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UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Disciplina: Eletiva Universal Sem. Esp. em História Cultural V (Música no Brasil


Republicano: sons do passado em perspectiva histórica)
Código: IFCH01- 10255
Professora: Luciana Pessanha Fagundes
E-mail: lucianapfagundes@gmail.com
Período: 2º semestre de 2023
Ementa: A disciplina tem como objetivo abordar as relações entre história e música a
partir de uma perspectiva temática tendo como recorte o final do século XIX até o
tempo presente. A disciplina não almeja ser uma história da música brasileira no
período republicano, por isso a ideia é abordar alguns temas e debates característicos
desse período, geralmente esquecidos, mas que, a partir de trabalhos recentes, começam
a atrair a atenção do senso comum e da comunidade científica.

Avaliação:
O aluno será avaliado por sua frequência*, participação nas aulas e por um trabalho
final (individual) que será apresentado e entregue ao final do curso.

*De acordo com o manual dos cursos de graduação da UERJ, os alunos que não
obtiverem frequência igual ou maior a 75% (setenta e cinco por cento) da carga horária
da disciplina serão reprovados.

Aula 1 – 16/08
 Apresentação do curso

Unidade 1 –História e Música: diálogos e conceitos


Aula 2 – 18/08
 MORAES, José Geraldo Vinci de. Escutar os mortos com os ouvidos. Dilemas
historiográficos: os sons, as escutas e a música. Topoi (Rio J.), Rio de Janeiro, v.
19, n. 38, p. 109-139, mai./ago. 2018 | www.revistatopoi.org

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Aula 3 – 23/08
 CHIMÈNES, Myriam. Musicologia e história. Fronteira ou “terra de ninguém”
entre duas disciplinas? Revista de História, 157 (2º semestre de 2007), 15-29.

Aula 4 – 25/08
 PARANHOS, Adalberto. A música popular e a dança dos sentidos: distintas
faces do mesmo. ArtCultura, Uberlândia – MG, n.9, p. 22- 31, jul.dez. de 2004.

Unidade 2 – Regimes políticos em transição: trilhas sonoras e memórias.

Aula 5 – 30/08
 PEREIRA, Avelino Romero. Hino Nacional Brasileiro: que história é essa?
Revista Do Instituto De Estudos Brasileiros, nº 38 (julho):21-42, 1995.

Aula 6 – 01/09
 SANTOS, Christiano Rangel dos. O revival dos anos 80: música, nostalgia e
memória. Tese (doutorado) – Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2018.
Pp. 106-122; 204-238.

Unidade 3 – Múltiplas identidades musicais: modernismos, regionalismos e


tropicalismos.

Aula 7 – 06/09
 ABREU, Martha; FAGUNDES, Luciana Pessanha. Modernidades musicais e
músicos negros. In: MAIA, Andrea Casa Nova; FAGUNDES, Luciana
Pessanha. Independências e Modernismos: outras modernidades no Brasil
republicano. Rio de Janeiro: Telha, 2022. Pp.174-197.

Aula 8 – 13/09
 TABORDA, Márcia. Violão e identidade nacional: Rio de Janeiro 1830-1930.
Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011. Pp. 165-211.

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Aula 9 – 15/09
 REIS DA SILVA LIMA, Lurian José. O mistério d’O mistério do samba: o
paradigma da mediação e a produção racializada de silêncios na memória
hegemônica da “Música Popular Brasileira”. (1960-2017). OPUS, [s.l.], v. 27, n.
3, p. 40, nov. 2021. ISSN 15177017.

Aula 10 – 20/09
 FERRETTI, Mundicarmo. Na batida do baião, no balanço do Forró: Zedantas
e Luiz Gonzaga. Recife: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana, 2015.
Pp. 85-110/ 146-149.

Aula 11 – 22/09
 NAPOLITANO, Marcos. A historiografia da música popular brasileira (1970-
1990). Síntese bibliográfica e desafios atuais da pesquisa histórica. ArtCultura,
Uberlândia, v.8, n.13, p. 135-150, jul-dez. 2006.

Aula 12 – 27/09 (aula cancelada)


Aula 13 – 29/09 (aula cancelada)

Aula 14 – 04/10
 SILVA, Robson Pereira. Ney Matogrosso... para além do bustiê: performances
da contraviolência na obra Bandido (1976-1977). Curitiba: Appris, 2020. Pp.
66-84.

Unidade 4 – “Você tem fome de quê?”: cidadania, raça e classe em bailes e festas.
Aula 15 – 06/10
 MORAES, José Geraldo Vinci de. As sonoridades paulistanas: a música
popular na cidade de São Paulo – final do século XIX ao início do século XX.
Rio de Janeiro: Funarte, 1995. Pp. 69-118.

