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A Força silenciosa dos Nagô-Voduns da Terra

Mawó Adelson de Brito

Mɔ̀wɔ́ Hunnɔ̀ Akɔ Vodun Azansú

Mawó Chefe do Culto ao clã do Vodun Azansú

11 de setembro de 2021
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Índice

Introdução

i. Ọmọọlùpa, o filho do Senhor da Morte.


ii. O Mẹ́rindinlogun no Oráculo Fá, e as configurações do espaço
próximo de Omolú.
iii. Os títulos dos Avatares dos Voduns da terra [Do vodún ]
iv. Ọlúgbãjẹ, o banquete de celebração da humildade.
v. Bàbá Àfaradà Farati, Quêto e Jeje cantam o melhor do Vento da
terra.
vi. Oniyé, Ọmọọlú àwọ, o resgate da memória do Culto enquanto
Religião.
vii. Traduções dos textos escritos em Iorubá
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Ọmọlú pé olóre a àwúré ẹ kú àbọ̀

(OLIVEIRA, A. B)

Observação: Sendo um zelador de Casa de Azansú, não


reproduzirei aqui nesse trabalho, os cânticos distintivos de reverência
aos voduns do MIOLO do Clã da terra, apesar de uma enorme série
desses cânticos se encontrarem à disposição de quem acessa a
Internet, ou de quem tiver acesso à obra “Cantando para os Orixás”
de Altair B. Oliveira.

– Mawó Adelson de Brito –


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Introdução

Que prazer especial sinto ao falar de Omolú [Ọmọlú] enquanto divindades


da tradição jeje-nagô.
Primeiro vamos estabelecer um caminho para um estudo esclarecido
sobre os diversos nomes associados a esse Orixá/Vodun.
Na Liturgia do Candomblé jeje a referencia que descreve divindades com
as características associadas a Omolú/Obaluayé, é um conjunto de qualidades
associadas ao Clã de Sakpatá ou Clã das Famílias da Terra, que inclui todos os
Voduns da terra (ayi-vodun lε) e todos os Voduns doentes (Azon-vodun lε), é o
Terceiro Clã na linha hieráquica do Culto aos Vodun.
Sakpata é divindade de origem Iorubá, onde na base da dua origem
etmológica, a palavra é Ṣapatá (Ṣa = Guardião + pa = morte + tá = vender, cobrar,
impor uma multa, etc.,logo, o nome significa “O Guardião que cobra a morte
como pedágio) que se tornou conhecido e cultuado tanto no Golfo do Benin,
quanto nas Américas Negras.
Enquanto Vodun, representa um Clã de Entidades espitrituais
fundamentalmente controladoras das funções da terra como organismo vivo e
dono de uma dimamica própria absoluta, independente e tão atemporal quanto
o universo a ela exterior e que a comporta. Esse Clã representa as divindades
da pestilencia e das endemias eruptivas e contagiosas como a varíola, etc. e
doenças eruptivas e/ou contagiosas de grande alcance (como as pandemias do
tipo dessa atualmente denominada de Corona-19).
Essas divindades são também cultuados ainda hoje na República do
Benin (onde estava o antigo Reino do Daomé [Danxomɛ]1) e no Togo. Pesquisas
realizadas recentemente na região do médio Benin, mais precisamente em
Savalú (ainda hoje Reino de Savalú) não revelam o culto ao Clã dos Ayivodun
desenvolvido em referencia a Sakpatá, se destaca e assume a forma de ponte
litúrgia entre as magias das tradiçoes nagô e jeje, como é defndido, por exemplo,
entre nós, sacerdotes da tradição Savalou na diaspora africana brasileira.

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A palavra “Danxomɛ” pertence ao vocabulário fòn e significa “Ventre (barriga) da serpente”.
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Antes de se tornar um meio de investigação e decisão de reconhecimento,


o Fá2 não era praticado oficialmente no Reino do Daomé. Uma versão histórica
explica como a prática da adivinhação foi adotada pelo Tribunal Real de Abomey
(a capital do Reino do Daomé).Uma outra tradição conta que Sakpatá é uma
divindade dupla, tanto macho como fêmea. O macho sendo Da Zodji e a fêmea
sua irmã Nyohwe Ananu, gêmeos nascidos do primeiro parto da entidade
andrógina Mawu-Lissá.
Sakpatá é cultuado em seus templos sob um aspecto duplo.
Os sacerdotes e fiéis o tratam como um ente vivo, o reverenciam,
abraçam, etc. Zun-holú de tamanhos mais modestos podem ser vistos diante dos
Hunkpamɛ de outros voduns, sobretudo nos de Hevioso.
A iniciação a Sakpatá entre os fòn [fɔ̀n] consiste em duas partes. Na
primeira e mais longa, os neófitos permanecem no Hunkpamɛ (Convento Vodun)
vários meses submetendo-se a disciplina rígida de silêncios, jejuns,
aprendizagem de cânticos e danças rituais e nesta eles são chamados de
agamasi. No final desta fase, as famílias juntam dinheiro para realizar um grande
ritual, no qual os neófitos morrem simbolicamente e ficam escondidos por três
dias dos olhos de todos, e depois são trazidos para fora, enrolados em mortalhas
e são publicamente "ressuscitados" pelo Aklunɔ́n (ministro, mestre do culto).
A partir daí eles recebem seus nomes de iniciação e passam a ser
chamados de Ánàgónú 3, por causa da acreditada origem nagô do vodun; ou
"Azonsi", que em francês se escreve Azonsu.
Uma Vodunsi de Sakpatá não poderia ser dada como esposa para o rei,
e havia sempre a suspeita maior de que seus sacerdotes espalhavam
deliberadamente a doença para aumentar seu poder.
Era perigoso pronunciar o nome de Sakpata ficando assim preferido,
evocar seus títulos:

