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º - Ano/série: 1° ano Data:


Disciplina: Filosofia Prof.: Sidney Avaliação: PC II
Orientações
1. Resolva as questões com caneta azul ou preta;
2. Caso a questão seja de múltipla escolha, faça um pequeno “x”;
3. É obrigatória a apresentação de cálculos e a demonstração da resolução da questão.

QUESTÃO 1
COMO ASSUMIMOS NOSSAS OPINIÕES?
Aproveitando o que nos diz o filósofo, vale observar como o nosso bom senso se constitui hoje,
inicialmente pela educação recebida em instituições como família, escola e igreja ou nas relações entre
amigos, conhecidos e demais pessoas com as quais interagimos. Por conta própria, lemos livros, jornais,
revistas, assistimos à tevê, participamos de redes sociais e escolhemos entretenimentos que nos
agradam. Essas são as fontes de conhecimentos, valores, informações e regras de vida, com o que
dispomos de elementos para construir ou desfazer crenças e tecer opiniões pessoais.

Aqui nos interessa refletir sobre a real possibilidade de elaborar opiniões pessoais, uma vez que na
sociedade atual predomina:
a) A indústria cultural, que nos leva, inconscientemente, a construir nossas opiniões baseando-se em
suas produções cinematográficas, as quais, predominantemente, reproduzem somente a realidade.
b) A religiosidade e a espiritualidade, as quais nos definem como humanos padronizados que segue a
vida no sentido dos seus interesses doutrinários. Por exemplo, o horóscopo que define a
personalidade de cada sujeito.
c) A mídia de massa, que nos bombardeia com grande volume de informações e nos constrange a
uma certa passividade. Portanto, sempre existe o risco de sermos levados a aceitar sem crítica
muito do que nos é oferecido como "verdades" indubitáveis.
d) A ideologia, a qual é o conjunto de ideias e princípios das classes dominadas de uma época. Este
conjunto de ideias e princípios condiciona a opinião pública na direção dos interesses desta classe.

QUESTÃO 2
A MÍDIA: O QUARTO PODER
A imprensa surgiu em finais do século XVIII na Europa e expandiu-se no século seguinte, alimentando o
que se chamou de um "quarto poder" - interposto entre os Poderes do Executivo, do Judiciário e do
Legislativo -, e foi capaz de regular os interesses da sociedade, dando voz aos cidadãos que não tinham
como se expressar publicamente. Trata-se de uma conquista notável da democracia, tanto é que ditadores
fazem calar a imprensa e perseguem jornalistas. À mídia impressa, representada sobretudo por jornais e
revistas, agregaram-se o rádio e a televisão, nos quais predomina uma via de mão única, em que o
receptor ainda não é um interlocutor, mas alguém que apenas lê, ouve ou é mero espectador e com
reduzido espaço de intervenção.

Meios de comunicação comprometidos com a verdade costumam contrapor suas próprias opiniões
contratando articulistas de pensamento divergente, o que estimula a polêmica e enriquece o
conteúdo oferecido a seus leitores. No entanto:

a) Nem sempre predomina esse espírito de pluralismo de ideias, porque em épocas cruciais,
sobretudo com respeito à política e à economia, há mídias que sonegam informações e direcionam
olhares, enquanto meias verdades escondem interesses particulares.
b) Sempre predomina o espírito de pluralismo de ideias, porque em épocas cruciais, sobretudo com
respeito à política e à economia, a imprensa sempre propõe informações seguras para a
construção da opinião pública.
c) Predomina o espírito autoritário na imprensa, buscando guiar o leitor a uma corrente de
pensamento comum, evitando que a população entre em conflito de ideias e termine prejudicando
épocas de eleição, por exemplo.
QUESTÃO 3
O QUARTO PODER E O CONTROLE DE MASSAS

No Brasil, uma dezena de grupos familiares empresariais, alguns associados a conglomerados


multinacionais, controlam praticamente todo o fluxo da informação, do entretenimento, da publicidade e,
mais recentemente, da telefonia fixa e móvel. Também vemos a classe política e as classes dominantes
utilizando estes mecanismos para fazer predominas suas ideias.

A partir do texto e da análise da charge, assinale a alternativa correta sobre esta característica do
denominado quarto poder:

a) O quarto poder, apesar de suas contradições no que diz respeito ao controle de informações, visa
o bem do cidadão brasileiro, evitando que ele construa pensamentos divergentes e entre em
conflito com seu semelhante.
b) O quarto poder tem como objetivo promover o pensamento científico reflexivo filosófico, sem o
qual, a população alienada pelo modo de vida capitalista nunca se libertará da ideologia (conjunto
de ideias, princípios e crenças das classes dominantes de uma época).
c) O quarto poder não representa mais - não em sua totalidade - o conceito de fiscalizar os demais
Poderes e nortear os cidadãos. Por ele agora passam filtros que são geridos por interesses
particulares, amputando informações, direcionando olhares, minando o funcionamento intelectual,
em uma verdadeira democracia de faz de conta.