Aula 16 – 11/10

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 PEREIRA, Leonardo Affonso de Miranda. A cidade que dança: clubes e bailes
negros no Rio de Janeiro (1881-1933). Campinas, SP: Editora Unicamp; Rio de
Janeiro, RJ: EdUERJ, 2020. Pp. 281-327.

Aula 17 – 18/10
 NAVES, Santuza Cambraia. “Eu quero frátria”: a comunidade do rap.
ArtCultura. Uberlancia – MG, nº 9, jul-dez. de 2004.

Aula 18 – 20/10
 FACINA, Adriana; PALOMBINI, Carlos. O Patrão e a Padroeira. Festas
populares, criminalização e sobrevivências na Penha, Rio de Janeiro. In:
MATTOS, Hebe (org.). História oral e comunidade: Reparações e culturas
negras. São Paulo: Letra e Voz, 2016. Pp. 113-137.
 ARRUDA, Angela, JAMUR, Marilena, MELICIO, Thiago, & BARROSO,
Felipe. 2010. “De pivete a funqueiro: genealogia de uma alteridade”. Cadernos
de Pesquisa, v.40, n.140, p. 407-425, maio/ago. 2010.

Unidade 5 - Política externa e diplomacia musical.

Aula 19 – 25/10
 BASTOS, Rafael José de Menezes. LES BATUTAS, 1922: uma antropologia da
noite parisiense. Revista Brasileira de Ciências Sociais, 20 (58), Jun. 2005
https://doi.org/10.1590/S0102-69092005000200009
 BELCHIOR, Pedro. Carmen Miranda e Heitor Villa-Lobos: a imprensa
hegemônica e a defesa da difusão da música erudita no exterior durante o
Estado Novo. In: Encontro Estadual da Anpuh-SP, 2018, Guarulhos. Anais do
XXIV Encontro Estadual de História da ANPUH-SP. São Paulo: Anpuh, 2018.
v. 1. p. 1-18.

Unidade 6 – Apoio, crítica e censura: músicos, músicas e ditaduras.

Aula 20 – 27/10

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 CAROCHA, Maika Lois. Pelos versos das canções: um estudo sobre o
funcionamento da censura musical durante a ditadura militar brasileira (1964-
1985). Rio de Janeiro: UFRJ/PPGHIS, 2007. Pp.35-78.
 ARAÚJO, Paulo Cesar de. Eu não sou cachorro, não. Música popular cafona e
ditadura militar. Rio de Janeiro: Record, 2013.

Aula 21 – 01/11
 BRANCO, Celso. Grupos vocais cariocas: Representações de nacionalismo e
brasilidade no canto coletivo - 1930 – 1958. Rio de Janeiro. UFRJ /
IFCS/PPGHIS, 2012.Pp. 226-251.

Aula 22 – 08/11
 ALONSO, Gustavo. Cowboys do asfalto: música sertaneja e modernização
brasileira. Tese de Doutorado em História. Universidade Federal Fluminense,
2011. Pp. 90-162.

Unidade 7 – Violência, sexo e gênero: persistências e mudanças.

Aula 23 – 10/11
 ZERBINATTI, Camila Durães; NOGUEIRA, Isabel Porto; PEDRO, Joana
Maria. A emergência do campo de música e gênero no Brasil: reflexões iniciais.
Descentrada. Revista interdisciplinaria de feminismos y género. 2018, vol. 2,
nº1, e034. Disponível em
http://www.descentrada.fahce.unlp.edu.ar/article/view/DESe034

Aula 24 – 17/11
 CARLONI, Karla. “Requebrando os Quadris”: jazz, gêneros e revistas ilustradas
no Rio de Janeiro (1920). Locus - Revista de história, Juiz de Fora, v.25, n. 2,
p.79-99, 2019 E-ISSN: 2594-8296 -ISSN-L: 1413-3024. Disponível em
https://periodicos.ufjf.br/index.php/locus/article/view/28235/19947

Aula 25 – 22/11

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 CAETANO, Mariana Gomes. My pussy é o poder. Representação feminina
através do funk: identidade, feminismo e indústria cultural. Dissertação de
mestrado. Programa de Pós-Graduação em Cultura e Territorialidades.
Universidade Federal Fluminense, 2015. Pp.19-28, 46-52, 57-82.

Aula 26 – 24/11
 GOMES, Rodrigo. A Casa do Samba, o Samba da Rua: relações de gênero, arte
e tradição no samba carioca. In PORTO, Isabel; FONSECA, Susan Campos.
Estudos de gênero, corpo e música: abordagens metodológicas. Goiânia/ Porto
Alegre: ANPPOM, 2013. Pp. 354-379.

Aula 27 – 29/11
 Apresentação dos trabalhos finais

Aula 28 – 01/12
 Apresentação dos trabalhos finais

08/12 - Entrega dos trabalhos finais.

