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GESTÃO PÚBLICA
Revisão Textual
Leandro Vieira
Web Designer
Thiago Azenha
FICHA CATALOGRÁFICA
Lattes: http://lattes.cnpq.br/3388750064285917
APRESENTAÇÃO
É com muito prazer que apresento a você o livro que fará parte da disciplina
Fundamentos da Gestão Pública. A equipe da FATECIE e eu, preparamos este
livro com muito esmero para que você adquira conhecimentos necessários
sobre a Administração e Gestão Pública. Portanto, prezado estudante,
delinearemos o caminho para que você alcance esse objetivo, a partir da
apresentação das quatro unidades deste livro.
Bons Estudos!
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
07 | Estado e Administração Pública
CAPÍTULO 2
26 | Administração Pública Brasileira: Concepção Histórica e Reformas
CAPÍTULO 3
44 | Modelos de Gestão Pública e Desafios
CAPÍTULO 4
64 | Instrumentos de Gestão Pública
1CAPÍTULO
ESTADO E
ADMINISTRAÇÃO
PÚBLICA
Objetivos da Aprendizagem:
• Apresentar a teoria contratualista na visão dos pensadores Hobbes,
Locke e Rousseau;
• Conceituar e contextualizar a definição de Estado e dos sistemas
sociais;
• Conceituar e contextualizar a Administração Burocrática por Weber;
• Apresentar o sistema de freios e contrapesos de Montesquieu;
• Apresentar as principais instituições políticas no Brasil.
Plano de Estudo:
• Teoria Contratualista (Hobbes, Locke e
Rousseau);
• Função do Estado e a Administração Pública;
• O sistema de freios e contrapesos de
Montesquieu;
• Principais Instituições Políticas no Brasil.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Bons Estudos!
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1 ESTADO E ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O Estado surgiu num momento histórico condicionado por uma série de fatores
sociais, políticos e econômicos com o objetivo de organizar a nova estrutura
institucional de poder (COSTIN, 2010).
Foi a partir do século XVII, que surge a Teoria Clássica do Estado condicionada
pelo poder econômico e político na Europa, época em que o sistema feudal
declinava a partir de diversas guerras civis e das profundas mudanças em
relação a concentração e centralização de poderes em determinados territórios.
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Hobbes, Locke e Rousseau (CARNOY, 2013):
Como não houve submissão, a paixão individual ganhou força com a troca
de bens no mercado livre, na qual a paixão dos homens ficou contida na
maximização dos seus interesses econômicos, ou seja, menos violência na
busca pelo ganho em um contexto pacífico de mercado.
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1.1.2 John Locke
Mais de quarenta anos depois de Hobbes, em 1692, John Locke surge num
momento histórico na Inglaterra de guerras, emergência da burguesia em
oposição ao feudalismo. Em vez de “Estado de Natureza” não primitivo - o
estado de perfeita liberdade individual, ou seja, tem direitos, como assegurar e
preservar sua propriedade e ao mesmo tempo ser juiz e executor da lei natural,
na qual esse estado de natureza pode se transformar em um estado de guerra,
ou seja, o homem pode submeter outro ao seu poder absoluto (CARNOY,
2013).
Desta forma, Locke exclui a monarquia absoluta e insiste para que o poder seja
dado a um corpo coletivo de homens, na qual entregam seu poder (natural) a
outrem, a um poder legislativo que elaborará e fará cumprir as leis mantendo
a propriedade individual e a segurança pessoal, e ainda garantindo que esse
poder reside nos indivíduos que compõem a sociedade civil (e podem dissolvê-
lo), ainda que tenham delegado sua governança. Assim, tanto o legislativo
quanto o executivo tem poder político enquanto refletem a vontade dos
membros individuais da sociedade, na qual reside o verdadeiro poder político.
Para Hobbes, de acordo com Chauí (2000), o soberano pode ser um rei, um
grupo de aristocratas ou uma assembleia democrática, na qual o fundamental
não é o número dos governantes, mas a determinação de quem possui o poder
ou a soberania cujo poder é de modo absoluto do Estado por meio de suas
instituições públicas. Assim, o Estado têm o poder para legislar e aplicar as leis,
definindo e garantindo a propriedade privada ao mesmo tempo em que tem a
obediência incondicional dos governados, desde que ele, o Estado respeite
os dois direitos naturais intransferíveis (o direito à vida e à paz). O soberano,
neste sentido detém a espada e a lei enquanto os governados, a vida e a
propriedade dos bens.
