Você está na página 1de 5

. . .

\]

w
J =_ 0. wmcnw MILLS

. l

.5 -
", A IMAGINAQAO
: %SOCIOLC')GICA
‘YE Tradugzfio de
‘L W.u.Tansm Dunn

Segundn cdlpdo

I
. 1‘: w,l\lll ham,“
\ 2; 9 lglfllcl In Ill full
n P n ‘
~1~e.~_-==--»»~
"“""’
‘ - J1-635

-sf?
~ac

' ZAHAR EQITORES


mo ms Jzmmno

, 4E

.
F .
I
<"..1i , .
.¢ ‘ PROF 0
weQ13 . 1}
.
t‘__,____ +53-V +~
'"Q"#*

%a 9;}, l\6g
. ‘ _ . - ',,'-,~:", i'-'».»"-" ;~".~:.1fi’
< P“-Y " -‘.-. -."Y~‘-:-.:.--"’~:'E'i’e’f¥---'.‘:’:,-"3=;.g;-
‘-;T="»'\ji<;5 =3.‘ }5',‘;'(T;- I" .~t_.'-‘ '-1,, ».-.5 3,-_-:'~i !.
I ‘#4. —-.--/."----»'- ':
I ’ 1; ;_:&:r;§~z;;:.=g_,ff_;.-. ‘.3,-_-V L.>».~,
., - \ .--1»,-,--,» !.- \
.: ' -1‘;
= -~_¢I-;’.=_~Te 4;;-=9.-1-T;;!=.@45'fi;t».
'- 31%-;z;z"_~»-_,;";;j:;;;_.;,_ ig-

‘ QA_PI1‘ULO- 1 * ..
»
_‘.~.
.. \ )

... I i
» "I ,--'.g-12;‘; -:1_‘£~,',a= ;,*_..-,
»-; .-ye3: ---'~
~ 5-'_*;: ,
“. _:'.-. 1*-T";-—?5~fv~f.:'
.1 __ ,§;;;,:;,';.:,;
‘ .._. =,?*. "'_1:=3_a~.=1,
.5 ‘» .1.-."<‘E~§' 1.»
~‘; "*- = I-I='-:§.:I>">'»'7
V ‘ ,_;.1_,‘,'::;.‘_' .2 1»
» I.‘ -'-,- ¢»-_’-;-.,'_~’_ '_
\ ‘*1-=»"»,.-=: =5 .:.
= , _‘ .
~"-.,-¢.~r ~.-‘=..:';.x|
i, | =._;,__%5»_.,_,_
K’ ,. . .
~" » ' 51-'
‘ii-~.-;1..
6: 1,.-;=»;.'i
A Promessa
‘ " :.:—.11" ' -' V
- < - Q:
»..-‘».:# ’ '.-3-.-.:1¢~.:
I-'-,~_i-.--
1"‘? i". "1 "

.-‘1 ~ "T:"’"—‘*-Z’
£_,_- > _ -¢y'_»,-ff'=_.?.
1 " =».-Fl‘-"‘-."
3."-1‘ - ' " ?.‘.‘:-5"
'» ; ' . -~ . 1; - V. -.» :.==
r
_ Hop: em dia,como
vidas 'privadas- os homens sentem,
uma série de freqiientexnehte,
armadilhas. Péf颧;;i§§§f'1l 1

* bem que dentro dos mundos cotidianos, nfio podem.»


" rat suas preocupagées, e quase sempre tém razfio‘
timento: tudo_ aquilo de que os homgns comuns
ciéncia direta .6 tudo 0 que tentam fazer esté.
érbitas privadas em que vivem. Sua visfio, sua capacid:€§;駧§i¢I?31?-='11;
estfio limltadas pelo cenzirio pr6ximo_: 0 emprégo, a '
os vizinhos; em outros ambientes, movimentam-so
tranhos, e permanecem espectadores. E quanta mats cp;1;1s;{§;§§;§;§‘1§Ij
ciéncia tém, mesmo vagamente, dss ambigfies e ameagas&gi,f§"’_'§§'?f-%;§§5»‘§
transcendem seus cenfirios imediatos, mais encurraladosqgpiig;§§‘§:§.§};§
recem sentir-se. ' - -’
Subjacentes a essa. sensagfio de estar encurraladqs
mudangas aparentemente impessoais ng. estrutura mesma1*ii§fi%?§Zé§;,;l:,f§
> sociedades e que se estendem por continentes inteiroszv:-»§;Aj'S§;fj§{§?f3;;§
Fl realidades da histéria contgamporfinea constituem
-realidades para 0 §xito 15 6 fracasso de, homens e
individualmente. [guando uma sociedade se industrializaf”~i0“figéfigg
M camponés se tran orma em trabalhador; o.sen1-10: feudal
j desaparece, ou passa a4ser homem de negécios. Quando=ésv=<aT§;=i‘;»;;t-E
‘ classes ascendem ou caem, 0 homem tem emprégo ou‘ ‘fica ;=%=;*»;--zzf
é desempreghdb;~ quando a taxa de investimento se eleva ou
desce, o homem se entusiasma, on se desanima. é Quando bi?
guerras, 0 corretor de segurors se transforma -no lan<;ador»dé
_ ,__-_,__.- _ fdguetes; o caixeiro de loja, em homem -do radar; a
"- vive so, a.crian(;a cresce sem pai. PA vida do-indivfduo "e-~
‘ ;‘_____ _T.é,»‘-T-yxifii
- . . $4.‘ ' "_“:15*?}4é.Y'#