Bibliografia complementar (para acessar esses textos enviar e-mail para


lucianapfagundes@gmail.com)
ABREU, Solange Pereira de. Chiquinha Gonzaga e o teatro musicado. Rio de Janeiro:
NotaTerapia, 2018.
CARDOSO, Tom. Ninguém pode com Nara Leão. São Paulo: Planeta, 2020.
GOMES, Tiago de Melo. Um espelho no palco: identidades sociais e massificação da cultura
no teatro de revista nos anos 1920. Campinas, SP: Ed. Unicamp, 2004.
GONÇALVES, Camila Koshiba. Vitrola paulistana pelos olhos e ouvidos de um basbaque-
andarilho. In: MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Thomé (org.). História e
Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010.
LIMA, Lucas Pedrelli. Bailes soul, ditadura e violência nos subúrbios cariocas na década de
1970. Dissertação (mestrado) – Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro,
Departamento de História, 2018.
MAGALDI, Cristina. Duas representações musicais do Brasil: Carlos Gomes e Villa-Lobos. In
LAUERHASS, Ludwig; NAVA, Carmen (org.). Brasil: uma identidade em construção. São
Paulo: Ática, 2007. pp.213-236.
MARTINS, Franklin. Quem foi que inventou o Brasil? A música popular conta a história da
República. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2015. Volumes I e II.
MARTINS GONÇALVES, Inez Beatriz de Castro. Banda de Música da Força Policial Militar
do Ceará: uma história social de práticas e identidades musicais (c.1850-1930). Tese
(doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Faculdade de Filosofia e Ciências
Humanas e Universidade Nova de Lisboa, 2017.

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MARTINS, Luiza Maria Braga. Os Oito Batutas: história e música brasileira nos anos 1920.
Rio de Janeiro: Editora da UFRJ, 2014.
MELLO, Zuza Homem de. Copacabana. A trajetória do samba-canção (1929-1958). São
Paulo: Editora 34/ Edições Sesc São Paulo, 2018. 2ª ed.
MENDONÇA, Luciana Ferreira Moura. Manguebeat: a cena, o Recife e o mundo. Curitiba:
Appris, 2020.
MIZRAHI, Mylene. Figurino funk: roupa, corpo e dança em um baile carioca. Rio de Janeiro:
7 Letras: UFRJ, 2019.
MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Thomé (org.). História e Música no Brasil.
São Paulo: Alameda, 2010.
MORI, Elisa; STROETER, Guga. Uma árvore da música brasileira. São Paulo: Edições Sesc
São Paulo, 2020.
PEREIRA, Avelino. Música, sociedade e política: Alberto Nepomuceno e a República Musical.
Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2007.
PEREIRA, Maria Elisa Pereira. Você sabe de onde eu venho? O Brasil dos cantos de guerra
(1942-1945). (tese) São Paulo, 2009.
REIS, Leticia. “O que o rei não viu”: música popular e nacionalidade no Rio de Janeiro da
Primeira República. In: Estudos Afro-asiáticos, Ano 25, nº 2, 2003, pp. 237-279.
ROCHA, Francisco. Na trilha das grandes orquestras. O ABC da cidade moderna. Aviões,
Bailes e Cinema. In: MORAES, José Geraldo Vinci de; SALIBA, Elias Thomé (org.). História
e Música no Brasil. São Paulo: Alameda, 2010.
SANDRONI, Carlos. Feitiço decente: transformações do samba no Rio de Janeiro (1917-
1933). Jorge Zahar Ed.: Ed. UFRJ, 2001.
SAROLDI, Luís Carlos. O maxixe como liberação do corpo. In: LOPES, Antonio Herculano
(org.). Entre Europa e África: a invasão carioca. Rio de Janeiro: Fundação Casa de Rui
Barbosa, Topbooks, 2000.
SCARAMUZZO, Pietro. Tom Zé, o último tropicalista. São Paulo: Edições Sesc São Paulo,
2020.
SQUEFF, Enio. Reflexões sobre um mesmo tema. In: Música. São Paulo: Brasiliense, 2004. (O
nacional e o popular na cultura brasileira). 2ª reimpressão da 2ªedição. Primeira edição: 1982.
TRAVASSOS, Elizabeth. Os mandarins milagrosos. Arte e etnografia em Mário de Andrade e
Béla Bartok. Rio de Janeiro: Funarte; Jorge Zahar Editor, 1997.
___________________. Modernismo e música brasileira. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed.,
2000.
VALENÇA, Suetônio Soares. Polca, lundu, polca-lundu, choro, maxixe. In: LOPES, Antonio
Herculano (org.). Entre Europa e África: a invasão carioca. Rio de Janeiro: Fundação Casa de
Rui Barbosa, Topbooks, 2000. Pp. 49-78.
VIANNA, Hermano. O mistério do samba. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, Ed. UFRJ, 1995.
WISNIK, José Miguel. O Coro dos contrários, a música em torno da semana de 22. 2ªed. São
Paulo: Livraria Duas Cidades, 1983.

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