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Joel Cafranca
III
DEDICATÓRIA
Este trabalho é dedicado a todos os educadores que compartilharam seu
conhecimento e paixão, moldando o nosso percurso acadêmico. Que esta pesquisa
contribua, de alguma forma, para o avanço do conhecimento e retribua o carinho e
confiança que recebemos.
IV
AGRADECIMENTOS
A Deus em primeiro lugar, por nos ter dado o galardão da vida, por nos guiar e
proteger nesta nossa jornada academica.
MUITO OBRIGADO!
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ÍNDICE
Lakatos e Marconi (2017, p. 162), afirmam que: uma variável pode ser
considerada como uma classicação ou medida; uma quantidade que varia; um conceito
operacional, que contém ou apresenta valores; aspecto, propriedade ou fator, discernível
em um objeto de estudo e passível de mensuração. Os valores que são adicionados ao
conceito operacional, para transformá-lo em variável, podem ser quantidades,
qualidades, características, magnitudes, traços etc., que se alteram em cada caso
particular e são totalmente abrangentes e mutuamente exclusivos. Por sua vez, o
conceito operacional pode ser um objeto, processo, agente, fenômeno, problema etc.
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2. OBJECTIVOS
Objectivo Geral: estudar os diferentes tipos de variáveis que podem ser encontrados
na pesquisa cientifica.
Objectivos Específicos:
1) Apresentar conceitos e definições de variáveis em metodologia científica.
2) Identificar os diferentes tipos de varáveis em metodologia científica.
3) Apresentar diferentes exemplos relacionados aos tipos de variáveis em
metodologia cientifica.
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3. VARIÁVEIS
3.1. VARIÁVEIS NO UNIVERSO DA CIÊNCIA
Gil (2016, p. 79) identica uma fase essencialmente teórica na pesquisa social, que é
constituída pela formulação do problema e sua inserção em uma perspectiva mais
ampla, e isso, em geral, “envolve a construção de hipóteses e a identicação dos
potenciais nexos entre as variáveis”. Se pretendemos que uma proposição alcance o
status de hipótese cientíca, é necessário que ela possa ser refutada empiricamente.
Assim, suas variáveis devem ser traduzidas em conceitos mensuráveis.
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3. Comunicação Empresarial: Uma variável conceitual que captura a eficácia da
comunicação entre a empresa e seus clientes.
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3.2. VARIÁVEIS DEPENDENTES E INDEPENDENTES
3.2.1. Variáveis dependentes
Lakatos e Marconi (2017, p.163), afirmam que: Variável dependente (Y) consiste
em valores (fenômenos, fatores) a serem explicados ou descobertos, em virtude de
serem inuenciados, determinados ou afetados pela variável independente. É o fator que
aparece, desaparece ou varia à medida que o investigador introduz, tira ou modica a
variável independente. Variável dependente é ainda a propriedade ou fator que é efeito,
resultado, consequência ou resposta a algo que foi manipulado (variável independente).
Exemplos:
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c) Em época de guerra, os estereótipos relativos às nacionalidades – dos
participantes do conito – tornam-se mais arraigados e universais:
X = época de guerra;
Y = características dos estereótipos mútuos.
d) Os indivíduos cujos pais possuem forte preconceito religioso tendem a
apresentar esse tipo de preconceito em grau mais elevado do que aqueles cujos
pais são destituídos de preconceito religioso:
X = presença ou ausência de preconceito religioso nos pais;
Y = grau de preconceito religioso dos indivíduos.
