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LEITOR1
RESUMO
PALAVRAS-CHAVE
degradação contínua, pois, com toda a velocidade dos tecnológicos avanços e, por
tempo sufocam a (quase) todos, pressiona o educador contra uma bifurcação em que um
caminho é largo e atrativo, e um outro que clama por estratagemas que não se equiparam à
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Trabalho apresentado à disciplina de Estética Literária, sob a orientação do Prof. Celdon Fritzen.
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Acadêmicas da Especialização de Lingüística Aplicada da UNISUL, Campus Araranguá.
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comércio”, e não num tempo de ensino preocupado com o que é de relevância, qual seja, o
refutável.
presente artigo, cabe a ele separar o “joio do trigo” nos livros didáticos a respeito dos
literatura.
De acordo com Culler (1999), se está tentando por um lado a concluir e por outro
desistir que, literatura é “aquilo” que determinada sociedade entende por literatura – ou
seja, um conjunto de textos que “senhores culturais” anexam ao campo da literatura e, para
ocorre com os livros didáticos, os quais passam por avaliações diversas até aportarem em
seu destino, encontrando, muitas vezes, mentes pré-determinadas a lhes dizer amém e
reverenciá-lo. Para que isso não se torne mais um cânone na vasta floresta das pré-
um revisar mais consistente, uma inserção em massa de textos literários nos didáticos,
para que desse modo à literatura consiga fazer o papel de despertar, suscitar
questionamentos, em quaisquer que sejam as esferas sociais, pois, para tanto, como afirma
Culler (1999), “a literatura foi vista historicamente como perigosa: ela promove o
aqui, que este seja o motivo pelo qual os textos literários estão desaparecendo dos livros
confusão ou total extinção dos textos literários nos didáticos, como ressalta Yunes (1984,
p. 128), em dois momentos; um que oblitera, e o outro que solidifica a literatura como a
inseridos nos livros didáticos, pois, além da literatura promover o hábito de ler, lança o
proposta do texto bem como sua intencionalidade, dotando-o, por sua vez, da capacidade
literários nos livros didáticos continuar, leitores, quando muito, de horóscopos, revistas
contida no seu “Sobre livros e leituras”, em que o filósofo alemão diz que aquele que lê
pensar por conta própria, como quem anda sempre a cavalo acaba esquecendo como se
anda a pé, pois, uma condição para ler o bom é não ler o ruim, “porque a vida é curta e o
paralelos proporcionar aos educandos atividades de produção, para que desse modo, supra
chances de criar, fazendo com que o mesmo possa, por conta própria selecionar suas
leituras.
Assim sendo, para tornar os educandos bons leitores, para desenvolver muito mais
do que a capacidade de ler (o que é bom), o gosto e o compromisso com a leitura (boa), a
escola, e os patamares acima dela terão de mobilizar-se nas relevâncias com intensidade e
abandonar as pré-determinações. Para tanto, faz-se necessário uma revisão nos livros
didáticos e nos textos neles contidos, possibilitando aos educandos uma formação com
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criatividade, autonomia e discernimento nas leituras, não somente de textos como também
de mundo, sabendo-se que esta, entre tantas outras, é virtude inerente à literatura.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CULLER, Jonathan. Teoria literária – Uma introdução. São Paulo: Beca, 1999.
SCHOPENHAUER, Arthur. Sobre livros e leitura. Porto Alegre: Ed. Paraula, 1994.