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sem maldade, o qual é corrompido não pela natureza, mas pela posse da
propriedade e pela formação da sociedade civil, ou seja, a sociedade é que é
corrupta (CARNOY, 2013).
Desta forma, Rousseau citado por Carnoy (2013), apresenta o Estado não
como benéfico a todos mas, destinado a preservar a desigualdade política e
social. Neste sentido, acreditando que os homens gostariam de viver como
iguais e livres, descreve o Estado como On the social contract em 1762, ou
seja, o fundamento deste contrato social, em que o Estado age sob a
direção da vontade geral. Tanto Locke quanto Rousseau concordam que
embora a vontade geral trate as pessoas de forma equitativa, nem todos os
cidadão são iguais, por isso entendiam que poderia haver classes de
cidadãos, enquadrados pelo mérito do nascimento ou de propriedade,
mas não de classes sociais.
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REFLITA
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O racional-legal, foco maior de nosso interesse, segundo Weber (1997) tem
como fundamento a crença na validade do estatuto legal e da competência
funcional, baseada em regras racionalmente criadas. Assim, quando essa
autoridade legal-racional envolve um corpo administrativo organizado, toma a
forma de estrutura burocrática amplamente analisado a seguir. A autoridade
tradicional é imposta por procedimentos considerados legítimos e aceita
em nome de uma tradição reconhecida como válida e a carismática é um
tipo de apelo que se opõe às bases de legitimidade da ordem estabelecida e
institucionalizada.
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Max Weber é conhecido na Administração Pública por sua análise da
burocracia racional e da burocracia de tipo ideal, ocorrida num contexto de
dominação social. Descreve sobre o sistema de autoridade, como forma de
estabelecer e assegurar a crença de sua legitimidade que podem ocorrer de
forma diferente dependendo do tipo do staff administrativo que dá suporte à
essa autoridade, ou seja, em termos específicos Weber identifica em três tipos
puros a autoridade ou dominação legítima (DENHARDT, 2012):
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1.3 O sistema de freios e contrapesos de Montesquieu
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meio da fiscalização e correção da atividade jurisdicional;
c. controle do poder judiciário em relação ao poder legislativo por meio do
controle jurisdicional das leis produzidas;
d. controle do poder judiciário exercido em relação ao executivo por meio
de sanção; sendo uma outra interferência ocorre entre judiciário e
legislativo sobre o poder executivo no controle e correção;
e. controle do poder legislativo em relação ao executivo por meio da
fiscalização;
f. controle do poder legislativo em relação ao poder judiciário por meio das
comissões de inquérito parlamentar, as CPIs.
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1.4. Instituições Políticas
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constituição de Estado, Leis, Decretos e Regulamentos (COSTIN, 2010).
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SAIBA MAIS
Em primeiro lugar pode dizer-se que, se não houve realmente contrato, então
nem os governos, nem as pessoas estão “obrigadas” a cumprir as suas
promessas. Isto que faz que — de acordo com o contratualismo — nenhum
governo seja legítimo. Defende-se, como alternativa, que essa consequência
é implausível, uma vez que o que legitima os governos atuais — e a obrigação
que lhes é devida — é a justiça da suas ações, e não a sua hipotética
origem contratual. Também que a insistência na justificação contratualista
acaba por abranger não só os governos justos, mas também os injustos. Um
contratualista pode defender-se dizendo que as pessoas assinam um contrato
que estimula a obediência apenas a governos justos e, assim, pode falar-
se de um “contrato hipotético” entre governados e governantes. Contudo,
se o contrato é meramente hipotético, então, novamente, nada obriga a que
promessas hipotéticas tenham de ser cumpridas, uma vez que ninguém se
comprometeu, de fato, com nenhuma obrigação.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
FILME
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Disponível em: <http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm.> Acesso em Out. 2017.
