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14. (Enem 2020) Adão, ainda que supuséssemos que suas faculdades racionais fossem inteiramente perfeitas
desde o início, não poderia ter inferido da fluidez e transparência da água que ela o sufocaria, nem da luminosidade e
calor do fogo que este poderia consumi-lo. Nenhum objeto jamais revela, pelas qualidades que aparecem aos
sentidos, nem as causas que o produziram, nem os efeitos que dele provirão; e tampouco nossa razão é capaz de
extrair, sem auxílio da experiência, qualquer conclusão referente à existência efetiva de coisas ou questões de fato.
HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Unesp 2003.

Segundo o autor, qual é a origem do conhecimento humano?


a) A potência inata da mente.
b) A revelação da inspiração divina.
c) O estudo das tradições filosóficas.
d) A vivência dos fenômenos do mundo.
e) O desenvolvimento do raciocínio abstrato.

15. (Unesp 2017) Todas as vezes que mantenho minha vontade dentro dos limites do meu conhecimento, de tal
maneira que ela não formule juízo algum a não ser a respeito das coisas que lhe são claras e distintamente
representadas pelo entendimento, não pode acontecer que eu me equivoque; pois toda concepção clara e distinta é,
com certeza, alguma coisa de real e de positivo, e, assim, não pode se originar do nada, mas deve ter
obrigatoriamente Deus como seu autor; Deus que, sendo perfeito, não pode ser causa de equívoco algum; e, por
conseguinte, é necessário concluir que uma tal concepção ou um tal juízo é verdadeiro.
René Descartes. Vida e Obra. Os pensadores, 2000.

Sobre o racionalismo cartesiano, é correto afirmar que


a) sua concepção sobre a existência de Deus exerceu grande influência na renovação religiosa da época.
b) sua valorização da clareza e distinção do conhecimento científico baseou-se no irracionalismo.
c) desenvolveu as bases racionais para a crítica do mecanicismo como método de conhecimento.
d) formulou conceitos filosóficos fortemente contrários ao heliocentrismo defendido por Galileu.
e) se tratou de um pensamento responsável pela fundamentação do método científico moderno.

16. (Unesp 2021) Texto 1


Nos últimos tempos, reservou-se (e, com isso, popularizou- se) o termo fake news para designar os relatos
pretensamente factuais que inventam ou alteram os fatos que narram e que são disseminados, em larga escala, nas
mídias sociais, por pessoas interessadas nos efeitos que eles poderiam produzir.
(Wilson S. Gomes e Tatiana Dourado. “Fake news, um fenômeno de comunicação política entre jornalismo, política e
democracia”. Estudos em Jornalismo e Mídia, nº 2, vol. 16, 2019.)

Texto 2
As vacinas foram os principais alvos de fake news entre todas as publicações monitoradas pelo Ministério da Saúde
em 2018. Cerca de 90% dos focos de mentiras identificados pelo órgão tinham como alvo a vacinação. Reconhecido
internacionalmente, o programa de imunização brasileiro viu doenças como sarampo e poliomielite voltarem a
ameaçar o país em 2018 após os índices de cobertura vacinal caírem em 2017.

(Fabiana Cambricoli. “Ministério da Saúde identifica 185 focos de fake news e reforça campanhas”.
https://saude.estadao.com.br, 20.09.2018. Adaptado.)

Os textos tratam de uma prática que é contrária ao princípio da fundamentação racional sustentado por Descartes,
que propôs a
a) busca por um conhecimento seguro proveniente do ato de duvidar.
b) construção da compreensão a partir da lógica dialética.
c) eliminação da subjetividade na produção do conhecimento.
d) fundamentação das certezas a partir da experiência sensível.
e) percepção da realidade por meio da associação entre fé e razão.

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