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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNA BOM DESPACHO

BRENDA RYANNE MARTINS RODRIGUES

MANEJO NUTRICIONAL DE EQUINOS DE DIFERENTES


CATEGORIAS
Disciplina: Produção e Reprodução
Professora Ana Carolina

BOM DESPACHO – MG
NOVEMBRO DE 2021
SUMARIO
1.0 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2.0 EXIGENCIAS NUTRICIONAIS DE EQUINOS DE DIFERENTES
CATEGORIAS.3
2.1 Alimentação de éguas...............................................................................3
2.1.1 Não
gestantes...............................................................................3
2.1.2 Gestantes.....................................................................................4
2.1.3 Lactantes.....................................................................................4
2.2 Alimentação de potros.............................................................................5
2.3 Alimentação dos garanhões....................................................................5
CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................6
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................6
1.0 INTRODUÇÃO
Os equinos carecem de exigências nutricionais diversificadas, cada categoria que
engloba estes animais deve receber a devida nutrição correta. Uma égua que não
está gestante requer uma nutrição diferenciada daquela que está gestando ou da
que está no terço final da gestação.
A anatomia e hábitos alimentares dos equinos, o possibilita passarem uma boa parte
do tempo pastando, ingerindo pequenas frações de alimentos diários. Quando estes
animais estão em baias, seus hábitos alimentares não podem sofrer alterações
bruscas, fornecendo a mesma quantidade de alimento na mesma proporção
nutricional daqueles que estão a pasto.
É fundamental atentar ao tipo, qualidade, quantidade e frequência da forrageira
fornecida, carecendo sempre de alterações visando ao máximo evitar possíveis
problemas digestivos.
Os equinos são animais herbívoros, ou seja, ele sempre necessitará mais de
volumoso ao invés do concentrado, portanto a ração ofertada sempre deverá ser de
boa qualidade e fornecida em pequenas quantidades, ao longo do dia. É importante
que a última refeição do equino seja de volumoso para que o animal passe bem a
noite e fique calmo sem mordiscar a baia.
Conforme os conhecimentos adquiridos, nota-se que os equinos possuem
exigências nutricionais diversas, com base nisso esta revisão bibliográfica visa a
abrangência das necessidades na nutrição de diversas categorias que englobam os
equinos.
2.0 EXIGENCIAS NUTRICIONAIS DAS MAIS DIVERSAS CATEGORIAS DE
EQUINOS

2.1 Alimentação das éguas adultas


2.1.1 Não gestantes
A nutrição de éguas não gestantes está relacionada a demanda de suas atividades.
Aquelas que não estão destinadas a reprodução, competições ou trabalho, devem
poder pastejar normalmente, desde que seja um pasto bom, sendo suplementadas
com sal mineral no cocho (EMBRAPA, 1998).
Porém as éguas aptas a reprodução carece de um concentrado especial para a sua
categoria reprodutiva (doadora ou receptora), elas precisam de um piquete amplo,
coberto de uma boa pastagem, sendo necessário fornecer a elas mais suplementos
minerais que possibilitarão seu desempenho reprodutivo (OLIVEIRA, 2018).

2.1.2 Gestantes
A alimentação das éguas gestantes vai variar conforme o período de sua gestação
ou da sua condição de pastejo (Tabela 1).
Tabela 1: Valores nutricionais estabelecidos para uma égua prenhe.

Nutrientes Quantidade necessária para uma égua


prenhe
Magnésio (g) 7,19
Enxofre (g) 14,1
Cobalto (mg) 0,5
Cobre (mg) 117,5
Iodo (mg) 3,8
Ferro (mg) 470
Manganês e zinco (mg) 376
Selênio (mg) 0,94
Fonte: Ribeiro e Konieczniak, 2018 (adaptado pelo autor)

Éguas prenhes e carecem de 11 a 12,5% de proteína na sua dieta, o sal mineral


tambem poderá ser fornecido à vontade. É durante o terço final da gestação que
ocorre o maior desenvolvimento fetal (CAMPOS, 2018). Desta forma, é importante
acrescentar gradativamente alguns grãos e feno de excelente qualidade, pois o
animal carecerá de um maior teor proteico (OLIVEIRA, 2018).
A superalimentação de éguas prenhes é muito comum, porém essa não é uma
prática saudável, pois causa dificuldades no momento do parto, diminuindo o tônus
da musculatura, devido a falta da atividade física, levando a falhas durante a
contração e expulsão do feto ou da placenta (SILVA et al., 1998).
2.1.3 Lactantes
Essa categoria carece sempre do melhor pasto da propriedade, assim como as
éguas do terço final de gestação, mas tambem é necessário fornecer concentrado
específico. Após o desmame as éguas deixam o pasto, possibilitando aos potros se
alimentarem num ambiente conhecido por eles, diminuindo assim o estresse da
mudança ou a competição entre eles (SENAR, 2018).
2.2 Alimentação dos potros
Os potros desmamados precisam de uma atenção especial em relação a sua dieta,
visto que qualquer deslize poderá acarretar danos severos e irreversíveis. É
necessário fornecer concentrado e suplementação mineral, juntamente com o sal.
Ambos os sexos ficarão juntos até os 18 meses de idade, sendo então separados e
recebendo pôr fim a nutrição adequada para suas características individuais
(SENAR, 2018).
O cálcio, o cobre e o fosforo são importantes minerais durante a fase de crescimento
do potro, pois eles contribuem para a formação das mais diversas estruturas de seu
organismo, como os dentes, músculos e ossos (Tabela 2) (CAMPOS, 2018).