Ayïno,
Ayìxɔ́sú,
Jɛ̀xɔ́sú,
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O Fá é um método divinatório considerado como a versão EGAF do Ifá Yorùbá)
3
Literalmente habitante, morador, nascido Nagô.
6

Os antigos dos candomblés costumavam “cuspir” para tirar a saliva da boca”


caso pronunciassem o nome de Sakpatá. Esse costume ainda é mantido nos
Templos do candomblé jeje.

Para muitos estudiiosos da Cultura jeje-nagô a palavra Vodun, seria, em


verda escrita como Vɔdún e etmologicamente formada pela conjunção da
palavra fòn Vɔ, que significa sacrifício + ọdún, que é uma palavra yorùbá, que
significa festival. Está aí uma provável evidencia da indissociabilidade entre
essas duas culturas afro ocidentais.

i. Ọmọlepa tabi Ọmọlùpa, o Senhor da Morte

Na Liturgia do Candomblé Jeje o Clã de Sakpatá ou Clã das Famílias da


Terra, que inclui todos os ayi-voduns(Voduns da terra) e Azon-voduns (Voduns
doentes) é o Terceiro Clã na linha hieráquica do Culto. Essa posição, assim
como qualquer outra posição numérica na escala hierárquica dos cultos do
Sagrado nos Templos Afrobrasileiros não devem ser interpretadas ao pé da letra
ocidental de importâncias sinalizadas pela posição. Na maioria das vezes, a
numerologia serve para conjuminar emanções etéreas afins as Divindades.
Como, por exemplo, o número 9 (nove) serve como código numérico associado
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a Oyá/Iansã e as Avesãn protetora dos mercados dos povos Fón: ou seja,


conjuminam essas duas vertentes litúrgicas em uma mesma página (para fins de
facilitação na prática diuturna).
É em partes como essa que se pode sentir que as religiões afroocidentais
compões uma conjuntura de emprestimos litúrgicos mútuos de tal maneira que
se torna praticamente impossível dissociar científicamente uma cultura que se
possa denominar como especifica e unicamente jeje, ou especifica e unicamente
nagô a partir do grande amalgama Jeje-Nagô.
Senão, vejamos: O Vodun Sakpata é uma Divindade de terra dos povos
Fòn principalmente localizados na atual Repúbica do Benin (antigo Reino do
Daomé) assim como também de outros povos adeptos do culto aos Voduns e
afins à constelação dialetal EGAF (Ewè, Gèn, Ajà, Fòn). Obaluàyé [Ọbalúayé] é
um termo Iorubá que significa "Rei e Senhor da vida (ou da terra)": Ọba = rei +
Ọlú = Dono, Senhor, etc. + Aiye = vida, mas as vezes significa “terra”). Também
é conhecido como Bàbá Ìgbóná = pai da quentura). Dai um cântico especifica
essa caraterística, com versos em língua Iorubá, que dizem assim:
Ẹlẹ́ fúlọ́ aiyé,ẹlẹ́ fúlọ́ a lẹ̀ inọ́n,
Ẹlẹ́ fúlọ́ Azansú,
Ẹlẹ́ fúlọ́ Ajagùnnọ́n,

(OLIVEIRA, A. B)

A referência feita a Omolú como Ọmọlùpa, pode ser traduzida de duas


formas que se complementam mutuamente. A primeira teria na palavra acima, a
condensação da frase que expressa a titularidade de Omolú: “Ọmọ ti o le pa”
que significa, “o filho que pode matar”. Em segunda instância, Omolú seria
também o “Ọmọ ti lùpa”, ou “o filho que é a morte”, e que por sua vez, expressa
mais claramente, o carater fulminante e avassalador desse representante da
morte: lùpa, significa, morte pesada e incontornável (A Dictionary of the Yorùbá
Language, pg. 155) tipo aqueles eventos dos grandes acidentes que ceifam
vidas de pessoas importantes nos sistemas sociais sem qualquer cerimônia.
Obaluaye é identificado no jogo do Merindilogun [Mẹ́rindinlogun] pelos odús
Irosun, Ossá, Ẹjilogbọ́n [Êjilobon] e representado material e imaterialmete no
Candomblé através do assentamento sagrado denominado igba obaluaye. É
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considerado a energia que rege as pestes e pandemias, como a varíola,


