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Ácidos Nucleicos

Ricardinho Bio @ricardinhobio


Definição

São os compostos informacionais da vida


Definição

• São biopolímeros formados da associação de


nucleotídeos.

Principais Biopolímeros

Monômeros Polímeros
Monossacarídeos Polissacarídeos
Aminoácidos Proteínas
Nucleotídeos Ácidos nucléicos
DNA x RNA
DNA x RNA
DNA x RNA
Nucleotídeo - monômero

Pirimídicas Púricas

Nucleotídeo
Fosfato
Açúcar (pentose)
Base nitrogenada
Nucleotídeo - monômero
A) Fosfato 2) Pirimídicas ou Pirimidinas :
 Ácido Fosfórico - Aneis orgânicos isolados
 Invariável - Citosina , Timina e Uracila
 Confere carga negativa ao ácido
nucleico

B) Pentose
 Monossacarídeo de 5 carbonos
 Ribose: RNA Em uma cadeia
 Desoxirribose: DNA polinucleotídica, a
informação encontra-se
C) Base Nitrogenada na sequencia das bases
 Dividida em dois grupos: nitrogenadas
1) Púricas ou Purinas :
- 2 anéis orgânicos
- Adenina e Guanina
Nucleotídeo - monômero

5’ 5’

4’ 1’
3’
3’ 2’

Extremidade 3’ = Hidroxila livre


Extremidade 5’ – Fosfato livre
Polimerização dos nucleotídeos
5’

ligação
fosfodiéster

3’
DNA x RNA

Características DNA RNA

Estrutura Fita dupla Fita simples

Pentose Desoxirribose Ribose

Bases A,T,C,G A,U,C,G

Distribuição Concentrado no Concentrado no


núcleo citoplasma

Papel biológico Hereditariedade Síntese proteica


DNA mitocondrial
 Diferente do DNA
genômico ( Nuclear)
Policlonal
 Herdado exclusivamente
de origem materna

DNA mt
DNA
genômico
DNA mitocondrial

 Utilizado como marcador da


matrilinhagem
Estrutura do DNA
• Segundo Watson e Crick (1953) o DNA é uma fita dupla
helicoidal e antiparalela
Estrutura do DNA
Estrutura do DNA
• Ligação Fosfato-açúcar:
- Ligação covalente
- Vertical
- Une os nucleotídeos de uma mesma fita
- Polimeriza os nucleotídeos

• Ligação de Hidrogênio:
- Ligação fraca (atração)
- Ocorre entre as bases complementares de cada uma das fitas do
DNA
- Responsável pela organização estrutural da molécula
- É QUEBRADA durante os eventos de replicação e transcrição.
Estrutura do DNA
Entre as bases nitrogenadas das fitas
antiparalelas existem ligação de
hidrogênio (estabilidade)

PAREAMENTO DAS BASES


Púrica  Pirimídica

Relação de CHARGAFF

1. A  +  T  +  C  +  G  = 100%

2. [ A ] = [ T ] e [ G ] = [ C ]

3. [ A + C] da fita 1 = [ T + G ] da fita 2
Compactação do DNA
Replicação do DNA

Semiconservativa

As moléculas-filhas,
recém sintetizadas,
conservam apenas
uma das fitas do
DNA parental
Experimento - Meselson e Stahl

Fita
molde

Fita
nova
Replicação do DNA

Período de ocorrência: DNA


Intervalo S (intérfase) parental

Célula eucariótica

Local ocorrência: Fita


Citoplasma ou núcleo molde

Célula Célula Fita


nova
procariótica Eucariótica
Objetivo: Possibilitar a
DNA DNA
divisão celular filho filho
Enzimas da replicação

1ª Etapa - Desnaturação do DNA

1. Topoisomerase (Girase) – Atua desenrolando as


fitas do DNA (Aliviando as tensões)
2.Helicase – Atua quebrando as ligações de hidrogênio
e abrindo a forquilha de replicação
3. Proteínas estabilizadoras de fita simples (BBS) –
manutenção da forquilha de replicação
Enzimas da replicação
2ª Etapa - Síntese da nova fita
1.DNA polimerase III - Sintetiza a nova fita do DNA de
5´→ 3´. Em um filamento a enzima trabalha de forma
contínua, no outro filamento a enzima trabalha de
forma descontínua

DNA polimerase III


DNA polimerase III 5’ 3’
5’ 3’
Filamento contínuo Filamento descontínuo
(Fragmentos de Okazaki)