\'.*'===v. .".I,.
>09 ":"Ԥ5?-~;;-f,-:7
=:~.--'-;§~.""‘-*.\?
Y .;\-5
~
-_¢; .15fl:-.;i1§f'
=;¢-=;-‘Ea ‘LA’
$1?"
. vhf-
;, > __>':=§f-:f__-_.3_‘-_“3§£‘;*'.v£;-5:»;
.:‘,-’,>,_;_-..:a»,‘ ,
-1 * _ '.‘».=1-1;P9~»r»3:§i‘*f.?:-
1 }7;'-:;¢.:..~_-.-"
:'§->:‘€-51‘ 5 - _ .-
‘:1.-°’ , .
-=.-=:y~
‘ -
* we
'---="-*:.--’-- _-,+ _ 1
\*
>11-r
1 . 1 .x e .1~ .-,.__.¢-,.-
'.F»‘v -e .. - -' -- -- _ ;<~‘
'-1‘ ,J- *- ~ : P? fs'3<'.3i >'*..._
*:..-:-
-u 11
-4-<- 4 '.';.'.-'_~,:.A7<.l£_:;'-J‘; ,-'_~_, 1
‘ ..
.‘ ‘1 -',.>3-‘is --'?»""\='55I’L
-}.$.s_-:.;;- 1;,-.
- - "
;3"’+*',‘A 5.-12;.
. \
if} }.;_.
"P ~';3.7 ff "' * I1
L:-3,'q'.‘~ ".-‘ -4
histéria da sociedade nfio podotn ser compreendiclas sern com~ nossa frente, concentrando O8d8.'$Up81“I‘l8(}§0, em
. . . ‘.-¢.=.._1,;..,':,- -1;
;'_'.~;§‘ - ;}.'~='
J . .;-=r "--5 ~;-r
,,-.;.__
. =,* preendermos essas alternatively . tivo polo, seus esforgoscoordenados e‘ macigos nu preparaéljé,,;{i;5'>iié;i-iE§L
' 2 T~*7ii-'.'*;3
v .1 .,§;.;,. 3
D.>,: ,_~<.-.<
.-.->-1»,-. .- 4; _-< ~_- _ E apesar disso, os homens nfio definem, habitualmente, . V do Teroeim Guerra Mundial. '"~*l*'I‘“'"" "
-7| ~~ ---1;‘.-1-.-'.-as-:-t;
|-. 1-. '.I4 suasansieclades em térmos de transformagfio histdrlca e- con- A prépria 'evolugfio da histéria ulirapassa, - »
=,“_»-:1.: :1 .» tr_a'di9fio institucional. O bem-estar que desfrutam, nfio o cidade que tém os homens de se orientarem de ‘aé61%d&5i@;<g<:j§ij;-;;;:_».'; _.
2'. : u atribuern habitualmenleg aos grancles altos e baixos das socie-
dades om que vivem. Lliarnmente tém ponsciéncia da comple-- I valéros que amam. E quais sfio ésses val6res?l Mesmo '
do nfio sfio tomados de pfinico, éles véem, com f1'c-'a§c'1Li'.é_j:'1‘f~,~’li‘;’;§§;-;I"'».;.i.'.;_
'
1
é r
,.,,. ' l xa ligagfio entre suas vidas e o curso (la h-istéria mundial; que as velhas maneiras de pensar e sentir entrarani2a&iii?;i%3‘Q%f;}f;;ii;‘;§;;" ’
Mai-;~
'
por isso, os bomens comuns nfio sabem, quase sempre, oque Iapso, e que as formas incipientes sfio amblguas 1
'1 :4
1 essa ligagfio significa para os tipos de ser em que se estfio da estase moral. Seré do espantar que os homens;.§bi;;11fli;i?z§E§‘7’j*g_;; ,
...L
transformando e para o tipo do evolugfio histérica de que » sintam sue. incapacl-dacle de‘ enfrentar os horizontes &§!1'1§l’l§;_=‘-l3'B;i_§_f'i:f'?§‘-v',li_ ' ' Q)
_
l ‘>5 1
l§s<;§.~'~1.‘.M" Eodem participar. [$150 dispoem -da qualidade inteleotual -."
._._‘. _ _ .,
._-tensos é. frente dos quals foram tfio sfibitamente -colool‘;f:i‘o$jl-f3=__;~§§{:_3‘% "
,, . . ésica para sentlr o jdgo que se processa’ entre os homens a Que zqfio possam compreender o sentldo do sua ép0E8§;G.;§dq;~;j§§;;;»I§ 1
l:.3;;' a sociedade, a biografial e a histérla, o.eu e'o mund_F_.] N50 suas préprias vidas? Que -- em dofesa do en '—-— so t.(.7l'E_i,il-lai l-3'-.i.:‘.>'>;;.’f ‘
.=*..;__. podem enfrentar suas preocupagoes pessoais do modo a con- moralmente. insensivels, tentando permanecer como
=. -- ,
as
‘-.2.‘ trolar sempre as transformagoes estruturais que habitualmente talmente particulates? Seré do espantar que se tornem»I>jjos‘§§.;.<i;;;f‘I ' '
-. ».3
~ :.
,1
3.», estfio atrés déles. . sufdos do uma sansaofio de encurralamento? \
'Isto n50 causa surprésa. Em que perlodo de. histérla . $~
--’.'-1:111’-v;";';;. =‘ ":1
_
1'11
tantos hornens estiveram tfio expostos, e de forma tfio total, -.