sarampo, catapora doenças infecto-contagiosas e outras doenças de pele. Ele
representa o ponto de contato do homem (físico) com o mundo da terra (solo e
sub-solo imediato e a interface pele/ar atmosférico.
No aspecto positivo, ele rege e cura, através da morte e do renascimento.
Omolu é cultuado como o orixá residente no cemitério responsável pela triagem
dos mortos. Normalmente, quando um médium ou filho de santo o incorpora no
terreiro, tem sua cabeça coberta por um Pano da Costa em sinal de tradição e
respeito, pois o orixá geralmente nunca mostra o rosto em razão de suas feridas,
algo que é explicado pela sua mitologia.
O Vodun Sakpata é homenageado no vale Ouémé e em Porto-Novo, atual
capital da República do Benin. É um Vodun que vem a ser a espinha dorsal da
linhagem “ancestral” ao longo da Ponte etérea entre a Cultura Vodun e a Cultura
Orixá, e um dos fundadores deificados do culto daquele primeiro Culto. O culto
a Sakpata foi introduzido ao povo Fòn pelo rei Agadja [Aglăjà4] (1708-1732). [De
acordo com P. Fatumbi Verger, Sakpata é geralmente chamado de Vodun da
varíola e doenças contagiosas, mas seria mais preciso para designá-lo como
uma divindade da terra, e a varíola seria apenas uma punição infligida por ele
aos criminosos e aqueles que o desrespeitam.

ii. O Mẹ́rindinlogun no Oráculo Fá, e as configurações


do espaço próximo de Omolú

Antes de se tornar um meio de investigação e decisão que goza de


reconhecimento e prestígio, o Oráculo Fá não era praticado oficialmente no
Reino do Daomé.
Um mito explica como a prática desse Oráculo como método divinatório,
foi adotada pelo Tribunal Real de Abomey (Abomey era a capital do Reino do
Daomé). Depois que o rei Akaba (1685-1708) tinha morrido no campo de batalha,
o trono foi dado a sua irmã gêmea, Hangbé (1708-1711).
Determinado a vingar seu irmão, esta última lançou uma expedição
punitiva que se sagrou vitoriosa. Apesar disso, três anos depois, ela foi forçada

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Aglăjà é um termo fòn que significa “Lider (cabeça) forte”.
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a abdicar do trono e do poder, em favor de seu irmão mais novo, Agadja (1708-
1740), enquanto seu sobrinho seria, de acordo com as regras, o seu sucessor.
Amaldiçoado,por conta dessa usurpação, Agadjá não teve força para
conter a invasão militar empreendida pelos Oyó [Ọ̀yọ́] (Antigo Império Yorùbá
localizado em terras onde hoje está a Reública da Nigéria), nem para impedir
que os invasores, através da cobrança de pesados tributos, arruinassem seu
reino. Além disso, uma terrível sêca patrocinou a fome que se abateu sobre o
seu país.
Atormentado, o rei Agadja saiu em busca de uma solução e confiou seu
destino a um sacerdote de Fá de origem Iorubá.
O Oráculo disse-lhe, então, que para levantar a maldição de que ele foi
vítima, ele primeiro teria que pedir desculpas a uma senhora a quem havia
ofendido, e ele nessas palavras, reconheceu imediatamente sua irmã Hangbé.
Ele obedeceu. O Sacerdote de Fá começou então os rituais necessários
para a oferenda de desagravo e esses preparativos foram saudados pelas
respectivas divindades com uma chuva propiciatória.
Uma vez que sua missão foi cumprida, o sacerodte voltou para sua casa,
mas fez Agadja voltar duas vezes, na esperança de que ele iria continuar a trazer