Tuckman (In: KÖCHE, 2015, p. 113) citado por Lakatos e Marconi (2017, p. 171)
apresenta um exemplo da atuação da variável moderadora: “entre estudantes da mesma
idade, a inteligência, o desempenho de habilidades está diretamente relacionados com o
número de treinos práticos, particularmente entre os meninos, mas menos
particularmente entre as meninas”:
Y = desempenho de habilidades;
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3.3.2. Variável de controle: conceito e aplicação
Lakatos e Marconi (2017, p. 173), nos mostra que: Variável de controle (C) é o fator,
fenômeno ou propriedade que o investigador neutraliza ou anula propositadamente em
uma pesquisa, com a nalidade de impedir que interra na análise da relação entre as
variáveis independente e dependente. A importância da variável de controle aparece na
investigação de situações complexas, quando se sabe que um efeito não tem apenas uma
causa, mas pode sofrer inuências de vários fatores. Não interessando ao investigador, ou
não sendo possível analisar todos em determinado experimento, torna-se necessário
neutralizá-los para que não interram, ou não exerçam inuência sobre o fenômeno
estudado. Em uma etapa posterior, ou mesmo em outro estudo, tais fatores poderão ser
pesquisados. Em muitos casos, através de trabalhos anteriores, tem-se conhecimento de
sua inuência no fator ou fenômeno investigado, e se quer dar um passo adiante: além do
fenômeno que exerce inuência na variável dependente, existem outros fatores? Assim,
anulam-se ou neutralizam-se os primeiros, para estudar a inuência dos demais.
Exemplo: Voltando ao estudo citado por Tuckman, sabe-se que tanto a idade da
criança quanto seu grau de inteligência têm inuência no desempenho de habilidades;
deseja-se, agora, correlacionar este fator (desempenho de habilidades) com os treinos
práticos: daí a necessidade de exercer controle sobre a idade e o grau de inteligência. Se
isso não fosse feito, não se poderia avaliar e analisar a relação entre o número de treinos
práticos e o desempenho de habilidades. Resumindo: idade e grau de inteligência foram
selecionados como variáveis de controle e neutralizados (entre estudantes da mesma
idade e inteligência…) para analisar a relação entre variável independente e dependente
(o desempenho de habilidades está diretamente relacionado com o número de treinos
práticos…):
Y = desempenho de habilidades.
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entre as duas variáveis, ou ela é devida a uma conexão acidental com uma variável
associada? Quando este último caso ocorre, diz-se que a relação é espúria (na realidade,
espúria é a interpretação da relação e não a relação em si). O que acontece é que, à
primeira vista, a relação é assimétrica, mas, perante uma análise mais profunda, revela-
se simétrica; esta signica que nenhuma das variáveis exerce inuência sobre a outra, por
serem indicadores alternativos do mesmo conceito, efeitos de uma causa comum,
elementos de uma unidade funcional, partes ou manifestações de um sistema ou
complexo comum, ou estão fortuitamente associadas.
O investigador não necessita abandonar a pesquisa por ter constatado que a relação
original era espúria; pode deslocar seus estudos para questões de como o mau humor
perturba o sono. Portanto, analisa a relação E – X.
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resultados, procedendo a novas pesquisas, que demonstram a espuriedade da relação
indicada.
Para Rosenberg (1976, p. 64), uma das mais poderosas variáveis na análise
sociológica é, por exemplo, o conceito de classe social. Com marcante coerência, a
classe social aparece ligada a uma ampla diversidade de variáveis dependentes […]. A
classe social compõe-se, todavia, de numerosos elementos (variáveis componentes).
Não se pode presumir, em consequência, que, estando a classe social relacionada a X e,
também, a Y, o mesmo aspecto da classe social exerça efetiva influência.
Para armar que uma variável é interveniente, requer-se a presença de três relações
assimétricas:
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3.5.2. Variáveis antecedentes
Lakatos e Marconi (2017, p. 183) afirmam que: A variável antecedente (Z) tem por
nalidade explicar a relação X – Y. Ela se coloca na cadeia causal antes da variável
independente, indicando uma inuência ecaz e verdadeira; não afasta a relação X – Y.
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4. CONCLUSÃO
Em conclusão, a compreensão e definição cuidadosa das variáveis desempenham
um papel crucial na condução de pesquisas científicas. As variáveis conceituais
fornecem a base teórica, representando ideias abstratas essenciais para a construção de
modelos explicativos. Por meio da diferenciação entre variáveis independentes,
dependentes e de controle, os pesquisadores conseguem formular e testar hipóteses,
examinando causas e efeitos em seus estudos.
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5. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: GEN:
Atlas, 2016. Cap. 8.
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