a transformagoes tfio répldas e oompletas? O fato cle nfio //’ Nfio é apenas _ do lnformagfio_ que preclsam
__ -gtéesta..I_d§lI§Z§§-@j'<, F .1'
5
1 __ _ .- _l;;;;:;_“.:;-
2
terem ‘ts americanos conhecido modificagoea tfio oatastréflcas 1 do Fatogga |nforrna1;§o lhes domma com fre uén a wtenqfiofi» _ 1
quanto homens e mulheres de outras sociedadesse dove a ' e esmam a capacidacle do asslmilé-1a., N502 apenas d1i'=:hHl5lE,‘;.§.;;§ I\”. 'I.f._-V».-"§§_,-‘, _’ >
fates hlstéricos que so estio tornando, rhpidamente, “apenas K lldacle da razflo que precisam —- ombora sua Iota para'§g_93'§§?§1§_ :>.'§:'; ',:§_#\,_"i-_,:'\l__|»l
.1? histéria“. A hfstérla ua atinge todo homem, hoje, é a histo- 1 qulsté-la com freqtiénola lhes esgote a llmltada energla mjq.r_
L.
1. rla mundlal. Dantro Cééste cenério e déste pe1~fodo,- no. curse \ ue reclsam, e o ue sen‘tem recisar, 6 ' ma~ l1'§l’§;E1‘l§
K 1
de uma finica geraqfio, um sexto da humaniclade passou do dgzl? dg espIlr1tq._que lhés Eggs a usarpa infor@g Ii
tudo 0 que era feudal e atrasado para tudo 0 que-é moderno, n
1 sq v61vei* adrazfi a_fi ' oebér, com lucidez, o
avangado, terrlvel. As colonias politicas estiio libertadas; ins- oporren 0 no mundo gs tecendo

4
< tolaram-se novas formas de imperialismos, menos eviclentesl d'Hé?_E§mos E essa qualidade, afirmo, que jorna .f_
Ocorrem revoluooes; Q5 homens sentem cle perto a pressfio do z professores, artlstase pdblicos, cientistas e editbres estz'i0_7,i‘§§§§§;;‘?i»’
novos tipos do autoriclade. Surgem socieclades -totalitzirias, meganclo a esgerar daquilo que poderemos chamar do 1rfia"";f'
v-em. -3.- w. -.r
e sfio esmagadas desfazendo-se em pedagos - ou _obtém § ggagao