chuva. Desse mito surge o nome "vendedor de chuva", ou "Djissa" que foi dado
ao primeiro sacerdote de Fá no Reino do Daomé.
Então o rei apresentou ao sacerdote dois homens de sua inteira confiança
e pediu para ele ensinar a esses dois senhores as suas técnica divinatórias .
Outra tradição conta que Sakpatá é uma divindade dupla, tanto macho
como fêmea. O macho sendo Da Zodji e a fêmea sua irmã Nyohwe Ananu,
gêmeos nascidos do primeiro parto da entidade andrógina Mawu-Lissá.
Sakpatá é cultuado em seus templos sob um aspecto duplo. Possui o
aspecto Jeholú ("Rei das Joias", que seriam as pústulas trazidas pela varíola)
que é tratado internamente e não recebe sacrifícios de sangue diretamente, mas
é lustrado com uma mistura de sangue e azeite de dendê e envolto por panos.
O aspecto Zun-holú ("Rei da Floresta") fica do lado de fora, recebe os
sacrifícios de sangue diretamente sobre ele e é coberto por rodilhas de ramos
secos da palmeira de ráfia (Rafia vinífera) palha-da-costa, e é um montículo que
pode ser mais alto do que um homem.
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Irosun
Irosun é um odu do oráculo de
Ifá, representado no
merindilogun com quatro
conchas abertas pela natureza
e doze fechadas. Nesta caída
responde Omolu, Yemanja e
Egun. Significa preocupação
com saúde e espiritualidade, provavelmente o consulente se tornará líder
espiritual sendo um Ogan, Ekedi, Iaô até mesmo Babalorixa ou Iyalorixa. Esta
caida pode pronunciar calúnias e injustiças, ocasionadas por Egungun, e sendo
este odú, um dos odús ligado a omolu ou obaluaye, as pessoas por ele regidas,
tendem a sofrer todos esse tipos de problemas.
Porém Iemanjá, nesta caída, responde com decisão e justiça e equilibrio de Ori.
oxala, por sua vez, também promete dar um pouco de alívio e proteção. Devido
ao caminho imposto por esse ODÚ, em sua fase negativa traz influências
desagradáveis e causa principalmente ao seu consulente ou a quem é regido
por ele, um círculo de falsos amigos. Este ODÚ tem grandes poderes de
sabedoria, em sua fase positiva, ele propicia alívio a doenças e abertura de
caminhos fechados, porém nem todos os problemas poderão ser totalmente
resolvidos, mas pelo menos aliviados. É um ODÚ de grandes causas no seu lado
positivo, propõe-se a defender o consulente em todos os aspectos. Ele determina
fim de sofrimento, traz grandes possibilidades de triunfos e de cargos, terá
possibilidades de se envolver com grandes personalidades, é também envolvido
em mistérios, indica mediunidade, bom caráter, cargo de chefia na casa de santo
e no trabalho.Quando se posiciona à esquerda, indica grandes desgraças,
ciladas, roubos, indecisões, calúnias, traições de pessoas amigas, acidentes,
muitas tristezas, paixões violentas, muita falsidade, até mesmo dentro de casa e
no trabalho, além de perigo de morte repentina. Já quando sai a direita, é
indicação de que haverá resolução dos problemas por pior que sejam.
Para atrair boa sorte e eliminar as energias negativas, toda pessoa regida
por este odu deverá fazer uma oferenda mensal com 4 acaçás, 4 moedas, 4
velas, 4 bolos de farinha, 4 ovos (mencionar somente o nome do ODÚ).
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Esta caida pode pronunciar calúnias e injustiças, ocasionadas por Egungun, e