Tabela 2: Valores nutricionais estabelecidos para os potros.

Nutrientes Quantidade

Magnésio (g) 4,39

Enxofre (g) 7,1

Cobalto (mg) 0,2

Cobre (mg) 59,2

Iodo (mg) 1,7


Ferro (mg) 237

Manganês e zinco (mg) 189,6

Selênio (mg) 0,47

Fonte: Ribeiro e Konieczniak, 2018 (adaptado pelo autor)

2.3 Alimentação dos garanhões


Os garanhões destinados a coleta de sêmen ou a cobertura das éguas precisam ser
mantidos em piquetes ou cocheiras com 10% de proteína bruta disponível, podendo
sofrer intervenções em relação ao peso principalmente e à raça destes equinos,
conforme a tabela 3 abaixo.

Tabela 3: Exigências nutricionais de garanhões em atividade reprodutiva

Peso vivo Energia Proteína Bruta Lisina Calcio Fosforo


(kg) digestível (g) (g) (g) (g)
400 16,8 670 23 20 15
500 20,5 820 29 25 18
600 24,3 970 34 30 21
Fonte: SENAR, 2018 (adaptado pelo autor)

A medida base de volumoso diária para um garanhão varia entre 1,5 e 2kg, para
cada 100kg de peso vivo. Já o concentrado varia entre 1 e 3kg, sendo fracionados e
ofertados a mesma quantidade duas vezes ao dia para cada animal (SANTOS,
2019).
Deverá ser ofertado ao animal de 60 a 100g de sal mineral diárias, e possibilitar
água limpa e vontade. Já o fornecimento de matéria seca deverá ser adequado
quanto ao peso do animal (CINTRA, 2018).

CONSIDERAÇÕES FINAIS
A nutrição é fundamental para a manutenção da saúde e bem-estar dos equinos,
esta deverá sempre ser adaptada conforme a idade, peso, características individuais
e sexo destes animais. Potros, éguas gestantes e lactantes carecem de mais
atenção em relação a sua nutrição, pois se trata de períodos críticos e o alimento
correto dará um completo suporte para estes animais.

REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Bernardo, R. D., de Nardi Junior, G., & Martins, E. A. (2020). NUTRIÇÃO DO
POTRO EM CRESCIMENTO. Tekhne e Logos, 11(2), 27-35.

do Amaral¹, A. C., de Andrade, R. G., & Bovino, F. (2020). NUTRIÇÃO EM POTRO


ÓRFÃO: REVISÃO DE LITERATURA. JORNAL MedVetScience FCAA, 2(2), 33.

Vital, G. M. (2021). Percepção do público em relação ao manejo de éguas gestantes


e potros recém-nascidos.

Ziober, T. M., & Oliveira, R. A. D. (2017). Métodos de desmame de potros. R. bras.


Med. equina, 4-7.
de Oliveira, D. E. ASPECTOS SOBRE NUTRIÇÃO E ALIMENTAÇÃO DE EQÜINOS.

Souza, L. E. Manejo reprodutivo de éguas.

dos Santos, T. M., Marques, D. P., Pessoa, M. S., & Pessoa, F. O. A. Aspectos
nutricionais relacionados à reprodução em equinos.

SILVA, A., SILVA, M., & Esteves, S. N. (1998). Criação de equinos. Manejo
reprodutivo e da alimentação. Brasília: EMBRAPA-SPI/EMBRAPA-CENARGEN,
1998.

Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. Equideocultura: manejo e alimentação. /


Serviço Nacional de Aprendizagem Rural. – Brasília: Senar, 2018. 120 p, il. –
(Coleção SENAR, 185)

CAMPOS, B. M. S. Nutrição e manejo alimentar de potros de zero a doze meses.


p.40, 2018. Monografia (Graduação em Agronomia) Universidade de Brasília – UnB,
Brasília, 2017.

Leonir Bueno Ribeiro e Paula Konieczniak. EXIGENCIAS NUTRICIONAIS DOS


MINERAIS EM EQUINOS. 2011.

CINTRA, A. Um manual para a boa alimentação de seus cavalos. 2018.

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