soc1ol_o§1ca ‘1""‘-..4,;._,;._ 4
V‘Z. » 2-
éxito fabuloso. Depois cle dois séculos de ascendéncia, 0 ca- . 111- w\\:‘5,: s§->,:f-<,_~1'-: '_ r_1g_-'-.‘;
o-'-_Z-'_/
“.\ “Z - »i‘..._i__$-1F¢;y>»-,' -V.-V 4
pitalismo é vlsto apenas como um processo de transformar - . - ‘-€.*‘,>’¥‘»’:‘ »"'. 5?.‘-‘.
, - "-~/..:._.
.‘7»;l..¢~'_: -1».-_~.
a sooiedacle num aparato industrial. Depois de dots sé-culos .' " ';";I FI_.;'-_»
\ “-
~-.~. de esperangas, até mesmo a democracia formal esté. limitacla Q} imaginaqfio socioléglca capaglta seu po§_suidg_1_;a Q , 'j@.;I:~,
a urmi peqnena parcela da humanidade. Em todo 0 rnundo .;‘;3}€ex1_ft'1B1"T>"c'€§“rI£irio hlsl?5fié'6‘ffi'51§ ari1';5Io;'é1i1 téfihos
/
\e.4_:
.,,..._-. :5
. 11* subclesenvolvido, os velhos modos de vida se rompeni _e _es- fsi_‘§1'Hf_iE§d6‘ 'pa_1-a a vida fi_1ti‘n"1a‘é phra 'a'oE1‘¥£1ij§.“'é3:‘t'€iifl@'_§l§E§_-
‘*3-
‘if’ perangas antes vagas se transformam em exigéncias pre- .j7i'{1rrl'é?fl0SoS 'ii'féliVlduos, Péffiiitellhe levar em conta
mentes. Em t0do_ 0 m'und'o superdesenyolvido, os meios -do ~_'":§€l:IlI'f'1l'i/TlClll'CiS', "fié agitagfio de sua experiéncla diéria,