sendo este odu, um dos odu ligado a omolu ou obaluaye, as pessoas regidas por
este ele, tendem a sofrer todos esse tipos de problemas. Porém Iemanjá, nesta
caída, responde com certa decisão e justiça e equilibrio de Ori. oxala, por sua
vez, também promete dar um pouco de alívio e proteção.

iii. Os títulos dos Avatares dos Voduns da terra [ Do


vodún ]
Nas cerimonias abertas ao público os templos costumam apresentar a face mais
leve dos voduns da terra. Lembrando como exemplo um cântico que não é muito
explorado nos candomblés do quêto, mas que representa um sinal de alegre
submissão ao exercício das tarefas relativas ao culto dos Ayïvodun, nós
zeladores desse Clã, cantamos em Yorùbá:

Àgò jó ilé ọmọ Ọmọlú jó, àgò jó ilé,


ọmọ Ọmọlú jó, àgò jó ilé
(OLIVEIRA, A. B.)

No antigo Reino do Daomé, o culto de Sakpatá era olhado com suspeita,


às vezes banido (e o foi, definitivamente, de Abomey). Uma vodunsi de Sakpatá
não poderia ser dada como esposa para o rei, e havia sempre a suspeita maior
de que seus sacerdotes espalhavam deliberadamente a doença para aumentar
seu poder. Mas outra questão importante neste caso é o fato de que Sakpatá
abertamente desafia o poder real portando os títulos de Ayinon (Ayïno,
expressão da língua fòn e que significa “Mestre da terra”) Ayihosú (Ayìxɔ́sú, que
significa “Rei da terra”) e Jehosú (Jɛ̀xɔ́sú, ou que significa “Rei das pérolas”) que
são títulos que o rei também possui. Penso que desta pendenga entre o rei e a
divindade, se decidiu que era perigoso pronunciar o nome de Sakpata ficando
assim preferido, evocar seus títulos:
Mitos evocam a divisão do mundo entre os deuses, depois que a dupla
Mawu-Lisa tinha dado à luz ao mais velho, Sakpata, a quem coube governar a
terra (uma honra que lhe custou algumas brigas com um dos seus irmãos mais
novos: Heviossô. Este permaneceu no céu perto de seus pais. Esta assimilação
de Sakpata com a terra em um duplo aspecto de nutrir o solo e de Governo de
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seus habitantes é ainda mais acentuada pela forma como Herskovits apresenta
os vodun do Daomé. Trata-se de partilhar as divindades relacionadas com a
realeza e distingui-las entre "deuses gerais" de "deuses pessoais" e distribui aos
três primeiros deuses do panteão, os reinos do céu, da terra e do relâmpago.O
estudioso Alfred M. Mondjannagni, do topo da sua dupla condição, ou seja, tando
como geógrafo, quanto como nativo de Benin, é aquele que mais tem contribuído
para se estender a área do Reino do Daomé (Abomey) em geral do Sul e Omédio
Benin, onde o culto ao Vodun (ou aos orixás nas zonas Yorùbá) forma a base do
sistema tradicional de pensamento. Mondjannagni primeirao observa que, para
estas populações de camponeses a terra é de importância crucial, explicando
que "mosteiros" de Sakpata são tão numerosos e generalizados no pais Ajà a
oeste do que nos paises Yorùbá a leste,nos países Xweda ao sul, do que nos
paises em Mahi ao norte. Esquecendo-se que originalmente Mahi atribuída a
esta divindade é apenas mencionado por sua Sakpata instalados em Abomey
pelos reis antigos, ele decretou que "não é mais pertencente ao país Mahi que a
quaisquer outros lugares", mas os mahi deram-lhe um significado especial
porque habitam uma região montanhosa na qual a agricultura é particularmente
difícil. Para ele, como para Herskovits, a varíola é uma segunda atribuição desta
divindade. "Assim, temos os seguintes Avatares:
Sakpatá – Como já vimos é a
denominação fòn de um Vodun do
panteão da terra. É o grande Ayïvodun
dos ewè-fòn, por isso intitulado Ayïnon
(o dono da terra). Considerado filho
mais velho de Mawu ele é enfim, o Rei
do Mundo, originariamente vodun
senhor da varíola e, por extensão, de inúmeras enfermidades contagiosas que
deformam o corpo. Todo o povo fòn o teme enormemente e o cultua
fervorosamente, dando a Ele uma grande quantidade de representações, cada
uma sendo um aspecto de doenças e infecções. A tradição aponta a origem do
culto de Sakpatá na localidade de Kpeyin Vedji, um enclave Yorùbá dentro do
território Mahi a noroeste de Abomey. Com relação a essa dupla procedência, é
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importante dizer que Sakpatá é considerado uma divindade yorùbá (ànàgó)


pelos fòn, pelos gùn5 (jeje) pelos yorùbá.
Nyohwe Ananú (Nyɔxwe Ananú6) – É a Mãe Dona das águas paradas que
matam de repente. É filha de “Nà
Bukú”, que significa “Mãe do
desaparecimento”.
Da Zodji – Envia a disenteria e os
vômitos, e é considerado o mais velho
de todos. Ele não tem braços ou
pernas e é carregado numa padiola,
mas tem o poder da invisibilidade e, apesar do defeito físico, comanda todos os
Sakpatá.
Da Langan – Come a carne das pessoas ainda vivas.

Da Sinji – Traz as inchações e tromboses.

Aglossuntó – (Aglɔ́súntɔ́). É o responsável pelas feridas e chagas que nunca


cicatrizam. O seu nome significa “O pai da mochila da Lua” sinalizando uma
relação entre a lua e as doenças eruptivas em forma de chagas etc.

Adohwan – É o que castiga perfurando os intestinos.

Avimadjé é o que leva as almas dos que morreram punidos por Sakpatá.

Bossu-Zohon – É o grande feiticeiro.

Alogbê – (Alɔ̀gbε) tem cinco braços e é ligado aos Tohossú (Toxɔ̀sù7)

Adan Tanyi – É filho de Da Zodji, e é o vodun da lepra.

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Os povos gùn são descendentes dos Yorùbá, nascidos nas terras que hoje estão no Benin e no Togo.
6
Nyɔxwe Ananú, significa literalmente “Boa casa da noite”
7
Toxɔ̀sù é o vodun que da vida as crianças disformes, ou com defeitos físicos marcantes.
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Suvinengé – (Suvinengε) é um abutre com cabeça humana e é filho de Da


Langan.

Kohossú (Kɔxɔ́sú) – É onsiderado o pai de todos os voduns do Clã de Sakpatá.


O seu ome significa "Rei da Lama”.