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2CAPÍTULO
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
BRASILEIRA: CONCEPÇÃO
HISTÓRICA E REFORMAS
Objetivos da Aprendizagem:
• Apresentar os principais aspectos das evoluções históricas Brasileira;
• Apresentar as principais características e reformas constitucionais e
estruturais ocorridas no Estado Brasileiro;
• Apresentar a necessidade de reformas na Administração Pública;
• Conceituar e apresentar os modelos de Administração Pública:
patrimonialismo, burocratismo e gerencialismo.
Plano de Estudo:
• Evolução Histórica da Administração Pública no Brasil;
• Reformas da Administração Pública;
• Modelos de Administração Pública: Patrimonial, Burocrática e
Gerencial.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Bons Estudos!
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2. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL
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a Constituição de 1824, que trouxe a criação do quarto poder, chamado
moderador (o imperador nomeava os membros vitalícios do Estado,
presidentes das províncias, autoridades eclesiásticas da Igreja, senado
vitalício, magistrados e ministros) que atuavam ao lado do executivo,
legislativo e judiciário.
• O segundo reinado, de D. Pedro II é inspirado no Parlamentarismo, foi
um período de modernização e desenvolvimento econômico, porém com
o poder nas mãos do imperador (poder moderador).
2.1.2.1 A República
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(era varguista), inaugurando um novo tipo de Administração, chamado de
Estado Novo (COSTIN, 2010; PEIXOTO, 2008).
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cidadãos por meio das Políticas Públicas nas três esferas (união, estados e
municípios) (COSTIN, 2010).
Dentre os pontos principais dos direitos sociais descritos por Costin (2010)
são elencados as áreas da: educação, saúde, trabalho, lazer, segurança,
previdência social, proteção à maternidade e a universalização da saúde
para os que não tinham um contrato formal de trabalho. Além disso, foram
ampliados direitos trabalhistas e mecanismos de participação popular. Em
1998, com a emenda constitucional nº 29 ampliou-se a participação do usuário
do serviço público.
SAIBA MAIS
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2.1.2.3 A Reforma da Gestão Pública de 1995
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Os avanços mais comuns ocorreram na esfera estadual e essas reformas
vêm sendo impulsionado por fatores como (ABRUCIO; GAETANI, 2008 apud
COSTIN, 2010):
Ainda de acordo com Costin (2010), apesar dos resultados não serem
homogêneos, constatou-se a em todo o país a introdução da gestão por
programas articulando-se com os Planos Plurianuais (PPA) a instalação de
Organizações Sociais (área de saúde, educação, pesquisa e cultura) de
contratualização de resultados inclusive com a Administração Direta e o
fortalecimento do Núcleo Estratégico e ainda com a criação de especialistas
em políticas públicas.
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carreira;
8. Motivar e valorizar a ética no serviço público;
9. Desenvolver habilidades gerenciais (produtividade, qualidade, inovação,
modernização do fluxo de decisões, entre outros).
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2.3.1 Patrimonialista
2.3.2 Burocrática
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Suas principais características estão relacionadas ao desenvolvimento,
profissionalização, ideia de carreira pública, hierarquia funcional,
impessoalidade, formalismo – legalidade ou poder legal, com a finalidade única
de acabar com o nepotismo e a corrupção. Diante desse contexto, torna-se
necessário um controle rígido dos processos e ingresso na carreira pública,
com regras claras na admissão.
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eficiente, eficaz e efetiva, a transparência e a ética na
Administração Pública.
REFLITA
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LEITURA COMPLEMENTAR
[BP]: Acho que países democráticos são necessariamente países que têm
um sistema, um amplo sistema de serviços universais. E quando você tem
tudo isso, precisa ter uma administração gerencial. O Estado Absoluto, a ele
corresponde uma administração pública patrimonialista. A um Estado Liberal,
século XIX, corresponde uma administração burocrática ou weberiana,
e a um Estado Social e Democrático, democrático e social, corresponde,
necessariamente, uma gerencial. Não pode ser outra. Estão casados. Há
aqueles que começam a dizer: “não, porque precisa ter uma terceira forma
mais social ainda”. Isso é brincadeira. Claro que terá governos diferentes.