autoridade e vipléncia fornam-se totais noalcance e bur0cr2i- ‘r-.
'j*"¥;§;f¥§>tjfiontomente-uma consciéncia ffilsa do suas p0S_lg5eS socizgi3f§'Z;;Z‘f_§
ticos na forma. A pr_épria humanidade s_e desdobra hoje E1 agitagfio, busca-so a oslrutura da
‘ii. -r .
"M _ '
10 ' - _-_=_:;-'-.._
I;-l~*= -':-"=.
. <» _;:r_';1-.;,,,~_<»',.,;n.
> *' -;;\r_‘,,'.- 4-I-»— K3‘
;
- .
' ‘
.
' - ' §5."'{»;:~_-;,.'_;'- §;:",~:-_=\-.-‘. .
Y.;I;a=:':i--1?"<j;_|*w1'\'H21‘
.‘
, -
. -.,~ ,>v -,:,.|;_PT1',('¢:{.‘»!."=*1
91-‘ '17-i<.=,-'_'.=;"=§*.% §?'=i%3¢‘ V5"
I
-~. ,_ ' - --,-' ~ '~-r"' {'=»9-_:-
»~. :11-4_-C.-r ~ .> - -: V , -3- '_ -
;c__;;_~ »;;,_> -.-- ,.1:¢¢.»‘-;;.,..;1._;,.;._.-[;_
.- . =11? .. >
\
\ -‘:=~-
.='.'~"-‘-5»‘;?‘§'r7:~'?§-=21
* .T"§Z";-
i-I" -1-":5 -- " .. ;=_~:
'.;.*-.. ;..' '».<_== 1 l‘ ~‘
- -...-- s W._._=.¢.'l.-.3...~...,.,..=;. >:£--‘.'L;.,', ..
F Q.":1 ‘xi 6.~'.=‘-.c -3 “.._ ,"1'
- - _r~-;=:,»,_.yP~
- '»_';-.-.-§>‘=,*_,‘.*., sY» ,;
_ ~ 1-‘ > "Y;
?.‘;'=»-;=':‘-'».‘:fi.¢u. .
.- H.-: ._;--"_’-"-:*;-;_'-‘=.-
_ - ‘F3:-.'.:Z_-.='E"=--'=-‘.---'-.575?-'.<,.
s ~.»=1._; _ -._-‘~»~
_ ¢,»:;r;:'-».~'-"'.v!
, “-"Q" ,4 -'1; l J'
‘ .l ." -_'- \ - 751$"7f'§l§§‘=;,'3"5":"§."~._.;-5'_,"31l-1r".*'§i‘i;T»"‘§i"2 -'-'i§"*lé__""*‘~ ' 15-if_~;__
¥'
1,‘_ M-§'3w‘*;>%e
,7""' ' ' '1 ' .1‘ii l ._- \ =. a.-“W-
'_'-' " - *.=' I‘--El‘;-.2-'
Q11»-"i;-“.2-.,_§," :‘.»:.-EL.+:;=
1-_-".3 ' ; _ - ~ _ > 3"- ' 1'-_~=m,' Z »‘P"¢z>.'1;.
'*Y"~ -#17 ‘,";'-".'»_"-"El.
~=,..
- __,_qv(p.
‘I .
'. --*I:';:’*.‘1.”;-5!%‘*r1':;'.-5
>‘~ .1 'l._,.~--'.- -1-“-xé
€' ‘ r :_-'- ;‘-.a .=.-'-.'e-1,"
) r 2}
J . . ,
—;. .=. -=.=~q¢_,-
- » =5".--.1;--~.--"K,
..-,- _=t_;
dérna, e 'dontro dessa estrutura sao for-muladas as psicologzas sociedade completou a sua jornada intolectual. -Qualsquer I
4
'_dé'idlf§rentes»homens o mulheros. p Atrav_és4_diss‘o;,;a_‘ gnpsledadol que sejam os problernas especificos dos analistas sociais clas-
' pessoal dos indivlduos é focalizada s6bre’§igo'_s_,__o;:p]lcitos e sicos, por mais limitadas ou amplas as caracterlstioas-do roa-
l
fg '"“*'-,-r-~--—--~,
indI{“'e:r*i§i1'<j§-- 1-do-~-- “iiblico so transforma em participagfio nas
-»-- . _-‘>‘ ------ ~-»---~-—~-~-----..»...__.___,_.,.._...--4------__. _ lidade social que examinaram, os que tivoram consciéncia
questoes pubhoailf _ '-:5‘ imaginative das possibilidades do seu trabalho forrpularam
_~*'6_prirr1eiro Eda dessa imaginagfio — e a primeira liciio repetida e coerentemente trés séries de perguntas: .
‘da ciéncia social que a incorpora — é a idéia do que 0 indi- 1
l A L'§1)d Qual a estrutura dessa sociedade como um todo?
vlduo s6 pode compreender sua prdpria experiéncia e avaliar
seu préprio destino localizando-so dentro do seu periodo;_ so Quars seus componentes essencxars, e como so correlacxonam? é')
pode conhecer suas possibilidades na vida tornando-so conscio Como difere do outras variedadesde ordem social? Dentro
das possibilidades do tddas as pessoas, nas mesma-s circums- dela, qual o sentido do qualquer caracterlstica particular
téncias em que éle. Sob muitos as ectos, é uma ligfio terri- para" a sua continuagiio e para a sua transformagfio?
vel; sob muitos outros, magnffioa. $50 conhecemos os limi- H2)/‘ Qual a posigfio dessa sociedade na histdria humane?
tos da capaci-dado que tem 0 homém do realizar esforgos Qua“ a mecfinica que a faz modificar-so? Qual é seu lugar
.,; .@-"_1.,-r.__7,:~\_.»;- ._-;. _,-; supremos on deg-radar-so voluntariamente, do agonia ou oxul- no desenvolvimento da humanidado como um todo, e que
tagfio, do brutalidade que traz prazer ou do delcite da razfio. sentido tom para ésse desenvolvirnen-to? Como qualquer ca-
Mas em nossa época chegamos a saber qi1o_ os llmites da ractorlstica particular que exami-nemos afeta _0 perlodo his- I

“natureza h_umana” sfio assustadoramente amplos. ' Chegamos térico em que existe, o como é por éle afetada? E ésse pe-
a saber que to §§£mn- rlodo — quais as suas caracteristicas essenciaisfi Como (life-
te, numa életernyénada sociedade; "f- iogfaiiade re do outros perlodos? Quais seus processos caracterlsticos
l ‘us azige entro Q uma aegufin"cimhismrica. .E 'o‘l'o ato e do lager a histéria? . r
1
3lve'r,Acontri ui, por monos que soja, para o cohdlgolonamento 33)‘: Que variedades do homens redominam nessa so-
w"1“".
=-:.7-~:-,~§,;.\-v‘4r,?;;y»
dessa sociedade o para o. curso. do sua histéria, ao mesmo ciedade e nesse perlodo? E que vadedades iriio predominar?
>-a
tempo em que condicionado pela sociedado e polo seu De que formas 550 selocionadas, formadas, liberadas e repri-
~
proffisso lnston midas, tornadas sensfveis ou impermeévels? Que tipos do
0': (‘Ba
A imaginagéo sociolégica nos permits cornpreender a “natureza humana” so revelam na conduta e caréter que
hlstoria e abiografia e as relagoes ontre afmbas, dentro da 0 observarnos nessa sociedade, nesse poriodo? E qual é o 1

sociedade. Essa a sua tarefa e fa suagpromess?) A marca do sentido -que para a “natureza humana” tern cada uma das x

Iv analista sociill claissicofiié _o .reoorfiTécimento do as :_ é a oarac-_ caracterfsticas da sociedade que examinamos?