Observação: Sendo zelador de Casa de Azansú, não reproduzirei aqui os


cânticos distintivos de reverência aos voduns do MIOLO do Clã da terra.

iv. Ọlúgbãjẹ, o banquete de celebração da humildade

O Olubajé (Ọlúgbãjẹ 8), é a festa anual em homenagem a Obaluayê, onde


as comidas são servidas na folha de mamona. Rememorando um itan (mito)
onde todos os Orixás para se acertarem com Obaluaiyê, por motivos de ter sido
chacoteado numa festividade feita por Xangô por sua maneira de dançar. Nessa
festividade, todos os Orixás participam (com exceção de Xangô), principalmente
Osanyin, Oxumarê, Nanã e Yewá, que são de sua família. Oyá tem papel
importante por ser ela que ajuda no ritual de limpeza e trazer para o barracão de
festas a esteira, sobre a qual serão colocadas as comidas. O Olubajé é ritual
especifico para o orixá Obaluayê, indispensável nos terreiros de candomblé, no
sentido de prolongar a vida e trazer saúde a todos os filhos e participantes do
axé. No encerramento deste rito é oferecido no mínimo nove iguarias da culinária
afro-brasileira chamada de comida ritual pertinente a vários Orixás, simbolizando
a Vida, sobre uma folha chamada "Ewe Ilará" conhecida popularmente como

8
Ọlúgbãjẹ, é uma palavra yorùbá, cuja etimologia pode ser definida pela seguinte composição:
Ọlú = Senhor + gbã = conjuntamente, junto + jẹ = comer
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mamona assassina, "altamente venenosa" simbolizando a Morte (iku). Aqui nas


nossas Casas de Quetô, se usa a folha da bananeira, com substituto.
Olubajé é um ritual para Obaluayê e somente é feito em casas de
Candomblé e por lei em casa onde tenha um (a) Ebonmi (Ẹgbọ́n mi9) de
Obaluayê ou que o próprio Zelador ou Zeladora seja deste Orixá.
Diz uma lenda que Xangô, um Rei muito vaidoso, deu uma grande festa
em seu palácio e convidou todos os Oriẍás, menos Obaluayê, pois suas
características de pobre e de doente assustavam o rei do trovão. No meio do
grande cerimonial todos os outros orixás começaram a dar por falta do Orixá “Rei
da Terra” e começaram a indagar o porquê de sua ausência, até que um deles
descobriu que, em verdade, ele não havia sido convidado. Todos se revoltaram
e abandonaram a festa indo a casa de Obaluayê para pedir desculpas. Mas
Obaluayê se recusava a perdoar àquela ofensa até que chegou a um acordo,
daria uma vez por ano uma festa na qual todos os Oriẍás seriam reverenciados
e este ofereceria comida a todos com tanto que Xangô comesse aos seus pés e
ele nos pés de Xangô, nascia assim a cerimônia do Olubajé. Porém muitas
outras vão em desencontro com essa lenda, pois narram outros motivos do
porquê que Xangô e Ògún não se manifestariam no Olubajé.

v. Bàbá Àfaradà Farati, Quêto e Jeje cantam o melhor


do Vento da terra.

É assim que em muitas Casas tradicionais do Quêto se inicia a reverencia


a essas Entidades cantando:

A ji dàgòlọ́ọ̀n kí wa ṣawo orò10,


Daàgò ilé ilé, dàgòlọ́ọ̀n kí wa ṣawo orò,
Daàgò ilé ilé,

9
Ẹgbọ́n mi é uma expressão da língua yorùbá que significa “meu/minha irmão/irmã mais
sábio/a (mais velho/a)

10
ṣawo orò é uma frase em Yorùbá, que se tornou a palavra Xaorô que designa uma corda
feita de ráfia traçada que é enrolada geralmente em torno do tornozelo da Iawó como simbolo
da sua aliança com a divindade (ṣawo = iniciação em um mistério + orò = anél (do nariz do
touro).
16

(OLIVEIRA, A. B.)

Reconhecedo a sua presença em todas as fases da preparação e do


desenvolvimento da Cerimônia, a Casa recita o cântico de reconhecimento:

Onilẹ̀ wà lẹ́sẹ̀ Òrìṣà, o Opẹ́ ire


Onilẹ̀ wà lẹ́sẹ̀ Òrìṣà, o Opẹ́ ire

(OLIVEIRA, A. B.)

Apesar de ser uma religião antiga praticada por cerca de 30 milhões de


pessoas nas nações afroocidentais do Benin, Togo e Gana, o Culto aos Voduns
é uma das religiões mais mal compreendidas no globo terrestre. Nos Estados
Unidos, a religião Vodun o foi sensacionalizado por Hollywood, demonizado por
missionários cristãos e parodiado em lojas turísticas de Nova Orleans. Ao
apresentar caveiras humanas e cemitérios como “emblemas” da religião,e de um
pretenso compromisso com a “magia negra”, o foco das atenções dedicadas pela
ignorancia maldosa dessas pessoas se coloca justamente sobre os Voduns do
Clã da Terra. Então os adeptos, em sinal de desagravo, lembram o verdadeiro
espirito do Respeito maior dedicado à essas divindades, recitando o cantico
central do Olubajé:

Arayé a jẹ́ ńbọ, Olúgbãjẹ, a jẹ́ ńbọ,

Em um momento da cerimonia dedicada as divindades do Clã da Terra,


é reverenciada um das mais siginificativas lições que esses voduns ensinam a
humanidade, sejam através de exemplos, sejam através de punições. Os fiéis
se reúnem para dançar e agradecer demonstrando que as licões ensinam a
perseverança e a paciência frente as viscitudes. No cântico:

Ó kíní gbè fáárà faroti, ó kíní gbè fáárà,


Àfaradà, oni pópó Oniyé kíní iyaiyà wa ifaradà

(OLIVEIRA, A. B.)
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Sob várias denominaçoes, Sakpata é um Henungan [Hὲnnungan11] ou seja , uma


poderosa divindade líder da Clã da Terra, que, dentre as atribuiçoes, está de
contribuir para as chuvas (daí uma importante ligação com Bessém [Gbεsὲn].
Mulheres dançarinas balançar em vestidos brilhantes com um padrão manchado
imitando as cicatrizes da varíola. Sakpata pode trazer chuva que dá vida, mas o
deus também é responsável pela temida doença.

vi. Oniyé, Ọmọọlú àwọ, o resgate da memória do Culto


enquanto Religião

Os rituais do Culto aos Voduns são tão


elaborados quanto os de qualquer
igreja ocidental. Os sacerdotes e
sacerdotisas precisam aprender os
segredos, línguas sagradas, as
danças e as dietas que fazem parte da
iniciação para se tornarem aptos a
formar novos sacerdotes do Culto, visto que os sacrificios são performaces
centrais para as oferendas aos deuses. Outro elemento-chave da religião é a
veneração dos espíritos dos antepassados. Entre os adoradores dos Voduns, os
espiritos dos mortos caminha entre os vivos e se materializam durante a dança
dos Egungun (também chamados de Mascarados), que, na África ocidental dos
dias de hoje, ainda percorrem através das vilas, tanto nas capitais quanto nas
áreas interioranas, envergando seus trajes fina e ricamente elaborados.
Tocar um Egungun durante a evoloção coereográfica, segundo a crença
afroocidental, pode matar o ousado ou a ousada - tal é o poder dos mortos
trazidos à vida novamente.
O que se pode observar com relação a forma geral de condução do Culto
as entidades Voduns/Orixás nos nossos dias atuais, é uma urgencia desmedida
com vistas a resutados imediatos, e como isso cresce o distanciamento entre o
homem moderno e a construção de um ambiente efetivamente religioso.A liturgia
se reduziu a uma seqeuncia mecânica e estéril em termos de compromisso com

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Hὲnnungan tem como etmologia : Hὲn = educar, conduzir a educação + nun = bom, boa +
gan = principal, elevado etc.
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o avanço na direção da Sabedoria Ancestral, mediante o exercío da busca do


conhecimento da magia que caracteriza o Culto aos Irunmale. Essa cultura se
constiui uma Religião na medida em que congrega um conjunto de sistemas
culturais e de crenças, além de visões de mundo, que estabelecem os símbolos
que relacionam a humanidade com a espiritualidade e seus próprios valores
morais. As religiões africanas que herdamos dos nossos antepassados são ricas
em narrativas, símbolos, tradições e histórias sagradas que se destinam a dar
sentido à vida ou explicar a sua origem e do universo. As religiões tendem a
derivar a moralidade, a ética, as leis religiosas ou um estilo de vida preferido de
suas ideias sobre o cosmos e a natureza humana.Hoje o que se vê é o oposto.
Os líderes das religioes de matriz africanas, de um modo geral, substituem a
carencia de uma profundidade mais comprometida com a parte mágica e com
os elementos visíveis e invisiveis que as constutem, pelo imediatismo
representado pelo domínio de métodos práticos que se mostram estanques em
relação a permeabilidade da filosofia altruística embutida nos ensinamentos das
Sagradas Escrituras da Oralidade Ancestral.
A religião é muitas vezes usada como sinônimo de Fé ou sistema de
crença, mas a religião difere da crença privada na medida em que tem um
aspecto público. A Religião dos Voduns/Orixás (ou Nagô-Voduns) têm
comportamentos organizados, incluindo hierarquias clericais, uma definição do
que constitui a adesão ou filiação, congregações de leigos,etc.
Mas, no meu universo próximo, ou seja, em Salvador da Bahia, o
ambiente afrolitúrgico está carente de reuniões regulares com vistas ao exercíco
doutrinário de formação de individuos para o convivio social, sejam como
sacerdotes sejam como cidadãos, ligados ou não aos serviços para fins de
veneração ou adoração de uma divindade ou mesmo para o exercíco da
comunicação ampla no seio panafricano da diáspora, pois um galho sem ligação
com o sua árvore, perece por apodrecimento.
Carecemos hoje de referencias às Sagradas Escrituras da Oralidade
Ancestral para a Educação Moral e Cívica dos nossos jovens, dos nossos
praticantes. A prática da nossa religião precisa incluir sermões com base em
uma diretriz doutrinária que prime pela saúde do cidadão enquanto elemento
formador da familia e da sociedade. Precismaos imbuíl-los de sentimentos
altruistas e de valorização do seu próximo.
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A nossa religião precisa de sermões, de uma forma mais efetiva e secular,