Agora mesmo tenho aqui uma administração gerencial e essa administração
está na Inglaterra, por exemplo, em uma certa época na mão do Brown e,
em outra época, está na mão do Cameron. Quer dizer, está no partido social
democrata e no partido conservador. Então muda um pouco por causa disso,
é inevitável. Uma vai ser mais conservadora que a Administração Pública e
Gestão Social, 9(3), jul.-set., 2017, 237-242 241 outra e os líderes vão tentar
empurrar para esse lado ou para aquele lado. Isso é normal, mas, para mim,
o que me parece absurdo é ficar discutindo. Acho que foi Christina Andrews
quem inventou um terceiro tipo. Dessa forma, têm-se a burocrática, a gerencial
e a social. Isso é ridículo. Isso aconteceu agora comigo também. É verdade
que eu nunca tinha juntado as duas coisas. Desde que eu saí do governo,
venho desenvolvendo todo um sistema teórico novo chamado de novo
desenvolvimentismo, que é uma alternativa ao desenvolvimentismo clássico
do Prebisch, do Celso Furtado, do Myrdal, dessas pessoas. Eu e um grupo,
que já está ficando maior, estamos desenvolvendo uma série de ideias. Aí
vem uns engraçadinhos e dizem: “não, em vez de novo desenvolvimentismo
nós propomos um desenvolvimentismo social ou social desenvolvimentismo”.
Porém, dizem isso sem nenhuma teoria. Eu tenho todo um sistema, eles só
têm uma coisa. Então, dentro do novo desenvolvimentismo conforme você
for mais conservador ou mais progressista, e conforme forem as relações de
poder que há, você fará mais uma coisa ou outra, mas você tem uma teoria.
E a mesma coisa vale para uma teoria que tenho de como é que se organiza
e administra o Estado: era a teoria burocrática, agora tem a teoria gerencial.
Essas administrações burocrática e gerencial podem ser feitas tanto por
um governo mais conservador ou por um partido mais progressista [...]. Isso
vai acontecer inevitavelmente, mas eu não posso criticar a administração
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gerencial dizendo que ela não é suficientemente social, ou o inverso, que não
é suficientemente conservadora. Isso é bobagem porque fica por conta dos
governantes no aqui e agora.
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LEITURA COMPLEMENTAR
LIVRO
PÁGINA 41
FILME
Título: JANGO
Data de lançamento: 1984; Duração: 1:54:46
Ator/Atriz: José Wilker; Realizador(a): Sílvio
Tendler; Produtores(as): Denize Goulart, Hélio Paulo
Ferraz, Coletivo de Artistas; Escritor(a): Maurício
Dias
Categoria: Documentário - Licença padrão do
YouTube; Disponível em: https://www.youtube.com/
watch?v=SaU6pIBv9f4
NA WEB
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REFERÊNCIAS
Objetivos de Aprendizagem:
• Conceituar a Nova Gestão Pública (NGP), New Public Management
(NPM) e o New Service Public (NSP);
• Caracterizar a gestão pública estratégica e a governança no serviço
público distinguindo suas principais características;
• Demonstrar quais são as formas de atuação na administração pública
direta e indireta;
• Apresentar o papel das organizações sociais, PPPs e agências
reguladoras;
• Apresentar algumas características de gestão da qualidade buscada
pelas organizações públicas.
Plano de Estudo:
• Reformas e a Nova forma de Administração e Gestão Pública;
• A Nova Gestão Pública (NGP), o New Public Management (NPM) e o
New Service Public (NSP);
• Gestão Pública Estratégica e Governança no serviço Público;
• Atuação e Estrutura da Administração Pública;
• Qualidade e Excelência na Gestão Pública.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
A Nova Gestão Pública a partir das reformas buscam aproximar cada vez mais
a forma de administração da gestão pública a da gestão privada, porém é
importante ressaltar que ambas são diferentes e se distinguem entre si. Ainda
que diferentes, é aspecto fundamental que as organizações públicas realizem
gestão estratégica e busquem a governança no serviço público.
Desde 1967, com o Decreto Lei Federal nº 200, o Brasil vem buscando a
modernização nos serviços públicos e com isso atua de forma direta e indireta
na consecução dos bens e serviços prestados, na qual será apresentado as
características dos tipos de organizações, fundações, autarquias e empresas
públicas.