1 \-
terfstica do Herbert Spencer — grandiloqiiente, polissilébico; KSoja 0 objeto do exame uma grande poténcia, ou uma
geral; do E.‘A. Ross — gracioso, estrito, roto; do Auguste passageira moda literziria, uma familia, uma p1'iSii0, um_credo
-Comte e 'Emi1e Durkheim: do complioado e- sutil Karl — sioessas as porguntas que os melhores analistas sociais ~=_\
Mannheim. E a qualidade do tudo 0 que é intelectualmente formularamj S50 os centros intelectuais dos estudos olzissicos k
excelento em Karl Marx; é a chave da brilhante e irdnica . n? do homem na socieclade -—- _e sfio perguntas formuladas Ine- 2

1'.
perfeicfio do Thorstein Veblen, das formulagoes multllaterais vitirvelmentepor ualquer espirito que possua uma imagi-
- A 1
_
. - Y
. que joseph Schumpeter dé £1 realidade; é _a base da penetra- nagéio sociolégica. (Eels essa imaginagfio é a capacidado do
gfio psicolégica de W. E; H. Locky, ~tal como da profundidade passer do uma porspoctiva a outra —- da politica para a psi-
e clareza do Max Weber. E admarca do que hé do melhor colégioa; do exame do uma {mica famflla para a anélise com-
7-= 1 _~. ' ‘ . .5.‘
|:~‘ .'~'+.'---"1-‘Q-. '4‘-x-.2~ -s 1‘\'~
nos estudos contemporfineos do homem o da sooiedade. parativa dos orgamentos nacionais do mundo; da escola too-
-- >~,‘_: M.-.r.-.._,.-r~'-1‘.
».~.,(- ‘£1-‘u
; .-3, _3 » ‘ I - Qenlmum ostudo social que nfio volte ao problema da légica para a ostrutura militat; do consideraooes do uma in- --I=
An.4‘M.vifl. »:
;~'£\‘4,\;.4>r41,_':kI‘11
f'*?"‘*'~=t?r : "T '
blogr f_ia, da histdria e do suas interligaooes clentro do uma dtistria petrolffera para estudos da poesia oontemporfinea. 7:-t2
f. _ .
E a capacidado do ir das rnais impessoais e renriotas transfor-
J14 Q -:- .3 ': -. -. -
.-~. .-~=_ ..»"-..'=._*:
r:f':-..-,==;-*=.- -. -4=,-,--'., .4 K: -a,.-_.~_;. _.-_. .
=':-.=
< 1 3- -.»--~
v-3-. r -,<''-;-»=.,
31_.-;-,4
.1'-=1 .- .-1--.1:
a .-\
3,»,
£5-_-t,-» ';.--.-'-_-.c;;-
I ! } K
.13 ..r.;£;
a-_-‘-4 fv-_;_,_=._‘»-._-.;-.'-5
-,-_g,-*5 —--:...~~:'<.-r--~. ;>__>
-:51 ‘-1 .
>- \ -*--,_~ .. ;—,;~.-so-»'
.-». . 11..
-; -'1.-
4,:--. --3.1:-A-, ...~._-._-~11-4 _ -"";-3‘-.3‘.
. \\ . 3 *' -Ir-.‘=3:_
‘"4 32- -F -'§.‘f.?-l-,.~.»"'r' Q"-< 4!“-: -.~_ -.1-L. :3-..7_;__'.__:.f:,
34%;" -T» '.-"-- ' > . . _'- ;=13:Z,;av_"I’ti'
e'>.~r"- ,
.=-~=--"5-‘=§=“".‘“§ll4?': "‘5§.5, =‘§ V >.~.~
-_:.-if-7" - r?1" _"~"r - r' *-4»-,_->'.+.~soé A
--.- . . = >r,~-J 1-. -:*'-~ 1,-’ . '11:‘ , , '
. "._....-....__,.-.-.-. ~ ~ I .,P_-_:_:\=rw~5'-.-' '-"-"‘ ‘ ".="I‘?—l.?--¥I.3~_‘=' '-~'--~:,___;¢_-
-- ».=,=4
'.=_v‘§,5<"-FJTE.-:’ _ 1 r _ _ ‘ *¢»;:'-_=i'-
"_' ---, '==‘-L’
__;--5,:j. ._.§'_(f,_-.
_ Q X ».;:_,.Q__,._..,(.,-T--‘_».:< ';. 7' >-..=,,Jq
~;
1'-.=;-H15 <_-‘-::§:- '
Em-é*4_.j--=\-_'~-. '.._~'_,j-_-5* :_
.-"--H»-"-*
