agricultura familiar, além, é claro, de
criar, implementar e manter diversas políticas de inclusão social para sua
população.
O papel do Estado não pode ser minimizado. A presença deste deve ser
sentida na sociedade, especialmente naquelas que vivem à margem das
riquezas geradas pelo capitalismo global.
Referências
BAUMAN, Zygmunt. Globalização: as consequências humanas. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1999.
CASTELLS, Manuel. A Sociedade em Rede. São Paulo: Paz e Terra, 1999.
CORTEZ, Ana Tereza C.; ORTIGOZA, Silvia Aparecida G. (org.). Da produção ao
consumo: impactos socioambientais no espaço urbano [online]. São Paulo: Editora
UNESP, 2009.
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Democracia, estado-nação
e globalização
Autoria: Aline Prado Atassio
Leitura crítica: Warllon de Souza Barcellos
Objetivos
• Compreender o papel do Estado na sociedade atual.
Fonte: Shutterstock.com.
Os países que não se inserem nessa nova ordem mundial acabam como
párias políticos, jurídicos e até mesmo econômicos.
Referências
BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de
Política. v. 1. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 1998.
BROWN, Wendy. Nas Ruinas do Neoliberalismo – A ascensão da política
antidemocrática no Ocidente. São Paulo: Politeia, 2019.
FRASER, Nancy. Reconhecimento sem ética? Lua Nova: Revista de Cultura e
Política, São Paulo, n. 70, p. 101-138, 2007. Disponível em: https://www.scielo.br/j/
ln/a/JwvFBqdKJnvndHhSH6C5ngr/?lang=pt. Acesso em: 15 set. 2022.
LOPES, Brenner; AMARAL, Jefferson N. Políticas Públicas: conceitos e práticas. Belo
Horizonte: Sebrae/MG, 2008.
MAGALHÃES, Felipe N. C. O Espaço do Estado no neoliberalismo: elementos para
uma redefinição crítica. GEOgraphia, ano 18, nº 37, 2016.
MOUFFE, Chantal. Por um modelo agnóstico da democracia. Revista Sociologia e
Política, Curitiba, 25, p. 11-23, nov./2005.
MOUFFE, Chantal. O regresso do político. Lisboa: Gradiva, 1996.
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Multiculturalismo, ética
igualitária e organizações
políticas
Autoria: Aline Prado Atassio
Leitura crítica: Warllon de Souza Barcellos
Objetivos
• Conhecer as várias facetas do multiculturalismo.
Fonte: Shutterstock.com.
Referências
BOURDIEU, Pierre; WACQUANT, Loïc. Um mundo norte-americano. A nova bíblia de
Tio Sam. Jornal Le Monde, 1 de maio de 2000. Disponível em: https://diplomatique.
org.br/a-nova-biblia-de-tio-sam/. Acesso em: 26 set. 2022.
CANCLINI, Néstor G. Culturas Híbridas. Estrategias para entrar y salir de la
modernidad. Buenos Aires: Paidós, 2012.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro:
PD&A, 2006.
SANSONE, Lívio. O Estado e o multiculturalismo. Ciência e Cultura, São Paulo, v.
57, n. 3, p. 4-5, jul.-set. 2005. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.
php?script=sci_arttext&pid=S0009-67252005000300002&lng=en&nrm=iso. Acesso
em: 2 out. 2022.
SANTOS, Raiane Kelly et al. Orçamento participativo como ferramenta de
participação popular: a experiência do município de Aracoiaba – CE. I Encontro de
Ensino e Pesquisa do Campo de Públicas, 2018.
TURNER, J. C. Social identification and psychological group formation. In: TAFJEL,
Henri (org.). The social dimension: European developments in social psychology. v.
2. Cambridge: Cambridge University, 1977.
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BONS ESTUDOS!