Bons Estudos!
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3.1. REFORMAS E A NOVA FORMA DE ADMINISTRAÇÃO E GESTÃO
PÚBLICA
De acordo com Santos (2003) a reforma gerencial é positiva pois contribui com
nas formas de controle dos serviços públicos, propiciando maior transparência
nas decisões administrativas por meio do controle da sociedade e contribui
para o aumento da responsabilização dos administradores públicos. Na
Administração propicia também que os resultados a serem alcançados
sejam negociados entre os formuladores da política pública e a instituição
encarregada de implementá-la.
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não contrapõe antagonicamente o Estado e ao Mercado, mas busca a sua
complementaridade, que surge da manifestação democrática que permite
a cidadania e que leva aos respectivos governos a sua insatisfação com a
qualidade e quantidade de serviços públicos a que tem direito (PINTO, 2008).
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escolhido como valor básico mas impede que se dê atenção a outro
valor, como a equidade social e a participação, surgindo assim uma
crescente despersonalização e objetificação. A equidade envolve
senso de fairness ou justiça, ou seja, a correção dos desequilíbrios na
distribuição de valores sociais e políticos.
4. Hierarquia versus participação - como se reestruturar e lograr mais
envolvimento e participação sem que esses esforços se tornem simples
artifício para a manipulação gerencial? A liderança pode depender
menos de sistemas hierárquicos e mais de poder e participação em
termos compartilhados.
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interesses, b) a existência de mecanismos de responsabilização dos políticos
e burocratas perante a sociedade, e, c) a qualidade do contrato social básico.
Essas dimensões remetem à reforma política, essencial à reforma do Estado
no Brasil.
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concentrar o gestor público em suas funções estratégicas, delegando a
produção de seus bens e serviços públicos para o setor privado ou terceiro
setor”.
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Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) e órgãos
como o Conselho Administrativo da Defesa Econômica (CADE), o
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico (CNPq) e também as
Universidades Federais.
De acordo com Bresser-Pereira (2008 apud Kanaane et al., 2012) a Lei Federal
nº 9.637 de 15 de maio de 1998, Lei das Organizações Sociais possibilitou que
o gestor público delegasse ao terceiro setor a execução de políticas setoriais
nas áreas da educação, cultura, saúde e pesquisa científica. Desta forma, os
contratos de gestão são publicizados pelo setor público.
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3.4.3 Agências Reguladoras
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finalidades pode ser econômica, social ou administrativa. Neste sentido, como
apontam Bresser-Pereira (2004) e Matias-Pereira (2010):
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de ferrovias, rodovias e transporte ferroviário relacionado à exploração
da infraestrutura; e pela permissão de transporte coletivo regular de
passageiros por rodovias e ferrovias.
10. Criada em 2005 para substituir o Departamento Nacional de Aviação
Civil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tem a função de
regular e fiscalizar as atividades do setor.
REFLITA
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Esses 13 princípios do Gespública estão sustentados nos seguintes pilares:
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social, requisitos fundamentais para a efetivação do controle social. A
organização deve estimular a sociedade a exercer seu papel.
13. Gestão Participativa: trata-se de um estilo de gestão que possibilita
às pessoas autonomia no alcance de metas, também cobrando
cooperação, compartilhamento de informações e confiança. Estas
assumem desafios e processos de trabalho, das quais participam,
tomam decisões, criam e inovam, gerando um clima organizacional
saudável.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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LEITURA COMPLEMENTAR
Simplifique!
Fonte> http://www.planejamento.gov.br/noticias/decreto-simplifica-servicos-publicos-para-atendimento-ao-
cidadao
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SAIBA MAIS
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
FILME
Pôster do Filme
Título:INSIDE JOB
Ano:2010
Sinopse: A crise financeira mundial que aconteceu
em 2008, causou a perda de milhões de empregos
e casas e mergulhou os Estados Unidos em uma
profunda recessão econômica. O que é mais
interessante neste filme é que demonstra que as
agências reguladoras falharam na condução da crise,
pois não cumpriram seu papel de fiscalização, uma
vez que o filme retrata a corrupção sistêmica existente
no país. A pergunta que devemos nos fazer é sobre o papel das reguladoras
para evitar a corrupção em um país. O documentário fornece uma análise
detalhada dos elementos que levaram ao colapso e identifica peças-chave do
mundo financeiro e político. O diretor Charles Ferguson realiza uma gama de
entrevistas e traça a história dos Estados Unidos para a China para a Islândia e
para outros mercados financeiros mundiais.