1'»: 311,3-' >
‘ ' r”’\-Ff: ' ”'- ’ ~‘ ' ‘-1;;-=f
Y:-:14?-'2.»
»=? »f~--':1=~“:=>'""
Z‘-I-*;_-g 3.1;;
4‘.1;-_,&7-H" ‘F5; ma?‘-;
_‘i‘.‘§_-"-.'_Q ';-,;.-;' ;- :..;-
/12;-‘~~ - _
- ~
~‘:.-ma-'-=;=.;: - ._ .5
z==_»,_-:‘- f F." _ _ . - _ ~ =2-,-_' -_
. 2
5 -Mi
, __ .. ;;-_.- ;-.3» ,’
magroespara as ca1~acl"erfstic'as mais inlimas do ser_humano
-"~ e yer as relagoesentre as duas. Sua utilizaofio sé funda- de biogréfica e dentrodo valcance de 'seu meio ‘irflediidto
menth sempre na necessidade de conhecer 0 sentidoi-social e o ambiente social que esté aberto"'di1'etamenl'e_§_’Bi:1fl§”°¥P‘?‘
histéfico do individuo _na sociedade e no pe_1-iodo-fno qual riéncia pe soal e, em cerfasgaroporgoes, A sua_ aigvlda e gggfia
Hi su'a qualidézde e sou ser so manifestam?) ' A ciente. . ma perturbagao uoa assunto-pnva o. 3. SE
§I-1% ~ * E por isso, em suma, que por m'eio do imaginagfio socio-
légica os homem esperam, ho'e, perceber o que esré aconter
sente que os valores por ela estzmados estfio ameaca 0 -j .
As uestfles relacionam-so com asguntos Q96 t""5°°“'
.5.‘
condo no mundo, e compreender '0 que esté acon‘teoendo com dem éssgs ambientes Iocais do indivfduo ve _o a1can(c1:e. de fitzfi
lé1es,E0mo rnimisculos pontos de cmzamépto é-do bfografia e Y vida 1ntim_a. Relacionaxp-se com a 01-g.ao1zag§o e_ make.‘
J
da h stéria, dentro -da sociedadfg Em grafnde 'p5§\Fi*tj_e,' a visfio désses ambientes sob a iorma de instit\x1qoe§ 8 UT“ 5 -uais
autoconsciente .que o homem contemporfineo temfde si, con- dude histérica como um todo, com‘ as maneua? p33; Cg Se i5
Jiderando-se pelo menos um fol-asteiro,» qqa-1_'rdo njfio um es- os ‘vérios ambfemes d5 Pequena “Gala 5e,°on mi da Vida
.—<.T-IM - =.~wr ,\'4
trangeiro permanente, baseia-se na compréansfioi da._relativi- inlerpenetram, para format a es§rutura mms anllpfl ,\
\_ ., ~.. -. -_. 7.»-_?~.-
dads social e da capacidade txansformaddra, doa hlstéria. social e histérica. Umo questfio ed um assunto 5>\1b11cé)o:m6<f\;::
an-¢~_-" ‘!~.ho'_t,
0' A - imaginagzio sociologica oé a forma maiis ‘fxfutffera dessa valor -estimado .p8l0 Publico que esté ameafa °'a1 ante 1_B_
ilk} % consciéncia; Usando-a, homem cufas mej1fé~1ldades descre- qiiéncia, hi um debate s6bre 0 qufi 555°" V“ M66 dgllmte fr.a_
£1 viam apenas uma série de drbitas llmitadajspaésani "a semit-
ls-4 \
presents. e sobre o que realmente 0 ameagg. 6 a of us 6
-se como se slhbitamente acordassern_fnuma casa que apenas qflentemonte é inopreciso, quando ngenos I1 0 5 1 Félfilo do
aparentemente conheciam. Certo o1_1 1150; _c6‘m_f1'e_qii'éncia da prdpria 'nat\1r6Zfl <16 “ma quest” clue’ a°'c°n I ~
3‘ _ passam a sentir que n50 podem proporcionér-’se sfimifliis ade-
i
R que ocorre até ‘m8Sm0 com 08 Pmblemas geP°rauz§d°2.n3;
.4-
quadas, anélises coesas, orientagoes gerais. As decisffes ante- '1