intervenção em comemorações, em serviços funerários, serviços matrimoniais,
meditação, música, culinária, arte, dança, ou outros aspectos religiosos da
cultura humana.
A nossa religião parece ter esquecido o seu compromisso com a Magia,
com a Grande Ciência Sagrada. Afinal nós sacerotes somos os Magos,
envolvidos em uma forma de ocultismo o qual, a semelhaça das Grandes
Escolas européias, para as quais sem dúvida alguma, a nossa África é fonte
maior de inspiração e modelo para imitação12. Os afrocidentais estudam os
segredos da natureza e a sua relação com o homem, tomando como referencia
um conjunto único de teorias e práticas que fazem aflorar o desenvolvimento
integral das faculdades internas espirituais e ocultas do homem e da sua relação
de poder com o Universo astral, seu exercício de mediação e domínio total sobre
si mesmo e sobre a natureza. Enfim:

Vodun kpo hu Gbεtɔ

Ou seja o " O Vudun é mais velho do que o homem", diz Janvier Houlonon,
um guia turístico em Benin e um praticante de Vodu ao longo da vida.O Vodoun
é como as marcas ou as linhas que estão em nossas mãos - nascemos com eles
Voduns estão nas folhas, na terra os Voduns estão em toda parte."

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A África era berço de civilizações avançadíssimas nas ciências, quando o europeu ainda vivia em
cavernas.
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vii. Traduções dos textos escritos em Iorubá

Ọmọlú pé Olóre a àwúré ẹ kú àbọ̀

(OLIVEIRA, A. B)
Tradução

Omolú te pedimos, o senhor da bondade, nos abençoe, seja bemvindo

(Mawó Adelson, 2017)

Ẹlẹ́ fúlọ́ aiyé,ẹlẹ́ fúlọ́ a lẹ̀ inọ́n,


Ẹlẹ́ fúlọ́ Azansú,
Ẹlẹ́ fúlọ́ Ajagùnnọ́n

Tradução

Vendedor (Senhor, Dono) do estado febril que pode incendiar a terra


Vendedor (Senhor, Dono) do estado febril da Doença.
Vendedor (Senhor, Dono) do estado febril de Ajagunan

Àgò jó ilé ọmọ Ọmọlú jó, àgò jó ilé


ọmọ Ọmọlú jó, àgò jó ilé

Tradução

Pedimos licença para dançarmos (festejar) nessa casa, filhos de Omolú,


pedimos licença para dançar.

A ji dàgòlọ́ọ̀n kí wa ṣawo orò,


Daàgò ilé ilé, dàgòlọ́ọ̀n kí wa ṣawo orò,
Daàgò ilé ilé,

(OLIVEIRA, A. B.)

Tradução

Acordamos pedindo licença para saudar o nosso Xaorô,


Dá licença à Casa para (que possamos) saudar o nosso Xaorô,

Mawó Adelson

Onilẹ̀ wà lẹ́sẹ̀ Òrìṣà, o Opẹ́ ire


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Tradução

O Dono da Terra está entre nós que cultuamos orixá, agradecemos felizes

Mawó Adelson.

Arayé a jẹ́ ńbọ, Olúgbãjẹ, a jẹ́ ńbọ

Tradução

Povo do mundo, vamos comer cultuando o Senhor da terra

Mawó Adelson

Ó kíní gbè fáárà faroti, ó kíní gbè fáárà,


Àfaradà, oni pópó Oniyé kíní iyaiyà wa ifaradà

(OLIVEIRA, A. B.)

Tradução

Ele é aquele que pode se aproximar de nós para nos dar apoio, e nos
dar a Perseverança,senhor do caminho de Boa memória , aquele que nos dá a
capacidade da resistencia para atravessar o sofrimento.

Mawó Adelson

Refrencias bibliográficas

1. Sapata :
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sapat%C3%A1 (acessado em 11/09/21) ;
Rouyame du Dahomey ;
https://fr.wikipedia.org/wiki/Royaume_du_Dahomey (acessado em
11/09/21) ;
2. Huyèmè, G. ; Pour lire et écrire le fongbe ; IPEDEF – Institut
Pédagogique d’Etude et de Développement de l’Ecrit en Fongbe
Disponível em : http://ipedef-fongbe.org/ecrire-et-lire-le-fongbe/
(acessado em : 25/03/17)
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3. SOUZA, H. R. da C.; http://www.justificando.com/2017/09/25/o-homem-


negro-no -pos-abolicao-masculinidade-sob-ataque/ (acessado em
09/12/18).
4. 3.Ifá;https://en.wikipedia.org/wiki/If%C3%A1 (acessado em 19/07/18).
5. Le fongbe du Benin; Le fongbé du Benin,
https://beninlangues.com/traductionsfongbe-francais-vocabulaires-v-
3.html (acessado em: 01/05/18)
6. OLIVEIRA, Altair B.; Cantando para os Orixás; 4ª Edição; Editora Pallas,
Rio de Janeiro; 2007

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