NA WEB
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REFERÊNCIAS
ALDARVIS, Renato. Modelo de Gestão para organizações Públicas. In: Gestão
Pública: planejamento, processos, sistemas de informação e pessoas. Roberto
Kanaane; Alécio Fiel Filho; Maria das Graças Ferreira. São Paulo: Atlas, 2010.
p.209 a 241.
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4CAPÍTULO
INSTRUMENTOS DE
GESTÃO PÚBLICA
Objetivos de Aprendizagem:
• Apresentar o instrumento de ação Política Pública no Brasil;
• Apresentar o ciclo de políticas públicas-elaboração, implementação e
avaliação;
• Caracterizar e descrever as principais características do orçamento
público;
• Demonstrar como ocorre o sistema de compras e repasses do Estado
• Apresentar algumas características das relações do Estado, Governo e
Mercado.
Plano de Estudo:
• Políticas Públicas;
• Orçamento Público;
• Processos de Compras e Repasses do
Estado;
• Relações entre Estado, Governo e Mercado.
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INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Bons Estudos!
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4.1 POLÍTICAS PÚBLICAS
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Dentre os aspectos de maior discordância segundo Secchi (2009), está o papel
do Estado, no processo de elaboração de políticas públicas, o que implica o
envolvimento dos atores não estatais no processo de coprodução e gestão de
políticas públicas, onde o estado não deve perder sua importância, mas sim
deslocar o seu papel primordial para implementação, coordenação e controle.
REFLITA
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aos primeiros esforços de avaliação. É nessa fase que as regras,
rotinas e processos sociais são convertidos em intenções e ações. A
implementação pode ocorrer de cima para baixo (top down-decididos
pela esfera política) ou de baixo para cima (bottom-up-decididos pelos
burocratas e redes de autores).
6. Avaliação - representa o processo de julgamentos deliberados sobre
a validade de propostas para a ação pública, demonstrando se houve
sucesso ou falha nos projetos colocados em prática, avaliação esta que
pode ser ex ante (antes), in itinere (monitoramento) e ex post (após)
implementação. Os principais critérios utilizados são: economicidade,
eficiência econômica e administrativa, a eficácia e a equidade que
podem levar a continuação, reestruturação marginal ou extinção da
política pública.
7. Extinção - as causas da extinção podem ser porque o problema que
originou a política foi resolvido, porque foram ineficazes ou porque
embora não resolvido perdeu a importância e saiu das agendas políticas
e formais. Assim como o nascimento de uma política, sua extinção
depende das janelas de oportunidade como as reformas ministeriais,
mudanças de mandato e aprovação de orçamentos públicos.
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Portaria SOF nº 42/1999).
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princípios da universalidade e da unidade orçamentária. As entidades
que não recebem subvenções ou transferências à conta do orçamento
da união como as autarquias, fundações, empresas públicas e
sociedades mistas também integram à lei orçamentária. A LOA deve
estar compatível e adequada a LDO e emitir demonstrativos de efeito
sobre receitas e despesas, sendo proibido constar no orçamento o que
não consta na LDO.
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formalização ocorrerá por meio de convênios, parcerias ou cooperações
em que o sistema de repasse será pelo (SICONV) - Sistema de Gestão dos
Convênios e Contratos de Repasse.
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Administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados,
ou para alienação de bens imóveis adquiridos em procedimentos
judiciais ou de doação, a quem oferecer maior lance.