Y1
ode ser bem definida em térmos dos ambxentes 1me_1a
riores,‘ que pareciam vsolidas-, passatn a ser, _entV§o'; como pro- Xi
E cotidihnos do homem comum.. A q“‘*"St§°, M V°r_dad_°* en"
dutos de uma mente inex-plichvelingntefechada. A-Sue capa- \
V01“, quase sempré uma'c1-ise nas -clisposigoes inshtucxonais,
~1 -_='-, cidadg de surprésa volta .a-axistir. Kgdquirem urna nova for- 5% ' mm freqiiéncia tambémiaquflo que os m-arxistas chamam
ma do pensar, experimeritém uma transavaliagfio dovalores: 1'? do “contra<‘-“@565” mi “B"F°€°“ism°5”* '
nilma palavra, pela sun reflexio e pela sua sensibilldade, oom-
=‘.
preendem 0 sentido culfural das Ciéncias Socinflgg _ ' l“—-' \i=.>*.¢'
_\ I
5% .
Nessas conchgfies, "
consideremos o desemprégo. Quarido, ta
\._._.“. 1; riuma cidade de'cem'mi1_ habitantes, somen§e’11ma%.x;>r;1:;1‘nsg§u_
1*:F ; désempregado, 1550 e seu Pf_°_1?1.§11!fl.-I?-!i5§€1e3 »;OPhOmem was
§-1' Efalvez a distingfio mais proveitosa usada pela imagina- 95°‘ex°mi.nam°s “d°‘1““d“"3°“§e 0'cardi E s MaS1q{1ando
P‘? o gfio sooiologica seja a entre “as perturbagfies pessoais origina- habilidades e suas oportumda es xme a a. _ _ d
§:§§ das no meio mais préximo” e “as questoes pniblicasfia estru-
“<1
!
1_ ;.
numa nagfio de 50 milhoes de erppr@8fld°5- 15 ‘}"1h°eS 6
14,
<-
. tura social”. ‘ Essa clistingfio é um instrumento esfifihcial da Ii homens nfio encontram trabalho, isso é uma queshw Pfibncai
' xmaginagfio sociolégica ’e uma caracterfstico de todo frabalho B 1150' podemos ésperar sua solugfio dentro da esoala de 0%J01".
2».
7.1; claissico na ciéncia sociag _ | -
tunidades abertas ks pessoas 1ndividua(I)rlner;)B- Tlznfif tlglggi
' As perturbapfies ocorrem dentro do caréter do indivfduo inesma das oportunidades enfrou em c all d- I 66$ 0s_
12,950 exam do problema c0mo_ a gama e so ug _ .p
e dentro do flmbito de suas ;-elaqoos imediataspomv 03 outros; $5913 gxigem, que consideremos as instituigfies ec0115II11¢85 9
estfio relacionadas com 0 seu eu e com as éreas limitadas do
vida social, de que éle tem consciéncia direta e pessoal. As- polfticas lda sociedade e néo aponas 8 $116950 P655031 Q 0
sim, a" formulagfio e a resolugfio das perlurbagées se ehqua- careiter de um punhado de md1_v1duos. -
dram, adequadamente, "no fimbito do individuo como“ entida- ‘ Consideremos a Zuerm O Pmblema Pessoal da ‘guerra’ J?-‘~13
H.‘ quando ela OC0l'_l'8, pode ser sobreviver ou morrer com hon. 5;-4- -~51
14 '4 " ' 15 an
t;
3

‘t
. ""$.=‘:_'-:4’
1;»;
._a~\'- ~
-—I5:
*-"' -
é ._.-1 :\\ .;-'
'-
- .» -.-
11: . _ __'(;-=;.=>!'».\.?é§
.~3~§-- _v . -;_ --=>\-‘_-.".-:~-:»;
:,\;%'_-_f-:§_._;_.v,
'
*1-~"4-Q";-é~w,.-,
. _~___-1 . --1.»..<. _ .‘.~.>"$7
;,;£§_‘£,,. K
,-__.|~- .5-51%; ' \ ,5- V _ ~.=.:»I-:21. gl

Você também pode gostar