Sofre ação da
DNA-ligase
Enzimas da replicação
Na Fita líder, a síntese da nova fita ocorre
no mesmo sentido da abertura da forquilha ,
enquanto na fita atrasada, a síntese ocorre
no sentido oposto.
Enzimas da replicação

Estabilizadora de fita simples

DNA polimerase

DNA parental

DNA helicase
Enzimas da replicação
Enzimas da replicação
3ª Etapa – Mecanismo de reparo
1. Substituição dos Primers ( DNA polimerase I)
2. Ação exonucleásica de reparo corrigindo erros
eventuais (DNA polimerase I).
Pareamento de
bases alterado

Ação
O Sistema de reparo exonucleásica

não é 100% eficiente


Replicação do DNA

Replicação: 5’ -> 3’

Divisão celular

Reprodução
Crescimento
Regeneração
Replicação do DNA
Transcrição do DNA
Processo no qual utiliza-se um molde de DNA para a
construção de um polímero (cadeia ou fita) de RNA
complementar

DNA RNA
A RNA polimerase
A U utiliza apenas uma das
T A fitas do DNA como
molde para a produção
C G de uma fita simples de
G C RNA
Transcrição do DNA

Período de ocorrência:
Intervalos G1 e G2

Célula eucariótica

Local ocorrência:
Citoplasma ou núcleo
Célula Célula
procariótica Eucariótica
Objetivo: Possibilitar a
síntese protéica
Transcrição do DNA
a) Início – Reconhecimento do promotor e ligação da
RNA polimerase
b) Alongamento – adição de nucleotídeos ao RNA
crescente
c) Término – Identificação da sequência de término e
liberação do RNA
Transcrição do DNA

Fita molde (promotor) RNA polimerase

Fita de RNA

Fita inativa
Transcrição do DNA
Bolha da transcrição

Fita inativa RNA


polimerase

Finalizador

Promotor Fita ativa

5´ 3´
Direção da transcrição
Transcrição do DNA
Conceito de gene
Toda sequência de nucleotídeos necessária para a síntese de RNA
funcionais e de uma cadeia polipeptídica
Gene A Gene B

Transcrição Transcrição
RNA
RNA

Tradução

PROTEÍNA
Dogma central da Bio Molecular

REPLICAÇÃO

Transcrição TRANSCRIÇÃO
reversa

TRADUÇÃO

Proteína

A proteína é o produto da expressão gênica


Expressão gênica nos procariontes

 Não existe separação espacial nem temporal


entre a transcrição e a tradução
Expressão gênica

 As bactérias apresentam um RNA


policistrônico, isto é , um único RNA que
contém a informação de vários genes

 Os Eucariontes apresentam RNA –


monocistrônico, isto é, na molécula de RNA
temos a informação de um único gene.
Expressão gênica nos eucariontes
 Existe separação espacial e temporal entre
transcrição e tradução

Sequência de eventos:
1. Transcrição
2. Splicing (Processamento de RNA)
3. Exportação do RNA
4. Tradução
Expressão gênica nos eucariontes

Após o transcrição, o RNA sofre uma Adenilação e um


Capeamento, que são processos relacionados à proteção
e endereçamento dessa molécula no citoplasma.
Splicing
É a excisão dos íntrons e união dos éxons
• Íntrons ( I ) - São sequências de bases do pré-RNAm
geneticamente inativas
• Éxons ( E ) - São sequências de bases do pré-RNAm
geneticamente ativas

Pré-RNAm

Splicing

RNAm
Splicing alternativo
Gene A

DNA

E1 E2 E3 E4
Transcrito primário

Splicing alternativo

E1 E2 E3 E4
RNAm1 – Proteína A1

E3 E1 E4 E2
RNAm2 – Proteína A2

E4 E2 E3 E1
RNAm3 – Proteína A3
Splicing

Núcleo

DNA
Cromossomo

Promotor Exon Intron

Gene
Splicing Alternativo
• Processo pelo qual, durante a expressão gênica,
éxons de um pré-RNAm se ligam de maneiras
diferentes durante o splicing

• Permite que uma única fita de pré-RNAm


recém-sintetizada sofra diversas possibilidades
de processamento, aumentando
consideravelmente o número total possível de
proteínas.
1 gene ---------- 1 proteína?
26.000 genes ----------120.000 proteínas
Resuminho Maroto
•Logo que um transcrito de RNA é produzido em uma célula
eucarionte, ele é considerado um pré-RNAm e deve ser
processado para formar RNA mensageiro (RNAm).