QUESTÃO 4
REDES SOCIAIS: PARA O BEM E PARA O MAL

Não fossem as dificuldades interpostas em qualquer tipo de comunicação, seria esse o panorama ideal
para o acesso à informação e a imediata reflexão sobre o conteúdo transmitido, além de ocasião perfeita
para a participação democrática. O advento da mídia digital assumiria o papel de um "quinto poder" em
que o próprio cidadão dispensaria intermediários, por ser então capaz de motivar outras pessoas com
suas opiniões e, ao mesmo tempo, receber influências. As experiências de comunicação contemporâneas
confirmam as vantagens destacadas, embora nos assustemos com outras constatações nada positivas.
Para quem costuma ler, por exemplo, a seção de "comentários" disponíveis na mídia digital, logo abaixo
de notícias ou artigos, sem dúvida espera encontrar textos de aprovação ou discordância, com
argumentos que justificam os pontos de vista de quem se posiciona. O que se constata, porém, é um
número significativo de pessoas que expressam opiniões vazias, sem fundamento, abandonando o espaço
do debate civilizado. O que resta é um confronto em que predomina a recusa da troca de ideias, do
diálogo, e prioriza-se o discurso de ódio e de intolerância, o mesmo disseminado em redes sociais.
No entanto, essa critica não atinge apenas os participantes do debate, mas também o conteúdo do
que está sendo divulgado como noticia ou como interpretação dos fatos, como já comentamos a
proposito das meias verdades da mídia tradicional. O que se tem constatado são

a) Distorções de diversos tipos que viciam a transmissão de notícias e controlam as massas, o que se
torna mais grave em virtude da rapidez e da multiplicação do número de pessoas que têm acesso a
elas, manipulando e controlando a opinião pública.
b) Redes de comunicação que vem para substituir a mídia tradicional, trazendo melhorias na
velocidade da comunicação e mais segurança na transmissão de informações, visto que o espaço
visa ser seguro.
c) Mídias de comunicação que visam construir um espaço de debate seguro e intelectual. As pessoas
que utilizam essas redes costumam buscar as fontes da informação que receberam antes de
compartilhá-las ou de opinar sobre elas.
d) Manipulações e controle das massas através de notícias viciadas e tendenciosas, as quais tem o
objetivo de controlar o maior número de pessoas possível, manipulando e controlando a opinião do
povo, visando seu bem e sua prosperidade.

QUESTÃO 5
A ERA DA PÓS-VERDADE

Alguns acontecimentos que provocaram um profundo mal-estar com relação à divulgação de notícias não
verídicas, todas elas no ano de 2016, nos ajudam a entender um pouco o cenário descrito: o plebiscito
para a saída do Reino Unido da União Europeia (Brexit); o plebiscito na Colômbia sobre o acordo de paz
do governo com as FARC-EP (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo), a
eleição de Donald Trump nos Estados Unidos.

Nos exemplos selecionados, o volume de fake news (noticias falsas) foi notável, embora constatado
apenas posteriormente a situações criadas por decisões motivadas pelo medo. Basta lembrar que a
Guerra do Iraque, iniciada em 2003, eclodiu após a mídia estadunidense divulgar a existência de armas de
destruição em massa no Iraque, o que foi posteriormente desmentido, apesar dos danos irreparáveis que
ressoam até hoje. George W. Bush, presidente dos Estados Unidos à época, chegou a referir-se ao Iraque
como parte de um "Eixo do Mal" que apoiaria terroristas.

Foi nesse panorama que o Dicionário Oxford, publicado pela prestigiada universidade britânica,
resolveu introduzir o verbete pós-verdade. De acordo com o que foi exposto no texto e de seus
conhecimentos sobre o assunto, pós-verdade significa:

a) Algo que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm maior influência para definir a opinião
pública do que o apelo a emoção ou a crenças pessoais". Ou seja, nos orientamos pelos fatos,
como se a verdade tivesse importância maior que as convicções arraigadas ou provisórias.
b) Uma verdade mais fundamentada em fatos infalíveis do que as verdades dos séculos anteriores,
as quais eram produzidas a partir de fontes ainda muito inconsistentes e estudos muito recentes
para dar total credibilidade.
c) Algo que denota circunstâncias nas quais fatos objetivos têm menos influência para definir a
opinião pública do que o apelo a emoção ou a crenças pessoais". Ou seja, não nos orientamos
pelos fatos, como se a verdade não tivesse importância maior que as convicções arraigadas ou
provisórias.

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