De acordo com Costin (2010), quando a contratação não é direta pelo órgão
que precisa dela porém pode preceder de licitação para ser celebrado. Um
Contrato Administrativo formaliza a relação de contratação por parte da
Administração Pública com uma organização privada ou pública com objetivo
de interesse público que podem ocorrer das seguintes formas: a) Termo
de Cooperação - as partes envolvidas (entes públicos) combinam esforços
para atingir objetivos comuns, b) Convênio - realização de objetivos de
interesse comum (entes públicos e públicas ou privadas), porém a licitação é
inexigível (cessão de uso de equipamentos, repasse de recursos como forma
de incentivo, cujo convenente deve prestar contas ao concedente, recursos
humanos, materiais e imóveis), c) Contrato de Gestão - é uma parceria
firmado entre poder público e privado (organizações sociais, cujas compras
são dispensadas da licitação e OSCIP - Organizações da Sociedade Civil
de Interesse Público) e d) Plano Operativo - instrumento utilizado o âmbito
do SUS para realizar ações, serviços, atividades com metas qualitativas e
quantitativas entre gestores e prestadores de serviços de saúde (entes públicos
e privados).
O Tribunal de Contas da União (TCU), juntamente com a Corregedoria Geral
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da União (CGU) e os Ministérios da Fazenda e do Planejamento Orçamento
e Gestão criaram o SICONV como um instrumento de gestão e controle
social (fiscalização), cujo portal disponibiliza informação à sociedade civil
sobre o gasto público, tendo em vista a transparência com o ciclo de vida dos
convênios, contratos de repasse e termos de parceria.
De acordo com Costin (2010), o Brasil tem altamente enraizado uma cultura do
clientelismo e uma forte tendência à corrupção nas relações entre o público e o
privado e favoritismo e riscos para os investimentos. De fato com a democracia
e a exigência dos cidadãos por serviços melhores, toda a lógica de governo
teve que mudar, não somente para obter a eficiência mas também para trazer
a tona a moralidade que se transformou num pesadelo na vida de empresas e
indivíduos que tinham contato com o governo.
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O Brasil precisa crescer e para isso precisa de investimentos privados.
Neste sentido algumas organizações podem favorecer como desestimular o
investimento direto internacional e privado local como as agências reguladoras
(já nominadas no capítulo anterior ANA, ANP, ANT, ANELL, ANATEL e ANVISA)
e as que descreveremos a seguir (COSTIN, 2010):
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no que tange às exigências competitivas de cada nível com incorporações
das exigências ambientais, com instituições políticas isentas de clientelismo
e paternalismo e investimentos também na educação técnica e carreiras
científicas (COSTIN, 2010).
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(controle externo). Dentre os responsáveis pelo Controle são apresentados
os Tribunais de conta da União (TCU), Tribunal de contas do estado (TCE) e
Tribunais de conta municipais (TCM) (MATIAS-PEREIRA, 2010).
NA WEB
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SAIBA MAIS
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
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MATERIAL COMPLEMENTAR
LIVRO
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REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República do Brasil. Brasília,
DF: 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/
constituicao.htm>. Acesso em: out. 2017.
Vários autores. Gestão Pública. Roberto Kanaane; Alécio Fiel Filho; Maria das
Graças Ferreira. São Paulo: Atlas, 2010.
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nova forma de intervenção do Estado entra em cena as agências reguladoras
desempenhando o papel de regulação econômica, social e administrativa
e qualidade realizada a partir de uma gestão pautada nos fundamentos do
Gespública - Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização.
Por fim, na unidade IV, finalizamos com o tema instrumentos utilizados pela
Administração Pública como as políticas públicas, o orçamento público, a
forma de compras e sistema de repasses e as relações do estado, governo
e mercado e como ocorre a transparência das ações governamentais e a
participação cidadã no controle social, e assim pudemos compreender que
as Políticas Públicas, surgem face aos problemas sociais em resposta às
demandas da sociedade, que necessariamente, precisa ser contemplada no
orçamento público. Em seguida, foram apresentadas o sistema de compras
e repasse do Estado, quais são as formas de contratos administrativos e as
funções econômicas do Estado: alocativa, distributiva e estabilizadora bem
como as organizações mais conhecidas para favorecer ou desestimular o
investimento direto internacional e privado local assim como as agências
reguladoras. E por fim, foi apresentado a importância da transparência do
controle dos poderes com o auxílio do controle social.
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