•Um cap 5' é adicionado ao começo do transcrito de RNA, e


uma cauda poli-A é adicionada ao final.

•No splicing, algumas seções do transcrito de RNA (íntrons) são


removidas, e as seções restantes (éxons) são acopladas
novamente.

•Alguns genes podem sofrer splicing alternativo, levando à


produção de diferentes moléculas maduras de RNAm a partir do
mesmo transcrito inicial.
Estudo do RNA
Características
1. Fita simples com
ribonucleotídeos
2. Pode dobrar ao redor do
próprio eixo
3. Intermediário no fluxo
gênico
4. Possui Uracila
5. Pode exercer função
catalítica (ribozima)
Tipos de RNA
 RNAr
• É o mais abundante tipo de RNA da célula
• Acumula-se no nucléolo
• Associa-se com Proteínas dando origem às sub-
unidades ribossomais
Tipos de RNA
 RNAm

• É responsável por conduzir a informação genética


do DNA para os ribossomos
• As bases do RNAm organizam-se em trincas ou
tríades denominadas códons

CÓDON  Equivale a um Aminoácido


Código Genético
• A sequência de aminoácidos de uma proteína
é definida pela sequência de códons do RNAm

A relação códons X aminoácidos é conhecida


como código genético:
• É universal
• É redundante (degenerado)
Tabela- Código genético
Código genético
Mutações Silenciosas:

- Não alteram o fenótipo do indivíduo


- Não alteram a estrutura primária de uma proteína
- Relacionadas com a REDUDÂNCIA do código genético.

Transgênicos:
- Relaciona-se com a UNIVERSALIDADE do código
genético
Código genético - Propriedades
 O código genético é universal
 Um códon equivale ao mesmo aminoácido em
qualquer ser vivo

Equivale a fenilalanina em qualquer ser vivo

A universalidade do código
genético possibilitou a
transgenia

OGM – Organismo Geneticamente modificado


Tipos de RNA

 O código genético é redundante


Códons diferentes podem corresponder a um mesmo
aminoácido
Existem 64 códons diferentes
• Nº de códons  43 = 64 combinações
61 códons são equivalentes a aminoácidos
3 são stopcódons (UAA,UAG,UGA)
• Na natureza existem 20 aminoácidos utilizados
na síntese protéica
Tipos de RNA

1 códon 1 aminoácido
61 20
UUU
Phe
UUC

GGG Gly
GGC
Tipos de RNA
 RNAt
• É o menor tipo de RNA da célula
• O RNAt transporta os aminoácidos
até os ribossomos durante a tradução

• Para cada códon do RNAm


existe um anticódon
complementar no RNAt
Tipos de RNA

TAC – TGC – CCC- GGC- AGT – TTA- ACT (gene)

AUG – ACG- GGG- CCG – UCA – AAU – UGA


(RNA-m)

UAC- UGC – CCC- GGC- AGU – UUA- ACU (RNA-t)


Síntese proteica

• Local: Citoplasma - Ribossomos


 Polissomos
 RER
• Para que ocorra a tradução são necessários:
a) Ribossomos
b) RNAm
c) RNAt
d) Aminoácidos
e) ATP
OBS: Ribossomos
• Polissomos ou Polirribossomos:
 Ribossomos livres no citoplasma
 Sintetiza proteínas para uso INTRACELULAR
 Vários ribossomos se ligam a um mesmo RNA-m,
formando várias cópias de uma mesma proteína.

• Ribossomos aderidos ao RER:


 Sintetiza proteínas e envia para o complexo golgiense
 Sintetiza proteínas de membrana, enzimas
lisossômicas ou proteínas que serão EXPORTADAS
Síntese protéica
Os aminoácidos associam-se através de ligações
peptídicas formando os polipeptídeos (proteínas)

Ribossomo

Polipeptídeo
Estrutura do ribossomo
Subunidade maior
Sítio P Sítio A

RNAm
Subunidade menor
Síntese proteica
Etapas da tradução:

a)Iniciação: Chegada da subunidade menor e do RNAt,


identificação do códon de iniciação e chegada da
subunidade maior

b) Alongamento: Chegada de novos RNAt pelo sítio A e


formação das ligações peptídicas

c) Finalização: Identificação do stopcódon, separação


das subunidades ribossômicas e liberação do
polipeptídeo.
Síntese proteica

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